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Celestia: As Asas Da Redenção ( Anjos E Demônios Yaoi)

chegada na terra, onde estou?

...•Por favor tenha respeito nos comentários, Seu comentário vale muito pra mim....

...Dêem a opinião de vocês, o que vocês estão achando ou o que poderia melhorar....

Celestia é um mundo fictício, que abriga 5 reinos, reino Aqua, Reino Divino, Reino espectro, Reino Magistral e Reino Acme. ...

   Cada um governado por Reis, no qual a história de cada um será revelada.

    Nesta saga, os seres mitológicos de Livros infantis são reais, como. Fada, Anjo, Demónio, Sereia, deus etc..

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

(Mapa de Celestia)

•Este mapa será para você acompanhar o decorrer da história, e facilitar o entendimento.

...Hayato...

O destino é um labirinto sombrio, onde cada passo pode levar a novos desafios ou a uma iminente perdição. Para mim, Hayato, a jornada tomou um rumo inesperado ao ser lançado num mundo humano, longe de meu reino, Celestia. Motivos para meu exílio já se perderam nas sombras do passado, e agora só me resta sobreviver entre os mortais.

Ao abrir meus olhos me deparo com uma parede branca. Ao olhar em volta percebo que eu estava deitado em algo confortável, cobertas enrolavam em torno do meu corpo, era aconchegante. Certamente estava na cama mais maravilhosa que dormi há anos.

O local onde eu me encontrava parecia ser um quarto, nas paredes haviam fotos de .... Humanos, eles tinham cabelos bagunçados e roupas horrorosas, e se encontrava a palavra rock. Aquilo era apavorante, as fotos eram tão estranhas que me perguntava da onde aquele monstro de livro de terror saíra.

Me levanto com dificuldade, entretanto no caminho a coberta enrosca em meus pés me fazendo cair de bruços. Ao levantar a cabeça para avaliar o cenário, avisto um espelho, logo quem eu vi no espelho não era eu.

Retirando as cobertas dos pés me levanto velozmente.

Eu estava diferente, minha aparência não era a mesma, meus longos cabelos estavam curtos na altura dos ombros e meus olhos castanhos, eu estava com uma aparência de um adolescente de 17 talvez 16.

Assustado, me afasto do espelho vendo uma porta semiaberta onde um pequeno flash de luz entrava pela mesma.

Lutei contra meus desejos de voltar para a cama e fingir morte e me aproximei da porta silenciosamente. Entretanto logo congelo ao me deparar com uma voz, minha intuição dizia que era feminina.

- Eu já falei que vou chegar em 20 minutos. - Dizia a voz impaciente. - Sim, Sim, isso não irá acontecer novamente.

Fiquei parado apenas escutando sem dizer uma única palavra. O que estava acontecendo?

A porta é aberta revelando uma bela mulher de cabelos escuros, sua aparência era muito parecida com a minha.

Ela se aproxima de mim com um grande sorriso e beija-me no rosto. — Bom dia amor — A desconhecida falou segurando meu queixo. — Como dormiu? — Pergunta ela carinhosamente.

— Desculpe-me perguntar, mas quem é a senhorita?  — Dito isso ela começou a rir se afastando de mim, logo se direcionando a uma uma cadeira que estava no local.

— Muito engraçado filho. — Continua ela enquanto pegava uma bolsa que se encontrava pendurada na cadeira. — Eu já vou, o dever me chama...ou melhor, o trabalho. — Diz ela com uma careta e logo depois um sorriso. - Querido tem uma marmita no micro-ondas,  e me desculpe ter que ir trabalhar em pleno domingo. - Disse ela vindo em minha direção me dando outro beijo, agora em minha testa.

Eu estava sem palavras então apenas acenei com a cabeça em confirmação, ela sem hesitar, caminhou até a porta saindo e gritando de fora. - Traque a porta!

