NovelToon NovelToon

Noiva de Sangue

Atenção

Hoje, às 21h vai estrear este livro com dois capítulos, que será a quantidade de capítulos semanais. Esta é uma história de vingança com muitos personagens e subtramas, então teremos alguns romances.

A história será repleta de vingança, reviravoltas e ninguém é 100% bom ou mau.

Só lendo e acompanhando para saber como termina!

Capítulo 1

O campo de girassóis se estendia até onde os olhos podiam alcançar, os caules dourados balançando suavemente ao ritmo da brisa morna. O perfume fresco das flores misturava-se com o riso cristalino de Valentina Diniz, deitada sobre a relva, com os cabelos loiros espalhados como fios de seda.

Rafael Alencar, alto, de olhos intensos e sorriso enigmático, aproximou-se lentamente. Num impulso brincalhão, tombou-se sobre ela, fazendo-a rir ainda mais enquanto ambos rolavam entre os girassóis.

Rafael: Você me faz sentir... invencível

Sussurrou Rafael, segurando o rosto dela com delicadeza, os olhos negros brilhando como se escondessem um segredo.

Valentina sorriu, fechando os olhos para receber o beijo, como quem não tem medo de nada, como quem confia plenamente. O vento sussurrou entre as flores, num som que, por um breve segundo, pareceu um aviso.

Valentina: Eu também sou a mulher mais feliz do mundo...

Murmurou, os lábios roçando os dele.

Valentina: Com você, posso ir até o fim do mundo...

Rafael se afastou um pouco, como quem busca coragem, e então, com um movimento calculado, ajoelhou-se diante dela. Do bolso de sua calça retirou um pequeno estojo de veludo vinho. Abriu-o, revelando um anel de rubi que cintilava como uma gota de sangue sob o sol.

Valentina levou as mãos à boca, emocionada. O reflexo do rubi tingia seu rosto de vermelho, como um presságio ignorado.

Rafael: Quer casar comigo?

Perguntou Rafael, com aquele mesmo sorriso seguro, quase ensaiado, enquanto os girassóis ao redor balançavam silenciosamente, testemunhas mudas.

Valentina não hesitou.

Valentina:Sim!

Exclamou, jogando-se em seus braços, sentindo-se, ali, naquele momento, a mulher mais amada da Terra.

Enquanto ele colocava o anel em seu dedo, Valentina não percebeu o olhar fugaz e distante de Rafael, que, por um breve instante, encarou o horizonte como quem medita sobre escolhas sem volta.

Ao longe, uma figura misteriosa assistia a cena com atenção e inveja, uma mulher alta, olhos esverdeados refletindo ambição, inveja, falsidade e ciúmes. Essa pessoa se aproxima aos poucos do casal, quase como se quisesse atrapalhar o momento.

??: Meus parabéns, amiga!

Dizia a mulher exibindo um sorriso no rosto e batendo palmas.

Valentina, vira seu olhar para ela, sua expressão não escondia sua surpresa, ainda que misturada com felicidade.

Valentina: Manuela?! O que você está fazendo aqui?

Manuela: De quem acha que foi a ideia de te trazer pra um campo de girassóis? Eu desejo tudo de bom pra esse casal lindo que vocês formam!

Ela fala com um sorriso no rosto e um olhar de falsa alegria, que escondia não um, mas vários segredos obscuros.

Valentina não esconde sua felicidade, e abraça os dois juntos, que no abraço, olhavam-se.

*Mais tarde naquele dia, no hotel no qual eles estavam hospedados*...

Valentina dormia profundamente ao lado de Rafael, que permanecia acordado, olhando para o celular, como se estivesse esperando algo.

O celular vibra, ele sorri maliciosamente enquanto lê a notificação, e logo depois sai do quarto, vestido somente com um roupão.

A mãe de Rafael, Isabela, estava em um táxi, que ia para o hotel onde os três se hospedaram.

Isabela(*pensamento*): Espero que tenha dado certo o pedido de casamento... Ter o meu filho sendo marido da dona da maior linha de empresas produtoras de carros seria perfeito...

Ela abre a janela do táxi, e olha para fora, sorrindo.

Isabela(*pensamento*): Estaríamos com toda a nossa vida garantida, repleta de luxos, longe daquele povinho favelado da nossa família.

O táxi para, eles haviam chegado ao hotel.

Isabela desce do carro, e entra no hotel, indo até a recepcionista.

Isabela: Boa noite. Sou a mãe de Rafael Alencar, vim fazer uma visita a ele e sua noiva. Em qual quarto eles estão?

