Bandeira do reino Divino em Celestia.
^^^Por mais que o vento sopra, o monte nunca sucumbe a ele.^^^
^^^— P.F. Everden^^^
...°°°...
Por toda a minha vida, busquei a aceitação, mas por que dói tanto tentar ser alguém que não sou? Por que é tão doloroso esconder quem realmente somos na busca desesperada por aprovação?
Eu tentei, realmente tentei me esconder e usar uma máscara, mas isso se tornou como algemas ao redor dos meus pulsos. Por isso digo: a liberdade é muito mais atraente do que mordaças.
Quem sou eu?
Um bastardo...
Um exilado...
Uma aberração...
Meu nome é Hayato Xing e eu sou um ser celestial expulso do meu clã, expulso do meu território, expulso de meu mundo- Celestia.
Vindo parar em um lugar chamado "Terra" onde eu teria que passar minha vida inteira sem ver as pessoas que eu mais amava.
...°°°...
.
.
.
...Hayato...
Ao abrir meus olhos, deparo-me com uma parede branca. Ao olhar ao redor, percebo que estou deitado em algo extremamente confortável; cobertores macios me envolvem, criando uma sensação de aconchego. Sem dúvida, estou na cama mais confortável em que já dormi em anos.
O ambiente parece ser um quarto, e nas paredes há fotos de... humanos. Eles têm cabelos desgrenhados e roupas excêntricas, e a palavra "rock" está escrita em destaque. As imagens são tão bizarras que me pergunto de onde esse monstro de livro de terror apareceu.
Levanto-me com dificuldade, mas logo tropeço nas cobertas que se enroscaram em meus pés, fazendo-me cair de bruços. Ao erguer a cabeça para avaliar o cenário, vejo um espelho.
Retirando as cobertas dos pés, levanto-me e me aproximo do espelho que está na parede.
A imagem refletida é desconcertante. Meu cabelo, antes longo e elegante, agora está curto, na altura dos ombros, e meus olhos, antes escuro, são agora castanhos. O rosto que vejo é o de um adolescente de 16 ou 17 anos. A diferença é tão drástica que me sinto completamente deslocado, como se tivesse perdido minha identidade.
Assustado, me afasto do espelho e vejo uma porta semiaberta, pela qual um pequeno feixe de luz entra.
Luto contra o impulso de voltar para a cama e fingir que estou morto, e me aproximo da porta silenciosamente. No entanto, congelei ao ouvir uma voz feminina vinda do outro lado. Minha intuição me dizia que era uma mulher, e minha ansiedade aumentava a cada segundo.
— Eu já falei que vou chegar em 20 minutos. — A voz dizia, impaciente. — Sim, sim, isso não acontecerá novamente.
Fiquei ali parado, ouvindo sem saber o que fazer. O que estava acontecendo?
A porta se abriu, revelando uma bela mulher com cabelos escuros e uma aparência estranhamente semelhante à minha. Suas roupas era estranhas... pelo menos diferente de tudo que eu já havia visto.
Ela entrou com um sorriso, que logo se transformou em uma expressão de surpresa ao me ver.
Ela se aproximou de mim com um grande sorriso e me deu um beijo suave no rosto.
— Bom dia, amor — disse a mulher, segurando meu queixo com ternura. — Como você dormiu?
Eu, ainda confuso, respondi:
— Desculpe-me perguntar, mas quem é a senhorita?
Ela começou a rir, se afastando de mim e indo em direção a uma cadeira ao lado.
— Muito engraçado, filho — continuou ela, enquanto pegava uma bolsa que estava pendurada na cadeira. — Eu já vou, o dever me chama... ou melhor, o trabalho. — Fez uma careta, seguida por um sorriso. — Tem uma marmita no micro-ondas, e me desculpe ter que ir trabalhar em pleno domingo. — Ela veio até mim e me deu um beijo na testa, antes de se dirigir à porta.
Eu estava sem palavras então apenas acenei com a cabeça em confirmação, ela sem hesitar, caminhou até a porta saindo e gritando de fora. - Traque a porta!
Muitas perguntas giravam na minha mente, e a confusão era avassaladora.
Respirei fundo, lembrando de um ponto crucial: será que meus poderes de Celestia ainda estavam comigo?
Fechei os olhos, em um momento de esperança silenciosa. No instante seguinte, duas asas negras, cobertas por penas densas e brilhantes, surgiram de minhas costas, rasgando a vestimenta branca que eu estava usando. O choque e o alívio foram imediatos.
Aquilo não era tão ruim; talvez fosse um novo começo para mim. O passado, com suas dores e desafios, já não parecia tão relevante.
Mas, por que meu coração doía tanto? Por que essa sensação persistente de aperto?
Minha mente vagueou para um passado distante, lembrando de todos que deixei para trás.
Doía muito ter esquecê-los, porém eu não tinha escolha.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Algumas horas se passaram, e o tédio se instalou. Decidi então explorar a casa. Era de tamanho médio, mas ainda assim possuía uma beleza encantadora.
