Amor entre Rodas É Balas
CAPÍTULO 01:
Capítulo 1:
O dia em que meu mundo desabou
Narrador: Escola Secundária Saint-Michel
alunos
*Derruba ele da cadeira de rodas*
Dante Ferraz
*Despenca da cadeira e bate o braço no chão*
alunos
Hahaha! Vai querer ajuda, campeão?
alunos
Que cena ridícula... tá todo quebrado.
Dante Ferraz
*se arrastando pelo chão, até alcançar a cadeira de rodas*
alunos
Olhem lá! Tá rastejando que nem uma cobra.
alunos
*Derruba a cadeira de rodas com um chute*
Dante Ferraz
*Encara ele em silêncio*
alunos
Olha só… o grande astro da escola, caído no chão.
*chuta sua barriga com desprezo*
Dante Ferraz
Aaaah! Isso dói!
*chora segurando a barriga*
alunos
Ah, coitadinho… vai chorar agora?
Dante Ferraz
*segura as lágrimas, sentindo o peso da humilhação*
alunos
Não aguenta nem um chute? Você é um verdadeiro bosta.
*chuta ele novamente*
Dante Ferraz
*geme de dor, com a voz tremendo*
Por favor... já chega... eu não... eu não aguento mais...
alunos
Não! Eu não vou parar! Você merece tudo isso, seu merda!
*chutando ele várias e várias vezes*
Dante Ferraz
*Se encolhe, protegendo a cabeça ao sentir o impacto*
Dante Ferraz, narrador: Quem pensa que a minha vida mudaria tão rápido, em um piscar de olhos?
Eu não era um merda de cadeirante! Tinha sonhos, planos, amigos, namorada e... uma família que me amava.
Eu tinha um futuro brilhante no basquete, como o melhor da minha turma.
Dante Ferraz, narrador:
Esse era o meu futuro, meus sonhos, meus objetivos!
Tudo destruído em uma noite!
Mas tudo aconteceu em uma noite: uma festa onde eu, meus amigos e minha namorada estávamos conversando, bebendo e nos divertindo. Aquela noite era para ser uma comemoração, depois de uma grande vitória no basquete.
Depois daquela festa, minha namorada dirigia com um dos meus amigos, mas todo mundo...
Dante Ferraz, narrador:
O acidente de carro.
Dante Ferraz, narrador:
Foi ali que tudo foi pro buraco, onde o meu mundo desabou.
Tudo o que eu me lembro é sentir dor, dor, sofrimento e tristeza.
Mas quando acordei, não conseguia mexer os meus pés. Aquilo doeu muito em mim, foi como perder tudo que eu tinha.
Quando meus pais, amigos e minha namorada souberam pelos médicos que eu não poderia mais andar, foi aí que tudo começou.
Voltar para casa foi a pior decisão. Humilhado e desprezado por toda a família, até que meus pais me mandaram para um apartamento longe dos meus irmãos e da minha irmã, longe deles. Naquele momento… foi a pior sensação: sentir-se sozinho. Mas pensei que poderia contar com a ajuda dos meus amigos. Como eu estava enganado naquela época! Os meus amigos em quem eu confiava me traíram pelas costas e me abandonaram. E pior de tudo: minha namorada terminou comigo e ficou com um deles, me deixando completamente sozinho.
Dante ferraz, narrador: De um jogador de basquete famoso de uma escola...
Dante Ferraz, narrador: Para ser desprezado pela sociedade.
CAPÍTULO 02:
CAPÍTULO 02:
Olhos de gelo
alunos
Hahaha! Você merece!
*chuta com força, sem parar*
Dante Ferraz
*chora em silêncio, sentindo a dor por dentro e por fora*
Dante Ferraz
(falando fraco)
Por... favor... para...
alunos
*para e segura seus cabelos*
alunos
Sabe, Dante? Você merece tudo isso. Ninguém nunca gostou de você mesmo, todos só te usará para satisfazer as suas vontades!
alunos
Vai lá, chorãozinho! Mostra o quanto você é fraco!
*volta a bater com ainda mais raiva*
Dante Ferraz
*Se encolhe*
💭 Por favor... alguém me ajuda. 💭
Narrador:
Os olhos de Dante começam a se fechar de tanta dor... por causa dos socos e chutes que ele está levando.
Dante Ferraz
💭 Eu só queria que isso acabasse. 💭
Narrador: De repente, alguém aparece. Uma garota alta, cabelos pretos como a noite e olhos frios como o gelo.
Narrador: Os meninos para de bater em Dante, e então olham na direção de quem chamou. Todos veem uma menina com olhos frios e um cigarro na boca, fumando.
Dante Ferraz
*olhar para a garota é vê ela*
???
Vocês deveriam parar de bater no garoto.
*Caminha bem devagar até eles, com cada passo em silêncio.*
alunos
Hã? E vai fazer o quê, menina? Pensa que eu tenho medo?
???
