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Sob a Mesma Chuva

Explicação

Autor...
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Bom, obra nova pessoas...
Autor...
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Ent vamos fazer aquele breve resumo da trama:
Gênero: Romance BL, Escolar, Drama, Coming of Age
Tom: Emocional com momentos leves e vulneráveis
Sinopse: Haru sempre soube o lugar dele: invisível para quase todos, exceto quando Shion, o líder do time de futebol, resolve transformá-lo em alvo.
No colégio, Haru é o nerd solitário e silencioso que vive entre códigos e RPGs online.
Shion é o tipo de cara que parece ter tudo — popularidade, charme, e uma crueldade casual que esconde bem.
Mas tudo muda num dia chuvoso.
Haru encontra Shion sozinho, chorando no telhado da escola. Por um instante, o valentão perde a máscara, e o nerd, pela primeira vez, não sente medo — sente curiosidade.
Autor...
Autor...
E Asssim vai...
Autor...
Autor...
ESPERO QUE LEIAM.
Autor...
Autor...
Amo vcs!!

Capítulo 1 — Dia comum em um inferno particular

Haru bocejou alto, a cabeça afundada nos braços sobre a carteira. A aula de matemática parecia durar três horas a mais que o normal, e o som do ventilador quebrado girando no teto era o único entretenimento.
Ele olhou de canto para o professor, que explicava com empolgação uma equação que Haru já resolvia mentalmente em dez minutos.
Haru
Haru
— "Não sei por que venho pra escola. Já sabia que ia ser uma perda de tempo." — pensou, enquanto traçava desenhos aleatórios no canto do caderno: uma espada pixelada, uma barra de vida, um avatar com cabelo igual ao dele.
Com o corpo largado como um gato ao sol, Haru parecia indiferente, mas seus olhos observavam tudo.
O grupo das meninas no fundo rindo de vídeos no celular escondido.
O casal trocando bilhetinhos.
E o time de futebol jogado nas últimas fileiras — onde ele estava.
Shion Takeda.
Alto. Corpo atlético. Sorriso de comercial de pasta de dente.
E um ego do tamanho do campo de futebol inteiro.
Shion sempre andava como se fosse o dono da escola, seguido por dois ou três bajuladores que riam de tudo que ele dizia, mesmo quando nem fazia sentido.
Haru já tinha até catalogado as piadas ruins de Shion mentalmente.
Estavam na categoria: “infantilóides e desnecessários”.
O sinal bateu.
Haru
Haru
— "Finalmente."
Haru jogou os livros na mochila com lentidão calculada.
Saía sempre por último, evitando empurrões e o corredor lotado.
Mas o universo — ou o azar — parecia decidido a ferrar com ele hoje.
Shion
Shion
— "Ei, Quatro-Olho!"
A voz de Shion ecoou atrás dele, chamando atenção de quem ainda estava na sala.
Haru parou.
Não porque queria.
Mas porque já sabia como aquilo terminava se ele tentasse ignorar.
Virou-se devagar.
Shion
Shion
— "Você derrubou isso." — Shion sorriu com falsa gentileza, mostrando um papel amassado que nem era de Haru.
Haru
Haru
— "Não é meu." — respondeu, seco, tentando sair do caminho.
Shion se colocou na frente.
Shion
Shion
— "Nossa, que falta de educação. Achei que nerds fossem mais... gratos quando alguém se preocupa."
Risos.
Dos amigos dele. De algumas pessoas na porta.
Haru sentiu o estômago revirar.
Ele queria só dormir.
Jogar.
Viver invisível.
Mas Shion não deixava.
Shion
Shion
— "Vamos ver o que tem nessa cabeça de computador. Será que também serve pra reciclagem?"
Antes que pudesse reagir, Haru foi empurrado com força para trás.
Seu corpo bateu contra a lixeira de metal no corredor, o barulho ecoando alto demais.
Pior: Shion o segurou pelos ombros e, sem esforço, o jogou dentro da lixeira.
Shion
Shion
— "Headshot." — Shion disse rindo, como se tivesse marcado um gol.
Haru ficou lá dentro por um instante.
Os papéis fediam.
Havia algo grudento no fundo.
E ele conseguia ouvir o coro de gargalhadas.
Não doía fisicamente. Mas cada risada soava como um soco no peito.
Ele olhou para cima, vendo o rosto de Shion rindo com os outros.
Como sempre.
Haru
Haru
— "Idiotas." — pensou, em silêncio.
Shion virou-se, satisfeito, e foi embora com os colegas, jogando uma última frase por cima do ombro:
Shion
Shion
— "Boa sorte voltando pra casa com esse perfume de lixo, Haru!"
Os risos diminuíram enquanto os alunos iam embora.
Haru ficou ali mais um pouco.
Não porque não conseguia sair.
Mas porque não valia a pena levantar tão rápido.
Não ainda.
Autor...
Autor...
To be continued...