Ao lado da cozinha havia um corredor longo o qual eu segui até o final avistando duas portas: uma com a placa "Não entre" e a outra com "Bata na porta."
Regras foram feitas para serem desobedecidas, certo?
Com um sorriso travesso, fui em direção à primeira porta e a abri. O quarto que encontrei era grande e escuro, com uma cama de casal no centro, parecendo acolhedora e confortável. Ao lado da cama, uma cômoda segurava um abajur apagado e, sobre ela, uma foto emoldurada. A foto mostrava uma mulher elegante em um vestido branco abraçando uma criança.
- Quem é você? - Me perguntei enquanto segurava a foto em minhas mãos.
Ao abrir uma das gavetas da cômoda encontrei no fundo dela uma caixa com várias fotos. Estas comigo e com a mulher que me chamou de filho.
Franzi as sobrancelhas processando tudo, me perguntava de quem era este corpo que eu estava usando, e essa pergunta me trazia um certo receio.
Guardei tudo como estava, voltando imediatamente para a cozinha. Enquanto caminhava pelo corredor, avistei um papel em cima da geladeira. Corri para pegá-lo e descobri que era uma conta de luz. No topo do documento estava escrito o nome da minha suposta mãe: Lúcia.
O reconhecimento do nome me atingiu com força.
Aqui eu tenho uma mãe.
Coloquei a mão sobre o rosto, tentando lidar com a dor que sentia na nuca, um misto de confusão e alegria.
— Por Elah... Calma, é seu primeiro dia neste mundo. — Murmurei para mim mesmo, enquanto caminhava até a sala e me sentava no sofá. O cansaço era avassalador e, ao encostar nas almofadas macias, fechei os olhos, tentando dar um descanso à mente e ao corpo que estavam sobrecarregados.
Acabei apagando e acordei com alguém acariciando meus cabelos. Era uma sensação tão reconfortante que me fez lembrar de uma pessoa em específico.
Abri os olhos devagar, apenas para fechá-los novamente por causa da luz intensa.
— Boa tarde, Yatinho. — Disse a mulher, com um tom carinhoso que me fez abrir os olhos completamente.
— Corrigindo, já é boa noite. E a propósito, Yatinho? — Respondi, revirando os olhos, mas sem irritação, apenas exausto demais para iniciar uma discussão.
— O que foi, filho? Eu sempre chamo você assim. — Ela disse com um tom triste, e algo na sua voz partiu meu coração de maneira inexplicável.
— Ah, desculpe. É que não estou com cabeça para isso agora. Não estou nos meus melhores dias. — Respondi, me sentando na cama.
— Credo! Que estresse. — Ela suspirou, como se estivesse aliviada. — Vá descansar. Amanhã é seu primeiro dia de aula e não quero ver você atrasado.
Segui seu conselho, retornando ao meu quarto e me deitando na cama. Poucos minutos depois, minha mãe entrou com uma bandeja de comida. O prato estava delicioso, ou talvez fosse apenas a minha fome... talvez um pouco dos dois.
Comi rapidamente, coloquei o prato na mesa ao lado e me enrolei nos cobertores, mergulhando no conforto do sono novamente.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
TRAKK!
Um som estrondoso me acorda, fazendo-me cair da cama de maneira desajeitada.
— Ah, o que eu fiz para merecer isso? — Reclamei, me levantando com um pouco de dor pela queda.
— Acorda e se arruma para a escola! — Minha mãe entrou no quarto, percebendo-me no chão. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou, com uma expressão preocupada e a mão no queixo.
— Não, não aconteceu nada, eu já vou me arrumar. — Respondi rapidamente, e ela saiu do quarto saltitando. Embora muitas coisas nesse mundo me irritassem, minha mãe era uma exceção.
Comecei a procurar vestimentas pelo quarto e as achei dentro do que parecia um armário.
O que era aquilo?
Que roupas eram aquelas?
Berrei internamente ao ver algo que parecia ser uma calça feita de um tecido estranho e grosso, e uma... o que era aquilo? Uma vestimenta que cobria a parte de cima do corpo.
Com um suspiro resignado, vesti a calça moletom branca e a camiseta que tinha um nome estampado.
Sentia-me estranho com aquelas roupas, tão diferentes das que estava acostumado a usar em Celestia. Passei as mãos pelo tecido, tentando me acostumar com a textura, e me preparei para sair do quarto.
— Vamos, querido! — chamou minha mãe quando saí do quarto, pegando uma bolsa preta e colocando-a sobre os ombros.
— Tudo bem — respondi, ainda meio perdido.
Ela me olhou com preocupação e um toque de humor.
— Filho, o que está acontecendo com você hoje? — perguntou, entrando no meu quarto e trazendo para fora um pedaço de tecido nas mãos. — Esqueceu de colocar a gravata? — Ela riu, aproximando-se de mim.
Gravata? O que era isso?
Antes que eu pudesse protestar, ela enrolou o tecido em volta do meu pescoço e começou a amarrar.
Por Elah! Ela estava me preparando para a forca?
No entanto, ela apenas terminou o nó e me soltou, deixando aquele trapo pendurado em mim.