Muitas perguntas rodeavam a minha mente, tudo estava tão confuso, mas uma coisa era certa. O meu Clã havia criado uma realidade onde eu teria uma vida normal. Pelo menos não fui introduzido em uma realidade de pobreza e angústia, apesar de tudo meu tio ainda tentava me ajudar.

Respirei fundo lembrando de um ponto crucial. Se meu Tio tentou me ajudar, será que meus poderes de Celestia ainda estavam comigo?

Fecho os olhos rezando para que estivessem. Logo tão rápido quanto um piscar de olhos, duas asas negras repleta de penas são retiradas de minhas costas.

Aquilo não era tão ruim, pode ser um novo começo para mim, Portanto o passado não importava mais, nem o que eu passei para chegar aqui.

Mas por que meu coração doía tanto?

Por que meu coração insistia em permanecer apertado?

Logo minha mente vagou por um passado distante. Eu me sentia tão sozinho que acabei não conseguindo segurar algumas lagrimas que escorreram de meus olhos.

{...}

Algumas horas se passaram e eu me sentia entediado, por isso comecei a explorar a casa. Ela era de um tamanho médio, mas ainda sim era belíssima. Ao lado da cozinha havia uma escada a qual comecei a subir os degraus, eles faziam um rangido estranho como se fossem romper a qualquer momento. No mesmo instante acelerei os passos com medo de cair.

Ao chegar me deparo com duas portas, uma escrito "Não entre" e a outra "Bata na porta."

Pensei bem, regras devem ser feitas para serem desobedecidas, não é?

Dei um sorriso brincalhão indo até a primeira e a abrindo. Era um quarto grande e escuro, havia uma cama de casal bem no meio do mesmo trazendo uma aparência aconchegante. No local e havia uma cômoda ao lado da cama, e logo em cima dela percebi um abajur e uma foto onde podia se observar aquela mulher com um vestido branco e um homem com terno negro.

- Quem é você? - Me perguntei enquanto segurava a foto em minhas mãos.

Ao abrir uma das gavetas da cômoda encontrei no fundo dela uma caixa com várias fotos. Estas comigo, com a mulher que me chamou de filho e aquele mesmo homem de antes.

Franzi as sobrancelhas processando tudo, me perguntava de quem era este corpo que eu estava usando, e essa pergunta me trazia um certo receio.

Guardei tudo, mantendo da mesma maneira que encontrei e voltando imediatamente para a cozinha. Enquanto descia as escadas avistei alguns papéis em cima da geladeira. Rapidamente saltei do penúltimo degrau e corri agarrando o papel, era uma conta de luz que estava escrito o nome da minha suposta mãe, o nome dela era Lúcia.

Minha mãe. Pensei colocando a mão sobre o rosto sentindo uma dor na nuca.

- Calma, é seu primeiro dia neste mundo. - Afirmei para mim mesmo caminhando até a sala acabando por sentar no sofá. Eu me sentia tão cansado que não pude evitar encostar nas almofadas fechando os olhos.

Acordei com alguém acariciando meus cabelos, era tão bom que me lembrava uma pessoa em específica.

Abri os olhos devagar os fechando em seguida por conta da luz.

— Boa tarde Yatinho. — Falou ela de um jeito carinhoso me fazendo abrir os olhos completamente.

— Corrigindo, já é boa noite, e a propósito Yatinho? — Digo revirando os olhos, mas eu não estava irritado, apenas cansado para iniciar uma discussão.

— O que foi filho? eu sempre chamo você assim. — Diz ela com uma voz deprimida, o que por algum motivo quebrou meu coração.

— Ah, desculpe, é que eu não estou com cabeça para isso agora, não estou nos meus melhores dias. — Falei me sentando.

— Credo! Que estresse. — Ela dá um suspiro depois de sua fala, parecia aliviada. — Então vá descansar, amanhã é seu primeiro dia de aula e não quero ver você atrasado.

Eu obedeci, retornei ao meu quarto e me deitei, minutos depois minha mãe entrou no quarto com uma bandeja de comida. A mesma estava deliciosa, ou era eu que estava com muita fome...talvez os dois.

