O dia claro e ensolarado, deixava o céu azul bem destacado. Em um vilarejo simples, de nome Okolie, Um senhor barrigudo vestindo roupas de plebeu berrava em um palanque. Em meio a praça pedregosa, ele falava em alto e bom tom. Isso não teria chamado a atenção daquele vampiro que bebia no bar ao lado, se não fosse ele mencionar um grande evento, e entregar convites as diversas pessoas que passavam por ali. O vampiro decidiu se aproximar, enquanto o homem continuava a falar.
Senhor Barrigudo: "Porque o espanto meus jovens? Nunca ouviram falar do Grande Rei das terras de Rulan? Ele não é uma lenda. E Isso agora vai ser provado a todos! O homem que ele escolher, vai reinar ao seu lado em Rulan!"
Um jovem magro e humilde se aproximou.
Jovem: Não tenho idéia de quem ele é? Nunca me mencionaram nada sobre tal homem, ou mesmo de sua origem.
Senhor Barrigudo: O grande rei das terras de Rulan, é um Elfo Guerreiro. Seu nome era conhecido em vários reinos, e destacado pela habilidade nas batalhas, por ser dono das terras mais ricas e misteriosas, e principalmente por possuir uma beleza indescritível. Há contos que dizem que ele foi abençoado com a maior beleza de todos os tempos. Não há um só ser vivente a que se compare a ele.
A personalidade porém, incomodava muitos dos que tiveram algum contato com ele, por ter um certo tom de superioridade, mas isso, era devido ao grande sucesso nas guerras e a prosperidade que trouxe ao longo do tempo. Sem ter quem o desafiasse, esse jovem rei não temia nada.
Jovem: Se ele fez tamanhos feitos. Sendo jovem, como não ouvi falar desse Elfo. Vivo trabalhando para Elfos, nunca ouvi eles comentarem.
Senhor Barrigudo: Ah Claro! Como posso explicar ao pequeno... Humano? Certo?
Jovem: Sim senhor, eu sou um humano.
Senhor Barrigudo: Falamos de um homem que deve ter agora, mais ou menos cento e trinta e cinco anos. Mas isso, é como se fosse uns vinte e cinco na idade humana.
Jovem: Qualquer um pode participar desse evento? Não entendi como funciona.
O vampiro se aproximou mais ainda nesse momento. Sem largar sua caneca de vidro. A medida que ele entrou na presença da multidão, alguns se afastaram, reconhecendo uma ameaça.
Vampiro: Faço das palavras do jovem, as minhas. Esse evento promete o que afinal?
Senhor Barrigudo: Promete tudo. O homem que for escolhido, terá a terra mais rica em pedras preciosas, o comando do reino de Rulan, e a parceria eterna com o grande rei Ikene.
Vampiro: Ikene... Que nome bonito.
Senhor Barrigudo: Mas vale alertar que não será nada fácil. A seleção será grande, então as provas e dificuldades da competição serão de grande porte. Até porque, não se sabe os critérios do rei.
Jovem: Pareceria? Isso é tipo casamento? E porque mulheres não podem participar?
O velho gargalhou.
Senhor Barrigudo: Não tenho resposta correta a sua pergunta. Sei que em nenhum momento se falou em matrimonio, porém parceria para mim pode ser o mesmo. Se o Rei gosta de homens ou mulheres, intimamente falando, só quem vencer saberá.
Vampiro: Perfeito! Meu bom senhor, me dê esse panfleto.
O senhor entregou o panfleto ao vampiro, que saiu sorrindo. O senhor continuou a faladeira atraindo ainda mais pessoas.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Dias Depois; perto da floresta, uma fila grande de pessoas se fazia perto de um grande barco, no rio. A entrada do barco, tinham duas Elfas vestidas de roupas longas, em tons lilás e detalhes dourados. Uma terceira, parecia a líder. Essa usava roupas que aparentavam ser de batalha. Com colete de couro dourado, por cima dos tecidos.
O vampiro foi caminhando à frente, ao notar que havia um pequeno tumulto. Sem perceber pisou no pé de alguém.
Jovem: Ai!
Vampiro: Me desculpe pequeno... Acho que eu já o vi antes, certo?
Jovem: Sim.
O Garoto olhou para o homem a sua frente, e ficou envergonhado ao reparar. Os seus cabelos eram negros repicados, e os olhos avermelhados e a pele bem pálida. Sua boca tinha um tom vermelho, destacado na cor da pele. Suas presas, eram facilmente notadas quando ele falava.
Jovem: O que é você?