— Você está lindo — disse ela, sorrindo.
É o quê?
— Vamos. — Disse abrindo a porta e eu passei na sua frente me deparando com uma escadaria.
Comecei a descer as escadas e avistei a luz do sol inundando a sala. Ao chegar lá embaixo, meus olhos se arregalaram ao ver uma grande pedra com rodas estacionada do lado de fora. Fiquei ainda mais surpreso quando vi minha mãe entrando dentro dessa estrutura estranha.
Ela olhou para mim através da janela aberta e sorriu. — Vamos, querido, entre no carro. Não queremos nos atrasar.
Carro? pensei, incrédulo.
Com certa hesitação, aproximei-me daquela "pedra com rodas" e abri a porta. Entrei no interior acolchoado, sentindo-me mais confuso do que nunca.
— Coloca o cinto — disse minha mãe, e eu comecei a procurar o que seria esse "cinto".
— Ainda está dormindo, Yato? — Ela revirou os olhos e pegou o cinto de segurança, colocando-o sobre mim e clicando-o no lugar. — Próxima parada, escola.
Próxima parada, inferno juvenil, pensei amargamente, enquanto o carro começava a se mover, o mundo lá fora passando em um borrão.
.........
No carro, avistei um edifício bonito onde jovens conversavam na entrada. No entanto, havia algo errado; eles não pareciam estar felizes. Pelo contrário, uma aura negra os envolvia, como uma nuvem de desespero.
Saí do carro após dar um abraço em minha mãe e entrei no colégio. Havia jovens por todos os lados, muitos deles esbarrando em mim e pedindo desculpas apressadamente. Eu me sentia perdido nos corredores, procurando minha sala, mas não conseguia encontrá-la. Parecia um labirinto sem saída, e cada passo só aumentava minha confusão e ansiedade.
Eu queria ir para casa... chorei internamente.
Olhando em volta, avistei um garoto com cabelos escuros e curtos e olhos azuis.
Ele parecia solitário, então pensei que fazer um amigo talvez ajudasse a mim e a ele. Respirei fundo, tomei coragem e fui até ele.
— O...oi, você sabe onde fica a sala 3B? — perguntei gaguejando, xingando-me mentalmente pelo erro. Por que eu tinha que gaguejar logo naquela hora?
— Sim. — Ele respondeu com indiferença, o que me fez pensar que a educação não existia neste mundo.
Contive um rosnado e sorri amargamente.
— Você pode me dizer onde fica? Acho que não percebeu que eu sou novo aqui. — Disse, forçando o meu sorriso ao máximo, mas ele bufou, lançando-me um olhar gélido.
— Ok, eu te levo. Estamos na mesma sala. — Ele bufou novamente.
Maldito! Pensei, controlando a vontade de pular no pescoço dele.
— Obrigado. — Falei, rangendo os dentes.
Fomos andando em completo silêncio. Ele não dizia uma palavra, e, por mim, estava tudo bem... Nem queria falar com ele mesmo.
Ele respirou fundo antes de começar a falar.
— Desculpe, só não quero que me entenda mal. Não sou seu amigo, e nem quero ser.
Olhei para ele com deboche.
— Como se eu desejasse isso. — Falei seco, caminhando na frente.
Chegando lá, a professora nos recebeu irritada, fazendo todos os alunos nos encararem.
— Estão atrasados! — Falou a professora, revirando os olhos.
— Desculpe, ele é novo e não achava a sala, então eu o ajudei. — Disse ele educadamente, encarando a professora, que se acalmou.
Então, com a professora ele é educado?
— Obrigada, Yukió, por trazer seu colega. Agora sente-se. E você, quem é? — Perguntou ela, apontando para mim com o apagador.
— Meu nome é Hayato Takahashi. Muito prazer em conhecê-los, espero que eu possa fazer amigos aqui.
Continua...
Seja bem-vindo você que acabou de começar essa obra. Para mim, é uma honra tê-lo comigo.
Por favor deixe o seu comentário, algumas palavras são o que me motivam a continuar escrevendo.
Não esqueça de deixar o seu gostei, pois ajuda essa obra alcançar mais pessoas.
Obrigada de coração.🥀
Até o próximo capítulo.
Olá pessoal, obrigada mais uma vez por estarem acompanhando esta obra.
Pessoal me perdoe pelos erros de ortografia.
...Hayato...
Já haviam se passado duas horas desde que eu tinha chegado na sala de aula, e senti um clima estranho. Todos estavam me encarando, era como se os olhares queimassem minha pele. Caracterizar como estranho era pouco, pareciam zumbis ou feras, prontos para perseguir a presa, e eu era a presa.
— Quem é ele? — Sussurrou uma das garotas para a outra, que se encontravam no fundo da classe.
— Não sei, eu nunca o vi na cidade, mas ele é bonitinho, não acha? — Falou a outra com um sorriso peculiar, enquanto balançava a caneta de um lado para o outro em sua mão.
Olhei para trás e elas se calaram, começando a falar sobre rock.
