Cecília: (suspirando) Uau, olha só aquele homem ali, meninas. Ele é simplesmente perfeito!
Laiana: (rindo) Ceci, você sempre se apaixona por homens que só existem na sua imaginação.
Fernanda: (sorrindo) É verdade, mas quem sabe, dessa vez, ele seja real?
Cecília: (empolgada) Vou até lá falar com ele.
Laiana: (preocupada) Ceci, espera! Você sabe como são seus episódios de esquizofrenia.
Cecília: (ignorando) Não se preocupem, meninas. Vai dar tudo certo.
Cecília se levantou da mesa e caminhou até onde o homem estava. Ela sorria de forma encantadora e quando estava prestes a chegar perto dele, começou a se desequilibrar e acabou caindo em cima da mesa do baile, fazendo um estrondo e chamando a atenção de todos.
Homem: (surpreso) Uau, você está bem?
Cecília: (sem graça) Desculpe, acho que me empolguei um pouco.
Homem: (sorrindo) Sem problemas, acontece. Qual seu nome?
Cecília: (animada) Me chamo Cecília. E o seu?
Homem: (misterioso) Me chame de Lucas. Você dança?
Cecília: (sorrindo) Claro, eu adoro dançar!
Enquanto Cecília e Lucas dançavam, suas amigas olhavam preocupadas. Elas sabiam que Cecília muitas vezes confundia a realidade com a imaginação e acabava se metendo em situações complicadas. Mas mesmo assim, sempre estavam ao seu lado, apoiando-a.
Laiana: (sussurrando) Estou preocupada com a Ceci.
Fernanda: (nervosa) Eu também, espero que ela não se decepcione novamente.
Enquanto isso, Cecília e Lucas dançavam como se fossem os únicos no salão. Ela estava completamente encantada por ele, e ele parecia interessado nela também. Mas no fundo, ela sabia que algo não estava certo.
Lucas: (sereno) Cecília, você é uma mulher incrível. Não quero te assustar, mas preciso te dizer algo.
Cecília: (curiosa) O que é, Lucas?
Lucas: (sério) Eu não sou real, Cecília. Sou apenas fruto da sua imaginação.
Cecília parou de dançar e olhou para Lucas, sem acreditar no que estava ouvindo. Ela começou a tremer e se afastou lentamente dele, enquanto as lágrimas começavam a brotar em seus olhos.
Cecília: (abalada) Isso não pode ser verdade. Você parece tão real.
Lucas: (gentil) Eu sei que é difícil de aceitar, Cecília. Mas você precisa entender que eu não posso ficar aqui para sempre. Você precisa enfrentar a realidade.
Cecília: (soluçando) Como vou fazer isso, Lucas? Eu não sei viver sem você.
Lucas: (calmante) Você é forte, Cecília. Você vai conseguir superar isso. Eu estarei sempre com você, mesmo que de uma forma diferente. Você tem tantas qualidades incríveis, tanta força dentro de si. Você vai encontrar uma maneira de seguir em frente.
Cecília: (respirando fundo) Mas como vou lidar com a solidão, Lucas? Uma parte de mim acreditava que você era real, que você era meu companheiro... E agora você está me dizendo que tudo isso é fruto da minha imaginação.
Cecília permaneceu em silêncio por alguns segundos, processando as palavras de Lucas. Ela olhou para ele, com os olhos marejados, e tentou entender o que estava acontecendo. Por mais que soubesse que Lucas não era real, ela havia criado um vínculo tão forte com ele que era difícil aceitar a verdade.
Cecília: (com a voz trêmula) Por que agora, Lucas? Por que está me dizendo isso?
Lucas: (com tristeza nos olhos) Porque você precisa seguir em frente, Cecília. Você não pode viver no mundo da sua imaginação para sempre. É hora de enfrentar a realidade e seguir em frente.
Cecília assentiu lentamente, ainda tentando processar tudo o que estava acontecendo. Ela se afastou de Lucas e caminhou até a janela, olhando para o mundo lá fora. Ela se sentia perdida e confusa, sem saber como seguir em frente sem o seu companheiro imaginário.
Lucas se aproximou dela e colocou uma mão em seu ombro, tentando confortá-la.
Lucas: (com carinho) Eu sei que é difícil, Cecília. Mas você é forte o suficiente para superar isso. Eu estarei sempre aqui, mesmo que apenas na sua memória.
Cecília olhou para Lucas e sorriu, mesmo que as lágrimas ainda escorressem pelo seu rosto.
