Cidade de Nova York, Estados Unidos.
Quando Verônica entra no salão de festas, direciona sua atenção para Rafael, o seu patrão.
Sabendo o motivo daquele olhar, o homem também a observa.
Então ela se aproxima e sussurra no ouvido dele.
---O leilão está prestes a começar!
Rafael traga rapidamente a sua bebida e pergunta.
---Onde estão as minhas vestes?
---Venha comigo, irei levá-lo até elas!
Dito isso, a mulher começa a andar e Rafael segue os seus passos. Ambos saem de lá e descem uma escada que dá acesso a um corredor onde tem várias portas, Verônica abre uma delas.
---Isso parece um camarote de algum teatro! Ele deduziu, olhando em volta.
---Sim, era um teatro antigo, mas já foi desativado! Hoje os magnatas usam para outro tipo de espetáculo...está vendo o palco lá embaixo? O show acontecerá nele. Aqui está a máscara e o capuz!
Ele deixa escapar uma risadinha de satisfação.
---Eficiente como sempre!
---Claro, sou muito bem paga pra isso!!!
Minutos depois.
A luz do palco acende e todos podem observar uma linda mulher vestida de lingerie. Ela está sentada de frente para um piano e desliza os dedos sobre as teclas, emitindo um som agradável aos ouvidos de quem ouve.
Verônica cobre a boca para conter os risos.
---Nossa, como ela é culta, não acha?
Notando o tom debochado dela, Rafael sorri
---É muito linda, mas não é o que procuro!
Dito isso, a mesma começa a sua performance, subindo no piano e dançando em cima dele.
Depois que encerra, um homem de capuz se aproxima e puxa-a pelo braço.
----Bom trabalho! Um ricaço aceitou pagar uma fortuna para passar a noite com você!
Ela abre um largo sorriso.
Em questão de segundos, as luzes acendem num outro lado do palco.
Nele, uma mulher com um vestido vermelho surge dentro de um lustre e começa a cantar ópera.
Rafael : Ela é muito boa com os lábios, não acha?
Verônica revira os olhos, mostrando sua impaciência.
---Eu não sei qual o problema de se formar numa faculdade e seguir uma carreira, assim como eu fiz!
---Minha cara, você também faz parte disso, está aqui comigo, certo?
---O meu caso é completamente diferente! Não ouse comparar a minha posição com a dessas prostitutas!
---Esse é o ponto! Elas são prostitutas porque vendem o corpo, mas no fim das contas, nós também vendemos partes diferentes do nosso. Você me trouxe até aqui por causa do seu salário, e eu sou um dos financiadores desse espetáculo!
"Affff! O pior é que ele tem razão! Não posso me dar ao luxo de perder essa emprego, por isso, tenho que fazer suas vontades, seja elas quais forem!!!!"
A noite foi seguindo com as demais apresentações.
Apesar dos seus desempenhos, Rafael não sentiu atração por nada do que viu. Com um ar cansado, ele respira fundo e desabafa.
---Quer saber do que mais? Eu queria algo diferenciado....Estou cansado de sempre ver as mesmas coisas!
Impaciente, Verônica levanta e diz
---Eu já suportei mais do que deveria! Tenha uma boa.....
Nesse momento, a mulher silencia ao ver os olhos dele brilharem para uma só direção. Curiosa, ela vira o rosto para constatar.
Verônica: Que sinistro! Aquela mulher aparece desmaiada ou talvez drogada....
Num movimento rápido, Rafael pula da cadeira, volta a colocar a máscara e sai do camarote. Aquele é um comportamento fora do padrão, mas o homem está eufórico para chegar o mais rápido possível até a moça. Ela, por sua vez, está sentada no chão e com os olhos vendados. Durante o caminho, os seus instintos pulsam fortemente, fazendo o seu corpo reagir à imagem daquela mulher pura e ingênua. No seu íntimo, Rafael sabe que tudo não passa de fingimento, mas quis entrar naquele jogo de sedução. Quando fica diante dela, observa -a como um lobo feroz prestes a devorar a sua presa.