Fingi ignorá-las, mas a sensação de ser observado persistia. As conversas sussurradas continuavam, e me peguei desejando voltar para Celestia, onde, pelo menos, as ameaças eram mais diretas e menos... juvenis.
Trinnnn!
O sino do intervalo toca, fazendo-me quase saltar da cadeira onde estava sentado. Mesmo sendo quase humano, minha audição ainda é extremamente sensível, e provavelmente levaria um tempo para me acostumar.
— Depois do intervalo, vocês continuarão com o professor de História — afirmou a professora alegremente, guardando suas coisas e saindo da sala, acenando na despedida.
Logo, as moças começaram a sair da sala, rindo e se abraçando, enquanto os rapazes conversavam sobre o que fariam quando a aula acabasse.
Minha escola em Celestia não era muito diferente dessa.
Permaneci sentado, ainda processando tudo que aprendi na matéria. Se eu quisesse me passar por humano, teria que obter uma boa nota, e minha memória fotográfica seria útil para isso. Abri o livro de Geografia e comecei a folheá-lo, mas logo parei ao sentir que estava sendo observado novamente.
Olhei para a esquerda e avistei um grupo de garotos me encarando e rindo. Um deles se levantou e veio até mim. Ele tinha cabelos ruivos que caíam em ondas desordenadas sobre a testa e olhos verdes, quase como esmeraldas. Seu rosto era bem definido, com maçãs do rosto marcadas e uma expressão confiante que realçava seu charme. O mesmo parou na minha frente, me observando de cima a baixo com uma mistura de curiosidade e desdém.
— O que você quer? — Perguntei, de forma seca, começando a ficar irritado com a situação.
— Eu estava te observando, mas provavelmente você já sabe disso. Qual é o seu nome? — Perguntou ele, com uma leve hesitação na voz. Uma pergunta rodeou minha cabeça: por que eu estava me sentindo intimidado por um humano?
— Eu já me apresentei na sala quando entrei — respondi, guardando meu material na mochila para evitar encará-lo diretamente.
— Hayato? — Ele pareceu pensar por um momento. — Esse nome é familiar para mim... traz muitas lembranças. — Murmurou, mas ainda assim alto o suficiente para eu ouvir. — Você é bem solitário, não é? — Acrescentou, passando a mão pelos meus cabelos.
— E o que te importa?! — Respondi, com raiva, afastando sua mão. — Apenas me deixe em paz!
Ele sorriu.
— Olha como você fala comigo. Eu posso tirar você de circulação em segundos — ameaçou ele, com um tom desafiador. Ignorei e me levantei, indo em direção à porta, já irritado com tanta ladainha.
— Eu ainda não acabei! — Ele agarrou meu ombro, provocando ainda mais a minha fúria interior. Quando me virei, dei um soco em seu rosto, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão.
Por Elah...
— Agora você me paga! — Berrou ele, e essa foi a minha deixa para sair correndo, até mesmo abandonando minha bolsa no caminho.
Olhei para trás e vi que ele estava se levantando e vindo atrás de mim, com uma determinação assustadora.
— Eita! — Gritei enquanto corria pelos corredores, esquivando-me de alunos que estavam tão surpresos quanto eu.
Deslizava pelo chão como se estivesse em um campo de gelo e, para completar, tropecei várias vezes, batendo em mochilas e pegando apoio nas paredes.
Enquanto corria, avistei um homem com uma fantasia de cavalo parado em um canto do corredor. Com um impulso de desespero, escorreguei em direção a ele, puxei a cabeça da fantasia de cavalo e, com um movimento rápido, lancei-a na direção do ruivo que corria atrás de mim.
A cabeça da fantasia atingiu o ruivo em cheio, e ele parou por um momento, perplexo e confuso, com o rosto coberto pela cabeça de cavalo.
Aproveitando a distração, corri mais rápido, deslizando pelo corredor com a sensação de estar em um livro de comédia.
Eu até imaginava a trilha sonora ecoando um "Muuu" da fantasia de cavalo.
Durante a fuga, percebi que estava ficando sem opções, então subi as escadas que levavam ao quinto andar. O problema é que a escada lotada. Tentei me espremer entre eles, fazendo um verdadeiro contorcionismo enquanto eles olhavam para mim com expressões confusas.
Olhei para trás para ver se ele ainda me perseguia e, mesmo não vendo ninguém, continuei correndo. No mesmo instante, olhei para a frente e percebi que estava indo direto em direção a uma pessoa. Tentei frear, mas já era tarde.
Colidi com um garoto e caímos no chão.
— Desculpe! — Exclamei, levantando-me rapidamente e estendendo a mão para ajudá-lo. Quando nossas mãos se encontraram, senti uma estranha sensação de déjà vu, acompanhada de uma corrente elétrica que percorreu nossos corpos. Ao focar minha visão, percebi que era o Yukió, e meu coração se encheu de raiva.
— Ah, é você... Então bem feito. — disse, soltando sua mão com um movimento brusco.
— Hayato! — Berrou o ruivo, agora bem próximo da escada. — Agora você está acabado!