Vampiro: Que gracinha... Se não sabe, é melhor continuar não sabendo.
Jovem: Não sei não, mas suspeito.
Vampiro: E qual é o seu palpite?
Liano: Vampiro. Eles tem presas e são pálidos.
Vampiro: Acertou! E tem sorte. A maioria deles não deixaria o seu seu pescoço passar ileso.
Jovem: Senhor Vampiro, Eu provavelmente não tenho um gosto muito bom. Fiquei doente várias vezes.
Vampiro: Ah pare com essa coisa de me chamar de senhor Vampiro, pode me chamar de Wil, apenas.
Jovem: Eu sou Liano. Infelizmente, mesmo que tenhamos nos apresentado, não seremos amigos, certo?
Wil: Mesmo que eu quisesse, você já descartou essa hipótese não?
Liano: Ah, é que seremos rivais na competição, então imagino que o senhor não queira ser meu amigo.
Will: Que bobagem! Podemos ser amigos sim. Você não vai ganhar de qualquer jeito!
A gargalhada do vampiro deixou o Jovem chateado. Porém sua atenção logo se perdeu do sentimento, ao ficar de frente para as elfas, que colocavam os participantes dentro do barco.
Elfa Chefe: Qual o seu nome?
Liano: Liano Gazeo do vilarejo de Okolie.
O Garoto foi minuciosamente analisado. As elfas pegavam medidas, peso e altura. Por fim, antes de dar passagem ao jovem, a lider se aproximou com uma taça de barro.
Elfa Chefe: Beba isso.
A interação chamou atenção do vampiro curioso.
Will: Ei? Posso saber o que é isso que deu a ele?
Elfa Chefe: Veneno.
Will: Como assim veneno? Ele só tem dezessete anos? Se não o querem como participante, só o mandem voltar !
O Jovem ficou com uma expressão assustada, e quando um gosto amargo lhe voltou a garganta, e tossiu.
Will: Que palhaçada é essa?
Passando a frente, o Vampiro mostrou suas presas, e olhou feio para as Elfas a frente.
Elfa Chefe: Um Vampiro!!?
Will: Sim porque? Qual é o problema, não tem espécie restrita no anúncio! Ei! Pequeno Humano, Você está bem?
Liano: Não sei senhor... Quer dizer Wil... Me sinto estranho.
[Liano Gazeo - Jovem humano]
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A sensação que o Humano sentia, era uma mistura de dormência e tontura, acompanhada de um gosto amargo. Ele não conseguiu ficar em pé, e sentou no chão, em frente a fila. A lentidão da fila, incomodou e muitos começaram a reclamar.
Will: O que está acontecendo com ele? Se vocês não fizerem nada, eu vou ficar bem irritado.
As Elfas porém, não demonstravam reação alguma. Apenas observavam o jovem humano.
Se deixando controlar pelo instinto, Will deu passo a frente, mostrando as presas. Seus olhos ficaram vermelhos vibrantes, e uma áurea negra foi se formando ao seu redor, quando de repente, ele sentiu uma mão tocando seu ombro, dando uma leve orientação de para voltar.
" Não há necessidade de desespero. Ele não vai morrer. E é notável que vai aguentar bem. Porque esse descaso?"
Ao lado Will viu um homem da sua altura, usando um tipo de casaco de tecido leve, e longo até os pés. De olhos azuis, e semblante sereno. Cabelos longos e castanhos, e as orelhas levemente pontudas.
Will: Um Elfo!? O que sabe sobre isso?
Era notável a qualquer um, que àquele homem a frente, não fazia parte da organização do grande barco. Suas roupas eram simples, e ele carregava consigo uma bolsa de couro.
"Pode me chamar de Maurey, serei oponente de vocês nessa disputa. E devo dizer que esse jovem humano, é extremamente forte"
O jovem se levantou se apoiando em Will.
Will: Ah que bom!
Elfa Chefe: Pode entrar no barco senhor Liano.
O jovem seguiu, e ficou esperando pela entrada do Vampiro.
Elfa Chefe: Vampiro, é a sua vez. Seu nome por gentileza.
Will: Will
Elfa Chefe: Nome completo. Por gentileza.
Will: Willian Zarte
Elfa Chefe: Zarte!?? Nunca ouvi falar dessa família de vampiros.
Will: Sou um recém criando querida.
Elfa Chefe: Pode entrar.
Will: Como assim? Só entrar? E toda a burocracia que fez o menino passar?
Elfa Chefe: Não é necessário para alguém que não terá chances.
Will: Veremos.