Comi colocando o prato na mesa ao lado e me enrolando nos cobertores para dormir.

 {...}

Traakkk

Um som muito alto me desperta me assustando e me fazendo cair da cama.

— Há, o que eu fiz para merecer isso? — Reclamei me levantando do chão com um pouco de dor por causa da queda.

— Acorda e se arruma para a escol.... — Disse minha mãe entrando no quarto e me vendo levantar do chão. — Aconteceu alguma coisa? — Pergunta ela desconfiada com a mão sobre o queixo.

— Não, não aconteceu nada, eu já me arrumo. — Afirmei e ela saiu do quarto saltitante. Todas as coisas nesse mundo me irritavam, mas minha mãe era uma exceção .

Me arrumei, colocando qualquer roupa que eu achei pela frente, elas eram bem diferentes das que eu usava antigamente, mas isso não me impediu de vesti-las. Em seguida saímos de casa, a Rua era movimentada e veículos buzinavam a todo instante. Em frente a nossa casa estava um carro onde minha mãe entrou.

- Coloca o cinto. - Disse e eu procurei o que seria esse cinto. - Ainda está dormindo Yato? - Disse ela revirando os olhos e colocando em mim. - Proxima parada escola.

Proxima parada inferno juvenil

No carro eu avistava um edifício bonito onde jovens conversavam na entrada. Mas tinha algo errado, eles não pareciam estar felizes e sim  o contrario pois estavam com auras negras ao seu redor.

Saí do carro após dar um abraço em minha mãe e entrei no colégio, tinha jovens pra todo lado e muitos deles esbarravam em mim e pediam desculpa. Andava perdido pelos corredores procurando minha sala mas não a achava de jeito nenhum, parecia um labirinto no qual eu não achava a saída.

Ao olhar em volta avistei um garoto com os cabelos pretos e olhos azulados, ele parecia solitário, então nada como fazer um amigo. Tomei coragem indo até ele.

— O...oi você sabe aonde fica a sala 24? — Pergunto gaguejando me xingando mentalmente pelo erro, porque eu tinha que gaguejar logo naquela hora?

— Sim. — Diz ele com indiferença o que me fez pensar que a educação não existia neste mundo.

— Você pode me dizer onde fica, eu sou novo aqui. — Digo com um certo medo, pois logo depois da pergunta ele encarou meus olhos profundamente, devia ser raiva, talvez por eu ter tirado o sossego dele.

— Ok, eu te levo, estamos na mesma sala. — Ele novamente fala de maneira agressiva.

Será que a mãe dele não deu educação?

—Obrigado. — Eu agradeço.

Fomos andando em completo silêncio, o mesmo não dizia uma palavra que me deixava nervoso, provavelmente ele percebeu isso, mas quem não perceberia?

— Você não é muito de falar né? — Perguntei quebrando o Silêncio.

— Só não quero que me entenda mal, não sou seu amigo, e nem quero ser.

Disse me deixando envergonhado por pensar que podia ser amigo dele.

— Nossa você é bem sincero. — Falei, e depois disso ficamos em silêncio o resto do caminho.

Chegando lá a professora nos recebe irritada fazendo todos os alunos nos encararem.

— Estão atrasados! — Falou a professora revirando os olhos.

— Me desculpe, ele é novo e não achava a sala, então eu o ajudei. — Disse ele educadamente encarando a professora que se acalmou.

Então com a professora ele é educado?

—Obrigada Yukió por trazer seu colega, agora sente-se, e você quem é? —Perguntou ela apontando para mim com o pagador.

— Meu nome é Hayato Castian, muito prazer em conhecê-los, espero que eu possa fazer amigos aqui.

o sofrimento começa

O INFERNO COMEÇA:

YATO:

Já haviam se passado duas horas desde que eu tinha chegado na sala de aula, e senti um clima estranho, todos estavam me encarando, era como se os olhares queimassem minha pele. Caracterizar com estranho era pouco, pareciam zumbis, ou feras, prontos para perseguir a presa, e eu era a presa.