— Por Elah! — Exclamei, voltando a correr pelo extenso corredor. Avistando a escada que levava ao térreo, sabia que era minha única saída. Corri pelas escadas e abri uma porta cinza que me levou a um espaço ao ar livre.
Lá fora, o local estava iluminado pela luz do sol, com grades próximas da beirada e um pequeno bebedor ao lado. Aproveitei o momento para recuperar o fôlego, enquanto tentava pensar no próximo passo para escapar dessa situação.
— Você realmente achou que eu não ia te pegar? — Perguntou ele, batendo levemente com o dedo indicador na parede, como se estivesse formulando um plano detalhado. — Você me dá um murro na cara e ainda acha que vai escapar? De jeito nenhum.
— Ah, então a brincadeira de pega-pega acabou? — debochei. — Pronto, agora está comigo! — Acrescentei com um tom sarcástico, tentando desviar a atenção dele para minha provocação.
Ele caminhou com passos largos e decisivos em minha direção, agarrando a gravata do uniforme com uma expressão de raiva contida. O peso da situação era palpável; a vontade de enfrentá-lo diretamente era grande, mas me contive. Eu sabia que agir com violência apenas alimentaria a situação.
— Luke, solte ele agora! — Ordenou Yukió, quebrando o silêncio com uma autoridade firme.
— Cai fora, nerd, não tem nada para ver aqui! — Retrucou o ruivo, voltando a atenção para mim com um olhar desafiador.
— Não falarei de novo. — respondeu Yukió, com um sorriso arrogante. — Quer mesmo me desafiar, mauricinho?
O ar ficou pesado com a tensão, e eu ouvi claramente os dentes do ruivo rangerem, o ódio estampado em seu rosto.
— Que saco, isso ainda não acabou! — Ele explodiu, soltando-me com uma agressividade que me fez cair no chão. Depois, avançou em direção a Yukió, lançando-lhe um olhar gélido e cheio de desprezo. Yukió, no entanto, manteve a compostura e ignorou, como se já estivesse acostumado com esse tipo de coisa.
Ele olhou para mim e pude ver claramente a preocupação em seus olhos. Parecia ser outra pessoa.
— V... Você está bem? — Gaguejou, antes de se aproximar e me estender a mão.
— Já passei por coisas piores — respondi, segurando suas mãos enquanto ele me puxava para cima.
No mesmo instante, a eletricidade percorreu nossas mãos novamente. Ele me olhou de um jeito que eu não consegui entender, aqueles olhos azuis parecendo penetrar minha alma.
— Er... Temos que voltar para a classe.
Seu olhar ainda estava fixo no meu, como se estivesse chocado.
— Algum problema? — Perguntei, tentando entender o que estava acontecendo.
— Não! — Exclamou ele, soltando minha mão e virando as costas com brusquidão, indo em direção à saída. — Não é nada.
Apressei o passo para acompanhá-lo, ignorando a situação estranha.
— É melhor não se envolver com ele. Luke é filho do diretor, e ele pode te destruir em segundos — falou, limpando a garganta com um barulho constrangido.
— Ok, mas por que está me dizendo isso agora? — Questionei, curioso. — Não somos amigos.
Ele revirou os olhos, claramente irritado.
— Esquece, apenas me deixe em paz — disse, acelerando o passo e desaparecendo de vista.
No restante do dia, ele não apareceu nas outras aulas.
O tempo passou e, finalmente, o sinal tocou. Levantei-me rapidamente e saí da sala, com a preocupação de que o humano ruivo pudesse me seguir.
À distância, avistei minha mãe no carro, passando batom. Quando me viu, começou a buzinar incessantemente.
— Yatinhoooo! — Ela me chamou com um grande sorriso no rosto. Fui até ela e entrei no carro, fechando a cara.
— Como foi a aula, querido? — Perguntou ela, ainda sorridente.
Eu evitei a pergunta, dando um rápido comando para irmos para casa. Não estava com ânimo para conversar sobre o que havia acontecido.
......................
Claro! Aqui está o trecho ajustado para intensificar o momento e os sentimentos do personagem:
Ao chegar em casa, jantamos enquanto assistíamos a um filme estranho. Nele, um homem e uma mulher se amavam, mas a família deles não permitia o contato entre eles. O final foi triste, com ambos morrendo no desenlace dramático.
Minha mãe estava roncando no sofá, com uma vasilha repleta de pipocas na mão, parecendo exausta.
O filme trouxe à tona memórias que eu preferia manter enterradas, e uma sensação de sufoco começou a tomar conta de mim. Eu precisava sair, respirar, encontrar algum alívio.
Caminhei em direção ao meu quarto, abrindo a janela com um gesto decidido.
— Como diz o ditado, pássaros não foram feitos para ficar em gaiolas! — Murmurei para mim mesmo, antes de me lançar do décimo sexto andar.
Continua...
oiee amores 😉 só isso por hoje, espero que estejam gostando, deixem nos comentários o que acharam e não esqueçam de curtir.
...Ryuk...
Meu verdadeiro nome é Ryuk Quin, e esta é a crônica de como minha vida foi irrevogavelmente alterada ao encontrar um jovem rebelde, cuja presença fez meu coração desafiar as regras mais sagradas de meu país.