Capítulo 2 — No limite

A porta se fechou com um baque leve.
Haru largou a mochila no chão da entrada e chutou os tênis para o lado.
O cheiro de curry fresco invadiu suas narinas, e por um momento, o mundo parecia menos cruel.
Mãe do Haru
Mãe do Haru
— "Haru, chegou cedo hoje!" — disse a mãe da cozinha, com o rosto meio escondido atrás de uma panela fumegante.
Haru
Haru
— "A aula terminou antes." — ele respondeu, tirando o moletom e pendurando no encosto da cadeira.
Tecnicamente verdade. Só omitiu a parte de ter sido jogado no lixo.
O pai apareceu na sala, secando as mãos em um pano.
Pai do Haru
Pai do Haru
— "Você parece cansado. Tudo certo na escola?
Haru hesitou. Por um momento, considerou dizer a verdade. Mas o olhar gentil do pai o fez desistir.
Eles já tinham problemas suficientes com o trabalho. Não precisava adicionar mais.
Haru
Haru
— "Tudo certo. Só... muita conta."
Pai do Haru
Pai do Haru
— "Ah, o terror da matemática." — o pai riu, passando a mão na cabeça dele. — "Bom, você sempre foi bom com números. Comida daqui a pouco, vai jogar um pouco enquanto isso?"
Haru assentiu e foi direto para o quarto.
Ali, era outro mundo.
Sentou-se em frente ao setup: três monitores, teclado mecânico com LED pulsante, headset grande cobrindo as orelhas.
Bastou iniciar o jogo e conectar no Discord para a personalidade que o mundo real desconhecia surgir.
Haru Avatar
Haru Avatar
— "Salve, otários! Prontos pra mais uma surra?"
Mika Avatar
Mika Avatar
— "E aí, Haru! Bora ranqueada?"
Haru Avatar
Haru Avatar
— "ÓBVIO! Mas dessa vez, se o Ren errar de novo aquele combo, eu juro que vou arrancar o teclado da mão dele."
Ren Avatar
Ren Avatar
— "Ei! Não começa!"
Haru ria, xingava, gritava — tudo que ele nunca fazia fora dali. No jogo, era o capitão. O líder. O mais temido.
E quando ganhavam, a sensação era quase tão boa quanto um abraço. Quase.
Dia seguinte — Escola
O som do despertador foi um soco na cara.
Haru se arrastou para fora da cama como um zumbi e vestiu a roupa do colégio sem vontade. O dia estava nublado, o que combinava com o humor dele.
Chegando na escola, o movimento no pátio já era intenso. Grupos falavam alto, riam, se empurravam.
Lá estava ele.
Shion. Encostado na grade, rodeado de admiradores como sempre. Haru viu, registrou — e ignorou.
Passou direto.
Mas Shion não deixava nada passar.
Ainda mais um alvo andando com dignidade demais depois de ser jogado numa lixeira.
Shion
Shion
— "Olha quem tá limpinho hoje!" — gritou Shion, chamando a atenção dos colegas. — "Dormiu no banho pra sair o cheiro de lixo, Haru?"
Haru parou. Respirou fundo. Ainda de costas.
Algo dentro dele estalou.
Ele se virou devagar, o olhar frio.
Haru
Haru
— "Você tem alguma tara por mim, Shion?"
Silêncio.
Shion franziu a testa.
Shion
Shion
— "O quê?"
Haru
Haru
— "Porque só pode ser isso. Você me persegue, fala comigo todo dia, me toca... Tá começando a ficar estranho, cara."
Alguns risos surgiram, não do grupo de Shion. Da plateia que se formava.
Shion tentou rebater:
Shion
Shion
— "Eu só tô zoando o nerd da escola, como sempre."
Haru
Haru
— "Ah sim, o líder do time de futebol com a autoestima tão quebrada que precisa tentar humilhar alguém quieto pra se sentir alguém. Entendi."
Mais risos. Mais gente olhando.
Shion deu um passo à frente, mas Haru não recuou.
Haru
Haru
— "Sabe o que é engraçado, Shion? Você pode ser forte, bonito, popular... Mas precisa da atenção de todo mundo. Eu? Prefiro meu quarto, meu PC e meus amigos de verdade. Você não sabe nem o que é isso."
Shion fechou a cara. Pela primeira vez, parecia... sem resposta.
Haru passou por ele, sem olhar pra trás.
Haru
Haru
— "Boa sorte com a sua plateia, estrelinha. Mas hoje o show acabou."