— Quem é ele? — Sussurra uma das garotas para a outra, elas se encontravam no fundo da classe.

— Não sei, eu nunca vi ele na cidade, mas ele é bonitinho, não acha? — Fala a outra com um sorriso peculiar, enquanto balança a caneta de um lado para o outro em sua mão.

Olhei para trás e elas se calaram e começaram a falar sobre rock.

triiiiinnnkkkkk

O sino do intervalo toca me fazendo quase saltar da cadeira onde eu estava sentado. Mesmo no momento eu sendo quase humano, minha audição continua muito sensível, então provavelmente demoraria bastante até eu me acostumar.

— Depois do intervalo vocês continuarão com o professor de história. — Afirmou a professora alegre. Ela guardou suas coisas e logo saiu da classe acenando em seguida.

Permaneci sentado ainda processando tudo que eu aprendi na matéria, se eu quisesse me passar por humano, pelo menos teria que ter uma boa nota. A memória fotográfica tinha que me ajudar.

Abri o livro de geografia e comecei a folheá-lo, todavia logo parei ao sentir que estava sendo observado novamente.

Olhei para a esquerda e avistei uma turma de garotos me encarando e rindo, um deles se levantou vindo até mim.  Ele tinha cabelos ruivos e olhos verdes, um rapaz realmente bonito para um humano. Ele se direcionou ficando em minha frente olhando-me de cima a baixo.

— O que você quer? — Perguntei de um modo seco, pois aquilo já estava começando a me irritar.

— Eu estava te observando, mas provavelmente Isso você já sabe, qual é o seu nome? — Pergunta ele me dando uma certa hesitação em responder. Uma pergunta rodeou minha cabeça: porque eu estava me sentindo intimidado por um humano?

— Meu nome é Hayato — Digo guardando meu material dentro de minha mochila para desviar o olhar dele.

— Hayato? — Ele parece ficar pensativo. — Esse nome me traz muitas lembranças. — Fala em quase um sussurro, mas alto suficiente para eu ouvir. — Você é bem solitário não é? — Disse ele passando a mão em meu cabelo.

— Não te interessa! — Respondi agressivamente afastando suas mãos de mim. —  Apenas me deixe em paz! Logo depois de eu falar, vejo ele com um olhar irritado.

— Olha como fala comigo, eu posso tirar você de circulação em segundos! - Ameaçou e eu ignorei  me levantando e indo em direção à porta, já estava irado com tanta ladainha.

— Eu ainda não acabei! — Ele segura meu ombro liberando mais ainda o meu demônio interior, quando me virei dei um soco  no rosto dele fazendo com que o mesmo se desequilibrasse  e caísse no chão.

— Agora você me paga! — Berrou ele, essa foi a minha deixa para sair correndo, abandonando até mesmo minha bolsa.

Ao olhar para trás, avisto ele levantando e vindo em minha direção a todo vapor.

- Eita! - Gritei enquanto passava pelos corredores sendo perseguido, inúmeras vezes eu deslizava pelo chão e buscava apoio em algum aluno ou até mesmo nas paredes. Durante a fuga fiquei sem saída, por isso subi as escadas que me levavam para o quinto andar.

Olhei para trás para ter certeza se ele ainda me perseguia, e por mais que não tivesse, não pararia de correr. No mesmo segundo, quando olhei para a frente novamente percebi que estava indo em direção a uma pessoa, era tarde demais para parar.

Ambos trombamos e caímos, ao focar a visão percebi que era Yukió.

.

— Me desculpa! me desculpa mesmo! — Exclamo me levantando rápido e estendendo minha mão para ajuda-lo, em seguida ele a segurou hesitantemente. Logo quando nossas mãos se encontram, uma sensação de dejavu se faz presente. E não só eu, como ele havia sentido a corrente elétrica que percorreu nossos corpos.

Aquilo era muito familiar.

- Hayato! - Berrou o jovem aparecendo próximo a escada. - Agora você já era.

