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Entre Nós, um Contrato!

CAPÍTULO 01 Apresentação dos personagens!

Sinopse

Cinco anos depois de sair da escola como o patinho feio invisível, Beatriz retorna ao mundo de Caio, agora como candidata à vaga de secretária em sua empresa. O que ela não esperava era reencontrá-lo ainda mais irresistível — e totalmente alheio ao passado que compartilharam. O que ele não esperava era que seu pai, em busca da esposa perfeita para o filho, enxergasse em Bia a única mulher digna de carregar o sobrenome da família.

Quando um contrato de casamento é colocado entre eles, Bia aceita, achando que poderia finalmente viver a paixão que guardou por tanto tempo. Mas Caio, preso às suas próprias feridas e ambições, transforma o matrimônio em um acordo frio e distante. Três anos se passam sem que o casamento seja consumado — até que um mês em um resort paradisíaco começa a desfazer o gelo entre eles.

Em meio ao sol, ao mar e às memórias que despertam, Caio começa a se lembrar da garota que um dia o olhava com olhos brilhantes. Quando finalmente se entregam ao sentimento que sempre esteve ali, a consequência é inesperada: uma gravidez de trigêmeos.

Mas o contrato que os uniu também ameaça separá-los. O pai de Caio é claro: após o nascimento dos bebês, Bia deve partir — deixando os filhos e o coração para trás. Agora, Caio precisa decidir: continuará preso ao dever ou lutará pelo amor que quase perdeu para sempre?

                                 

Eu sou Caio Méndez sou CEO das empresas Méndez Enterprise, temos filiais por todo país, somos reconhecidos mundialmente e internacionalmente, moro em Nova York tenho 24 anos sou filho único e por isso acabo fazendo tudo que os meus pais querem, principalmente meu pai, sou casado com a Beatriz por contrato, como falei antes por vontade do meu pai e pela exigência do conselho, pois para eles um CEO casado mostra mais responsabilidade. Tenho que dar um herdeiro para a família, mas como se odeio minha mulher, nunca consumamos o casamento.

                                 

Oi, sou Beatriz Soares tenho 22 anos, sou formada em administração e trabalho como secretaria do meu marido Caio Méndez, somos casados por contrato, mas amo meu marido, tenho melhor amigo que é o meu motorista e segurança Daniel, pois perdi meus pais em um acidente de carro quando estava no ensino médio, e parecia que eles estavam adivinhando que algo ia acontecer, pois me emanciparam e colocaram o nosso único bem em meu nome, nossa casa, hoje minha única família é meu marido e o Dani, que considero como irmão, que cuida da minha casinha para mim, até eu voltar, pois meu contrato de casamento tem prazo de validade, tenho que dar um herdeiro para o meu marido e após  amamentar por 3 meses tenho que deixá-lo com meu marido, isso nem aconteceu e estar acabando comigo

                                      

                                                         Pais do Caio (Fernando e Isabela Méndez:)

                                        

                                                           Pais de Bia (Ana Carolina e Mauro Soares)

                               

                                                     Daniel melhor amigo/irmão de Bia 23 anos

Palavra da autora

Olá, meninas, olha eu mais uma vez aqui, espero que gostem de embarcar em mais essa aventura comigo, conto com o apoio de vocês, curtam e comentem.

Beijos, Boa leitura!!!

CAPÍTULO 02 Como tudo começou!

Vamos para mais um dia naquela escola que eu odeio. Me chamam de “patinho feio”, mas não sou feia — só não gosto de me arrumar. Sou a melhor aluna da sala e tenho um melhor amigo, o Daniel, que considero como um irmão. Crescemos juntos; nossos pais são amigos desde pequenos.

Muita gente vive perguntando pra ele o que ele faz andando comigo. Ele é lindo, repetiu um ano e por isso está na mesma série que eu. Não vale nada, mas eu amo esse idiota, kkkkk.

Tomo meu café da manhã feito com carinho pela minha mãe. Ela trabalha fazendo faxina em várias casas e meu pai é segurança na Méndez Enterprise. Sempre tomamos café juntos. Me despeço deles e, assim que saio, já dou de cara com o Dani me esperando na frente de casa.

