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Entre Nós - Among Us

Prólogo

Três anos antes~

- Senhoras e senhores, o Skeld Doze está pronto para partir rumo ao espaço! - Foi anunciado no rádio.

- Ouviram tripulantes, estejam preparados- Disse o capitão da nave, o tripulante azul.

- Certo capitão! - Respondeu amarelo.

- Okay capitão! - Respondeu branca.

"A contagem regressiva começa em, dez,nove,oito,sete,seis, cinco, quatro, três,dois...um!". A nave iniciou o seu decolamento. A sensação de que daqui a algumas horas estariam no espaço lhes dava uma sensação de maravilha, todos os dez tripulantes a bordo do Skeld Doze iriam para o espaço,algo que já foi realizado pelo homem a muito tempo atrás, mas isso foi chegar na lua, agora ali, naquele exato momento estariam indo para uma missão diferentemente de todas as que já haviam sido realizadas, aquela era a missão de exploração de um planeta novo, um nunca antes visto, e com altas chances de ter vida nele, era algo impressionante, mas também amedrontador, já que poderia ter vida alienígena ali. Então a sensação de medo também batia forte como a de maravilha.

- Eu tô nervosa miga! E-eu acho que minha cabeça vai explodir de tensão!

- Poisé,eu também!

- Se acalmem, sei que isso é algo novo e revolucionário, mas mantemos a calma. - Disse marrom, ou no caso, tripulante marrom.

- Concordo! - Concordou tripulante ciano.

Passada algumas horas,eles já estavam no espaço, e podiam ver a imensidão que era, viram também o Planeta Terra, em suas cores que sempre eram mostradas nas fotos e desenhos.

- A Terra não é plana, toma essa cinza! - Saltitou vermelho de alegria.

- Mas que saco! Como assim que a Terra não é plana gente!? Eu vi isso na ChoqueNews!

- A ChoqueNews? Credo, fica longe disso menino! - Respondeu carmim, a tripulante mais velha a bordo da nave. E a mais inteligente também.

- Achei que era redonda,tipo uma bola de futebol.

- Claro que não né verde.

- Que tem eu?

- O claro, não você escuro. - Respondeu carmim.

- Atá. - Verde escuro voltou a fazer sua tarefa.

- A Terra tem o formato geóide, é tipo um círculo, só que bem torto. - Explicou.

- No caso um círculo não redondo perfeitamente? - Perguntou vermelho.

- Exato!

- Aliás dona carmim, qual era a sua profissão? Falaram que você tinha feito cursos de alto nível em grandes faculdades!  - Perguntara ciano.

- Eu também ouvi falar! - Disse cinza.

- Assim, eu sou,ou era, geóloga. Geóloga, cientista e professora de faculdade também, apesar de ter dado aulas de História, e não Geografia.

- Caramba!

- Impressionante!

- Poisé.

- Me pergunto agora,como que o azul é o capitão e não a senhora. - Disse Verde escuro ainda fazendo tarefas.

- É...bem...eu também não sei! - Riu carmim.

- É porque eu sou um astronauta, já tô nesse trampo a quase três anos! - Respondeu azul.

- E quantos anos você tem azul? - Pergunto branca.

- Bem, quarenta e nove. Por que?

- E você carmim?

- Cinquenta e um, e você jovem?

- É bem, tenho vinte e oito.

- Quem será que é o mais novo daqui? - Perguntou branca.

- Acredito que seja o verde escuro, olha como ele trabalha, parece um jovem com muita energia! - Disse azul.

- Na verdade não capitão, é que eu só não consigo ficar parado mesmo! E essa nave parece o quarto do meu irmãozinho, todo bagunçado, olha esse desastre aqui!

A nave estava totalmente bagunçada, parecendo o quarto de uma criança de dez anos, ou, o quarto de um adolescente preguiçoso de quinze anos.

- Temos que arrumar isso mesmo, enfim tripulantes,vamos dividir as tarefas, certo?

Todos concordaram que sim. E lá foram cada um fazer uma tarefa, uns cuidavam do lixo, outros faziam os testes da Enfermagem, uns cuidavam dos escudos,outros dos meteoros na Sala de Armas, e assim iam indo, fazendo suas tarefas em conjunto e atualizando o progresso da missão, estavam no espaço sideral a nove dias, a distância da Terra até o novo planeta era de duzentos e quarenta e nove milhões de quilômetros, e levaria, talvez um ano e três meses aproximadamente, mas é claro, se fosse com uma nave normal, e o Skeld Doze não era uma nave completamente normal, é uma nave que foi feita especialmente e unicamente para esse tipo de missão. Chegaria em três meses.

