NovelToon NovelToon

POR ELES, POR NÓS.

Prólogo – Será esse o fim?

...🌸 Nota da Autora 🌸...

...Essa história é fruto da minha imaginação e do meu coração. Todos os personagens, acontecimentos e lugares presentes neste livro são fictícios e foram criados por mim com muito cuidado e amor. Se, por acaso, algo aqui se parecer com a realidade, é apenas coincidência — ou talvez um pedacinho de inspiração que a vida me deu sem querer....

...Quero deixar claro que não escrevo histórias de teor erótico. Minhas histórias são sobre sentimentos, conexões profundas, amor verdadeiro e recomeços que curam. É esse o tipo de luz que quero espalhar....

...Peço que esse cantinho seja respeitado com a mesma leveza com que foi construído. Não tolero comentários maldosos, ofensivos ou desrespeitosos. Se minha escrita não tocar seu coração, está tudo bem — mas peço gentileza ao virar a página....

...Com amor e beijos de luz,...

...Bella 💕...

.............

.......

.......

.......

...Ricardo González ...

Deitado na minha cama de solteiro, encaro o teto, tentando encontrar coragem para levantar. O sol já invadiu meu quarto há muito tempo com seus feixes de luz, que insistem em atravessar a cortina e iluminar meu rosto — mas eu não me sinto iluminado. Muito pelo contrário. Aqui dentro está tudo uma bagunça.

Quando vi ela com outro, meu coração se encheu de raiva. Quis correr até lá e arrancá-la dos braços dele. Mas com que desculpa? O que eu diria? “Eu gosto de você mais do que deveria”? Não. Isso não. Somos amigos. No máximo, eu poderia dizer: “Só quero te proteger.” Claro… e então revelar para os nossos pais que somos próximos desde sempre, mesmo eles se odiando há uma vida inteira.

Motivo? Quem sabe? Meu pai é arquiteto, o dela é engenheiro. Profissões que combinam e se completam como água e fruta — mas eles são água e óleo. Minha mãe uma vez me disse que, há muito tempo, eles foram amigos. Mas agora… agora são como dois galos-de-briga.

Sou tirado do meu devaneio pelas batidas na porta. Dona Maria, minha mãe, grita do outro lado, mandando eu tomar café.

— Filho, levanta! Já passa das dez. Você tem faculdade hoje, vai se atrasar! — diz com a voz cansada de quem está exausta de se repetir sempre.

Aguardo dois segundos. O surto seguinte não demora.

— Ricardo González! Levante agora ou eu vou derrubar essa porta! E nem você nem eu vamos gostar disso!

Solto uma risada curta e respondo:

— Estou indo, mamãe. Já estou quase pronto.

Me arrasto para fora da cama com a mesma disposição de quem sabe que vai ter prova e não estudou. Com a determinação de uma preguiça gripada, desço até a sala e me sento à mesa. Do outro lado, vejo o ser humano irritante que resolveu nos visitar.

— Olá, priminho. Bom dia! — o sorriso da Vitória está tão grande que, se pintar o rosto de palhaço, fica idêntica ao Coringa.

— Oi, ET. O que você está fazendo aqui, a essa hora, na minha casa? — enfatizo a palavra “minha” para ver se ela se toca de que não é exatamente bem-vinda. Mas, é claro, ela ri.

— O que você estava fazendo a essa hora na cama? Deixa eu adivinhar… estava se remoendo porque a Helena está namorando!?

Ela fala como se fosse uma pergunta, mas é uma afirmação. E o pior: é verdade.

— Sério, Ric! Você nunca toma uma atitude. A Helena não vai te esperar pra sempre — diz agora num tom mais sério, quase maternal.

— Eu sei, Vitória. Mas você conhece as nossas famílias… meu pai e o pai dela se odeiam. E, além disso, eu não quero perder a amizade dela.

— Ok, faça o que quiser. Mas se você a perder pra sempre, não venha chorando atrás de mim. Escuta, primo… nem todo mundo tem uma segunda chance. A vida é uma só. Esquece esse papo de “na próxima vida”. Faz agora, tenta! E se fracassar, tudo bem. Eu vou estar aqui do seu lado. O importante é não deixar a oportunidade passar enquanto ela ainda existe.