Sou um anjo e costumava residir em Celestia, no País Divino. Um lugar de beleza incomparável, onde a natureza exuberante florescia em esplendor e criaturas fantásticas povoavam os paisagens, criando um cenário digno de lendas e sonhos.
Celestia era dominada por três clãs distintos, cada um com seu próprio domínio majestoso e caráter único:
O Clã Demoníaco, conhecido como Xing, estabeleceu sua fortaleza imponente no Monte Bravio. Sob a liderança implacável de Zhao Xing, este clã era temido e respeitado por sua força avassaladora e sua determinação inflexível.
O Clã Celestial, ao qual eu pertencía, chamava o Monte Findem de lar. Sob a orientação sábia e justa de Shen Quin, nosso clã era reverenciado por sua pureza e por manter a harmonia e a ordem divina.
Por fim, o Clã Imortal, guiado pelo clã Nie, estabeleceu suas raízes profundas na mística Floresta Ácera, ao norte. Recentemente, o clã havia passado por uma transição de liderança, com Luke assumindo o comando, trazendo consigo uma nova era de enigma e poder.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Porém, para compreender o presente, devemos mergulhar antes no passado.
Há muitos anos, uma guerra devastadora consumiu Celestia. Uma guerra que precedeu minha existência e da qual pouco se sabe, exceto pelas lendas que sussurram em corredores sombrios e entre as sombras do esquecimento.
Dizem que o conflito foi desencadeado por Mikato Tomono, o temido imperador da Divindade de Celestia, cujo trono se erguia majestoso e gélido no Norte. O famoso Trono de Brasas, um símbolo de respeito e reverência entre seus antecessores — justos e piedosos —, agora exibia uma face sombria sob o comando do novo herdeiro.
Mikato proclamava que os seres celestiais não deveriam se misturar com os outros clãs, pois a proximidade com eles poderia corromper a linhagem pura. Em sua visão distorcida, a mistura das espécies era uma abominação que, inevitavelmente, daria origem a híbridos. Esses híbridos, segundo ele, seriam a faísca de uma guerra que arrasaria o mundo em uma catástrofe sem precedentes.
O medo de Mikato e seu desdém por qualquer forma de diversidade criaram uma tensão que, em vez de evitar o conflito, preparou o palco para a devastação que viria a seguir.
Muitas espécies se levantaram contra ele, mas a força avassaladora do império dele esmagou qualquer resistência. A maioria dos clãs, um após o outro, foram brutalmente aniquilados pela fúria de seu domínio.
Como resultado, as raças restantes foram forçadas a se isolar, cada uma confiningada a seus próprios territórios. A separação era uma estratégia cruelmente calculada para evitar qualquer chance de união ou rebelião.
Aqueles que eram rotulados como híbridos — o produto da mistura temida e proibida, sofreram um destino ainda mais sombrio.
Meu pai dizia que havia sido uma carnificina.
Cabeças presas em estacas no meio do reino e das praças.
Em meio a tudo isso o império de Mikato não apenas consolidou seu poder, mas também deixou um legado de medo e desespero que moldou o destino de Celestia.
Mikato Tomono nutria um ódio profundo pelos híbridos, um sentimento cuja verdadeira origem permanecia obscura e inexplicável. Seu desprezo não parecia ter uma razão clara, mas sua aversão era tão feroz que ninguém ousava questionar ou desafiar sua vontade.
A ordem para manter as espécies separadas tornou-se uma lei implacável, uma regra inflexível que impunha uma barreira quase intransponível entre os povos. Qualquer tentativa de aproximação era não apenas proibida, mas também punida severamente, como se o simples contato pudesse desestabilizar a ordem estabelecida pelo imperador.
Desde a infância, eu me perguntava quem teria sido capaz de colocar um tirano tão implacável no poder. No fundo, sempre mantive a esperança de que alguém, em algum momento, surgisse para desafiar seu domínio e trazer uma nova luz à escuridão que havia engolido Celestia.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Um novo capítulo na minha vida começou numa manhã chuvosa e fria. A notícia se espalhou rapidamente: uma besta colossal estava devastando e matando humanos na distante vila de Nívea.Após várias tentativas frustradas de lidar com a ameaça, enviando discípulos que nunca mais retornaram, a situação finalmente chamou a atenção de meu pai, o líder.
Diante da gravidade da ameaça, ele convocou o Clã Demoníaco para enfrentar a fera. A decisão foi tomada com a urgência para evitar mais perdas.
O contato entre clãs era tolerável, caso se fosse uma emergência, porém sempre que acontecia me deixava receoso.
...{...}...
Era manhã, e o tempo estava gelado. No entanto, nossos robes proporcionavam um alívio contra o frio cortante, mantendo-nos aquecidos enquanto nos preparávamos para enfrentar o que estava por vir.
— Estão atrasados! — Reclamou Zhao Xing, o líder que usava a cultivação demoníaca, impaciente como sempre. Alto e imponente, com longos cabelos negros, seu olhar transbordava majestade e arrogância, enquanto vestia um robe preto com um manto vermelho sobre os ombros.