- É estranho me acordar e ver estrelas, ver planetas, asteróides e meteoros todo dia, e em falar em dia, não sei quando é dia ou quando é noite! É difícil desvendar isso, eu durmo quando tô com sono, mas acontece que eu sempre tô com sono, só me seguro para não dormir porque gerencio as comunicações e devo de ficar alerta. - Desabafou amarela.

- Entendo... - Disse preto, cuja profissão era psicólogo,a qual ele não era um ótimo atuante, ele nem sequer entendeu nada do que era dito por sua paciente.

- Sabe como é? - Perguntou.

- Sei, é muito difícil isso, mas mantenha a calma. - Este foi o melhor conselho que ele pode dar, mesmo rabiscando na folha presa a prancheta a meia hora, só concordando com que  falavam.

O tempo ia passando, passando, e até então,faltava um mês para chegarem ao planeta, estava tudo indo bem até então... até o momento em que começaram a acontecer algumas coisas estranhas, como a queda de energia na nave, algumas colididas com uns pequenos meteoritos que batiam de leve na nave, falha nas comunicações e vazamento de oxigênio.

Isso já vem acontecendo há duas semanas,quase morremos por falta de ar.

Pensou azul, que apertou o botão de emergência, convocando todos para uma reunião.

- O que houve agora capitão? - Perguntou branca.

- Por quê nos chamou? - Perguntou amarela.

- Eu tava fazendo download,faltava um segundo para acabar! - Reclamou verde escuro.

- Eu estou com um paciente. - Resmungou preto.

- Você não sabe ser um bom ouvinte. - Disse vermelho, aparentemente irritado.

- O que deu? - Perguntará carmim, que chegava atrasada.

- O que deu? - Verde claro saía da Administração.

- Então tripulantes,convoquei todos para discutirmos algo que vem acontecendo há muitas semanas nesse mês. A causa das quedas de energia, ou a quase falta de ar por completo. Quase morremos aquela vez que estávamos todos no reator, tivemos de correr o mais rápido possível para digitar a senha e tentarmos nos salvar, e isso não foi uma única vez, foram muitas vezes.

- Quinze vezes no total, só a parte do oxigênio. - Completou carmim.

- Então, será que não é um mal funcionamento da nave? - Perguntou preto, o sujeito que menos se importava com o que acontecia, só estava ali pelo dinheiro,muito possivelmente.

- Como se fosse possível cair energia a cada vinte minutos! - Vermelho se exaltou.

- Calma aí. - Interrompeu branca.

- O que foi? - Perguntou verde escuro.

- Está faltando um tripulante! - Disse branca.

- Não, estão faltando dois tripulantes! - Observou amarela.

- Cinza e Ciano! Onde será que estão? Por quê não estão aqui? - Perguntou azul.

- Eu vou procurá-los. - Disse preto, que saiu para o corredor da Enfermagem.

- Devemos continuar a reunião?

- Acho que não,faltam dois tripulantes, o preto foi procurá-los.

- Ou foi vagabundear também. - Disse vermelho, rindo.

Verde claro foi para a Administração, onde olhando o mapa de localização, viu que havia um tripulante nas comunicações, e outros dois no reator, o resto estava na cafeteria.

Estranho.

Pensou consigo mesmo.

- Já que o preto deve estar no Reator, eu vou para as Comunicações, ver quem deve estar lá.

Quando saiu da Administração,desceu para o Armazém e virou para o corredor das Comunicações, onde entrando na sala, viu ciano caído no chão com os fones de cabeça em sua mão.

- Aí meu Deus, ciano!? Ei você está bem? - Ele correu em sua direção, agachou-se e virou ciano, ele parecia normal, estava respirando. Deve ter sido algum mal estar.

Que bom que está bem. Vou levanta-lo.

Ele pegou os braços de ciano e pôs por sobre seus ombros, e o levantou com muito esforço.

- Ei, alguém me ajuda! Tripulante desmaiado aqui! Socorro! - Gritou.

Logo em seguida, vermelho,azul,carmim e branca apareceram para ajudar, vermelho pegou ciano por um braço e azul por outro, e juntos carregaram- no até a Enfermagem, onde o puseram deitado na cama.

- O que foi que houve com ele? - Perguntou azul.

- Eu não sei, eu quando fui ver a localização de cada um no painel da Administração, vi que tinha alguém nas Comunicações, e quando fui olhar, estava ele caído no chão! - Verde claro estava com a respiração pesada.

- GENTE, VENHAM DEPRESSA!!! - Gritou verde escuro.

- Outro desmaiado? - Disse vermelho que sairá correndo.

- Branca, carmim e verde claro, vocês fiquem aqui. Eu vou ver o que houve.

Quando azul foi para o Reator, viu algo pior do que ele esperava, virá o corpo de cinza caído ao chão com sangue escorrendo de seu peito, pescoço e...rosto, ele havia sido esfaqueado, a julgar pelo jeito das perfurações que estavam presentes em seu corpo.