— Merda!  —Exclamei e voltei a correr seguindo pelo extenso corredor logo vendo a escada que levava ao térreo. Era minha única escapatória. A subi me deparando com uma porta cinza a qual eu abri, correndo por ela.

Lá era um local aberto iluminado pela luz do sol, havia grades próximo da beirada e um pequeno bebedor.

— Você achou mesmo que eu não iria te pegar? — Perguntou ele dando leves batidas com o dedo indicador na parede. — Você me dá um murro na cara e ainda acha que vai escapar? de jeito nenhum.

— Há, a brincadeira de pega-pega acabou? - Perguntei procurando outra rota de fuga. - Pronto agora está comigo! — Digo em completo desespero.

Ele caminhou com passos largos para perto de mim agarrando a gravata que usava, isto é, o uniforme. A vontade que sentia de arrebentá-lo era imensa, mas me contive, pois seria como por lenha na fogueira.

— Lucky solte ele agora!  — Ordenou Yukió calmo como uma pluma, era de se estranhar como ele poderia ficar calmo numa hora dessas.

— Cai fora nerd, não tem nada para ver aqui! — Rebateu ruivo voltando a atenção para mim.

— Não vou falar de novo, você não quer ser humilhado aqui não é? — Falou Yukió com sorriso arrogante. - Ainda  mais na frente dele.

No mesmo instante ouvi os dentes dele rangerem, o ódio era perceptível.

— Que saco, isso ainda não acabou! — Ele me solta com agressividade me dando um empurrão o qual me fez cair no chão, em seguida passou por Yukió lhe dando um olhar de frieza o qual foi ignorado.

— Você está bem? — Perguntou o moreno se aproximando e estendendo a mão para que eu levantasse. Parece que o jogo havia virado.

— Estou, obrigado. — Seguro em suas mãos me levantando e novamente a eletricidade se fez presente.

— Disponha, vamos voltar para sala. — Fala ele virando as costas e andando para longe de mim.

Eu apresso o passo para acompanhá-lo.

— É melhor não se envolver com ele, Lucky é filho do diretor, ele pode te destruir em segundos.

— Ok, mas porque me ajudou? — Digo com certa esperança de que ele falasse que éramos amigos.

— Esquece, apenas me deixe em paz. — Ele acelerou o passo e foi embora.

No restante do dia ele não compareceu às outras aulas.

O tempo passou, e finalmente o sinal tocou. Me levantei com rapidez e saí da classe, eu não queria que aquele humano me seguisse.

De longe avistei minha mãe dentro do carro passando batom e quando me viu começou a buzinar sem parar.

    —Yatinhoooo. —Ela me chamou com um grande sorriso no rosto, fui até ela e entrei no carro fechando a cara. - Como foi a aula, querido? - Perguntou ela.

Eu evitei a pergunta dizendo para irmos para casa.

(...)

Ao chegar em casa jantamos assistindo um filme estranho. Havia um homem e uma mulher que se amavam, mas a família não permitia o contato entre eles. O final foi triste, ambos morreram.

Minha mãe estava roncando no sofá com uma vasilha repleta de pipocas na mão, parecia cansada.

Aquele filme despertou algumas memórias que queria enterrar e comecei a me sentir sufocado, eu precisava sair.

 caminhando em direção ao meu quarto abri a janela.

— Como diz o ditado, pássaros não foram feitos para ficar em gaiolas! — Ao falar isso me jogo do décimo sexto andar.

oiee amores 😉 só isso por hoje, espero que estejam gostando, deixem nos comentários o que acharam e não esqueçam de curtir.

Tempo Atrás:

...Ryuk ou Yukió...

Meu nome verdadeiro é Ryuk Quin. Esta é a história de como minha vida virou de cabeça para baixo por causa de um jovem que conquistou meu coração. Sou um anjo, e costumava residir em um lugar chamado Celestia.

Em Celestia, havia três clãs distintos.

O clã demoníaco, conhecido como Xing, estava situado no monte "Bravio".