----Você atua muito bem, parece mesmo uma donzela indefesa! Essa sua performance me deixou com água na boca....Diga-me o seu preço!!!!!
24 HORAS ANTES.
KOREIA DO NORTE.
Em um Distante e ATRASADO VILAREJO.
Minho( mãe de Jun-Lie) entra na sua cabana e diz :
---Filha, já está tudo certo para você fugir essa noite! Já falei com o Seulgi, ele é um bom amigo e vai te levar até Seul!
Se negando veemente, a jovem, que acabara de completar 20 anos, balança a cabeça em negação.
---Mãe , eu já disse que não vou! Como posso deixá-la sozinha?
Impaciente, a matriarca puxa-a pelos ombros e diz, num tom firme.
---Não discuta comigo! Jamais permitirei que aconteça com você o mesmo que aconteceu com a Sulli! Acaso esqueceu de como aqueles militares a levaram? Não posso deixar que se torne uma dama de consolo, entendeu? Meu amor, você não merece um destino tão CRUEL!
Jun-Lie : E o que vai ser da senhora? Por favor, vamos fugir juntas!!!!!
Minho: Filha, eu já estou velha e também já me acostumei a viver aqui! Mas com você é diferente! Querida, você não merece passar por todo esse sofrimento... não é justo que seja acorrentada numa cama e vire escrava sexual daqueles MONSTROS!
Ao lembrar da filha mais velha, Minho chora copiosamente, pois ela não resistiu e acabou morrendo, pelo menos, foi isso que lhe disseram.
Comovida, Jun-Lie enxuga as lágrimas da mãe e diz num tom firme.
---Prometo que irei trabalhar muito e quando conseguir bastante dinheiro, voltarei pra buscar a senhora!
Emocionada, Minho sussurra.
---As minhas lágrimas são de tristeza, mas também de alegria! Só de saber que você viverá longe dessa prisão, sinto um grande alívio! Apenas seja feliz e nunca esqueça dos seus valores, Jun Lie, não deixe as coisas do mundo afetarem a sua cabeça, você é uma moça decente, certo?
Jun-Lie : Sim! Eu...a AMO!!!
Naquela noite, um homem usando capuz entra na pequena cabana e avista a jovem usando um vestido simples.
"Carambas, como ela ficou bonita! Nem mesmo as mulheres da cidade são tão lindas assim! É uma pena que não posso tocá-la, as virgens valem OURO!!!!
Seulgi pensou, abrindo um largo sorriso.
----Jun-Lie, você cresceu muito, nem parece aquela garotinha de antes! Olha, assim que chegarmos em Seul, você irá trabalhar no hotel do meu amigo! Ele precisa de mulheres para fazer a limpeza e ficar na cozinha!
Minho: Eu não tenho palavras para te agradecer! Por favor, cuide bem da minha Juny!
Antes de partir, Mãe e filha se abraçam e choram. Ambas tem quase certeza que essa será a última vez que os seus olhares se cruzam.
ATUALMENTE.
---Responda, qual é o seu preço?
Sem ouvir nenhuma resposta, Rafael se agacha e tira a máscara que ela tem no rosto.
---Parece que ela está mesmo drogada!!!!
---Com todo o respeito, mas se quiser levá-la, terá que dar o seu lance! Um homem mascarado disse.
Rafael, por sua vez, carrega Jun-Lie nos braços e o encara com determinação.
---Fale com a minha secretária! Ela cuidará de tudo!
Dito isso, ele deixa o lugar, levando a jovem consigo.
Apresentação dos PERSONAGENS PRINCIPAIS.
No dia seguinte.
Quando Jun-Lie abre os olhos, percebe a maciez do lugar em que está deitada.
"Que gostoso....bem diferente da cama de palha que costumo dormir! Espera aí, que lugar é esse?
Nesse momento, uma voz feminina exclama:
---Finalmente acordou, bela adormecida!!!!
