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Contrato de Exclusividade: O Bilionário Bad Boy e a Stripper.

Avisos & Personagens

Comunicado da Autora:

Querida leitora, se você abriu esse livro esperando um romance fofo com flores e declarações suaves...

Talvez tenha entrado no endereço errado.

Aqui, o amor não vem fácil. Ele começa com guerra. Com um bilionário egocêntrico, manipulador, ciumento e perigosamente sedutor. Com uma stripper ousada, inteligente, dona de si e que não abaixa a cabeça pra ninguém.

Damon Lancaster não ama. Ele domina.

Scarlett Hayes não se entrega. Ela provoca.

Este não é um conto de fadas. É uma batalha de vontades. Onde contratos substituem promessas, olhares valem mais do que palavras, e cada toque pode ser o início de um incêndio.

Você vai rir, vai morder os lábios, vai sentir raiva, desejo, tensão, e em algum momento, sem perceber... vai se apaixonar junto com eles.

“Contrato de Exclusividade: O Bilionário Bad Boy e a Stripper” é um romance enemies to lovers recheado de humor ácido, sedução, poder, frases de impacto e cenas quentes que queimam até as páginas.

Se você está pronta... Vista seu salto mais alto, retoque o batom e entre nesse jogo onde ninguém sai ileso.

Com carinho (e veneno), Rosana Lyra 🌹

Dedicatória:

Para você, leitora que ama um bilionário pecaminosamente sexy, um contrato cheio de cláusulas proibidas, e uma stripper que sabe como enlouquecer até o mais frio dos homens. Que esse romance te faça suspirar, rir, desejar... e perder o juízo em cada página.

Para todas as mulheres que já ouviram: “Você não pode.” E responderam: “Assista.”

Essa história é para você, leitora que ama um romance de tirar o fôlego, com tensão, fogo e personagens que colidem antes de queimar.

É pra você que não resiste a um bilionário maldito, possessivo, manipulador, mas que, mesmo sendo o inferno em pessoa, consegue te fazer suspirar com uma única palavra.

Essa história é pra você, que carrega cicatrizes invisíveis, mas nunca deixou de andar de salto alto.

Que sabe o que é lutar sozinha, dançar no meio do caos e rir da cara do perigo com batom vermelho e sarcasmo nos lábios.

Scarlett não é só uma stripper. Ela é força. É sarcasmo. É trauma disfarçado de dança.

Damon não é só um Ceo arrogante. Ele é o caos de terno. A ruína sexy. O tipo de homem que você odeia amar… e ama odiar.

Esse livro é pra quem ama sentir borboletas e socos no estômago ao mesmo tempo.

Pra quem gosta de provocações afiadas, sedução sem freio, e personagens que desafiam todas as regras, inclusive as do próprio coração.

Obrigada por estar aqui. Por cada capítulo lido, por cada suspiro escondido e por entrar de cabeça em mais uma história comigo.

Você não está sozinha. Você está prestes a se perder comigo.

E te prometo… vai valer cada linha.

Sinopse:

"Ela era fogo demais para ser tocada. Ele era gelo demais para se derreter. Mas o contrato os queimaria até os ossos."

Damon Lancaster, 39 anos, bilionário egocêntrico, manipulador e dono de uma frieza capaz de congelar corações, está cansado das pressões da elite nova-iorquina. Seus pais exigem um casamento com alguém à altura do nome Lancaster. Ele entrega outra coisa: um contrato de exclusividade com a mulher mais inesperada possível, uma stripper.

Scarlett Hayes, 25 anos, é sensual, sarcástica e dona de uma língua afiada. Trabalha na boate Red Temptation em Manhattan e nunca se curvou a homem algum. Quando Damon aparece exigindo que ela seja “só dele”, ela cospe sarcasmo… mas assina o contrato por um valor irrecusável.

Entre jogos de poder, ciúmes, luxúria, família rica e segredos enterrados, o que começa como um acordo se transforma em algo muito mais perigoso.

Porque ninguém sai ileso quando a obsessão encontra sua musa.