Ela se levanta, vai até a porta, mas antes de sair, se vira para mim.

— Pensa no que eu falei. O amor verdadeiro é valioso. E raro. Não deixa ele escapar sem lutar. Bye!

Ela me joga um beijo no ar e desaparece.

...----------------...

A tarde passa num piscar de olhos. Ainda estou revirando a conversa de mais cedo com a Vivi. Nem fui pra faculdade hoje — e minha mãe, claro, fez um escândalo. Eu estou confuso. Quero dizer o que sinto, mas e se ela não sentir o mesmo? E se me rejeitar? Passo as mãos pelos cabelos, nervoso. A dúvida me consome.

Uma batida na porta me faz sair do transe. Abro. Do outro lado, está Pedro, meu melhor amigo.

— Oi, cara. O que faz aqui? Não devia estar trabalhando?

— Não. Hoje a empresa deu folga pra todo mundo. Tem um casamento importante.

— Casamento? Nem sabia que alguém ia se casar. Quem é?

Ele me encara sério. O rosto dele me diz que tem alguma coisa errada. Sem dizer uma palavra, estende a mão com um envelope. Meu coração dispara. Pego o convite, silenciosamente.

Abro e leio.

"Meu querido Ric,

Não tive tempo de te contar. Foi tudo tão rápido que, quando percebi, esse dia já havia chegado.

Tenho tentado criar coragem para te dizer, mas ainda não consigo te encarar nos olhos. Temo fraquejar.

Estou me casando. Meu pai quis assim. Você sabe como ele é — não aceita ser contrariado.

Depois do casamento, vamos nos mudar para longe… talvez nunca mais nos encontremos.

Só queria que soubesse que você foi o melhor amigo que já tive. Apesar dos conflitos entre nossas famílias, você sempre terá meu coração.

Ric… é você. Sempre foi você. O grande amor da minha vida.

Desculpa confessar isso agora, mas eu não queria perder a oportunidade de falar.

Eu te amo. Mais que tudo. Nunca se esqueça disso.

Helena."

As lágrimas tomam conta do meu rosto. Meu peito arde. O chão desaparece debaixo dos meus pés. Dois minutos atrás, eu estava com medo dela não me amar… e agora eu sei que ela me ama. Mas está se casando com outro.

Pedro coloca a mão no meu ombro, tentando me confortar.

— Eu também te amo, Helena… — sussurro para o papel em minhas mãos. — Me perdoa por ser um covarde e ter demorado tanto pra admitir.

Capítulo 1 – 20 anos depois...

...Miguel González...

Meu coração está acelerado, como da primeira vez em que a vi…

Sentada no canto da biblioteca, tão concentrada na leitura. Seus cabelos negros como a noite voavam ao vento, acariciando o rosto claro, levemente rosado. Alguém a chamou — Julia. Ela se desprendeu do livro e sorriu para a garota que a chamava. Que sorriso… tão linda.

Fiquei tanto tempo a observando conversar com a menina — que julgo ser sua amiga — que nem percebi Matheus se aproximar.

— Ei, cara, tudo bem? Miguel? Alô! Planeta Terra chamando!

Matheus bateu as mãos na frente do meu rosto, me tirando do transe.

— Oi... tava falando comigo? — perguntei, confuso.

— Ah, não! Com meu amigo imaginário. Ele tá aqui do seu lado. Ei, parça, se você ver o Miguel por aí, avisa que eu fiquei esperando ele por horas na cafeteria! — disse, olhando para o nada como se conversasse com alguém. Revirei os olhos com seu sarcasmo.

— Foi mal, me distraí com o livro.

— Não sabia que você tinha superpoderes… Só assim pra conseguir ler o livro que está na mão de outra pessoa, a uns três metros de distância — ele falou, sem abandonar a ironia. — "sua melhor amiga" — olhando descaradamente para as garotas do outro lado da sala.