— Vamos, mala! Demora uma eternidade! — ele reclama.

— Vai à merda, Dani. Nem demorei. — Ele dá aquele sorrisinho debochado de sempre. Adora me irritar. Mas ninguém se engane: ele me defende de qualquer um, sempre.

Estamos no 8º ano. Assim que chegamos à escola, já começam as piadinhas. Seguro o Dani pelo braço antes que ele faça alguma besteira.

— Deixa pra lá, não liga. Já tô acostumada.

— Não devia se acostumar com isso. Você é linda. Por que não se arruma um pouco? Só pra mostrar pra essas patricinhas que você é muito mais bonita que elas. Vem sempre toda largada pra escola...

— Não preciso vir toda produzida. Eu venho pra estudar, não pra me aparecer.

— Tá, tá, tá... não falo mais — diz ele, frustrado, saindo na frente.

Mas não posso fazer nada. Não vou ser como os outros só porque querem. Sigo meu caminho de cabeça baixa, até que esbarro em alguém e... PÁ! Caio de bunda no chão, minha bolsa abre e o conteúdo se espalha.

— Ai! — reclamo.

— Desculpa! Não te vi — diz uma voz masculina.

— Imagina, eu que devia estar olhando pra frente...

Quando levanto os olhos, fico sem fôlego. O garoto é lindo. Ele estende a mão pra me ajudar a levantar e eu aceito, envergonhada.

— Caio Méndez — ele se apresenta, sorrindo.

— Beatriz Soares — respondo baixinho.

— Lindo nome, igual à dona. Posso te chamar de Bia?

— P... P... Pode — gaguejo. Nenhum menino tinha me falado isso antes... tirando o Dani, que não conta. Caio sorri de novo. E que sorriso.

— Sou novo aqui. Pode me mostrar onde é a secretaria? Preciso pegar meu horário.

— Claro, vem comigo — digo, tentando parecer calma.

Chegando lá, chamo a Gi, que trabalha na recepção.

— Oi, Gi. Esse é o Caio, aluno novo. Veio buscar o horário.

— Oi, Bia. Como sempre prestativa. Você é 10 — ela diz. Bufo por dentro. Pena que nem todo mundo acha isso.

Ela entrega o horário pro Caio e me olha:

— Bia, mostra pra ele onde fica a sala? É em frente à sua.

— Ok! Vamos.

No caminho, damos de cara com a Bianca e sua turma. Pronto. Respira, Bia.

— Olha o patinho feio tentando se amostrar pro aluno novo! — diz Bianca, com aquele sorrisinho venenoso.

Caio olha pra mim e abaixo a cabeça, morrendo de vergonha.

— Olá, gatinho. Sou a Bianca. Você devia evitar certas companhias. Isso pode acabar com sua reputação — ela continua, sem o menor senso.

Antes que ele possa responder, aponto rapidamente:

— Sua sala é aquela ali. Com licença.

Saio rápido, ouvindo risadas atrás de mim. Nem olho pra ver se ele riu também. Melhor assim. Já basta a humilhação do dia...

Mas, quando estou quase chegando na minha sala, ouço passos correndo atrás de mim.

— Ei, Bia! Espera!

Viro devagar. É ele.

— Obrigado por me mostrar tudo. E... você devia levantar a cabeça. Você não tem nada de patinho feio. Elas só falam porque se sentem ameaçadas.

— Você nem me conhece — digo, tentando conter o rubor.

— Ainda. Mas quero conhecer — ele responde, com um sorriso torto que faz meu coração disparar.

E pronto. A partir daquele momento, eu soube que as coisas iam mudar.

Entro na sala meio desnorteada, tentando entender o que acabou de acontecer. Sento na minha carteira ainda segurando os livros com força, como se fosse desmaiar se soltasse.

Dani entra logo em seguida, joga a mochila na cadeira e já manda:

— Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?

— Não... quer dizer... sim — falo, tentando parecer indiferente.