Para quem vai ler não esqueçam de ajudar a autora com:

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Capítulo 1 – O Herdeiro Indomável

Damon Lancaster

O mundo espera muito de quem nasce com um sobrenome estampado em prédios, jornais e taças de champanhe. Eu nasci Lancaster. Maldito nome de ouro que sempre pesou como uma maldição.

Meu berço foi uma suíte no hospital mais caro de Manhattan. Meu primeiro brinquedo foi um Rolex miniatura, presente do Ceo de uma multinacional. Cresci ouvindo que o mundo me pertencia, desde que eu fosse exatamente quem eles queriam.

Mas eu nunca fui.

Desde garoto, eu era problema. E não do tipo que se resolve com um cheque. Eu quebrava protocolos, regras, expectativas. Enquanto os filhos dos amigos dos meus pais sorriam para as câmeras e tiravam notas perfeitas, eu estava sendo suspenso por brigar, por dizer o que pensava, por transar com a filha do diretor no laboratório de química.

Meu pai, Thomas Lancaster, vive à base de aparências. Tem o coração mais duro que mármore italiano. Ele diz que me ama, mas ama mais sua reputação. Minha mãe, Margot, é o retrato da perfeição forçada. Fria, polida, sempre com um sorriso falso nos lábios, como se tivesse sido treinada por robôs suíços.

A única pessoa real naquela mansão é minha irmã caçula, Lana.

Lana sempre foi meu porto seguro. Quatorze anos mais nova, me via como herói mesmo quando eu não merecia. Ela sabia quando eu chegava em casa bêbado, cobria meus rastros e ria das minhas ironias. Enquanto o mundo me pintava como o rebelde mimado da elite, ela enxergava minhas rachaduras.

Aos vinte e cinco, decidi que não me curvaria. Não importava quantas reuniões de acionistas eu fosse obrigado a liderar, quantas festas de gala eu tivesse que comparecer, nunca seria o boneco que eles queriam moldar.

E quando completei trinta e nove, o inferno começou de verdade.

— Você vai se casar, Damon. E vai ser com alguém à altura dos Lancaster. — disse meu pai, diante de um whisky de quinze mil dólares.

— Eu não vou me casar com ninguém, principalmente com uma boneca de cera dessas que vocês chamam de esposa ideal.

— Está na hora de amadurecer. Sua imagem está desgastada, a mídia não perdoa mais suas extravagâncias. Precisamos de estabilidade. — completou minha mãe, sempre olhando meu pescoço tatuado com desprezo.

Minha resposta foi simples:

— Então vocês vão adorar o que preparei pra vocês.

Eles não sabiam, mas naquele momento, um plano nasceu. Um contrato. Um escândalo. Um jogo.

Eu não queria amor. Não queria laços. Queria liberdade. E, se para isso eu precisasse escandalizar o sobrenome Lancaster com algo fora do roteiro, era exatamente isso que faria.

Naquela noite, Lana entrou no meu quarto enquanto eu jogava sinuca sozinho, com um charuto na boca e um copo de rum na mão.

— Eles surtaram?

— Ainda não. Mas vão.

Ela riu, sentando na beirada da mesa.

— Posso saber qual é o plano?

— Vou fechar um contrato de exclusividade com uma mulher que eles odiariam ver ao meu lado. E vou levá-la a todos os lugares. Ela será o caos que escolhi para inferniza-los.

— Isso tem cara de loucura deliciosa. Já tem alguém em mente?

— Ainda não. Mas ouvi falar de uma boate em Manhattan. Red Temptation. Dizem que as mulheres de lá fazem homens perderem contratos, esposas e fé em Deus.

Lana gargalhou.

— E você pretende achar uma mulher que aceite um contrato lá?

— Eu só preciso que ela seja linda, selvagem e que não me suporte. O resto, eu resolvo com uma caneta e alguns zeros.

Peguei o celular, abri o GPS, ajeitei os botões da camisa preta e finalizei:

— Está na hora de conhecer minha nova arma. E ela, minha doce irmã... vai ter glitter, lábios vermelhos e uma alma que nem o diabo quis.

O mundo acha que minha frieza é charme. Que meu olhar de aço e meus silêncios calculados são coisa de gente poderosa. Eles não sabem. Ninguém sabe.

Porque não é charme. É cicatriz.