Cecília: (com determinação) Você está certo, Lucas. Eu preciso seguir em frente e encontrar a minha própria felicidade. Obrigada por tudo.
Lucas sorriu para ela e desapareceu lentamente, deixando Cecília.
Ela respirou fundo e enxugou as lágrimas, decidida a enfrentar a realidade e seguir em frente.
Sem a presença de Lucas, Cecília sentiu um vazio dentro de si.
Ela tentou se distrair com suas atividades diárias, mas a ausência do seu companheiro imaginário ainda ecoava em seus pensamentos.
Em uma tarde ensolarada, Cecília decidiu sair para dar um passeio no parque.
Ela caminhou lentamente pelos caminhos arborizados, respirando o ar fresco e sentindo o sol aquecer sua pele. Enquanto observava as crianças brincando e os casais apaixonados passeando de mãos dadas, Cecília sentiu uma pontada de solidão invadir seu coração.
Foi então que ela viu um homem sentado em um banco, olhando para o horizonte com um olhar pensativo. Ele parecia perdido em seus próprios pensamentos, da mesma maneira que Cecília se sentia.
Ela se aproximou do homem, sentando-se ao seu lado timidamente.
Cecília: (tímida) Com licença, posso me sentar aqui?
O homem olhou para ela e sorriu gentilmente.
Homem: (amigável) Claro, sinta-se à vontade.
Os dois começaram a conversar, compartilhando histórias e experiências de vida. Cecília sentiu uma conexão especial com o homem, uma sensação de conforto e familiaridade que há muito tempo não experimentava.
Eles passaram horas conversando, rindo e compartilhando momentos especiais juntos. À medida que o sol se punha no horizonte, Cecília percebeu que estava pronta para deixar o passado para trás e abraçar o presente. ( só que não )
Ela se despediu do homem com um abraço caloroso e um sorriso nos lábios. À medida que caminhava de volta para casa, Cecília sentia-se mais leve e esperançosa em relação ao futuro.
Cecília entrou em casa e foi direto para o quarto, pegou sua bolsa e saiu em direção à faculdade. Ela estava atrasada para a aula de psicologia, um dos seus cursos favoritos. Ao chegar na sala, o professor já havia começado a falar sobre transtornos mentais.
Enquanto Cecília tentava se concentrar na aula, sua mente começou a divagar. Ela se viu em um mundo paralelo, onde seu namorado imaginário, Lucas, estava esperando por ela. Ele era alto, de cabelos negros e olhos penetrantes. Cecília suspirou, lembrando-se dos momentos felizes que passaram juntos em sua mente criativa.
De repente, Cecília voltou à realidade e percebeu que estava tendo um surto de esquizofrenia. Ela olhou para o lado e viu Lucas sentado ao seu lado, sorrindo para ela. Cecília ficou chocada e confusa. Ela sabia que Lucas não era real, mas ele parecia tão tangível naquele momento.
- Lucas, eu sei que você me mandou te esquecer, mas eu não consigo. Volta comigo de novo, Cecília sussurrou, olhando nos olhos de seu namorado imaginário. Lucas sorriu e segurou a mão dela, fazendo com que Cecília sentisse um arrepio na espinha.
- Eu nunca te pedi para me esquecer, Cecília. Eu estou sempre aqui, ao seu lado, mesmo que ninguém mais possa me ver, Lucas respondeu ternamente. Cecília sentiu um aperto no peito, sabendo que aquele momento de fantasia logo seria interrompido pelo mundo real.
Enquanto a aula prosseguia, Cecília tentava se concentrar no conteúdo, mas sua mente estava ocupada com o encontro surreal que acabara de ter com Lucas. Ela sabia que sua esquizofrenia estava ficando cada vez mais fora de controle, mas não conseguia resistir à presença reconfortante de seu namorado imaginário.
Ao final da aula, Cecília se despediu de Lucas com um beijo suave na bochecha, sabendo que teria que enfrentar a realidade mais uma vez. Ela saiu da sala de aula, sentindo-se mais perdida do que nunca. Como poderia viver uma vida normal quando sua mente estava constantemente indo e vindo entre a realidade e a fantasia?
No caminho de volta para casa, Cecília lutou para manter sua sanidade intacta. Ela não queria decepcionar sua família e amigos, mas o mundo imaginário de Lucas era tão convidativo, tão acolhedor. Ela se perguntou se algum dia poderia se livrar de sua esquizofrenia e viver uma vida normal.