- Mas o que?... O que...houve? - Perguntou.

O que será que houve ali? Suicídio? Ou pior... assassinato?

- O que aconteceu? - Perguntará carmim.

Quando ela chegou, viu o que ninguém queria ver. E antes de falar,preto a Interrompeu.

- Eu cheguei aqui procurando por ele, e ouvi um barulho vindo daqui do Reator, aí quando entrei...vi ele se contorcendo no chão e cuspindo sangue...

Marrom abriu a viseira e pôs-se a vomitar no duto de baixo do Reator.

- O que faremos capitão? - Perguntou carmim, aos soluços.

- Reportaremos o caso para a IMME, e tentaremos investigar o que realmente aconteceu... - Respondeu ainda em choque.

Convocação

~ Atualmente ~

*Sede da IMME*

Estavam presentes todos os presidentes da IMME, reunidos para uma reunião de extrema importância em relação ao caso de dois mil e vinte e dois, mas especificamente o caso "Desaparecimento Espacial", o caso que nunca foi solucionado e muito menos divulgado para a mídia mundial, em relação aos tripulantes que foram enviados para o espaço sideral no dia nove de junho de dois mil e vinte e dois, a missão teria um prazo de um ano e meio ou até dois,mas se passaram três anos, e até então nunca se foi resolvido, não se sabe dizer se estes tripulantes morreram por causas naturais ou por algum acidente, foi isso o que foi deduzido.

- O que acha que eles vão fazer em relação a isso, hein? - Perguntou.

El* pensou...

- Sei lá...

O Presidente Fundador da IMME subiu ao palco com o microfone.

- Queria primeiramente agradecer pela presença de todos vós aqui.

Sempre tentando parecer formal...

- E agora,vamos começar a reunião sobre esse caso que afetou-nos tanto a nós quanto aos familiares dos falecidos tripulantes da Missão "Exploração PFG, ou seja, Planeta Fogo-Gelo." Um planeta que há muito tempo foi descoberto pelo pesquisador e cientista historiador inglês Abram Lincoln, um salve de palmas para ele.

"Name: Abram Lincoln

Age: Forty (40)

Profession: Researcher scientist historian

Nacionality: England "

É isso que eu sei mais ou menos sobre ele. Descobriu por "acaso" um suposto planeta novo localizado a tantos anos luz daqui e blá blá blá, reportou isso para a IMME e agora é aplaudido por isso, enquanto os familiares dos falecidos tripulantes que se ferrem ali.

Abram Lincoln começou seu discurso. Apesar dele ser inglês, el* podia entender perfeitamente o que era dito, graça aos tradutores de ouvido de última geração. Pegavam as falas e ao mesmo tempo traduziam de forma rápida,quase que como se soubesse falar a língua da pessoa.

- Agradeço pelo reconhecimento, e sinto muito pela perda de seus entes queridos, garanto do fundo da minha alma que vamos resolver este caso.

Isso,vai lá o Sherlock Holmes do espaço.

Abram saiu sorrindo, e o Presidente Fundador voltou, e depois de uma meia hora de falação e homenagens (a quem estava vivo e não morto) ele falou algo realmente útil em toda sua vida inteira.

- Faremos uma convocação de tripulantes de elite que serão enviados para uma missão de resgate! É claro que não é provável que estejam vivos mas temos como objetivo trazer ao menos seus corpos, para que sejam enterrados e possam descansar a alma.

Trazerem os corpos? Ou trazerem o Skeld Doze?

- Que babaca. - Disse.

- O que? - Perguntou Deise.

- Nada não, só pensei alto comigo.

- Ah bom.

Um homem lá na frente se levantou.

- Com licença, mas por que isso já não foi feito quando houveram os eventos? Tipo, vocês esperaram três anos para daí depois vim com essa de ir resgata-los? Obviamente estão mortos e já viraram pó, então por que querer ir atrás somente agora? Tinham de terem feito isso quando aconteceu o acidente, nem se sabe onde está a nave, vão saber onde estão os corpos! Será que não explodiu? Não colidiu com algum meteoro? Só pode ter sido isso, até porque não levariam esse tempo inteiro para investigar!

Todos estavam quietos, seria um silêncio total caso não tivesse os soluços dos parentes dos falecidos.

Outra pessoa se pôs em pé.

- Você é parente de algum tripulante da missão PFG? - Perguntou o cara.

Ele hesitou,mas respondeu.

- Não.

Respondeu de forma seca, mas respondeu.

- Então você não tem o direito de falar! Se você não é parente de nenhum dos falecidos!

- E você? É parente de algum deles?

- Ahn...bem, não mas e o que tem haver?

- O sujo querendo falar do mal lavado. Enfim, continuando...

- Como é seu macaco!? Vem cá seu merda!