Eu nem sempre fui assim. Já fui alguém que acreditava. Sim, até eu. Aos vinte e três anos, conheci alguém que atravessou meu escudo com um sorriso. O nome dela era Katherine, filha de um diplomata e, ironicamente, completamente avessa ao jogo de aparências que nos rodeava. Ela ria das festas, fazia piadas em jantares importantes, dizia que eu era um leão enjaulado tentando parecer lobo.

Ela me amava. Eu achava que amava também. Mas a verdade é que eu precisava dela. Pela primeira vez, alguém não me via como herdeiro, como número, como estratégia. E eu me agarrei àquilo como quem se agarra ao último respiro antes do afogamento.

Eu comecei a mudar por ela. Tornei-me menos cínico, mais paciente, mais… humano. E foi ali que perdi tudo.

Não porque ela me traiu. Não no início.

Mas porque me usou.

Katherine nunca quis só a mim. Queria acesso. Queria contatos. Usava meu nome para fechar acordos. Vendia sorrisos em troca de informações. Eu descobri tarde demais. Foi quando meu nome apareceu envolvido em um escândalo de lavagem de dinheiro internacional, esquema onde ela era o cérebro.

Meus pais, claro, aproveitaram o momento para me chamar de fracasso. De decepção. De vergonha da família. E mesmo com provas da manipulação de Katherine, eles preferiram acreditar que eu estava envolvido por burrice ou fraqueza emocional.

A mídia me destruiu. Fui chamado de tolo. De idiota apaixonado. De playboy enganado por uma socialite oportunista. Eu quase fui preso. Só não fui porque a equipe jurídica da Lancaster Enterprises silenciou tudo… com dinheiro e ameaças.

E Katherine?

Ela desapareceu. Sem pedir desculpas. Sem olhar para trás.

Naquela noite, depois de tudo, fiquei em pé na sacada da mansão, segurando um copo de vidro com bourbon e desejando que ele se quebrasse contra o peito e me ferisse de verdade. Só para eu ter uma dor mais fácil de explicar.

Lana me encontrou ali. Ela tinha pouca idade na época. Me abraçou sem perguntar nada. E foi naquele silêncio que eu prometi:

Nunca mais.

Nunca mais abaixar a guarda.

Nunca mais acreditar.

Nunca mais amar.

Enterrei Katherine. Enterrei o homem que fui com ela. E, no lugar, nasceu esse que todos conhecem hoje.

Damon Lancaster: o bilionário de sangue frio, que sorri com cinismo e fala com veneno.

Damon Lancaster: que troca pessoas como se fossem ações voláteis.

Damon Lancaster: que transa, mas nunca beija. Que controla, mas nunca se entrega.

Eu me tornei o que precisavam que eu fosse. E, ao mesmo tempo, o que eu precisava ser para sobreviver.

Hoje, meu nome assusta. Minhas decisões fazem Ceo’s tremerem. E meus olhos, esses que já choraram por dentro, agora só ardem com raiva contida.

Mas há algo que nunca contei a ninguém: a dor não some. Ela só muda de forma. Às vezes, ela vira prazer. Vira controle. Vira vício em ver outros sofrerem no lugar que já foi meu.

E talvez… talvez seja por isso que essa ideia do contrato me fascina tanto.

Não é só sobre irritar meus pais. Não é apenas um jogo de status. É sobre olhar nos olhos de uma mulher e dizer:

— Você é minha. E não tem escapatória.

Porque no fundo, o Damon que morreu… ainda espera, enterrado sob toneladas de sarcasmo, que alguém o veja.

E o salve.

Mas até lá, eu prefiro ser o monstro.

Capítulo 2 – Rainha Sem Coroa

Scarlett Hayes

Tem gente que nasce com o mundo nas mãos. Eu nasci com as mãos vazias, e ainda assim, aprendi a transformar dedos feridos em garras afiadas.

Meu nome é Scarlett Hayes. Tenho vinte e cinco anos. Mas há dias em que me sinto com quarenta. E noites em que volto a ter oito, chorando em silêncio no banheiro de um apartamento mofado no Brooklyn enquanto minha mãe discutia com mais um namorado bêbado na sala.