Recepcionista: Me dê sua identidade, preciso confirmar se o que a senhora está dizendo é verdade.

Isabela lhe dá a sua identidade, e a recepcionista confirma a informação.

Recepcionista: Há duas reservas no nome dele, uma na suíte presidencial e outra no quarto 312.

Isabela: Duas? Enfim, obrigado pela ajuda.

Isabela vai até o elevador e decide verificar primeiramente o quarto 312.

Rafael se encontrava no quarto em que sua mãe iria chegar, no entanto não sozinho.

Risadas de luxúria preenchiam o lugar, uma mulher estava com ele na banheira, eles beijavam-se, riam, e faziam amor como dois apaixonados.

"Ding-dong!"

O som da campainha atrapalha o momento, e os dois se afastam.

Rafael: Deve ser a champanhe que eu pedi, o dia de hoje exige uma comemoração à altura.

Ele se levanta da banheira, dá outro beijo na mulher, e veste-se com um roupão.

Rafael vai até a porta e a abre, porém é surpreendido por uma visita inesperada.

Isabela: Ah... Achei vocês.

Ela entra no quarto, Rafael estava perplexo, e não consegue impedir sua mãe de entrar, e ela, por sua vez fica boquiaberta ao ver outra mulher na banheira, completamente nua, Manuela Dias.

Isabela: Mas que diabos é isso?!

Ela fala, berrando, e Rafael e Manuela se olhavam, assustados.

Nota do autor: O que será que vai acontecer no próximo capítulo? O que acharam deste capítulo?

Capítulo 2

Isabela estava perplexa com a cena que acabara de ver. O silêncio havia se instalado no local, os únicos sons que podiam ser ouvidos eram o da água caindo na banheira e uma música de fundo, baixa. O quarto era como os outros, exceto a suíte, uma cama box, uma mesa para refeições e uma mesa ao lado da banheira, na qual estavam duas garrafas abertas de champanhe e duas taças, o cheiro de champanhe espalhava-se pelo quarto.

Isabela abre um sorriso debochado e começa a bater palmas.

Isabela: Meus parabéns... Valentina mal disse sim e você já começou a traí-la, se é que já não traía antes... Está honrando o sangue podre de seu pai.

Ela diz, sentando-se em uma cadeira e pondo a bolsa sobre a mesa.

Rafael se sente humilhado ao ouvir aquilo vindo de sua própria mãe, já que seu pai abandonou eles e por conta disso sua infância foi marcada por pobreza e dificuldades financeiras.

Manuela: Hahahaha!!!

A gargalhada de Manuela quebra o silêncio.

Manuela: Acho que a senhora não deve ter se surpreendido tanto, só ficado decepcionada. Já que passou quatro anos aproximando seu filho da Valentina.

Isabela solta outra gargalhada, e a olha com desprezo.

Isabela: O mesmo vale para você, meu anjo. O que muda é o tempo e a sua cara de pau.

Rafael suava frio, seu corpo tremia, ele queria falar mas era como se sua voz estivesse presa na sua garganta.

Rafael: Mãe...

Sua voz sai, e Isabela olha para ele, ainda com nojo.

Rafael: Eu... Eu já namorava a Isabela antes mesmo da senhora saber da existência da Valentina. A Isabela sabia das nossas dificuldades financeiras e decidiu nós ajudar...

Isabela: Namorando a rica e a traindo com a pobretona... É pior do que pensei, patéticos.

Manuela: Aí que vem o golpe final, querida: Vamos tomar tudo da Valentina.

Isabela abre um sorriso malicioso.

A noite passa e o dia amanhece. Valentina acorda, alegre, com um leve sorriso no rosto, que se desfaz ao perceber que Rafael havia saído do quarto sem avisar a ela e deixado um bilhete:

"\*Amor, tive que sair para resolver um problema, nos vemos na empresa\*"

Valentina: Já são 08:30, tenho que ir para a empresa.

Valentina se levanta e vai tomar um banho de ducha, seu corpo relaxava à medida que as gotas d'água batiam nele. Ela se enrola em uma toalha e pega seu celular, sua irmã, Arlete, já tinha a ligado quatro vezes, e ela decide retornar.

Ligação on.

Arlete: Finalmente me retornou!

Valentina: Desculpa, mana, estava dormindo e acordei agora.

Arlete: Certo. Agora me diz, o que o traste queria com você ontem?

Valentina: Primeiro, ele não é traste, segundo, ele me levou pra um campo cheio de girassóis e me pediu em casamento... Foi lindo!