Ele partiu para cima, mas tomou um murro na cara e caiu no chão. Os seguranças apareceram e seguraram o que havia dado o soco e começaram a arrasta-lo para fora da câmara.

- ESCUTEM, ISSO É TUDO MENTIRA! ELES NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA OS TRIPULANTES FALECIDOS!!!

Ele parecia que tinha mais coisa a dizer, ou a gritar,mas estranhamente foi carregado mais rápido para fora da câmara.

- Cara...parece que um dos seguranças tapou a boca dele... - Disse Deise.

- Ahn? Taparam a boca dele?

- Sim, você não viu?

- Vi sim. - Só não me importei muito.

E de fato, isso seria, seria não, é estranho. O Presidente Fundador depois do acontecido,mandou que todos se retirassem e depois iriam resolver o caso.

Irão resolver entre eles, sem o consentimento nosso, aposto, é sempre assim, quem tá no poder, faz de tudo para continuar.

Saíram da câmara e foram para o refeitório que estava lotado. Pegaram alguns pratos e serviram- se, logo após,sentaram-se perto da janela, lá fora a paisagem era linda, um céu claro com nuvens brancas como a neve. Se existir, tomara então que você esteja aí, ou além. Pensou, entristecendo-se.

- Você tá triste, porquê? O que houve?

- Nada de mais. - Respondeu.

Pôs uma garfada de comida na boca e engoliu sem ao menos mastigar.

- Caramba, é impressionante alguém comer sem mastigar, se fosse eu, olha,eu com certeza iria engasgar. - Disse o sujeito estranho que só apareceu ali.

Tomare.

- Ah, foi mal, eu nem me apresentei ainda não é? - Ele pôs a prato em cima da mesa e fez uma reverência. - Meu nome é Abram Lincoln, muito prazer senhoritas!

Eu sei quem você é e não te perguntei nada.

Poderia responder assim, mas não dava porque seria falta de educação, e também ele entenderia, já que usava o tradutor de ouvido.

- Muito prazer, meu nome é Deiseane, e esse é meu amigo...

Ele a Interrompeu.

- Amiga, você se confundiu, aliás meu nome é Beta, muito prazer Abram, não acredito que estou falando com você! Aí meu Deus! Sou uma grande fã do seu trabalho! Admiro muito você, sério.

Ela pegou sua mão e apertou com força.

- Uol Beta, você para uma mulher é bem fortezinha hein! - Disse Abram recolhendo sua mão e esfregando.

- Ah, obrigada! Eu treino muito com meu... irmão...

- Hahaha deve ser bem forte também, se você já é assim imagina ele então!

- Hahahaha sim! - O que queria insinuar com isso o palhaço barbudo calvo de entrada!?

- Oh, parece que tem alguém me chamando ali na outra mesa, queria poder conversar com vocês duas, mas tenho que ir! Talvez nos encontremos de novo!

- Sim sim,tomara... -Acenou para ele que já saía - Que não!

Deiseane a olhou com os olhos esgarniçados, quase que saindo de seus globos oculares.

- O que foi isso hein? Você não tinha se assumido...

- Calma aí calafranga!

- Calafranga? É calango!

- Eu não queria e nem quero que ele saiba, por que isso deve ser dá conta dele hein!? Poxa, isso é sério!

- Ah,foi mal "BETA", é que normalmente você sempre se apresenta assim.

- Para quem é íntimo de mim, quem é próximo, esse doido é famoso mas não nada meu! Entendeu?

- Tá entendi, mas porque a gente tá sussurrando?

- Você quer que todos aqui escutem a gente?

- Bem, não.

- Então Deise!

- Ah foi mal. Eu realmente não queria fazer isso...

- Desculpa amiga, foi culpa minha, eu deveria ter te avisado, é que eu não sabia que iria vir alguém para cá.

E logo ele, por quê?

- Foi culpa minha, eu deveria saber disso. Desculpa.

- Tá tudo bem, só vamos comer e relaxar.

- Olha,ele tá bem ali, naquela mesa que vem depois da nossa, e...ele tá olhando pra cá?

- O que?

- Veja, dá uma espiada disfarçada...

Ela virou-se completamente de uma forma nadica de nada discreta.

QUEEEE!? Por que logo ali? Bem atrás da gente, agora acabou o relaxamento!

Enquanto pensava ainda virada para ele, ela viu que ele lhe encarava, quando ele percebeu que seus olhares foram respondidos, sua boca abriu um enorme sorriso.

Cruz credo, o diabo tá sorrindo para mim! Vai roubar minha alma e possuir meu corpo! Que que eu faço?

Apenas decidiu sorrir para ele de volta, e depois virou-se.

- Ô bicha burra,eu disse "discretamente" , isso lá é ser discreto?

- Aff, foi mal, como eu ia saber?