Um tempo então passou.
Shion nunca foi o tipo de cara que ficava sem resposta.
Ele sabia jogar com palavras, com charme, com força. Mas aquela resposta de Haru... aquilo bateu diferente.
E pior: bateu na frente de todo mundo.
Joy
Joy
— "Você viu a cara do Haru? Achando que virou o fodão agora." — comentou um dos amigos de Shion no vestiário.
Kauê
Kauê
— "Aquele nerd de merda precisa lembrar qual é o lugar dele." — murmurou outro, provocando um estalo no maxilar de Shion
Ele fechou o armário com força.
Shion
Shion
— "Vamos resolver isso depois da aula."
Fim das aulas — Fundos da escola
O céu estava acinzentado, o tipo de dia em que até os pássaros pareciam evitar fazer barulho.
Haru andava com os fones no ouvido, mochila jogada num ombro, arrastando os pés.
Shion
Shion
— "Ei, lixo ambulante!"
Ele parou, de novo. Só que dessa vez... já sabia o que vinha.
Tirou os fones devagar e olhou por cima do ombro. Shion e dois dos seus amigos estavam ali, os rostos duros, as mãos fechadas.
Haru
Haru
— "Vão fazer o quê agora? Me jogar no lixo molhado?" — Haru disse, a voz cansada. — "Tá ficando repetitivo."
Shion se aproximou devagar, os ombros tensos.
Shion
Shion
— "Você se acha engraçado, né?"
Haru
Haru
— "Não. Eu só me cansei."
Shion
Shion
— "Cansou do quê?"
Haru
Haru
— "De fingir que vocês me assustam. Vocês são só... barulho. Um monte de grito vazio. Igual cachorro atrás de portão."
Foi rápido.
Shion o empurrou contra a parede, com um soco direto no estômago. Haru se curvou com a dor, mas não gritou. Os outros dois vieram logo atrás com chutes nas pernas, nos braços.
Kauê
Kauê
— "Fala mais agora, sabichão!"
Joy
Joy
— "Cadê sua língua agora, nerdzinho?"
Haru
Haru
— "Vai se foder..." — Haru murmurou, cuspindo no chão, mesmo com a dor latejando no rosto.
Shion deu mais um soco — no rosto agora.
Haru caiu no chão com um baque surdo, a mochila escorregando do ombro.
Shion
Shion
— "Isso é pra você lembrar onde está seu lugar."
Eles foram embora.
Final de tarde — Quarto de Haru
A casa estava silenciosa. Os pais ainda não tinham voltado do trabalho.
Haru estava jogado sobre a mesa, o rosto meio roxo, um olho começando a inchar.
Havia um pequeno corte no canto da boca, e um hematoma escurecendo na mandíbula.
Ele olhava para a tela do computador desligado, os olhos semicerrados.
As olheiras estavam mais evidentes que o normal.
A mão tremia um pouco sobre o mouse, mas ele não ligava o PC.
Haru
Haru
— "Queria dormir."
Haru
Haru
— "Só... dormir."
A mochila estava largada no chão. Os livros, abertos. A carteira, virada. Um dos cadernos tinha uma folha rasgada com um desenho dele mesmo... com uma capa de herói.
Bobo.
Ele amassou o papel devagar.
Haru
Haru
— "No jogo, eu sou alguém." — murmurou. — "Aqui, eu sou só... saco de pancada."
Ele passou a mão no rosto machucado, a expressão não era de dor, mas de cansaço.
Cansaço profundo.
Como quem carrega um peso desde sempre.
O quarto estava silencioso. A única luz vinha do pôr do sol invadindo pela janela.
Ele olhou para a cama. Depois para a gaveta da escrivaninha.
Ficou ali. Sem se mover. Pensando.
Haru
Haru
— "Se amanhã for igual hoje..."
Haru
Haru
— "...pra quê continuar?"
Mas então, a notificação do Discord piscou no canto da tela.
Ren Avatar
Ren Avatar
[RenKun]: “Ei, Haru. Tá tudo bem? Você não apareceu hoje. A gente perdeu feio sem você, seu desgraçado.”
Mika Avatar
Mika Avatar
[MikaChan]: “Sério, onde você tá? Fiquei preocupada…”
Ele ficou olhando pra tela.
Os olhos ardiam.
Não respondeu de imediato.
Mas... algo naquele "tá tudo bem?" fez ele respirar mais fundo.
Só mais um pouco.
Só mais um dia.
Autor...
Autor...
To be continued...

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