— Fala logo, Bia. Eu te conheço — ele me encara sério.

Olho pra ele, mordo o lábio e suspiro.

— Eu esbarrei no aluno novo... o nome dele é Caio. Ele é lindo, Dani. Tipo... muito lindo.

Ele me olha levantando uma sobrancelha.

— E?

— E nada! Eu só... achei ele bonito. Ele foi educado, me ajudou a levantar, disse que queria me conhecer...

— Ahh, já entendi — Dani ri, meio forçado. — Tá toda derretida por causa de um sorrisinho.

— Ai, Dani! Nem é assim... — Empurro ele de leve.

— Claro que não — ele responde irônico. — Mas olha só: fica esperta, Bia. Esses caras bonitos sempre têm um lado canalha.

Reviro os olhos.

— Você fala isso porque quer ser o único galã da escola.

— E eu sou — ele pisca.

Toco a cabeça com o caderno, tentando me concentrar na aula. Mas a verdade é que não consigo parar de pensar naquele sorriso.

No intervalo, eu e Dani vamos direto pro pátio. Como sempre, ele vai pegar um refrigerante e um salgado, enquanto eu fico esperando perto da quadra. É aí que ouço a gritaria.

— Ai meu Deus, ele é jogador! — grita uma das meninas do 9º ano.

— Caio! Vem pro nosso time! — um garoto chama.

Me aproximo, curiosa. E lá está ele: Caio, o aluno novo, no meio da quadra, chutando a bola com uma habilidade absurda. O professor de Educação Física parece impressionado.

— Esse garoto vai levantar nosso time! — diz ele, anotando algo.

— Ele vai entrar no time titular! — ouço outro garoto dizer empolgado.

As meninas já estão formando roda, algumas gritando, outras gravando vídeos, outras retocando a maquiagem ali mesmo. Vejo a Bianca mexendo no cabelo, toda animada.

— Óbvio que ele ia chamar atenção — murmuro pra mim mesma, sentindo um nó estranho no peito.

Dani volta, mordendo o salgado.

— O que foi? Por que essa cara?

— Nada... só... o Caio vai entrar pro time de futebol.

— Tinha que ser. Bonito, simpático e agora jogador. Vai virar rei da escola — ele fala meio seco.

— Relaxa, Dani. Nem ligo pra isso.

Mas a verdade é que eu ligava. Meus olhos não conseguiam sair dele. Tão à vontade ali, rindo, correndo, sendo elogiado...

Baixo a cabeça, como sempre faço.

— Ele foi educado comigo, só isso. Quis ser gentil. Aposto que já nem lembra meu nome... tem tanta menina linda aqui. Eu sou só a garota estranha, que ninguém nota. Não tem por que eu me iludir.

Digo isso pra mim mesma, quase como um lembrete. Uma regra pra não sair machucada.

Mas, mesmo assim, meu coração insiste em bater mais rápido toda vez que olho na direção dele.

Capítulo 03 A Garota que foge!

Desde aquele primeiro dia, Caio sempre arruma um jeito de falar comigo. Às vezes é só um “Oi, Bia”, outras vezes ele se senta do meu lado no intervalo, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Você sempre se senta sozinha? — ele perguntou ontem, enquanto mordia um pedaço de pão de queijo.

— Eu gosto de ficar quieta — respondi sem nem olhar pra ele.

Ele não pareceu se importar. Só continuou ali, falando sobre como a escola é diferente da que ele estudava antes, e como ainda se perde nos corredores. Eu ria por dentro, mas por fora… mantive a mesma expressão neutra.

Por que ele continua tentando?

Dani, claro, percebe tudo. E não gosta.

— Ele tá te dando mole, Bia. Tá na cara — ele disse na quarta-feira.

— Você vê coisa onde não tem, Dani.

— Você vê menos do que devia — ele resmungou, levantando-se e indo embora.

Dani ficou mais distante essa semana. Não sei se é ciúmes, preocupação ou só drama dele mesmo. Mas agora, com Caio por perto, parece que o mundo tá me olhando mais do que nunca. E eu não gosto disso.