O Vampiro continuou caminhando ao lado do pequeno humano, mas ainda, indignado.
Liano: Will... Você mentiu seu nome certo?
Will: Ué!? Que pergunta é essa? Como me apresentei para você?
Liano: Ficou claro para mim, que o seu nome deve ser feio demais. Se tivesse falado de uma vez, William para mim, não acharia estranho. É um nome bem humano.
Will: Ah, para de besteira, esse é meu nome e... Espera aí.
O Vampiro se apressou em alcançar o Elfo que viu na fila.
Will: Espero aí o... Maren!
Maurey: É Maurey.
Will: É a mesma coisa! Poderia me explicar o que deram ao meu amigo?
Maurey: É um veneno.
Will: ERA MESMO VENENO!!? VOU PEGAR ÀQUELES MISERÁVEIS!
Liano: Não Will!
O Humano segurou o braço de Will.
Maurey: É um veneno desenvolvido das principais essências da atmosfera de Rulan. Muitos humanos já morreram ao respirar àquele ar. Puro demais para os seus pulmões aguentarem.
Will: Que estranho isso. Então quer me dizer que aquilo foi o quê? Um teste?
Maurey: Exatamente.
Will: Sabe muito sobre lá não é?
Maurey: Sim.
Will: Já esteve lá?
Maurey: Não. Só escutei muitas coisas.
Will: Sabe de uma coisa!? Estou começando a achar que isso aqui, é uma brincadeira de mal gosto.
Maurey: Jamais o rei Ikene faria algo do tipo. Uma vez, escutei que ele não tem senso de humor algum.
Will: Então porque ele reúne vários tipos de seres em um só lugar? Tem inimigos e predadores aqui. Não acha que até esse barco chegar, muitos estarão mortos?
Maurey: Porque diz isso, Vampiro?
Will: Estou vendo daqui, um inimigo de longa data. Vale ressaltar, que ele caça qualquer coisa que não seja humano.
Maurey: Quer dizer que eu me enquadro nessa lista?
Will: Você é humano?
Maurey: Entendi.
Liano: Acha que ele vai matar vocês?
Will: Nunca imaginei o Frenzo querendo poder, ou um compromisso com alguém. Ele só quer troféus. Deve estar se aproveitando dessa situação, isso sim.
O Elfo ao lado deles, deu uma boa olhada na direção em que o vampiro olhava. O homem tinha uma cicatriz abaixo do olho, cabelo curto loiro, olhos castanhos e barba curta, bem feita. Usava uma jaqueta de couro, calça marron e camisa preta. O homem, não olhava para dentro do barco.
Maurey: Àquele homem já tirou muitas vidas.
Will: Conhece ele também?
Maurey: Não. Mas posso ver isso na áurea dele. Talvez, tenha razão em se preocupar vampiro. Só que ao me alertar, é de nossa responsabilidade assegurar que àquele homem, não vá fazer mal algum ao rei.
Will: Que legal, ainda vamos ser guardas? Tô fora. Não vou confrontar ele.
Maurey: Entendo. Tem medo dele.
Will: Eu não tenho medo! Só estou cansado de lutar com ele.
Liano: Não estamos imaginando coisas demais? E se não for nada disso? Ele pode ter se cansado de caçar, e agora quer conhecer coisas bonitas. Então, decidiu ir para Rulan ver todas as maravilhas de lá, e essa é a melhor oportunidade, já que normalmente não o deixariam entrar
Will: Um bom argumento. Vou torcer para estar certo.
Maurey: Para quê? Se podemos simplesmente saber.
Will: Saber como?
Maurey: É só perguntar.
Will: Não que eu ache que ele vai mesmo responder. Mas se responder, não tem como saber se fala a verdade. Esse homem é treinado para disfarçar até as batidas do coração.
Maurey: É só perguntar. Vamos saber disso agora mesmo.
O Elfo se deslocou de onde estava, e atravessou o grupo de pessoas a frente, chegando próximo do homem, que já havia notado a sua presença.
"O que quer?"
Maurey: Me perdoe por interromper seus próprios pensamentos. Preciso saber o que você pretende fazer em Rulan.
Os olhos se encontraram, e a hostilidade aumentou, porém a presença pacífica daqueles elfo o acalmou de imediato. Os olhos que há pouco minutos demonstravam incomodo, mostraram o contrário.
Maurey: É só uma pergunta. Por gentileza, me responda.
Caçador: "Não sei o que busco exatamente em Rulan."
De longe, Will conseguiu ler os lábios do caçador, entendendo a situação.