Cresci com o gosto da ferrugem na garganta. Meu pai sumiu quando eu tinha quatro anos. Nunca deixou uma carta, nem um centavo. Só perguntas. Minha mãe, Vivian, segurou a barra como pôde, dançou por um tempo, serviu mesa por outro, depois virou cabeleireira no salão da esquina. Sempre com um cigarro no canto da boca e um sorriso cansado.

Tenho um irmão, Evan. Três anos mais velho. Um rolo compressor disfarçado de mecânico. Sempre foi o meu porto, meu protetor, meu pai e meu cúmplice. A gente aprendeu a sobreviver juntos. E também a rir no meio do caos. Porque se não rir… a vida engole.

Aos dezesseis, comecei a trabalhar como garçonete numa lanchonete 24h. Aos dezoito, já dançava. No início, era apenas sensual, nada explícito. Mas o dinheiro falava alto. A geladeira chorava de fome. E a sensação de poder que vinha do palco… ah, essa era difícil de largar.

A dança me deu liberdade. E também rótulos. Já fui chamada de vadia, de isca, de tentação. Mas ninguém nunca ousou me chamar de fraca.

Na boate Red Temptation, eu sou mais que um corpo bonito. Sou performance. Sou controle. Os homens entram ali achando que vão me dominar… e saem com a mente amarrada e a carteira vazia.

Mas não se engane. Eu não me vendi. Eu me escolhi. Todos os dias.

O que os olhos não veem é o que mais brilha. O medo que engulo quando um cliente tenta passar dos limites. A raiva que disfarço com sorriso. A solidão que cobre a cama fria quando a maquiagem sai.

Minha melhor amiga, Sasha, diz que eu tenho um coração escondido entre as coxas. Mas o que ela não sabe é que eu o escondi mais fundo que isso. Ele já foi exposto uma vez. E me custou caro.

O nome dele era Brett.

Típico canalha com cara de bom moço. Me conheceu quando eu ainda usava vestidos floridos e acreditava em finais felizes. Ele dizia que me amava, que me tiraria daquela vida. Prometia mundos e fundos enquanto dormia com outras nas minhas costas.

Eu o perdoei três vezes. Na quarta, acordei. E arranquei tudo: amor, lembrança, esperança.

Hoje, eu não acredito em romance. Acredito em trocas. Em acordos. Em liberdade.

Tenho regras claras:

1. Nunca leve um homem para casa.

2. Nunca conte seus planos.

3. Nunca, jamais, se apaixone.

Riley, meu melhor amigo, diz que eu sou feita de aço. Mas nem ele sabe o quanto já amoleci, e quase perdi tudo.

Agora, eu visto salto quinze, passo batom vermelho como se fosse armadura e danço como quem desafia o destino. E funciona. O mundo me respeita. Ou teme. E os dois me servem bem.

A maioria das pessoas acha que a vida de uma stripper é só brilho, batom e gemidos fingidos. Mas a verdade é bem menos glamourosa, e muito mais intensa.

Acordo todos os dias por volta do meio-dia, com a luz entrando torta pelas cortinas do meu pequeno apartamento no Brooklyn. Minha mãe, Vivian, já está de pé há horas. Às vezes, está no salão onde trabalha. Outras, tomando café em silêncio na cozinha. Ela é forte. Não do tipo que grita, mas do tipo que engole o choro e segue em frente como se nada a quebrasse. Aprendi com ela a endurecer. E a resistir.

— Dormiu bem? — ela pergunta sem olhar para mim, enquanto fuma no parapeito da janela.

— Dormi, mãe. Só cansei de sonhar com idiotas.

Ela sorri de canto. Ela sabe. Sempre soube. Desde o dia em que cheguei em casa aos prantos, depois de flagrar Brett transando com outra, na nossa cama, no nosso quarto, no nosso mundo.

Confiei nele. De verdade. Contra tudo que eu acreditava, deixei cair a muralha. E ele fez exatamente o que eu temia. Rasgou meu coração como quem rasga um recibo. Desde então, prometi: homem nenhum vai me quebrar duas vezes.

Depois do café, vou para a academia. Não para estética, mas para força. Para manter o corpo que me sustenta no palco e fora dele. Sou meu próprio investimento.