O clã celestial, ao qual eu pertencia, chamado Quin, residia no monte "Findem".

E por fim, o clã imortal, liderado pelo clã Nie, que estabeleceu suas raízes em uma floresta ao norte chamada "Ácera".

...----------------...

Uma guerra assolava Celestia a alguns anos, desencadeada por um imperador impiedoso chamado Mikato Tomono do reino do Norte. Ele insistia que Celestia não poderia se contaminar se aproximando dos outros clãs.

Alegava que a mistura das espécies desencadearia uma guerra de proporções catastróficas. Muitas espécies tentaram lutar contra ele, no entanto a maioria dos clãs foram massacrados pelo seu império.

Como resultado, todos foram mantidos separados, cada um em sua própria raça, e aqueles rotulados como híbridos, foram cruelmente assassinados nas mãos do imperador.

Por algum motivo Mikato odiava os híbridos por um motivo que não era aparente.

Ninguém ousava desafiá-lo. A ordem de manter distância entre as espécies tornou-se uma regra inflexível. Não podíamos nos aproximar uns dos outros por motivos que, aos olhos do imperador, eram triviais.

Desde criança me perguntei quem colocou um rei tão tirando no poder. No entanto, sempre tive esperança que alguém subisse ao poder para desafiá-lo.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Um novo capitulo de minha vida começou numa manhã chuvosa e fria. Quando foi constatado que ao longe em uma vila chamada Nívea, uma besta gigantesca estava assolando e matando humanos.

Após muitos esforços fracassados mandando discípulos e eles não retornando, a besta teve atenção de meu pai, o líder, que convocou o Clã demoníaco para ajudar.

{...}

Era manhã, estava um tempo gelado, mas nossos robes ajudavam a nós manter aquecidos.

— Estão atrasados! — Reclamou Zhao Xing, o líder que usava a cultivação demoníaca, impaciente como sempre. Alto e imponente, com longos cabelos negros, seu olhar transbordava majestade e arrogância, enquanto vestia um robe preto com um manto vermelho sobre os ombros.

— Desculpe pela demora. — Respondeu o líder do meu clã, Shen, mantendo a calma. — Por favor, hoje vamos agir sem disputas ou competições. - Pediu ele, com um olhar sereno.

— Ah, mas assim você acaba com a diversão. — Retrucou, com um sorriso sardônico. - Hayato! - Chamou, e nesse momento um jovem bonito de cabelos escuros e olhos negros como a noite surgiu entre os discípulos.

— Shen precisou me chamar para matar aquilo? - Perguntou Zhao, levantando uma sobrancelha.

— Você sabe a força daquela coisa, por favor, vamos agir como éramos...

De longe, avistei as chamas consumindo a pequena vila, mas por sorte, todos já haviam evacuado.

- Não, quando meu sobrinho matar aquela coisa, você terá que admitir que meu clã é mais poderoso. - Disse Zhao, com teimosia.

— Eu disse sem competições, Zhao, deixe de ser sádico. — Interveio Shen, dirigindo-se à besta com temor nos olhos. — Mesmo com os dois clãs unidos, isso já seria...

Meu pai respirou fundo, percebendo que o outro clã não estava disposto a ouvir. Ele virou-se para mim e disse firmemente:

— Ryuk, meu fiel discípulo, você vai matar aquela coisa, entendeu? - Sua voz era decidida, e eu me senti congelar.

— Entendi. — respondi, hesitante. Sabia que, mesmo trabalhando juntos, não conseguiríamos derrotar aquela criatura.

Caminhei à frente, ao lado do outro jovem, numa tentativa de atrair a atenção da besta. Meu coração batia forte, e meu estômago revirava de ansiedade.

— Você está pronto para isso? Parece um pouco tenso. — Comentou ele, soltando uma gargalhada logo em seguida.

— Eu que te pergunto! — Retruquei, conseguindo arrancar um sorriso de seus lábios, enquanto o meu se preenchia também.

