📣 INTRODUÇÃO DA AUTORA – “E Se Ainda Fôssemos Nós” 📣
Antes de mergulhar nesta história, quero te dar alguns avisos importantes.
Esse não é apenas um romance. É um campo de batalha emocional.
💥 “E Se Ainda Fôssemos Nós” aborda:
⚠️ Amor e trauma
⚠️ Reencontros depois de anos de dor e distância
⚠️ Relacionamento militar (militar x civil)
⚠️ Personagens com cicatrizes emocionais profundas
⚠️ Segredos do passado que voltam com força total
⚠️ Gatilhos: abandono, luto, perdas, controle emocional e psicológico
Marina é uma mulher que precisou fugir para sobreviver.
Lucas é um militar marcado pela ausência e pela dor de tê-la perdido.
Dez anos depois, o reencontro acontece. Mas o tempo não apagou a intensidade — só tornou tudo mais perigoso.
Prepare-se para uma história cheia de emoção, reviravoltas, cenas intensas, fragilidade e força.
Nem todos os amores sobrevivem à guerra. Mas alguns… voltam para vencê-la.
📌 Avisos Importantes da Autora 📌
• Não reviso capítulos antes de postar.
Escrevo com o coração, e os erros podem acontecer. Foque na emoção, não na vírgula.
• Se não gostou, simplesmente pare de ler.
Não deixe comentários desnecessários. Essa história é para quem sente, não para quem julga.
• Atualizações diárias!
Sim, você vai ter dose de Marina e Lucas todos os dias. Segura esse coração! ❤️🔥
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Com carinho,
Sue Ferrasso
💙 Marina Duarte (28 anos)
• Aparência: Cabelos longos castanhos claros, com leves ondas que caem pelas costas; olhos azuis intensos, marcantes e expressivos. Tem um charme natural, elegante sem esforço.
• Personalidade: Orgulhosa, determinada, mas com uma doçura escondida sob a armadura que construiu. Inteligente, sensível e extremamente leal às pessoas que ama.
• História: Saiu da cidade natal aos 18 anos para estudar Direito em São Paulo, fugindo de um segredo que acreditava ser o melhor para todos — principalmente para Lucas.
• Retorno: Após anos, volta para cuidar do pai doente e reencontra Lucas, o único homem que realmente amou. Mas o tempo transformou tudo… menos o que ela sente por ele.
🔥 Lucas Tavares (32 anos)
• Profissão: Militar do Exército, atualmente afastado após uma missão traumática no exterior.
• Personalidade: Reservado, disciplinado, protetor ao extremo. Guarda tudo para si, mas os olhos dizem o que os lábios não confessam.
• Aparência: Alto, corpo atlético esculpido pelos anos de treino, cabelo raspado dos lados, olhos cinzentos que já viram horrores e amores.
• Passado com Marina: Foi seu primeiro amor, mas ela partiu sem explicar o motivo. Lucas nunca esqueceu. Tentou seguir a vida, mas o fantasma dela o acompanhou mesmo no campo de batalha.
• Segredo: Quando Marina foi embora, ele recebeu uma carta que nunca leu — a mãe dele a escondeu. Ele acha que ela o abandonou por ambição. Mas a verdade vai virar seu mundo de cabeça para baixo.
• Atual Conflito: Está tentando reencontrar um propósito fora do Exército e longe de Marina. Mas ela voltou… e com ela, tudo que ele tentou enterrar.
👨🦳 Joaquim Duarte (pai da Marina)
• Idade: 67 anos
• Aparência: Cabelos grisalhos, pele marcada pelo tempo, sempre com uma expressão cansada mas amorosa.
• Personalidade: Bondoso, sábio, com um jeito calmo de enxergar a vida. Foi uma figura importante na cidade por muitos anos, conhecido por sua integridade.
• Conflito: Está doente, e seu estado frágil é o motivo do retorno de Marina.
• Relação com a filha: Sempre foi protetor, mas tem um segredo do passado que, se revelado, pode mudar o rumo da história.
👩🦱 Clarice Monteiro (melhor amiga da Marina)
• Idade: 29 anos
• Aparência: Morena de pele dourada, cabelos cacheados e curtos, sorriso fácil e olhar sagaz.
• Personalidade: Expansiva, leal, engraçada e cheia de conselhos sinceros.
• História: Nunca deixou a cidade. É professora na escola local. Sabe de tudo o que acontece e, no fundo, sempre torceu por Marina e Lucas.
• Papel: Confidente de Marina, mas pode esconder algo que ouviu naquela época… algo que talvez explique o rompimento deles.