— Desculpe pela demora. — Respondeu o líder do meu Clã, Shen. — Por favor, hoje vamos agir sem disputas ou competições. - Pediu ele, com um olhar sereno.
— Ah, mas assim você acaba com a diversão. — Retrucou, com um sorriso sardônico. - Hayato! - Chamou, e nesse momento um jovem bonito de cabelos escuros e olhos negros como a noite surgiu entre os discípulos.
— Shen precisou me chamar para matar aquilo? - Perguntou Zhao com deboche. — Achei que você era o todo "poderoso".
— Zhao... Você sabe a força daquela coisa, por favor, vamos agir como éramos...
De longe, avistei as chamas consumindo a pequena vila, mas por sorte, todos já haviam evacuado.
- Não! quando meu sobrinho matar aquela coisa, você terá que admitir que meu clã é mais poderoso. - Disse Zhao, com teimosia.
— Eu disse sem competições, Zhao, deixe de ser sádico. — Interveio Shen, dirigindo-se à besta com temor nos olhos. — Mesmo com os dois clãs unidos, isso já seria...
Meu pai respirou fundo, percebendo que o outro clã não estava disposto a ouvir. Ele virou-se para mim e disse firmemente:
— Ryuk, meu fiel discípulo, você vai matar aquela coisa, entendeu? - Sua voz era decidida, e eu me senti congelar.
— Entendi. — respondi, hesitante. Sabia que, mesmo trabalhando juntos, não conseguiríamos derrotar aquela criatura.
Porém, meu pai sabia que se algo saísse do controle eu retornaria imediatamente, então não haveria perdas do nosso lado.
Caminhei à frente, ao lado do outro jovem, numa tentativa de atrair a atenção da besta. Meu coração batia forte, e meu estômago revirava de ansiedade.
— Você está pronto para isso? Parece um pouco tenso. — Comentou ele, soltando uma gargalhada logo em seguida.
— Eu que te pergunto! — Retruquei, conseguindo arrancar um sorriso de seus lábios, enquanto o meu se preenchia também.
Nos encontramos diante da besta colossal, um dragão de escamas negras e olhos flamejantes. Seu rugido ecoou pela paisagem, fazendo tremer até mesmo os mais corajosos. Eu estava paralisado, incapaz de pensar em qualquer coisa além da certeza iminente de minha própria morte.
Então, antes que eu pudesse reunir coragem para agir, Hayato se lançou à ofensiva.
— AGORA! — O grito dele cortou o ar, e o vi subindo pela cauda do dragão, sua espada reluzindo à luz do dia antes de se cravar nas costas da fera. Um gemido angustiado escapou dos lábios do dragão, que se contorceu violentamente na tentativa de desalojar o intruso.
Por alguns segundos, fiquei ali, observando a cena com horror e admiração. Hayato era uma força da natureza, ele não demonstrava nenhum sinal de temor, apenas determinação e coragem. E, mesmo em meio à carnificina iminente, sua presença irradiava uma beleza selvagem e indomável.
— Ei! Vai me ajudar ou não? — Perguntou ele, com um tom de deboche, enquanto lutava para se manter firme.
Eu estava tão impressionado, talvez até um pouco encantado, que momentaneamente esqueci que deveria ajudá-lo. Imagino o quão envergonhado meu pai estava.
Com dificuldade, subi até a cabeça do dragão e enfiei minha espada rapidamente em seu olho. A criatura se contorceu violentamente, e eu escorreguei das suas escamas, mas, para minha surpresa e alívio, senti alguém agarrar minha mão.
Era Hayato.
O simples toque fez uma corrente elétrica percorrer nossos corpos, um choque que nos sacudiu, mas ele ignorou, puxando-me de volta com firmeza.
— É cedo para morrer! — Exclamou ele, soltando uma gargalhada.
Eu não entendia como ele conseguia manter tanta calma em uma situação tão extrema. Um lindo sorriso adornava seu rosto, o que me fez encará-lo por mais alguns segundos. Mas fui despertado de meu transe pelo rugido furioso do dragão.
— Como você pode rir quando quase morri? — Reclamei, tentando parecer irritado, mas na verdade só queria iniciar uma conversa.
— Dramático, eu lhe segurei! - Berrou ele soltando minha mão. - Mas agora é hora de acabar com isso! — Disse ele, enquanto uma névoa negra começava a nos envolver. Parecia emanar dele. Em um movimento rápido, Hayato se lançou contra a cabeça do dragão com toda a sua força, sua espada perfurando o crânio da criatura.
O dragão soltou um rugido ensurdecedor, seu corpo convulsionando em agonia. Suas garras afiadas se agitavam, tentando alcançar Hayato, mas ele era ágil como uma sombra, desviando-se dos golpes com facilidade.
Enquanto isso, eu me recuperei do choque inicial e me juntei à batalha, golpeando o dragão com minha própria espada. Cada golpe era uma luta contra a resistência da fera, mas com Hayato ao meu lado, encontrei forças que nem sabia que tinha.