— Para de encarar, elas vão perceber.

— Amigo, você estava fazendo a mesma coisa um minuto atrás. Olha só, tem até uma baba escorrendo aqui — Matheus fingiu limpar algo no canto da minha boca, colocando o braço em volta dos meus ombros, que eu fiz questão de afastar.

— Qual delas? — ele me olhou divertido.

— A de branco, com o livro. Os olhos dela parecem uma cachoeira no meio da floresta, não acha?

Ele gargalhou. Alto demais. Todos, inclusive as garotas, olharam para nós. Quis me enterrar vivo.

— Para! Estamos numa biblioteca. Silêncio! Que vergonha...

Matheus estava vermelho, lágrimas escorriam dos olhos de tanto rir. Quando tentou se acalmar, bebeu água e acabou engasgando. Dei alguns tapinhas em suas costas.

— Está bem?

Ele me olhou indignado.

— Tá mesmo preocupado? Você quase me deixou corcunda. Precisava bater tão forte? Queria me aleijar?

— Não era minha intenção... Mas bem que merecia. Olha! Tá todo mundo encarando a gente agora.

— Você devia me agradecer. Agora a sua garota tá olhando pra você. Ela nunca mais vai se esquecer do cara da biblioteca — disse, piscando de um olho.

— Ela nunca mais vai se esquecer é do palhaço que ficou rindo que nem uma hiena no meio da biblioteca — falei, tentando não levantar o rosto. Estava com medo de encarar Julia e ver um olhar de julgamento.

— Bom… vamos descobrir. Ela está vindo pra cá.

Meus olhos se arregalaram. Quis sair correndo, mas permaneci inerte. As garotas se sentaram à nossa mesa, e a amiga de Julia tomou a frente da conversa.

— Oi! Me chamo Mia, e essa é a…

— Julia — completei, sem perceber. Uma mania que adquiri por conviver com o Matheus, que sempre se esquece das coisas. Vi a garota sorrir e olhar de canto para a amiga, que ainda estava em silêncio.

— Você é…? — Julia perguntou, se referindo ao Matheus, sem olhar para mim. Por alguns instantes, meu coração parou. Matheus se remexeu desconfortável na cadeira e me lançou um olhar rápido. Comecei a juntar minhas coisas, com o olhar baixo, como quem se prepara para sair.

— Matheus. E o meu amigo é o…

— Miguel — minhas mãos travaram. Meu olhar encontrou o dela antes mesmo de eu levantar a cabeça.

— Eu sei — disse ela, olhando nos meus olhos como se pudesse enxergar minha alma.

Ela estendeu a mão e sorriu. O mundo se iluminou à sua volta, e eu quase podia jurar que vi borboletas voando.

— É um prazer, finalmente te conhecer — disse.

— Finalmente? Você me conhece? — perguntei, confuso, enquanto estendia a mão para apertar a dela. Senti um leve choque. Acho que ela também.

— Você é o presidente do clube de natação, não é? O aluno número 1 de arquitetura. Todos falam sobre você na universidade. Como eu não saberia? É um prazer conhecer alguém tão... famoso por aqui.

Meu queixo caiu, mas minha ficha não. Fiquei um bom tempo sem reação. Meu amigo me cutucou.

— Desculpa, ele tá chocado. Ainda não acostumou com as pessoas reconhecendo ele por aí.

Matheus me beliscou e eu dei um tapinha na nuca dele.

— Tá doido? Me beliscou por quê, imbecil?

— Eu que te pergunto: tá encarando a menina que nem um maníaco por quê, asno?

— Só estou surpreso. Não precisava me machucar — reclamei.

— Ah, não se preocupe. Da próxima vez eu ligo pra Nárnia e pergunto se alguém pode te avisar que eu tô chamando — debochou, fazendo um sinal de telefone com a mão.

Revirei os olhos e olhei para as garotas à minha frente. Meus olhos recaíram sobre Julia.

— Também foi um prazer te conhecer pessoalmente. Vice-presidente do clube de literatura. Aluna número 1 de engenharia civil. A garota mais popular da universidade...