Will: Àquele Elfo conseguiu mesmo o fazer responder!? Nem mesmo minha hipnose funcionou com ele. Estava me esquecendo que não gosto muito de elfos, mas esse aí, pode ser útil. Ao menos até sacar qual é o truque dele.
De longe, o caçador e encarou o vampiro.
Maurey: Descobriu o motivo? Por acaso vai querer caçar ele?
Caçador: Não vou descartar isso. Sabe quem é àquele vampiro?
Maurey: Não. Mas se me contar, posso ser útil a você. Ele tem uma equipe.
(William Zarte - O Vampiro)
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Caçador: Aquele vampiro vem de um clã chamado Vantowel, que foi dizimado. Foi dito que ninguém havia sobrevivido mas, não sei como, ele escapou.
Maurey: Foi um grupo de caçadores, como você que fez isso?
Caçador: Não. Essa é a parte mais confusa. Foi um deles. Um vampiro matou seu próprio clã. Entre eles, familiares. O Assassino Vampiro, foi além, e exterminou um conselho de vampiros idosos em seu segundo passo. Esses vampiros controlavam o comportamento dos outros, e garantiam que eles não se espalhavam mais.
Maurey: Como controle de população?
Caçador: Exatamente. Dizem que ele é muito poderoso. E vários vivem caçando ele até hoje.
Maurey: Está dizendo que é àquele vampiro foi forte o suficiente para não ser eliminado junto com o clã?
Caçador: Sim. Esse Willian é um vampiro que sobreviveu o ataque. Ao menos é o que eu soube. E o que ele contou por aí. Ele anda se esgueirando na cidade moderna. E como só tem fugido e evitado ataques, ele deve ter sobrevivido por sorte.
Maurey: Talvez tenha sido poupado!?
Caçador: É... Mas estou de olho nele, só esperando ele dar-mer um motivo.
Maurey: Eu me chamo Maurey, qual é seu nome?
Caçador: Stefan Frenzo
Olhando a conversa se estender, o Vampiro ficou incomodado.
Will: Vamos sair daqui garoto, está claro que o Elfo nos traiu.
Liano: Mas ele ainda pode estar coletando informações não é?
Will: Não estou gostando de ver eles falarem de mim, e ficarem me olhando assim. Vamos ver o que mais tem nesse barco, e se vai demorar muito para chegarmos lá.
Liano: Tá bom... E se tiver alguma coisa para comer, seria ótimo.
Se afastando daquele pedaço do barco, a dupla caminhou para o início. Haviam muitas pessoas.
Will: Francamente... Todo mundo aqui quer esse Elfo? Eu só espero que ele seja mesmo tão bonito quanto dizem.
Liano: Imagina o tamanho do castelo dele!? Acho que teria muita coisa para cuidar. Quem sabe eu tenha oportunidade de crescer? Quem sabe, poder cuidar da cozinha? Sou especialista em tirar gordura, mas ao mesmo tempo, também adoraria cozinhar alguma coisa.
O Garoto maravilhado com seus próprios pensamentos, falava sorrindo.
Will: Céus! Você tem problemas sérios. Estamos falando de um rei de beleza jamais vista, de um reino, de riquezas, e tudo que você quer é limpar a casa dele?
Liano: Eu poderia fazer um monte de coisas lá senhor Will.
Will: Ah, sem essa de senhor! Eu já disse.
Liano: Desculpa. Eu me esqueci.
Will: Vamos descobrir agora, quanto tempo ficaremos nesse barco. Olha, tem uma Elfa ali, cuidado da cabine. Talvez ela saiba... Ah, vá lá perguntar.
Liano: Eu!? Porque eu?
Will: Porque essas Elfas não gostam de mim. E você é fofo, e uma gracinha ham!? Vai lá. Só abre um sorriso e pergunta.
Liano: Tá bom. Então eu vou.
O Jovem garoto se aproximou da elfa pequena, e vestida de roupas comuns, sem armadura.
Liano: Olá senhorita... Moça Elfa... Eu gostaria de perguntar uma coisa.
A Elfa olhou para o jovem, demonstrando simpatia.
Elfa: Olá, tudo bem. O que seria?
Liano: Queria saber quanto tempo demora para chegarmos no reino de Rulan?
Elfa: Com as modificações que fizemos no barco no começou da semana, chegaremos pela manhã, acredito.
Liano: Ah, então tá bom. Muito obrigado.
O pequeno humano voltou para o Vampiro.
Liano: Chegaremos amanhã de manhã.
Will: Isso é não é bom.
Liano: Porque não é bom?