Continuou a comer, só que dessa vez mastigou a comida ao invés de só tacar tudo na boca e engolir.(Sem besteiras)

- Ixi, acho que terei de sair daqui. - Deise já ia saindo.

- Ué por quê?

- Ah, oi Beta!

Merda.

Virou-se para ele sorrindo e lhe respondeu, (por obrigação) é claro.

- Oi,e aí, como está? - Perguntou por obrigação, (livre e espontânea vontade que não seria né?)

- Estou bem, e você? Posso me sentar? Não o demorarei muito, só vamos esperar sua amiga voltar.

Se duvidar saiu por causa disso.

- Assim claro, fique a vontade-

Ele já estava sentado.

- Então,o que você veio fazer aqui? Não que eu me incomode com sua presença, mas é que um cara como você deve ser muito ocupado, deve ter muitos eventos dos quais deve estar presente, autógrafos para assinar, entrevistas para dar, pessoas a inspirar...enfim,muita coisa.

- É bem, nem tanto, meu irmãozinho pode fazer isso por mim.

Irmão é?

- Sério? Você tem um irmão?

- Ora, me admiro você não saber, para uma grande admiradora de Abram Lincoln, você uma simples fã não saber que eu tenho um irmãozinho!

Enfia esse "simples" bem no fundo do seu...

- Ah, é então, é que ando muito ocupado, digo, ocupada e com a cabeça cheia que eu esqueço de muitas coisas hahaha.

- Eu tô zoando, hahaha, tinha que ver sua cara,tava hilária. E eu me identifiquei nessa aí, meu irmão não gosta que o chame de "irmãozinho", ele se irrita fácil hahaha, esse que é o legal!

- É sim, muito legal haha...

Quero morrer...

- Enfim, olhe Beta, não tomarei muita parte do seu tempo tá bem?

Já tá tomando.

- Aqui, pegue. - Ele lhe alcançou uma folha de papel. Assine aqui em baixo por favor.

- O que é isso? - Pegou o papel.

- Então, vou te contar. - Ele lhe deu outro papel, um menor e rasgado pela aparência.

- Leia ele quando estiver sozinha. Ah, e antes que eu me esqueça, de este a sua amiga Deisiane.

Pegou o outro papel, este estava em um envelope.

- É DeiSEane, só corrigindo.

- Ah, foi mal. Enfim, nos encontraremos novamente, isto é caso assine esse papel.

- Mas o que é?

- Leia o outro papel. - Ele sorriu e saiu.

Deiseane voltou de qualquer seja o lugar que ela tinha fugido.

- Valeu por me deixar aqui com ele!

- Eita, agora não sei dizer se é sério ou não.

- O que você acha?

- É que você estava sorrindo com ele, o papo parecia ser dos bons.

Assim, muito bom.

- Enfim, senta aí e pegue aqui.

- O que é isso?

- Eu não sei, ele que entregou.

- Então carta é que não é.

- Haha muito engraçado. - Debochou.

- Valeu.

As duas começaram a ler. Na carta estava escrito o seguinte:

Caro(a) senhor(a), você acaba de ser o/a  convocado(a) entres  os tripulantes que serão enviados a uma missão espacial. Se você está com esta carta é porque muito provavelmente foi recomendado(a) por um especialista do Instituto Mundial de Missões Espaciais, ou seja, a IMME! Aguardamos sua presença na sala E-13 entre os horários sete e cinquenta e vinte e três horas da noite do dia vinte e um, de maio de dois mil e vinte e cinco, ou seja, na próxima semana, por favor assinar embaixo caso estiver interessado (a), caso não estiver, assinar também. Apareça para a reunião da data e horário marcados, pois será nessa reunião que serão instruídos o passo a passo das missões e o salário de quem estiver de acordo, esperamos vocês até lá.

"Obs: NÃO CONTEM A NINGUÉM SOBRE ISSO ATÉ A DATA MARCADA!!! Por favor."

Assinatura de comprovação:

Não contar a ninguém sobre isso... O que será que está acontecendo?

- Eu vou no banheiro, já volto.

- Tá bem, mas antes, você assinou?

- Eu? É...bem...

- Não mente, eu te conheço desde o pré.

- Assinei sim...

Ela bufou.

- Então eu também assino. - Pegou a caneta e assinou.

- Por quê?

- Tem caroço nesse angu, e eu tenho que investigar isso.

- Partiu espaço sideral então?

- Só bora!

- Agora eu realmente tenho que ir no banheiro porque a natureza realmente me chama... - Deise saiu desesperada.

- Vai lá.

Todos que estavam no refeitório já haviam saído, e tirando alguns funcionários, só havia ela ali, que pegou o papel que foi entregue por Abram Lincoln e leu.

- Muito...suspeito isso tudo. Muito mesmo...

- Disse algo senhora? - Perguntou um funcionário que passava pano na mesa.