Assustada, a jovem arregala os olhos e senta rapidamente na beirada da cama.
---Neo nuguya? Nae os eodi iss-eo? AA, meolinga neomu apa...Seulgi ssi baee ollataseo supeuleul jwossneunde, masigo nani jeongsin-eul ilh-eossdeon ge gieogna! ( Quem é você e onde estão as minhas roupas? AAAiiii! Minha cabeça dói.... A única coisa de que me lembro é de ter entrado no barco do sr.Seulgi...ele me ofereceu uma sopa e depois que a bebi, eu simplesmente apaguei!)
Verônica, que está de braços cruzados, não entende uma única palavra do que foi dito . Então ela anda até o armário, pega uma blusa com uma saia e joga sobre a cama.
--- Vista-se!!!!
Mesmo sem entender, a jovem se veste rapidamente e volta a questioná-la.
---Igos-eun eotteon gos-ingayo? Geuligo jeoneun eotteohge igos-e oge doeeossnayo? (Que tipo de lugar é esse? Como vim parar aqui?)
Verônica revira os olhos e suspira:
---Acho melhor chamá-lo de uma vez!
Dito isso, ela pega o celular e liga para Rafael.
📲 A sua koreana já acordou!!!!!
Rafael : 📲 Tudo bem!
Em instantes, o homem entra no quarto, deixando Jun-Lie ainda mais confusa e amedrontada.
"Carambas como os olhos dela são lindos!E esse rostinho meigo e confuso, me deixa ainda mais sedento!" Ele pensou, com os olhos vidrados na moça.
Sem entender nada do que está acontecendo, a jovem cobre o corpo com o lençol e pergunta com uma voz trêmula:
---Nahante mwol wonhaneun geoya? ( O que vocês querem de mim?)
Verônica: Affff! Quanto falatório!!! O senhor entende o que ela diz?
Ele sorri e senta numa poltrona que fica de frente para a cama.
---Nos deixe a sós!!!!
---Tem certeza? Acho que isso vai assustá-la ainda mais!!!!
---SAIA de uma vez!!!!!
---Sim, senhor!
A mulher sai e quando a porta se fecha, Jun-Lie sente arrepios por todo o corpo. Completamente assustada, ela se esconde debaixo dos lençóis. Rafael se aproxima e pergunta num tom calmo:
---Igeol mwolago buleujyo? (Como se chama?)
Nesse momento, Jun-Lie se surpreende ao ouvi-lo.
"Ele.... sabe falar a minha língua! Como isso é possível?"
---Eu perguntei qual o seu nome!!!! Rafael disse, puxando o lençol
Ela engole seco e sussurra
---Jun-Lie! Significa...Lua da meia-noite!!!!
---A caridade da lua combina com a sua pele e a escuridão da meia-noite, combina com os seus olhos e cabelo, certo?
---S-Sim...
---Eu me chamo Rafael Carter!!!
Visivelmente intrigada, a mulher olha-o de cima a baixo e pergunta:
Jun-Lie: C-Como consegue falar coreano?
Rafael: Fui ensinado desde muito cedo a falar vários idiomas, principalmente, os dos países asiáticos! Tenho várias empresas nesses lugares, não posso apertar as mãos de um parceiro de negócios sem saber o que ele diz!
Jun-Lie : O...que vai fazer comigo?
Rafael : O que eu quiser, afinal de contas, você é minha!!!!
Jun-Lie : Sua...?
Rafael : Sim! Paguei um preço bem alto por você!!!
Aquelas palavras lhe causam um medo mortal e a deixam desesperada. Jun-Lie começa a chorar baixinho.
---Eu.....Eu não sou esse tipo de mulher! Isso é um grande mal entendido! Chame o senhor Seulgi, ele explicará tudo...
---E quem é esse?
---Um amigo da minha família!
---Amigo.... Ainda não se deu conta de que esse tal "amigo" a vendeu?