Nos encontramos diante da besta colossal, um dragão de escamas negras e olhos flamejantes. Seu rugido ecoou pela paisagem, fazendo tremer até mesmo os mais corajosos. Eu estava paralisado, incapaz de pensar em qualquer coisa além da certeza iminente de minha própria morte.

Então, antes que eu pudesse reunir coragem para agir, Hayato se lançou à ofensiva.

— AGORA! — O grito dele cortou o ar, e o vi subindo pela cauda do dragão, sua espada reluzindo à luz do dia antes de se cravar nas costas da fera. Um gemido angustiado escapou dos lábios do dragão, que se contorceu violentamente na tentativa de desalojar o intruso.

Por alguns segundos, fiquei ali, observando a cena com horror e admiração. Hayato era uma força da natureza, ele não demonstrava nenhum sinal de temor, apenas determinação e coragem. E, mesmo em meio à carnificina iminente, sua presença irradiava uma beleza selvagem e indomável.

— Ei! Vai me ajudar ou não? — Perguntou ele, com um tom de deboche, enquanto lutava para se manter firme.

Eu estava tão impressionado, talvez até um pouco encantado, que momentaneamente esqueci que deveria ajudá-lo. Imagino o quão envergonhado meu pai estava.

Com dificuldade, subi até a cabeça do dragão e enfiei minha espada rapidamente em seu olho. A criatura se contorceu violentamente, e eu escorreguei das suas escamas, mas, para minha surpresa e alívio, senti alguém agarrar minha mão.

Era Hayato.

O simples toque fez uma corrente elétrica percorrer nossos corpos, um choque que nos sacudiu, mas ele ignorou, puxando-me de volta com firmeza.

— É  cedo para morrer! — Exclamou ele, soltando uma gargalhada.

Eu não entendia como ele conseguia manter tanta calma em uma situação tão extrema. Um lindo sorriso adornava seu rosto, o que me fez encará-lo por mais alguns segundos. Mas fui despertado de meu transe pelo rugido furioso do dragão.

— Como você pode rir quando quase morri? — Reclamei, tentando parecer irritado, mas na verdade só queria iniciar uma conversa.

— Dramático, eu lhe segurei! - Berrou ele soltando minha mão. - Mas agora é hora de acabar com isso! — Disse ele, enquanto uma névoa negra começava a nos envolver. Parecia emanar dele. Em um movimento rápido, Hayato se lançou contra a cabeça do dragão com toda a sua força, sua espada perfurando o crânio da criatura.

O dragão soltou um rugido ensurdecedor, seu corpo convulsionando em agonia. Suas garras afiadas se agitavam, tentando alcançar Hayato, mas ele era ágil como uma sombra, desviando-se dos golpes com facilidade.

Enquanto isso, eu me recuperei do choque inicial e me juntei à batalha, golpeando o dragão com minha própria espada. Cada golpe era uma luta contra a resistência da fera, mas com  Hayato ao meu lado, encontrei forças que nem sabia que tinha.

A névoa negra ao nosso redor se intensificava, formando uma cortina sombria que obscurecia minha visão. Ela se enroscava ao redor do dragão como uma corda, envolvendo-o cada vez mais apertado. Era uma invocação impressionante, uma das melhores que eu já tinha visto.

Hayato parecia canalizar todo o poder das trevas, controlando a névoa com maestria. Seus movimentos eram fluidos e precisos, como se ele e a própria escuridão estivessem em perfeita sintonia. Cada gesto era calculado, cada comando dado com determinação.

Enquanto a névoa se enrolava ao redor do dragão, este rugia de dor e desespero, tentando libertar-se do cerco sombrio que o prendia.

As sombras, como mãos demoníacas, agarraram as pernas da criatura, arrastando-a para baixo com uma força irresistível. O dragão lutava ferozmente, rugindo e se debatendo, mas era em vão. A escuridão o dominava, prendendo-o cada vez mais firmemente em seu abraço implacável.

No mesmo instante abri minhas asas levando Hayato junto comigo para que não caíssemos junto do Dragão.