- Ahn? Ah nada não, era comigo mesma aqui haha! Já estou de saída.

- Ah tudo bem então.

E saiu.

Ida

A semana havia passado muito rápido.

Passou tão rápido que eu jurei que hoje era sexta, que saco.

Pensou, ainda deitada na cama, era quarta, ou seja, hoje, ela iria chegar às dez e meia, não por que ficava aberto até onze da noite, mas porque no pedaço de papel rasgado que Abram Lincoln lhe derá, estava escrito que ela deveria se encontrar-se naquele  horário e local. Não sabia dizer ao certo se ela se encontraria pessoalmente com ele, ou se de fato iria ser ali a tal da reunião, já que Deiseane havia dito (fofocado) que a reunião seria em uma câmara, não a da reunião anterior, mas outra, e que teria um transporte especial para cada envolvido.

É só pra mostrar que tem dinheiro, mandar um transporte para cada pessoa em específico... e em um local específico.

Ao se levantar da cama pegou seu celular, o brilho pegou bem em seus olhos.

- Aí caramba! - Diminuiu o brilho e pôs no Whats, selecionou as conversas com a Deise e voltou a ler para ver se não havia esquecido de algo.

~"São trinta pessoas que vão estar presentes até onde eu sei, e com sei é no caso, ouvi sem querer querendo 😅."~

~"Só vc msm 😂."~

~"Então, vc vai ter q ir aonde exatamente para esperar seu motorista? Eu vou ter q ir em um lugar  q fica perto de uma estátua. Recebi a localização aqui, e o horário,eu tenho q tá lá às dez e meia. Eu é q não tô afim, ficar num frio do crlh lá, pqp!"~

~" Eu vou ter q esperar em um barzinho q tem aq perto msm, e tenho q estar as nove e cinquenta. Aproveitar e toma uma🍺."~

~"Cê não é boba."~

~"Não msm Kaká"~

~"Kaká?"~

~"Poha de corredor, kkkkkkk"~

~"CORREDOR KKKKKKK"~

~"Ah vai vsfd"~

~"Boa noite"~

~" Boa noite"~

Mesmo depois do boa noite,as duas continuaram a conversar, foi só depois das duas horas da madrugada que foram dormir, isso depois de, claro, terem mandado também três boa noites. Ela se levantou e foi ao banheiro tirar a remela de seus olhos, e acordar direto; lavou o rosto, secou e voltou para o quarto, onde abriu a janela, o sol lá fora era meio fraco, e a neve caía em grande quantidade na grande Novosibirsk, a maior cidade da Rússia por parte asiática. É nesse local que foi feita a reunião da IMME, a terceira que acontece tendo como País sede a própria, uma vez feita em São Petersburgo, na parte europeia, e outra que já havia sido realizada nesse mesmo local, e essa agora já é a segunda edição em uma única cidade, totalizando um total de três reuniões realizadas.

Que frio. Por que não podia ser em algum País tropical?

Pensou, fechando a janela e tirando só as cortinas e deixando somente as vidraças. Em seguida, arrumou o lençol da cama, afofou o travesseiro e dobrou os cobertores. Depois de arrumar o quarto, foi para a cozinha, onde no armário pegou o pote de café que ela havia trazido de casa, pôs um pouco na xícara, e preparou a água, que enquanto esquentava ela preparava um clássico pão com presunto e queijo fatiado.

Como era seu dia de folga de seu trabalho, ela não tinha pressa de se arrumar para sair, tanto que até desligou o alarme do celular, e tanto que foi preparar seu café da manhã as onze horas em ponto da manhã. Preparado o pão de presunto e queijo, ela foi ver a água, que já estava no ponto, pegou a chaleira e despejou na xícara. Estava totalmente pronto o seu café da manhã, pão com presunto e queijo fatiado com café puro, literalmente. Em suas folgas, ela toma achocolatado com alguma fruta ou um pedaço de bolo de chocolate, mas o achocolatado acabará e o bolo ela e Deise haviam comido tudo enquanto assistiam séries.

- Eu poderia ir dormir agora, não tenho absolutamente nada a fazer, ontem já lavei e sequei as roupas, fiz algumas comprinhas do mês, e limpei a casa. - Falará,sozinha.

Poderia ler alguns de seus livros que trouxe consigo. Mas só no avião já havia lido dois livros de mil páginas, e quanto aos outros, já havia lido também, recomeçar a ler não seria tão ruim, se já não tivesse feito isso antes.

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- Então,tem certeza disso Héctor? - Perguntou.

- Absoluta, precisamos investigar isso, saber se lá não há vida extraterrestre, saber se não é adequado para para vida humana! Lin,pense, é um novo planeta, você tem noção disso? É algo extraordinário! Precisamos enviar alguém para lá!