---Isso não pode ser verdade! Ele conhece a minha mãe há anos. O senhor deve estar me confundindo com outra pessoa, eu vim para a Coréia do Sul, porque ele prometeu que conseguiria um trabalho!
"Vê-la assim só confirma as minhas suspeitas! Ela deve ter fugido da Coréia do Norte com a ajuda desse tal de Seulgi! No entanto, o canalha a drogou para vendê-la! Mas o pior de tudo é que eu a comprei como se fosse uma mercadoria! De início, a minha intenção era só passarmos a noite juntos, pensei que fosse era mais uma prostituta como as outras, mas agora, as coisas mudaram completamente! Há um limite para tudo nessa vida, eu não quero e nem vou financiar esse mercado sujo! Em contrapartida, não posso abandoná-la à própria sorte.
Jun-Lie : Por favor, chame o senhor Seulgi!!!!
---Linda, esse homem é o responsável por você estar nessa situação! Além disso, não estamos na Coréia do Sul, e sim nos Estados Unidos da América!
Com um semblante confuso, ela pergunta:
---Que...tipo de lugar é esse?
---Nunca ouviu falar do nosso país?
---NÃO! Na aldeia em que vivemos, só podemos aprender coisas do nosso próprio país!
---Estudou até que ano?
---Ano...? Aprendemos o Hangul, isso já é mais que o suficiente!!!!
"Ela se refere ao alfabeto coreano"
----Você...tem quanto anos?
---Vinte!!!
---Suponho que não tenha nenhum documento, certo?
Ela balança a cabeça em negação.
---O que é isso?
Rafael esfrega os olhos e respira fundo. Em seguida, murmura.
---Que situação inusitada! Isso nunca me aconteceu antes...
Jun-Lie: Eu já posso ir embora?
Rafael : NÃO! Se sair por aquela porta será deportada !!!!!
Jun-Lie: De...o quê?
Rafael: Olha não precisa ter medo...eu não vou te machucar! Por enquanto, é mais seguro ficar aqui do que se arriscar nessas ruas cheias de drogas e aproveitadores!
---Drogas, aproveitadores.........isso é bem diferente do Vilarejo onde morava!
Rafael : Mais um motivo para você ficar, certo?
Jun-Lie : Mas você disse agora pouco que tinha me comprado, isso significa que aqui também não é seguro!!!!
Rafael : Peço desculpas por ter dito tais coisas, esqueça tudo o que ouviu, pode ser?
Mesmo desconfiada, ela consente com a cabeça. Rafael, por sua vez, tira o celular do bolso e pergunta.
----Já viu um desses antes?
A mulher olha para o objeto como se fosse de outro mundo.
---Pegue-o!
Ela hesita por alguns instantes e depois pega com receio.
---Que tipo de troço é esse?
---Se chama celular!!!
Nesse momento, ambos escutam o ronco que a sua barriga faz.
---Eu sinto muito!!!!! Jun-Lie disse, sentindo-se constrangida.
Rafael: O que costumava comer na sua aldeia?
Jun-Lie : Sapos, caramujos, bichos de tronco e lagar...
----Já chega!!!! Isso é demais pra mim! O homem resmungou, saindo do quarto. Quando entra no corredor, Verônica se aproxima.
----O que ela disse?
---Nada de mais! A propósito, peça para a empregada servir o almoço, ela está com fome!!!!
---Como assim? O senhor irá permitir que ela fique?
---SIM!
---Isso quer dizer que fez um contrato temporário! Nesse caso, devo acertar o preço com ela?
Rafael deixa escapar uma risadinha irônica.
---A Jun-Lie não é uma prostituta, é apenas uma jovem que foi enganada! Leve-a até a cozinha, preciso resolver alguns assuntos no meu escritório!
Ele disse, se afastando, Verônica, por sua vez, abre a porta do quarto e leva um susto ao ver a janela escancarada.
---Ela FUGIU!!!!!
Rafael para imediatamente de andar e corre para averiguar.