Sorri. Ela devolveu o sorriso.

— Veja o que temos aqui: o Sol e a Lua do campus. E o que somos nós? Meras estrelas? Talvez nem isso — meu amigo resmungou para Mia.

...----------------...

Não sei descrever a sensação que tive naquela tarde.

Julia é perfeita. Doce, gentil, forte e determinada. Uma explosão de qualidades.

Agora, estou aqui, na cafeteria ao lado do campus, observando enquanto ela atravessa o pequeno salão com elegância, carisma e delicadeza. Seus olhos me procuram e me encontram — estou exatamente onde ela esperava que eu estivesse. Seu lindo sorriso cresce e, mais uma vez, juro que vejo as borboletas.

É quase irônico.

Ela está usando um vestido branco, rodado, com a saia repleta de borboletas coloridas.

Ela se aproxima e tudo desacelera. O mundo entra em câmera lenta. Meu coração esquece o ritmo certo e dispara como um maratonista.

Seria apressado — talvez até um equívoco — dizer que estou completamente apaixonado por essa garota?

Capítulo 2 — Pessoas distintas, almas gêmeas.

...Miguel González ...

— Miguel, desculpe o atraso. Estava ajudando minha mãe com os papéis do divórcio — ela disse, sorrindo enquanto se sentava na cadeira à minha frente.

— Divórcio? — perguntei, tentando puxar assunto e conhecer melhor a garota que ocupou meus pensamentos durante a última semana.

— Ah, sim — suspirou. — Meus pais estão se separando — falou com uma expressão neutra.

— Mas… você está bem com isso? — sondei, querendo entender como ela se sentia diante de toda aquela situação complicada.

— Sim. Na verdade, estou até aliviada. Meus pais nunca se amaram. Esse casamento foi arranjado pelo meu avô.

Julia parecia mesmo aliviada. Seu olhar estava mais brilhante que o de costume, talvez por sentir algum tipo de libertação. Ainda assim, algo naquela expressão me dizia que o passado tinha deixado marcas.

— Eles não se davam bem? Ou não eram muito presentes pra você? — quis entender melhor como era o relacionamento dela com os pais.

— Muito pelo contrário. Eles sempre foram ótimos comigo, muito carinhosos. Mas não pareciam um casal… eram só amigos. Meu pai vive viajando a trabalho, mal para em casa. E quando está, só fala de negócios. Eles nem dormiam no mesmo quarto.

Minha mãe sempre idealizou um casamento por amor. Era difícil vê-la triste, como se a ilusão que criou tivesse se quebrado.

Segurei sua mão, que estava sobre a mesa. Ela baixou o olhar, pensativa. Senti tristeza pela mãe dela, que viveu um relacionamento vazio, e por ela, que cresceu no meio disso tudo.

— Eles esperaram muito tempo para tomar a decisão de se divorciar. Achavam que eu reagiria mal… mas estou realmente bem com isso. No fim, sempre foi só eu e a mamãe mesmo — disse com um certo pesar.

Ela tentou sorrir para quebrar o clima, mas mesmo que disfarçasse, eu percebi. Talvez ela esteja em paz com a separação, mas ainda não superou a ausência do pai.

— Vamos fazer os pedidos? Que tal uma torta de limão? Você já provou a daqui? É muito boa — falei, tentando mudar o assunto e animá-la um pouco.

Ela sorriu. Não importa quantas vezes eu veja esse sorriso... ele ainda parece mágico como da primeira vez.

...----------------...

Depois de fazermos os pedidos, resolvemos conversar um pouco para nos conhecermos melhor.

— Então… você me falou sobre os seus pais, mas não tem irmãos ou algum parente mais próximo? — perguntei, demonstrando interesse.

— Não tenho muito vínculo com a família da minha mãe. Ela brigou feio com meu avô há muitos anos e, até hoje, eles mal se falam. Já com a família do meu pai... é complicado. Meus avós paternos morreram há muito tempo. Tenho um tio, uma tia e alguns primos, mas são todos interesseiros e presunçosos. Entendo por que meu pai não gosta de estar perto deles — ela revirou os olhos ao falar da família. Dava para sentir o desgosto daqui.