Ele dizia isso com tanto entusiasmo que esqueceu do acontecido de três anos atrás.

Interesse próprio. Puro egoísmo.

- Héctor, eu sei, fui eu inclusive que descobri esse planeta, mas assim, já se esqueceu do que aconteceu há três anos atrás? Semana passada tivemos uma reunião sobre isso! A missão é ir resgatar o que restou dos tripulantes mortos do Skeld Doze. Não vamos mandar mais para que tenham o mesmo destino, já falhamos uma vez, não arrisco falharmos de novo.

- Lin, me escute, falhamos uma única vez só, um erro mínimo de cálculo, mas o que que tem? Esse errozinho de nada só serviu para que acertacemos em cheio, agora com toda a certeza conseguiremos realizar o nosso sonho que tínhamos a vinte anos atrás. Vamos fazer um novo mundo, Lin, pense Lin! Pense! - Ele começou a tossir.

"Errozinho", o erro que causou a morte de pessoas inocentes.

- Héctor, já se esqueceu que esse "errozinho" foi o que causou a morte de pessoas inocentes? Tá certo que é algo extraordinário essa descoberta e tals, mas e se falharmos de novo?

- Lin, antes do Skeld Doze, teve o onze, este falhou, antes do onze teve o dez, este falhou, e antes do dez teve o nove, e adivinha...

- ...Este também falhou, assim como os outros anteriores... - Completou.

- Exato! Antes enviavámos bonecos de teste, a cada falha, era uma tentativa maior de acerto, até que chegamos no quase perfeito, foi um erro que aconteceu lá, não aqui, então os que morreram, morreram por erro deles, eles tinham uma missão simples, ir ao planeta, explorar, e voltar.

- Tudo isso enquanto mantinham a nave em ordem.

- Era o dever deles, não podiam deixar a nave sem os escudos, ou deixar de atirar em alguns meteoros de nada. - Tomou um gole de café, e depois cuspiu.

- Sem açúcar?

- Tá sem leite! Eu não tomo café sem meu leite! Deixa eu ver,quem é que está disponível hoje? - Héctor pegou a lista e  analisou, enquanto coçava a barba.

- Deiseane, e a funcionária que está presente hoje.

- O que houve com a outra?

- A outra não venho porque  está de folga hoje.

- Interessante.

- É a única que sabe fazer o café como eu quero de fato! Café,leite e um pouco de adoçante! Não é difícil.

Héctor ligou para a recepcionista e chamou pela empregada, que viesse urgentemente. Algum tempo depois ela chegará, era uma mulher gorda, baixa, de cabelos negros e cacheados, tinha a pele morena e usava uma touca de proteção, e um avental manchado de pó de café, ketchup,ou molho de tomate. Ela parecia estar cansada.

Veio com pressa.

- Então Deiseana, quero saber sobre meu café. Por quê ele não está como eu pedi?

- Senhor, primeiramente é Deiseane...e segundamente, não fui eu quem fiz o café, foi a própria recepcionista que fez e disse que era para eu requentar e trazer ao senhor.

- Requentar? Quem que requenta o café? Pelo amor de Deus!

- Não é sua esposa? Lembra que hoje é a folga de uma boa parte dos funcionários e você está ocupado aqui, alguém tem que cuidar lá.  - Disse Lin.

Héctor afagou a barba.

- É verdade, me desculpe Deinara, é o estresse de trabalho, enfim está liberada, inclusive hoje você pode sair mais cedo, pelo que vejo aqui, você também foi selecionada não é?

- Sim senhor.

- Pode ir então.

Ela saiu. Havia vindo atoa.

- Onde eu parei Lin? Ah sim, o erro foi deles, então meio que morreram por irresponsabilidade deles mesmo, não foi por nós.

Socorro.

- Olha, Héctor, eu agradeço o convite,mas minha resposta é não, seja o erro deles, ou de vocês, eu não me envolverei.

- Erro nosso? Lin, a princípio de conversa, foi você quem descobriu o planeta! Se não tivesse descobrido,nada disso teria acontecido!

- Eu tinha sete anos quando apenas olhei pelo telescópio, e também, possivelmente esse planeta já seria descoberto, a culpa é de vocês mesmo que não enviaram satélites espaciais! Eu disse não disse? "Que tal mandarmos satélites espaciais, temos dinheiro e material o suficiente para isso, assim não precisaríamos enviar pessoas sem saber se voltariam ou não." Foi o que eu sugeri naquela reunião, mas ninguém me escutou, aí aconteceu aquela merda lá, e depois a outra de três anos atrás, e agora você tá querendo repetir a mesma merda?

Ele o olhava enquanto mastigava a torrada que comia.

- Fala isso não , tô comendo aqui, hora sagrada Lin.

Ah mas eu mereço!

- Isso não vai se repetir.