💍 Isabelle Viana (noiva atual de Lucas — ou quase)
• Idade: 31 anos
• Aparência: Elegante, cabelos lisos escuros, maquiagem sempre impecável, roupas sóbrias.
• Personalidade: Orgulhosa, calculista, ciumenta.
• Relação com Lucas: Estão noivos, mas ele nunca disse que a amava. Ela sente que o perdeu no momento em que Marina voltou — e fará de tudo para não deixá-lo escapar.
• Conflito: Sabe mais sobre o passado de Marina do que aparenta… talvez ela tenha ajudado a manter os dois separados.
🧓🏼 Dona Teresa Tavares (mãe do Lucas)
• Idade: 60 anos
• Aparência: Sempre bem-arrumada, cabelo loiro tingido, postura ereta, olhar severo.
• Personalidade: Controladora, tradicional, com moral rígida.
• Conflito: Ela nunca aceitou o relacionamento de Lucas com Marina e foi quem escondeu a carta que Marina escreveu antes de partir.
• Papel: Antagonista sutil. Ela quer que Lucas siga um caminho que considera “digno” da família… e Marina não faz parte dele.
👦🏼 Caio Tavares (irmão mais novo do Lucas)
• Idade: 25 anos
• Aparência: Mais baixo que Lucas, despojado, com um sorriso debochado e ar de galã inconsequente.
• Personalidade: Carismático, mulherengo, mas com um bom coração.
• Relação com Marina: Tinha uma queda por ela na adolescência, e a admiração nunca desapareceu.
• Papel: Traz leveza à trama, mas pode causar ciúmes em Lucas se se aproximar demais de Marina.
🕶️ Renato Lacerda (ex-namorado da Marina em São Paulo)
• Idade: 35 anos
• Profissão: Advogado criminalista renomado, sócio do escritório onde Marina trabalhava.
• Aparência: Alto, elegante, cabelos escuros bem penteados, barba por fazer, olhar penetrante. Está sempre vestido de forma impecável.
• Personalidade: Ambicioso, manipulador, sedutor com palavras e atitudes. Sabe usar o charme e a posição de poder a seu favor.
• Relação com Marina: Tiveram um relacionamento intenso e discreto, cheio de idas e vindas. Ele era controlador, mas disfarçava sob uma aparência de proteção. Ela o deixou pouco antes de voltar para a cidade natal, após um episódio em que sentiu que ele ultrapassou os limites.
• Conflito: Após descobrir que Marina está na cidade onde cresceu, ele decide aparecer “por acaso”, com a desculpa de um caso profissional. Mas na verdade, quer trazê-la de volta para sua vida — e vai se tornar uma ameaça para o que Marina e Lucas estão reconstruindo.
• Segredo: Talvez ele saiba mais do que aparenta sobre o passado de Marina… e esteja disposto a usar isso para manipulá-la.
O carro desacelerou quando passei pela placa de “Bem-vindo a Serra Alta”.
A mesma entrada de sempre, a mesma curva levemente rachada, a mesma sensação no peito.
Mas eu não era mais a mesma.
O sol da tarde filtrava-se entre as árvores, tingindo a estrada com um dourado nostálgico. Havia algo de cruel em como tudo parecia intocado como se os anos que se passaram não tivessem importado. Como se o tempo tivesse congelado esperando minha volta.
Respirei fundo e afrouxei os dedos do volante. Eu já tinha me prometido não sentir tanto, mas a verdade é que meu coração batia com força. Parte pelo medo, parte pelas lembranças que insistiam em me assombrar.
Aquela cidade era um campo minado de memórias.
Minha infância, meus segredos… e ele.
Lucas.
Seu nome apareceu na minha mente sem pedir licença, e só o som imaginário dele já era o suficiente para apertar meu estômago.
Será que ele ainda morava aqui? Será que ainda lembrava de mim com raiva… ou com saudade?
Estacionei em frente à casa do meu pai, o mesmo sobrado bege de portão de ferro que range, onde passei todas as noites da minha adolescência desejando o mundo lá fora. Agora, estava de volta. Mais velha. Mais calejada. Mais quebrada.
Abri a porta do carro devagar. O cheiro de terra molhada e jasmin subiu como uma onda quente. Andei até o portão com passos cuidadosos. Na varanda, o olhar cansado de meu pai me esperava. Ele não estava de pé desde o AVC, quase nada nele estava inteiro mas seus olhos brilharam do mesmo jeito de sempre.
Joaquim - Marina… — ele murmurou, com a voz falha e um sorriso sincero.
Joaquim- Você voltou.
Sorri com o que restava da minha coragem e fui até ele, me ajoelhando para abraçá-lo.