Você não, mas seus amigos parecem ter medo de mim.
alunos
*olha para os amigos e vê que eles estão tremendo de medo*
Por que estão tremendo, seus idiotas?
alunos
Cara, vamos embora...
alunos
Por quê? Eu deveria ir embora? Ela só é uma garota alta, e se der um belo jeito nela.
alunos
Não, cara, é sério, vamos embora.
alunos
*olha para a garota*
Eu não tenho medo dela.
alunos
Olhar com os olhos frios sem emoção nenhuma.
Dante Ferraz
*olha para os olhos dela*
💭 Os olhos dela são como gelo... Sem nenhuma emoção. 💭
alunos
Cara, é sério.
*puxa ele*
Vamos embora.
alunos
Ela é encrenca.
*puxa o garoto*
alunos
Droga... Na próxima você não vai escapar garota, nem você Dante!
Narrador:Os garotos vão embora, deixando Dante com a garota de olhos de gelo.
Dante Ferraz
💭 Ainda bem que eles já foram embora. Agora é só eu conseguir chegar até a minha cadeira de rodas. 💭
Narrador: Mas quando Dante foi olhar, viu a garota perto dele com a cadeira de rodas. Ela estava pegando a cadeira de rodas.
???
Aqui está a sua cadeira.
Dante Ferraz
*Surpreso com a voz fria, grossa e, ao mesmo tempo, suave dela*
💭Como pode ter uma voz assim?💭
???
Está me escutando, garoto?
Dante Ferraz
Ah, sim, desculpa.
*se arrasta subindo com dificuldade na cadeira de rodas*
Dante Ferraz
💭 Droga, isso é tão difícil para mim... ainda mais sendo observado💭
???
*Ajuda ele, pegando-o no colo
Dante Ferraz
Ah!*toma um susto*
???
Calma, não precisa ficar gritando.
Dante Ferraz
Desculpa ...💭Por que eu gritei dessa forma...? Mas... ela é tão forte... 💭
???
*coloca ele na cadeira de rodas*
Pronto.
Dante Ferraz
*ainda envergonhado*
Obrigado mesmo por me ajudar...
Dante Ferraz
*olha para ela, cara a cara*
💭 Ela ainda tem esses olhos de gelo... Como é que alguém pode ter um olhar assim tão frio? Mas... também tem um lado gentil. 💭
???
*olha para ele com os olhos frios, sem emoção... mas com um toque de bondade*
Dante Ferraz
*Olha para ela*
Obrigado mesmo por me ajudar... Você foi a primeira pessoa que realmente se importou comigo.
???
Hum... não estou te ajudando. Só senti pena de você.
*olhar sério e frio*
Dante Ferraz
Ah... mas, mesmo assim, obrigado de verdade...
???
Hum, na próxima *fica perto dele, cara a cara* ninguém vai te ajudar. *Ela se levanta e volta para seu caminho.*
Narrador: começa a se afastar, com passos firmes, seu olhar fixo no horizonte. O clima entre eles ainda está tenso, e o silêncio pesa no ar.
De repente, Dante a chama, sua voz carregada de urgência e um toque de hesitação:
Dante Ferraz
Queria saber seu nome...
Dante Ferraz
Por curiosidade.
Luna moretti
Aham. (solta um suspiro) meu nome é Luna Moretti.
*volta para o caminho*
Narrador: Dante vê ela indo embora, e seus olhos seguem ela.
Dante Ferraz
(repente seu nome) luna moretti...
CAPÍTULO 03:
CAPÍTULO 3:
Quem é àquela garota?
Narrador: Pelos corredores da escola Saint-Michel, Dante Ferraz caminhava sem rumo, perdido em seus próprios pensamentos. As lembranças das últimas horas não saíam de sua cabeça
especialmente dela. Como alguém podia ser tão perfeita... e ao mesmo tempo tão assustadora?
Dante Ferraz
💭 Por que eu não tiro ela da cabeça...? Eu nem conheço direito... Não deveria estar pensando nela assim... mas aqueles olhos... aquele jeito... 💭
Narrador: Ele passa a mão pelos cabelos, frustrado, tentando afastar a imagem dela de sua mente.
Dante Ferraz
💭 Ela não é como as outras... tem algo nela... algo que assusta e ao mesmo tempo atrai. Mas por quê...? 💭
Narrador: Os pensamentos de Dante foram bruscamente interrompidos quando sentiu um soco forte atingir seu rosto, fazendo-o cambalear para trás. Ele levou a mão ao local atingido, atordoado, e ao levantar o olhar, seu coração acelerou.
Dante Ferraz
Dante: coloca a mão no rosto e olha para ele com os olhos carregados de raiva contida Vocês nunca mudam, né?
alunos
(Sorriso de lado)
Ah, não se preocupa, Dante… só devolvi o soco que você merecia. Se aquela garota não tivesse aparecido naquela hora, eu já teria acabado com você.