Eu... tenho medo.

Não de Caio. Mas de mim. De me apegar. De me machucar.

Já vi meninas como eu se iludirem com garotos como ele. E no fim, são sempre as “patinhas feias” que ficam chorando no banheiro.

Hoje, na hora do intervalo, estava encostada perto da árvore grande do pátio, lendo um livro qualquer, só pra fingir que estava ocupada. Ele apareceu do nada.

— Hey, Bia. Tá fugindo de mim? — ele perguntou, sorrindo.

— Eu? Claro que não... só gosto de ficar no meu canto.

— Engraçado... porque toda vez que chegou perto, você sai.

Fechei o livro e respirei fundo.

— É só impressão sua.

— Então me deixa ficar aqui — ele pediu, sentando-se no chão, do meu lado.

Olhei pra ele, sério. Por que ele tava fazendo isso? Por que eu?

— Tem tanta menina atrás de você... mais bonita, mais interessante. Por que tá perdendo tempo aqui?

— Porque eu gosto de falar com você. Porque você é diferente. Verdadeira.

Aquela resposta me travou. Fiquei quieta. Olhei pro chão. Senti meu coração bater acelerado, como se quisesse escapar do meu peito. Mas minha boca, teimosa, soltou:

— Você vai enjoar. Sempre enjoam.

Ele franziu a testa, confuso.

— Eu não sou “eles”, Bia — ele disse com aquele tom firme, mas calmo.

Fiquei olhando pro chão. Não sabia o que responder. Só queria desaparecer naquele momento. Meu coração estava uma bagunça, minha cabeça, pior ainda.

— Você tá no 1º ano... — soltei do nada, só pra mudar o rumo da conversa.

— Sim. E?

— Eu tô no 8º. Você tem outras pessoas, da sua turma. Por que tá perdendo tempo aqui comigo?

Ele deu uma risada curta, quase irônica.

— Então é isso? Você acha que a série muda quem eu gosto de conversar?

— Não é só isso... você é popular, Caio. Já entrou no time da escola, tá sempre cercado de gente. Eu... eu sou invisível aqui. E gosto assim.

Ele me olhou por alguns segundos, como se tentasse entender cada palavra que eu disse, como se quisesse ler o que estava escondido atrás dos meus olhos. A verdade é que eu queria gritar: "Não se aproxima, eu me machuco fácil." Mas fiquei calada.

— Eu não tô tentando te deixar famosa, Bia. Nem tô aqui por causa de quem você é pros outros. Tô aqui por quem você é pra mim.

Minha garganta fechou. O que ele quer de mim, afinal? Nenhum garoto fala assim comigo. Ninguém nunca falou.

Me levantei devagar, limpando o uniforme da poeira.

— Eu preciso ir... ainda tenho prova depois do intervalo.

Ele se levantou também, sem insistir.

— Ok... mas só pra constar: eu não vou parar de falar com você só porque você finge que não se importa.

Fingi um sorriso.

— Eu não finjo. Eu realmente não me importo.

Mentira. Eu me importava.

Demais.

Depois daquele dia, comecei a evitá-lo mais ainda. Mudava o caminho até a sala, almoçava em horários diferentes, e sempre inventava desculpas pra não conversar. Só que o problema era: quanto mais eu fugia, mais ele aparecia. Em pequenos gestos. Um bilhete na minha mochila. Um “bom dia” tímido no corredor. Um sorriso quando nossos olhos se cruzavam por acaso.

E cada uma dessas pequenas coisas ficava gravada em mim como se fosse tinta permanente.

Mesmo sendo de séries diferentes, ele sempre dava um jeito. E eu? Continuava escondida atrás do medo. Atrás da certeza de que ele era tudo o que eu nunca seria: confiante, popular, querido. E eu... só era a Bia.

Mas à noite, deitada na minha cama, olhando pro teto, meu coração gritava uma verdade que minha boca jamais deixaria escapar:

"Eu queria que ele não desistisse de mim."

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