Com um estrondo ensurdecedor, o animal finalmente cedeu, suas pernas dobrando-se sob o peso da névoa negra. soltando um último urro de agonia enquanto sua colossal forma desabava no chão. A terra tremeu com o impacto, e uma nuvem de poeira se ergueu ao redor dele, obscurecendo ainda mais a cena.

Hayato permaneceu imóvel enquanto meus braços rodeavam sua cintura, sua expressão serena contrastando com o caos ao seu redor. Ele parecia completamente à vontade na presença da escuridão, como se fosse parte dela. Seus olhos brilhavam com uma intensidade sombria, refletindo o poder que ele controlava.

Enquanto o dragão se fazia derrotado abaixo de nós, eu não pude deixar de sentir uma mistura de admiração e temor pelo jovem ao meu lado. Ele era verdadeiramente formidável, eu tinha certeza que ele seria um ótimo mestre um dia.

—  Como?  — Exclamou meu pai estupefato.

— Como é possível? ele é só um discípulo! — Perguntavam-se alguns discípulos perplexos e assustados.

Eu pousei próximo dos clãs, libertando Hayato, que se alegrou ao ver seu líder sorrir. Logo ele se virou para mim e jogou os braços em volta do meu pescoço de modo galanteador.

— Foi um prazer Ryuk— Falou suavemente, enquanto seus dedos traçavam levemente os contornos do meu rosto. O calor de seu toque fez meu coração bater mais rápido. — Só deixe de ficar admirando minha beleza e lute de verdade.

Um rubor se espalhou pelas minhas bochechas enquanto ele se afastava, deixando-me encantado. Balancei a cabeça, tentando recuperar a compostura.

— Por que fez isso? — Questionei, tentando disfarçar a emoção em minha voz. — Ou melhor, como matou aquela coisa?

Hayato me lançou um olhar cheio de mistério e sorriu levemente, antes de se dirigir ao seu clã. Eu fiquei ali, parado, tentando decifrar aquele enigma envolvente que era ele.

— O quê? — Toquei meus cabelos, percebendo que estavam soltos. — Ei, Você me roubou? — Os discípulos do meu clã tiveram que me segurar para conter minha animação.

— Se for só isso, já estamos indo. Temos um longo caminho pela frente. — Falou Zhao, colocando Hayato atrás dele.

- Obrigado, amigo. - Disse meu pai, com um tom de respeito mas também de afinidade. No entanto, Zhao não retribuiu, virando as costas.

— Já deixamos de ser amigos há muito tempo, agora me despeço dizendo adeus. — Disse ele.

Shen balançou a cabeça, antecipando a reação.

— Até breve — Murmurou. - Vamos voltar! - Gritou, e olhei para trás, vendo Hayato me encarar de volta com um sorriso provocador com a minha fita azul nas mãos.

Meu coração deu um salto, inundado por uma mistura de emoções intensas

{...}

Enquanto caminhava pelas ruas tranquilas da Vila, minha mente estava tomada por pensamentos tumultuados, todos voltados para aquele jovem que me salvara da morte.

— Por que não consigo tirar você da minha cabeça? — Sussurrei para mim mesmo, levando a mão ao rosto em um gesto de inquietação.

Continua...

Invocações mais utilizadas

Invocação das Cem Correntes: Esta invocação é uma técnica de alto nível que ao ser ativada, o invocador convoca uma miríade de correntes sombrias que emergem das sombras ao redor do oponente. Cada corrente é reforçada por energia demoníaca, tornando-as praticamente inquebráveis.

Invocação das Terras Consumidoras: Essa invocação concede ao catalizador uma força devastadora, permitindo-lhe destruir tudo ao seu redor com poderosos golpes. Embora essa invocação conceda ao catalizador uma força incrível, seu uso consome uma quantidade significativa de energia mágica

Eclipse lunar: Essa invocação é uma manifestação das sombras que habitam as profundezas do crepúsculo, concedendo a Hayato poderes sinistros e ocultos para manipular e subjugar seus inimigos.

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