Ao chegar em casa, Cecília se jogou na cama e suspirou. Ela fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos confusos que a assombravam. Mas, para sua surpresa, Lucas apareceu diante dela mais uma vez, sorrindo como sempre.
- Não se preocupe, meu amor. Eu estarei sempre aqui para te ajudar a enfrentar seus medos e inseguranças, Lucas disse suavemente, acariciando o rosto de Cecília. Ela sorriu, sentindo-se reconfortada pela presença de seu amado.
Cecília sabia que teria que lidar com sua esquizofrenia no dia seguinte, mas por aquele momento, ela decidiu se entregar ao mundo encantado de Lucas. Ela fechou os olhos, permitindo-se desfrutar da fantasia que ele proporcionava. E assim, Cecília adormeceu, envolta em um mar de sonhos e imaginação.
Cecília acordou com o coração acelerado, procurando ao seu redor por seu namorado imaginário, Lucas. Ela olhou para todos os cantos do quarto, mas não o viu em lugar algum.
Lucas? Lucas, onde você está?, chamou Cecília, sua voz ecoando no vazio do quarto.
Sem resposta, Cecília sentiu um aperto no peito e uma sensação de pânico tomou conta dela.
Será que ele me deixou?, pensou, as lágrimas começando a escorrer pelo seu rosto. Ela se levantou da cama e saiu do quarto, procurando por Lucas por toda a casa.
Enquanto andava pelos corredores, Cecília começou a notar coisas estranhas acontecendo ao seu redor. A janela do banheiro abriu e fechou sozinha, a torneira da cozinha começou a jorrar água descontroladamente, inundando o chão da casa. Cecília sentiu o coração acelerar ainda mais, uma sensação de vertigem tomando conta dela.
Não, não pode ser real..., murmurou Cecília para si mesma, tentando controlar a respiração. Ela se viu encarando a água que subia rapidamente ao seu redor, como se estivesse em um pesadelo. Lucas, me ajude!, gritou ela, desesperada.
Foi então que Cecília se lembrou de seu medicamento, a quetiapina, que a ajudava a controlar seus surtos de esquizofrenia. Com as mãos trêmulas, ela correu até o armário do banheiro e pegou a caixa de remédios, engolindo uma pílula desesperadamente.
Pouco a pouco, a sensação de afogamento foi diminuindo, a água ao seu redor desapareceu e a casa voltou ao normal. Cecília se agarrou à pia do banheiro, ofegante, sentindo o coração batendo forte no peito. Ela olhou ao redor, respirando fundo, tentando se acalmar.
Isso não é real, isso não é real..., repetiu Cecília para si mesma, fechando os olhos com força. Quando os abriu novamente, viu Lucas em pé à sua frente, com os olhos preocupados. Ele segurava suas mãos com carinho, tentando acalmá-la.
Cecília, tudo bem? Você teve outro surto de novo?, perguntou Lucas, sua voz suave e reconfortante. Cecília assentiu, sentindo um misto de alívio e vergonha.
Eu sinto muito, Lucas. Eu sei que nada disso é real, mas às vezes é difícil..., murmurou Cecília, enxugando as lágrimas do rosto.
Lucas sorriu gentilmente, passando o polegar pela bochecha de Cecília. Eu sei, querida. Mas eu estou aqui, sempre estarei aqui para te ajudar a superar esses momentos difíceis.
Cecília sorriu de volta, sentindo-se grata por Lucas ao seu lado, mesmo que apenas em sua mente. Ela o abraçou com força, sentindo-se segura e protegida em seus braços imaginários.
Cecília: Lucas, eu sinto tanto a sua falta. Obrigada por estar comigo, mesmo que apenas na minha mente.
Lucas: Estou sempre aqui para você, Cecília. Mesmo que seja apenas em espírito.
Cecília sorriu, sentindo-se grata por ter Lucas ao seu lado, mesmo que fosse apenas uma projeção de sua imaginação. Ela o abraçou com força, fechando os olhos e se perdendo na sensação reconfortante de estar nos braços dele.
Lucas: Você sabe que pode me chamar sempre que precisar, certo?
Cecília assentiu, sentindo-se segura e protegida em seus braços imaginários.
Cecília: Eu sei, Lucas. Você é o meu porto seguro, mesmo que esteja longe.
Lucas: Sempre estarei com você, Cecília. De uma maneira ou de outra.
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