---Droga! Essa janela é muito alta....ela pode ter se machucado!!!!!
Rafael desce as escadas correndo, e assim que chega na sala, dois seguranças entram segurando-a pelos braços.
---Desculpe senhor, mas ela estava tentando pular o muro!
Aflita, Jun-Lie avança com as mãos sobre o peitoral dele e começa a gritar.
Jun-Lie: Geudeul-ege naleul jinagage haedallago jeonhaejwo! Seulgi ssileul chaj-aya hayeo! ( Diga para eles me deixarem passar! Eu preciso achar o senhor Seulgi!!!!)
Com um semblante feroz, o homem esbraveja:
---Meongcheonghan yeojaya!!!! Naega geu salam-i agdang-ilago an malhaessna?! ( Mulher estúpida!!! Eu já não lhe disse que ele é um canalha?!)
Jun-Lie : Geojismaljaeng-i!!! Nal pul-eojwo, nan ne pologa aniya!!!!! ( Mentiroso!!! Deixe-me ir embora, eu não sou sua prisioneira!!!)
Ao ouvirem aquele diálogo, Verônica e os seguranças trocam olhares confusos, ambos não entendem absolutamente nada do que está sendo dito.
"É incrível como o CEO Rafael fala coreano fluentemente!"
"Pelas expressões dos seus rostos, eles só podem estar brigando!"
"Afffff! Parece que tô vendo um filme asiático!"
Rafael, por sua vez, se aproxima dela e fala num tom frio e ao mesmo tempo autoritário.
---Naneun chinjeolhage daehalyeogo nolyeghaessjiman, seontaeg-ui yejileul juji anh-eusyeoss-eoyo!!!! (Esta enganada!!! Olha, eu tentei mostrar uma boa hospitalidade, mas você não me deu escolha!)
Dito isso, ele encara os seguranças.
---Levem-na para a casa do jardim e tranquem a porta!!!!
Eles prontamente arrastam-na para fora, enquanto Jun-Lie esperneia e grita.
----Aish!!!! Dwaeji!!! Megi Meoli!!! Babo!!! ( Mas que droga!!! Seu Porco!!! Cabeça de bagre!!!! Idiota!!!!)
Nesse momento, Verônica cobre a boca para segurar os risos.
---Tenho quase certeza de que ela está xingando o senhor!!!!
Rafael, por sua vez, encara uma das criadas.
---Prepare um prato de comida e uma cesta de frutas e leve para ela!!!!
Dito isso, ele suspira profundamente e senta no sofá.
---Reúna os seguranças e diga para ficarem atentos! Tem mais: providencie grandes para colocar em todas as janelas!
Verônica: Eu...acho que isso é um pouco demais!
Rafael : Tem razão.... mantê-la aqui é muito arriscado, eu já sei o que devo fazer!
O homem disse, se levantando rapidamente e indo para o escritório. Verônica vai atrás dele. Depois de algumas ligações, Rafael a encara com um largo sorriso no rosto.
--- Problema resolvido! Amanhã mesmo irei levá-la para a minha casa que fica no litoral!!!
Verônica: Está mesmo disposto a mantê-la ao seu lado?
Rafael: Não é óbvio?
Verônica: E como pretende fazê-la aceitar? O senhor mesmo disse que essa mulher não é como as outras!
Rafael : Não se preocupe, tudo acontecerá ao seu tempo! Primeiro: devo fazê-la perceber o que ela ganha ficando ao meu lado e depois, deixarei que decida.... por hora, leve-a até a cidade e lhe compre roupas, sapatos e o que mais for preciso!
Verônica: Sim, senhor!
Rafael : Além disso, quero que consiga uma professora que lhe ensine bons modos e também o nosso idioma! !
Verônica: Quer que ela aprenda a falar inglês?
Rafael: Exatamente! Tenho certeza que em poucos meses, ela estará adaptada ao nosso país!!!!
Verônica: E já pensou sobre a documentação? Se as autoridades souberem que ela é uma imigrante ilegal, será imediatamente deportada!