— Porém, eu tenho um irmão mais velho. Ele é filho do meu pai, de antes do casamento. Somos bem próximos. Atualmente, ele mora na Inglaterra. Estuda Medicina lá, então não temos muito tempo para conversar — seus olhos brilharam ao falar dele. Ela tem muito orgulho do irmão.

Sua expressão mudou, e com curiosidade ela me perguntou:

— E você? Como é a sua família?

— Não é muito grande. Meus avós paternos já são falecidos. Não tenho tios ou primos, mas tenho a dinda Vitória — ela é prima do meu pai.

— E os seus pais? Sua família materna? — ela se inclinou na minha direção, demonstrando interesse e me dando toda a sua atenção.

— Meu pai é incrível. Ele me criou sozinho. A mulher que me gerou me abandonou quando eu nasci. Ela não estava preparada pra ser mãe… ainda bem que meu pai, pelo menos, tentou — dava para sentir o amargor na ponta da minha língua. Acho que ela sentiu também, porque sua expressão se apagou.

— Eu sinto muito. Acho melhor a gente falar sobre gostos… quando se trata de família, não temos os melhores assuntos — ela soltou uma risada leve para mudar o clima, e conseguiu. Por algum motivo, eu fico hipnotizado por aquele sorriso.

Nossos pedidos chegaram e agradecemos ao garçom. Ela deu uma garfada grande na torta e, depois de provar, fez uma cara de felicidade, como uma criança em um parque de diversões.

— Eu ia perguntar se você prefere doce ou salgado, mas acho que já sei a resposta — disse. Ela me encarou com um olhar sugestivo, como se me desafiasse a adivinhar mais sobre ela. Então aceitei o desafio.

— Entre amargo, azedo e picante, você deve preferir azedo. Gosta mais do dia do que da noite e aprecia a primavera. É espontânea, então deve gostar de dançar, viajar e fazer amigos. É ousada e gosta de tomar iniciativa, mas sem forçar demais. Acertei?

Ela me olhou com mais intensidade e o sorriso sutil cresceu, evidenciando suas covinhas. Pelo jeito tímido com que me olhou, devo ter ido bem… ou chegado bem perto disso.

— Você é bom. Acertou quase tudo. Tirando a parte de fazer amigos, você me descreveu bem. Apesar de ser uma garota espontânea, como você disse, prefiro um círculo pequeno de amizades. Gosto de ficar na minha.

Mas… e você? Como você é? Só sei que é um pouco antissocial e que ama ler.

— Está certa. Pega tudo o que eu disse sobre você… eu sou o extremo oposto. Adoro comida picante, a noite e o inverno. Sou péssimo na dança, mas amo música. Na verdade, além de nadar, não curto nada que me faça me movimentar demais. Gosto de passeios, mas prefiro estar em casa. Sou um pouco fechado e normalmente não tomo iniciativa.

Mas o meu segredo… é que sou bom em ler as pessoas. É uma habilidade — sussurrei essa última parte como se fosse algo extremamente secreto.

— Então por que não trabalha pro FBI? — ela respondeu, divertida, no mesmo tom.

Gargalhamos juntos e passamos a tarde trocando piadas e descobrindo mais um sobre o outro. Mesmo sendo bem diferentes, temos muito em comum. Foi um encontro maravilhoso. Julia é encantadora.

Levei-a até em casa no fim da tarde e depois segui para a minha. Não consigo esconder a alegria — nem a ansiedade — pelo dia de amanhã. Vou levá-la à faculdade.

Já deitado na cama, mandei mensagem para o Matheus contando como foi o dia. Ele, claro, me zoou, dizendo que eu estava apaixonado. E… eu não posso negar. Acho que estou mesmo.

Ele me deu os parabéns por “desencalhar”.

Revirei os olhos para o celular, desliguei a tela e fiquei olhando para o teto, feito um maluco... até adormecer.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!