Dante Ferraz
*segurando a raiva apertando os pulhos com raiva*
alunos
Tá irritadinho porque perdeu de novo, Dante? Mais que decepção
Dante Ferraz
*segurando as lágrimas para não chorar*
alunos
Vamos embora, cara. Deixa ele aí... sofrendo sozinho como sempre.
Narrador: Eles saíram rindo, fazendo piadas de mau gosto enquanto se afastavam pelo corredor. As risadas ecoavam, como se a dor de Dante fosse motivo de diversão.
Dante Ferraz
*coloca a mão no rosto, sentindo o sangue escorrer*
Droga... tá saindo sangue...
abre a mochila, pega um pedaço de papel amassado e limpa o rosto com pressa
Preciso ir pra sala de aula...
Narrador: Dante continua seu caminho até a sala. Ele abre a porta devagar, entrando no ambiente onde todos conversam animados ou jogam no celular, alheios ao que aconteceu.
Dante Ferraz
*puxa a cadeira de rodas devagar até o fundo da sala, ficando isolado dos outros alunos*
Narrador: Todos na sala continuavam se divertindo, rindo alto, fazendo piadas entre si. O clima era leve, animado… para eles.
Lá no fundo, onde a luz mal chegava, Dante permanecia em silêncio. Observava tudo à distância, vendo todos felizes… enquanto ele, mais uma vez, estava sozinho. Como sempre.
Dante Ferraz
*olha para todos se divertindo, conversando, rindo juntos*
💭 engraçado... todo mundo parece tão à vontade... tão leve...💭
*baixa o olhar, suspira baixo*
💭 e eu aqui... como sempre... invisível.💭
Dante Ferraz
*pega os fones de ouvido da mochila, coloca devagar
abre o caderno de desenho e começa a rabiscar em silêncio, se perdendo na música*
💭 pelo menos aqui... ninguém me incomoda.💭
Dante Ferraz
💭 Sempre me escondi da sociedade… evito ficar perto de pessoas que possam me machucar.
Na escola, não é diferente. Sempre fico no fundo da sala, onde ninguém pode fazer bullying comigo.
Mas... até parece legal ficar aqui, né?
solta um leve suspiro, irônico
Quem eu quero enganar? Essa é a pior parte de todas...💭
*olha para o celular e dá um pequeno sorriso triste*
💭 Pelo menos tenho minhas músicas… e posso desenhar um pouco. Isso ninguém pode tirar de mim.💭
Dante Ferraz, narrador:
Escutar uma boa música sempre me deixa mais calmo… mais relaxado.
É como se eu saísse dessa realidade, como se eu vivesse em um lugar onde os problemas não existem.
Nunca tive talento pra desenhar… mas depois de tanto tempo nessa solidão, comecei a focar nisso.
Desenhar virou meu jeito de não me sentir tão sozinho… de não afundar de vez nessa tristeza.
Os traços no papel me distraem. Me salvam.
E assim eu fico… quase a aula inteira, com os fones no ouvido e o caderno no colo.
Desenhando. Escapando.
Só pra essa sensação de tristeza… não me alcançar.
Dante Ferraz
*continua desenhando em silêncio, os fones tocando baixo
se concentra em cada traço, como se o lápis fosse sua única saída daquele mundo.*
Narrador: Até que a porta se abre. A professora entra na sala com passos firmes.
No mesmo instante, todos os alunos se apressam para sentar em seus lugares e o barulho some, como se alguém tivesse apertado o botão de “pausa” na bagunça.
A sala fica em silêncio.
Menos Dante…
Que continua no fundo, fones no ouvido, ainda desenhando, alheio a tudo ao redor.
professora
Alunos, hoje teremos aula de Matemática, então se preparem.
Dante Ferraz
*tiro os fones de ouvido devagar, percebendo o silêncio da sala
Abaixo o olhar e encaro o desenho que acabei de fazer*
💭 eu... desenhei ela!💭
Narrador: Os detalhes do desenho estavam diferentes… mas havia algo nele.
O olhar… a postura… a expressão fria.
Era ela.
A garota.
Mesmo sem querer, Dante havia desenhado exatamente como ela parecia... fria, misteriosa… e marcante.
Dante Ferraz
💭 Por que eu desenhei ela? Não era pra eu fazer isso... Por quê?
Dessa forma, tô ficando obcecado por ela... 💭
Narrador: Dante pega o caderno e guarda com cuidado.
Tenta prestar atenção na aula, mas a mente está longe, só pensa na garota de cabelos pretos e olhos frios.
As aulas passam devagar, e logo chega o intervalo.
Todos saem da sala, deixando Dante sozinho, ainda preso aos pensamentos.
Quem será ela? Ele sente que precisa descobrir quem é essa misteriosa garota.
Dante Ferraz
Dante: Aham~ *começa a mexer na cadeira de rodas saindo da sala mas acaba encontrando alguém, que não queria ver*
???
Oh Dante (sorriso falso)
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