Will: Porque a noite, podemos correr perigo.
Liano: Perigo!!? Eu não gosto dessa palavra.
Will: Olha... Não quero que fique com medo, mesmo sabendo que deve ter medo. Tem muitas pessoas aqui, e isso pode ser ruim. Acho que o que eu disse mais cedo, é um pouco pior do que eu pensei.
Liano: O que você disse antes?
Will: Sobre todos quererem o Rei Elfo. Quando eu digo todos, é uma coisa perigosa. Porque se tem tantas pessoas aqui, significa que estão todos dispostos a vencer.
Liano: O que faremos? Não vamos poder dormir.
Will: Você dorme garoto... Eu não preciso dormir.
De repente, alguém passando correndo para a beira do navio, esbarrou em Will.
Will: Olha por onde anda!
"Desculpe o meu irmão, está enjoado. Creio que ficará pendurado alí até ancorarmos."
Will olhou o homem a frente. Era visivelmente o mais alto naquele barco.
Liano: Nossa! Como é alto? Deve ter quatro metros.
"Claro que não. Tenho tres e setenta e oito."
Will: Ótimo! Um gigante!?
"Se fosse, seria maior. Mas, sim... Descendo deles."
Will: O seu irmão é normal, aparentemente.
Todos olharam para o coitado que vomitava sem parar.
"Sim, ele é. Meu nome é Biera e o dele Biulei"
Liano: Que nomes mais estranhos.
Will: São nomes da terra dos gigantes mesmo.
Liano: O senhor já foi lá?
Will: Não... Mas na cidade grande, ouvi muitas histórias. Desde a queda deles.
Liano: Ah, eu sou o Liano, e ele é o senhor Will.
Biera: Ah, é um prazer conhecer. Tínhamos interesse em ficar mais perto de humanos. São mais confiáveis... Mas você é estranho.
Will: Sim. Porque não sou humano.
Biera: Não? Então... O quê é?
Will: Melhor não saber. Veja, seu irmão está voltando.
Os dois irmãos ficaram lado a lado, e era possível ver semelhança nos traços do rosto, mas o tipo física era diferente de forma gritante. Enquanto Biera era alto e musculoso, Biulei era baixo, e magrinho.
Biera: Senta um pouco irmão, pode lhe fazer bem.
Biulei: Ai... Ai... Será?
Biulei se sentou no chão. E em frente a Will, e deu uma boa olhada.
Biulei: Que delícia! Você é muito bonito... Mas, não parece Elfo. A menos que seja do clã das cavernas. Eles quase nunca ficam no sol.
Biera: Ei!? Você disse que ia se controlar.
Biulei: Sei o que disse. E estou morrendo aqui, porque não posso me divertir um pouco? Até agora, de tanto passar mal, não consegui reparar na beleza de ninguém.
O vampiro continuou sendo observado.
Will: Qual é a tua ham? Não gosto muito de ser encarado!
Biulei: Seus dentes! Ah, céus! Deve ser uma viagem difícil, para alguém como você. Pele branca, lábios vermelhos... tão sedutor... Você é um vampiro!
No mesmo instante que ouviu a palavra, o irmão mais alto, e forte se posicionou a frente do menor, como se estivesse pronto para lutar.
Will: Para que tudo isso? Vão dizer que nunca viram vampiros?
Biulei: Deixa ele irmão. Embora sua sede esteja evidente. Ele não atacaria ninguém aqui.
Will: Evidente!!? Palhaçada! Não sinto sede.
Biulei: Mas suas presas dizem o contrário.
Will: Elas são assim mesmo. Não me diga que terei que ficar com a boca fechada o tempo todo, para não assustar ninguém?
Biera: Matei quase todos os vampiros com quem me deparei.
Liano: Ninguém vai matar o senhor Will!
Biulei: Ai, que gracinha! Você é muito ingênuo. Quem mais corre risco de morte aqui é você amor. Sequer sabe lutar, e pretende passar a noite perto dessa fera?
Liano: Somos amigos. O Senhor Will não vai me machucar.
Biera: Você é um humano, se precisar de ajuda, pode nos procurar.
Os irmãos se afastaram.
Will: Olha... Se quiser formar um grupo com outros, você pode tá? Eu sou bem controlado em relação a minha sede, não vou te atacar. Mas você realmente não pode confiar em um vampiro.
Liano: Se o senhor diz, não vou confiar no próximo que eu conhecer. Então agora, eu vou dormir, estou cansado.
O jovem se deitou no chão perto de Will.
Will: Ah... Certo. Eu vou ficar vigiando.
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