A névoa negra ao nosso redor se intensificava, formando uma cortina sombria que obscurecia minha visão. Ela se enroscava ao redor do dragão como uma corda, envolvendo-o cada vez mais apertado. Era uma invocação impressionante, uma das melhores que eu já tinha visto.
Hayato parecia canalizar todo o poder das trevas, controlando a névoa com maestria. Seus movimentos eram fluidos e precisos, como se ele e a própria escuridão estivessem em perfeita sintonia. Cada gesto era calculado, cada comando dado com determinação.
Enquanto a névoa se enrolava ao redor do dragão, este rugia de dor e desespero, tentando libertar-se do cerco sombrio que o prendia.
As sombras, como mãos demoníacas, agarraram as pernas da criatura, arrastando-a para baixo com uma força irresistível. O dragão lutava ferozmente, rugindo e se debatendo, mas era em vão. A escuridão o dominava, prendendo-o cada vez mais firmemente em seu abraço implacável.
No mesmo instante abri minhas asas levando Hayato junto comigo para que não caíssemos junto do Dragão.
Com um estrondo ensurdecedor, o animal finalmente cedeu, suas pernas dobrando-se sob o peso da névoa negra. soltando um último urro de agonia enquanto sua colossal forma desabava no chão. A terra tremeu com o impacto, e uma nuvem de poeira se ergueu ao redor dele, obscurecendo ainda mais a cena.
Hayato permaneceu imóvel enquanto meus braços rodeavam sua cintura, sua expressão serena contrastando com o caos ao seu redor. Ele parecia completamente à vontade na presença da escuridão, como se fosse parte dela. Seus olhos brilhavam com uma intensidade sombria, refletindo o poder que ele controlava.
Enquanto o dragão se fazia derrotado abaixo de nós, eu não pude deixar de sentir uma mistura de admiração e temor pelo jovem ao meu lado. Ele era verdadeiramente formidável, eu tinha certeza que ele seria um ótimo mestre um dia.
— Como? — Exclamou meu pai estupefato.
— Como é possível? ele é só um discípulo! — Perguntavam-se alguns discípulos perplexos e assustados.
Eu pousei próximo dos clãs, libertando Hayato, que se alegrou ao ver seu líder sorrir. Logo ele se virou para mim e jogou os braços em volta do meu pescoço de modo galanteador.
— Foi um prazer Ryuk— Falou suavemente, enquanto seus dedos traçavam levemente os contornos do meu rosto. O calor de seu toque fez meu coração bater mais rápido. — Só deixe de ficar admirando minha beleza e lute de verdade.
Um rubor se espalhou pelas minhas bochechas enquanto ele se afastava, deixando-me encantado. Balancei a cabeça, tentando recuperar a compostura.
— Por que fez isso? — Questionei, tentando disfarçar a emoção em minha voz. — Ou melhor, como matou aquela coisa?
Hayato me lançou um olhar cheio de mistério e sorriu levemente, antes de se dirigir ao seu clã. Eu fiquei ali, parado, tentando decifrar aquele enigma envolvente que era ele.
— O quê? — Toquei meus cabelos, percebendo que estavam soltos. — Ei, Você me roubou? — Os discípulos do meu clã tiveram que me segurar para conter minha animação.
— Se for só isso, já estamos indo. Temos um longo caminho pela frente. — Falou Zhao, colocando Hayato atrás dele.
— Obrigado, amigo. — Disse meu pai, com um tom de respeito mas também de afinidade. No entanto, Zhao não retribuiu, virando as costas.
— Já deixamos de ser amigos há muito tempo, agora me despeço dizendo adeus. — Disse ele.
Shen balançou a cabeça, antecipando a reação.
— Até breve — Murmurou. — Vamos voltar! - Gritou, e olhei para trás, vendo Hayato me encarar de volta com um sorriso provocador com a minha fita azul nas mãos.
Meu coração deu um salto, inundado por uma mistura de emoções intensas
......................
Enquanto caminhava pelas ruas tranquilas da Vila, minha mente estava tomada por pensamentos tumultuados, todos voltados para aquele jovem que me salvara da morte.
— Por que não consigo tirar você da minha cabeça? — Sussurrei para mim mesmo, levando a mão ao rosto em um gesto de inquietação.
Continua...
Invocações mais utilizadas
Invocação das Cem Correntes: Esta invocação é uma técnica de alto nível que ao ser ativada, o invocador convoca uma miríade de correntes sombrias que emergem das sombras ao redor do oponente. Cada corrente é reforçada por energia demoníaca, tornando-as praticamente inquebráveis.
Invocação das Terras Consumidoras: Essa invocação concede ao catalizador uma força devastadora, permitindo-lhe destruir tudo ao seu redor com poderosos golpes. Embora essa invocação conceda ao catalizador uma força incrível, seu uso consome uma quantidade significativa de energia mágica
Eclipse lunar: Essa invocação é uma manifestação das sombras que habitam as profundezas do crepúsculo, concedendo a Hayato poderes sinistros e ocultos para manipular e subjugar seus inimigos.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!