Arlete: Hahahaha!! "Lindo"? Lindo vai ser o golpe que ele vai te dar! Abre o olho, minha irmã!

Valentina: Arlete, sei que você diz isso para o meu bem, mas eu sinto que ele não vai me fazer mal, confia em mim. Eu deixo você e o Marlon namorarem em paz, mesmo que vocês não pertençam à mesma esfera social.

Arlete: Eu não tenho preconceito algum com pessoas com menos recursos, o que muda para o Rafael é que ele não me inspira confiança. Mas se você insiste.

Valentina: Vou desligar, daqui a pouco estou aí na empresa.

Ligação off.

Arlete: Queira Deus que eu esteja errada.

Ela fala, pondo sua mão sobre o peito.

Arlete havia acabado de sair do carro, uma mulher negra, de cabelos cacheados longos e vestida elegantemente, ela tinha 26 anos, mas sua aparência lhe fazia parecer ter 16.

Ela estava em frente à empresa, chamada AD– Automóveis Diniz– era um prédio enorme, de 25 andares, nele, estavam os trabalhadores responsáveis pela ideia de novos modelos de carro, contadores, supervisores e tudo mais. Arlete era a vice-presidente da empresa, mesmo não tendo ações nela, pois quando sua mãe faleceu, ela lhe deixou todas as fazendas e as empresas para Valentina, de modo que ambas ficassem igualmente herdeiras.

Arlete entra no prédio e depois no elevador, ela aperta no número 25 e começa a mexer em seu celular, enquanto o elevador sobe.

Marlon a liga neste momento, e Arlete atende.

Ligação on.

Arlete: O que foi, meu amor?

Marlon: Bom dia. Eu queria te fazer uma surpresa hoje à noite, às sete. Pode ser?

Arlete: É que eu tenho um compromisso... Mas vou sim.

Marlon: Ok. Mais tarde eu passo na sua casa e te pego.

Arlete: Tá bom. Tchau, eu te amo.

Marlon: Tchau, também te amo.

Ligação off.

Arlete havia acabado de chegar no seu andar e sai do elevador, indo logo em seguida para o seu escritório e senta-se na mesa para revisar alguns documentos e pastas.

"*Toc toc*"

Arlete: Entre, por gentileza.

Manuela abre a porta e entra.

Arlete: Ah, é você, se eu soubesse teria mandado ficar fora mesmo.

Manuela: Simpática como sempre, né, Arlete?

Manuela fala, seu tom de voz era arrogante.

Arlete: Abaixe o tom de voz para mim. Aqui sou sua chefe, não irmã da sua amiga. Agora fala o que quer aqui.

O sorriso falso de Manuela some, sua expressão de arrogância vira uma careta de raiva.

Manuela: A dona Isabela está aqui, ela quer falar com você.

Arlete a olha com uma expressão de seriedade vira um pequeno sorriso.

Arlete: Ainda não aprendeu? Aqui você deve me chamar de SENHORA. E é com a voz aveludada. Mande ela entrar.

Manuela: Como quiser, senhora.

Minutos depois Isabela entra com um sorriso no rosto de orelha a orelha.

Isabela: Como é bom te ver de novo.

Ela fala, sentando-se à mesa do escritório. Arlete sorri de volta.

Arlete: Gostaria de poder dizer o mesmo, mas aí eu estaria mentindo, tal como você.

O sorriso de Isabela cai.

*No escritório de Rafael*...

Rafael pega o telefone e liga para Manuela, a mandando ir para lá.

Enquanto ela vem, ele retira sua gravata e desabotoa alguns botões da camisa, alguns segundos depois, Manuela entra e fecha a porta atrás de si e depois as janelas do escritório.

Manuela: O que o senhor deseja que eu faça?

Ela pergunta com um sorriso malicioso.

Valentina estava no elevador, que chega ao andar no qual Rafael trabalha e sai dele.

Valentina: Sra. Susan, o Rafael está aqui?

Susan: Sim.

Valentina: E há mais alguém com ele?

Susan: Sim, a Manuela está lá.

Valentina fica um pouco surpresa, agradece Susan e vai até o escritório dele.

Valentina: As janelas estão... Fechadas? Por quê?

O coração dela dispara, suas mãos tremem e seu rosto passa a suar.

Ela se aproxima lentamente da porta e ao girar a maçaneta, empurra a porta...

Continua no próximo capítulo.

Nota do autor: Será que a Valentina vai descobrir? O que achou deste capítulo?

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!