Rafael : Esse assunto já está praticamente resolvido! Entrei em contato com alguns amigos do departamento civil, em poucos dias, os documentos dela estarão prontos! O importante agora, é impedir que ela fuja!
---Está se referindo a documentos falsos?
---Claro! Verônica, eu não vou abrir mão da minha Koreana, e conto com o seu apoio, entendeu?
"Ele só pode ter perdido o juízo!!!"
Verônica: Certamente! Irei agora mesmo ver como ela está! Com sua licença!
"Ele está brincando com fogo!!! Se a senhorita Brenda ficar sabendo ou ainda pior, a senhora Bárbara? Tudo bem, isso não é problema meu!"
A mulher pensou, indo para o jardim. Tão logo entra na estufa, avista-a encolhida num canto. Na tentativa de ganhar sua confiança, Verônica faz um pequeno arranjo de flores e as entrega para ela.
---São lindas, não acha?
"PFT! Até parece que ela vai entender!"
Jun-Lie, força um sorrisinho e pega o que lhe é oferecido.
---Gomawo! ( Obrigada!)
Então, a mulher se agacha e começa a gesticular com as mãos.
---A sua comida já está a caminho!!!
Nesse momento, uma ideia lhe vem à cabeça.
"Affff, porque não pensei nisso antes?!'
Verônica pega rapidamente o seu celular do bolso, coloca no microfone do tradutor de idiomas e começa a falar.
--- Olha, não precisa ter medo, o senhor Rafael não é uma má pessoa!!! (Dulyewohal pil-yo eobs-eoyo. Lapa-el ssineum jhon-eun salam iyeo!)
Após ouvir o áudio traduzido em coreano, Jun-Lie arregala os olhos e sorri.
---Ige nae eon-eolo malhal su issdani....Nollabneyo!!!! (Esse treco é capaz de falar a minha língua... Incrível!)
Verônica: Agora é a sua vez! Diga o seu nome para que eu possa saber, certo?
Ela respira fundo e aproxima a boca do aparelho.
---Nae ileum-eun Jun-Lie! ( O meu nome é Jun-Lie) A voz automática falou, em alto e bom som.
---Mannaseo, Jeoneun belonikayeyo! (Prazer, o meu nome é verônica!)
---Mannaseo, belonikayeyo! ( É um prazer, Verônica!)
Depois que o clima fica tranquilo, ambas sorriem até serem interrompidas pela empregada.
---Eu trouxe a comida da convidada!
"Que cheiro delicioso....acho que fiquei muito tempo sem comer!"
Faminta, Jun-Lie avança até o prato e fica com água na boca ao ver a quantidade de alimentos.
"Parece delicioso, mas eu nunca tinha visto esse tipo de refeição!"
Percebendo a hesitação dela, Verônica volta a usar o tradutor.
---Ansimhago deusyeodo doebnida! Ulinala eumsig-inikkayo! (Pode saborear sem medo, essa é a comida do nosso país!)
Quando escuta o áudio traduzido, Jun-Lie pega o garfo, espeta na carne e abocanha ferozmente.
---Jeongmal....mas-iss-eoyo!!!!!! ( É delicioso!!!!)
Horas depois.
Na sala de espera.
Rafael : Ela comeu tudo?
Verônica: Sim...eu pedi que tomasse um banho antes de irmos! A coitadinha nem sabia como usar um chuveiro elétrico...a vida nesse tal Vilarejo deve ser pré-histórica!
Rafael : Depois que ela provar uma vida de luxo e mordomias, dificilmente irá querer voltar para aquele lugar! Bom, eu já ordenei que os seguranças façam a escolta de vocês duas! E Verônica, não tire os olhos dela por nenhum segundo, entendeu?
Ela engole seco e consente com a cabeça.
Nesse momento, Jun-Lie desce as escadas e quando Rafael desvia sua atenção para ela, fica pasmo com o que vê.
Rafael : Está muito LINDA!!!
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