No fim da tarde, sigo para a Red Temptation. Uma boate elegante por fora, um campo de batalha por dentro. Espelhos, camarins com luzes quentes, cheiro de perfume barato misturado a ansiedade.

Cada mulher ali tem uma história. Algumas vieram do nada. Outras, fugiram de tudo. Mas todas, sem exceção, lutam. Como eu.

Sasha me espera no camarim com duas taças de espumante.

— Hoje tem cliente novo. Disseram que ele tem cheiro de grana e alma de tubarão.

— Ótimo. Mais um idiota com Rolex no pulso e falta de afeto no coração.

— Falando em falta de afeto… você ainda anda se esquivando de qualquer homem que tenta se aproximar. Isso é trauma ou orgulho?

— Isso é sobrevivência. — respondo, secando a taça.

Ela revira os olhos, mas entende. Sasha é minha irmã de alma. Já me viu desabar. Já segurou meu cabelo enquanto eu chorava vomitando a dor que Brett deixou.

Ela diz que eu mereço alguém bom. Eu digo que mereço paz. E paz, infelizmente, não mora em braços masculinos.

Riley chega em seguida, bagunçando o clima com sua energia debochada.

— Meninas, estou belíssimo hoje ou apenas deslumbrante?

— Você está insuportável. Como sempre. — digo, rindo.

Ele é meu melhor amigo. Meu refúgio. Gay, ousado, elegante e dono das melhores tiradas da cidade. Mas também é a faísca de várias crises de ciúmes de clientes que não suportam me ver rindo ao lado de outro homem.

— Hoje quero te fotografar com a luz vermelha do palco refletindo no teu corpo. Vai virar quadro, vai virar arte, vai virar tesão.

— Menos, Riley.

— Nunca menos, querida.

A noite começa. Luzes se acendem. A batida sensual toma conta do ambiente. A DJ solta o remix de Earned It e eu entro em cena.

Lá embaixo, olhos famintos. Alguns respeitam. Outros testam limites. E eu, como sempre, danço entre o desejo e o desprezo.

Entre um número e outro, volto ao camarim. Sasha comenta sobre Evan, meu irmão, que passou por lá mais cedo para me deixar um pacote com miojo, chocolate e spray de pimenta novo.

— Ele te trata como uma criança. E você ainda gosta disso.

— Eu gosto de saber que tem alguém no mundo disposto a quebrar a cara de quem me machucar.

Evan é assim. Tatuado, carrancudo, mas com um coração mole quando se trata de mim. Ele nunca confiou em Brett. E nunca mais confiou em ninguém que eu tentasse me aproximar.

Eu entendo. No fundo, também não confio. Nenhum homem olha pra mim sem me despir. Nenhum me enxerga inteira. Só partes. Só curvas.

Até hoje, ninguém quis saber do que eu carrego na alma.

E talvez por isso eu também tenha desaprendido a olhar para dentro de alguém.

Talvez por isso eu tenha tanto medo quando alguém se aproxima com promessas. Porque promessas são só mentiras bem vestidas.

Termino a noite exausta, corpo suado, salto na mão, maquiagem borrada. Volto pra casa de metrô com fones no ouvido e um livro velho na bolsa. É assim que sobrevivo. É assim que me mantenho inteira.

O mundo acha que sou uma mulher difícil. Mas a verdade é que… sou apenas alguém que já foi feita em pedaços e aprendeu a colar os cacos com cola quente e batom vermelho.

Estou mais uma noite na boate, no camarim da Red Temptation, Sasha me olhou com aquele brilho sapeca nos olhos.

— Tem um cara novo vindo aí hoje. Ouvi dizer que ele é um bilionário, frio, arrogante… e gostoso de doer.

— Mais um Ceo entediado querendo ver mulher pelada pra esquecer a esposa de gelo? Passo.

Ela riu.

— Vai por mim. Esse não parece ser de gelo. Parece ser de veneno. Do tipo que derrete você e depois marca com ferro quente.

Revirei os olhos.

— Que venha. Se quiser jogar, eu jogo melhor.

E foi com esse pensamento que subi ao palco naquela noite. Sem saber que o homem bilionário… estava prestes a entrar pela porta da frente da minha vida.

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