Marina- Voltei, pai. Dessa vez… pra ficar um tempo.
Talvez muito mais do que isso.
Não quis pensar em São Paulo. Em Renato. No colapso emocional que me tirou do eixo. Não queria lembrar dos olhos dele me encarando com aquele olhar possessivo, nem das palavras sussurradas no meu ouvido como promessas que mais pareciam sentenças.
Ali, tudo o que eu queria era paz.
Mas paz era algo raro em Serra Alta. Ainda mais para quem carregava o passado nos ombros como eu.
Entrei em casa e fui recebida por um leve cheiro de bolinho de chuva Clarice devia ter passado por ali. A sala estava arrumada, com uma manta sobre o sofá e flores frescas no jarro da mesa. Havia amor naquele lar, mesmo ferido.
Enquanto subia para meu antigo quarto, meu olhar cruzou uma moldura antiga na parede. Uma fotografia em preto e branco. Eu e ele. De mãos dadas, sorrindo como se fôssemos eternos.
Lucas.
O ar me faltou por um instante.
Naquela época, eu achava que amar alguém como ele era fácil. Que era só dizer “eu te amo” e o mundo nos recompensaria. Mas o mundo tem suas próprias regras. E, às vezes, te obriga a ir embora… mesmo quando seu coração grita para ficar.
Toquei a foto com os dedos, engolindo o nó na garganta. Ele parecia tão jovem ali. Tão meu.
Mas agora, ele não era mais nada meu. E talvez nunca mais fosse.
Ou será que o tempo, de algum jeito estranho, ainda guardava espaço para nós?
Desci as escadas ao ouvir a porta da cozinha bater duas vezes como sempre fazia.
Clarice - Trouxe pão fresco! — a voz animada de Clarice ecoou, acompanhada do som das sacolas plásticas se chocando na mesa.
Clarice - E aquele café que você gosta, o com grãos moídos na hora. Achei que fosse precisar.
Ela surgiu na sala como um furacão colorido, usando um vestido florido e os cabelos cacheados presos num coque bagunçado.
Marina- Clarice… — soltei um sorriso cansado, me aproximando.
Marina- Você continua igualzinha.
Clarice- E você continua linda, mesmo com essa cara de “acabei de enfrentar o inferno”. — Ela me abraçou forte, e por um instante, tudo parou. Era bom estar ali. Com ela. De novo.
Nos sentamos na cozinha enquanto ela despejava o café na caneca, os olhos atentos me examinando.
Clarice- Então… vai me contar tudo ou vai fingir que essa volta é só uma coincidência?
Marina - Vim cuidar do meu pai, Clarice.
Clarice- Claro. Mas sei que não é só isso. — Ela deu um gole no café. — Marina, você sumiu por dez anos. Não veio nem no Natal. E agora está aqui… sozinha, largando um emprego fodástico e um ex que era praticamente um advogado de novela?
Eu encarei a fumaça que subia da caneca.
Marina- Eu precisava ir embora de lá. Dele. De tudo. Eu não era feliz, Clarice. Só estava sobrevivendo.
Ela assentiu devagar.
Clarice- E o Lucas?
Meu coração deu um salto. Eu sabia que esse nome viria. Cedo ou tarde.
Marina- Eu não o vi ainda.
Clarice- Mas vai. A cidade é pequena, e vocês têm muita coisa mal resolvida.
Marina- Não tem mais “nós”, Clarice.
Ela arqueou uma sobrancelha.
Clarice- Talvez não. Mas tem algo aí dentro ainda. Eu vejo nos seus olhos. E olha… — ela pousou a mão sobre a minha.
Clarice- Você me deixou aqui, tentando te defender de tudo. De todos. Até do próprio Lucas.
Marina- Ele ficou com raiva?
Clarice- Muito. No começo. Depois, ficou só… quebrado. Ele não dizia, mas era visível. Depois entrou pro exército, desapareceu também. Voltou uns anos atrás, mudou muito. Mais fechado, mais duro. Mas ainda com aquele olhar que só amolece por uma pessoa. —Ela me olhou direto.
Clarice- E essa pessoa é você.
Suspirei. Doía ouvir isso. Doía porque ainda existia algo pulsando dentro de mim também. Algo que eu enterrei com a esperança de que morresse. Mas não morreu.
Marina- Não sei se consigo olhar pra ele e fingir que nada aconteceu, Clarice. E não sei se consigo olhar e admitir que tudo ainda importa.
Ela se levantou, pegou minha mão e puxou de volta pra sala.
Clarice - Então se prepara, amiga. Porque aqui, até o vento sopra o nome dele.
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