- E você garante?

Ele ficou quieto um pouco, desta vez fingiu estar comendo.

- Com toda a certeza.

Antes de certeza, tem "in".

- Olha, nada me provará do contrário, eu sou contra, e ponto final. - Virou-se em direção a porta para sair.

- Mas o seu irmão é a favor! Ele até deu a parte dele.

- Foi mal Héctor... - Ele virou-se para Héctor e o olhou. - ...mas eu não sou o meu  irmão. - E saiu. Preciso falar com aquele idiota sobre essa ideia estúpida...

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Já era tarde, quase escurecendo.

Passei um dia inteiro vendo série, nunca pensei que diria isso,mas eu prefiriria trabalhar do que ficar em casa sem fazer nada.

Ainda, tinha de esperar mais algumas horas até chegar o tal do horário, ao pegar o celular e olhar a localização, o local de onde ela estava e de onde deverá estar nas dez e meia não era tão longe, dava uns quatro quarteirões, isso sem atalho, e o local da onde Deise deverá estar também não era longe, era só descer a esquina do apartamento que ela chegaria no barzinho onde sua amiga deverá esperar sua carona.

Eu tomo banho e talvez vá pra lá, aí depois é só voltar,pegar o atalho e ir esperar meu uber.

Se levantou do sofá, foi para o quarto e separou umas roupas bem quentes e aconchegantes. Pegou a toalha e foi para o banheiro, despiu-se de suas vestimentas, e foi para o chuveiro, que para sua sorte, já saiu água morna, e não gelada. Após tomar banho, secou-se e vestiu-se. Pôs uma meia-calça preta, depois uma calça cinza afofada, colocou seu tênis de corrida. Vestiu uma camiseta azul de manga longa, um moletom roxo e por cima um casaco felpudo preto, que para a sua sorte tinha touca. Pegou sua bolsa marrom com detalhes dourados e nela pôs documentos, sua carteira de dinheiro, alguns cartões e a chave do apartamento, que ela questionava se levava ou se deixava com a recepcionista do apartamento. No fim, decidiu que levaria as chaves, e por fim, pôs alguns livros que seriam lidos em três dias, ou horas caso ela ficasse entediado.

Eu acho que é isso...espero não estar esquecendo de nada.

Por fim, pegou o seu celular, o horário já era sete horas em ponto. Mandou uma mensagem para Deise, avisando que iria ir ficar ali com ela. Saiu do apartamento e trancou a porta. Desceu para a entrada e foi para o portão, o porteiro abriu e ela saiu descendo a esquina; chegou no barzinho,onde sentou em uma cadeira que estava livre, o atendente chegou e perguntou se ela queria algo. Mas apenas respondeu que estava esperando uma amiga. Algum tempinho depois, Deise chegará atrasada. Ela vestia uma calça verde escura, um sapatênis branco, casaco de lã branco e uma touca rosa clara.

- Chegou bem na hora. - Disse.

- Aí, cê nem sabe do trampo que eu passei hoje no trabalho, tu fez muita falta mano, não sabe o quanto! - Após recompor-se ela sentou na cadeira ao lado.

- Então,como foi seu dia?

- Péssimo! Primeiro que eu já cheguei dez minutos atrasada,fui dormir tarde, até porque alguém me mandava boa noite mas puxava um papo.

- Você é quem continuava!

- Depois, que eu cheguei lá, tava a mulher do patrão fazendo café, eu perguntei para ela se ela precisava de ajuda, aquela desalmada já me olhou direto na alma com aquela cara de cadela chupada, disse para eu requentar o café do marido dela caso ele pedisse, por quê ele estava muito ocupado, por que o pobrezinho não tinha dormido direito e ainda tinha uma reunião muito importantíssima marcada de última hora! O patrão chamou, eu levei o café dele, e depois,mais tarde,quando eu estava limpando o banheiro por que outra funcionária tava de folga, me vem a recepcionista me dizer que o patrão tava puto da cara que o café tava sem leite e não tava do jeito que ele gostava.

- Café com leite desnatado e dois pingo de adoçante.

- É, você que faz o café dele.

- Não é difícil.

- Se tu visse o quanto que ele tava reclamando.

- Normal haha.

- Seguindo, me chamou pelo nome errado, eu corrigi ele,mas parece que nem percebeu, por que ele sempre me repreende se eu corrijo o meu nome, depois disse que foi coisa da muié dele, aí sim que o bicho botou o rabo nas pernas! Me dispensou e quando eu voltei pro banheiro... cê nem acredita...

- O que tinha? O que deu? Merda das grandes?

- Literalmente, algum relaxado foi lá e buzuntou todo o vaso, e nem sequer limpou. Aí eu passei uma raiva,que se pegasse quem fez aquilo, ia fazer limpar com a boca.

- Que nojo! Isso sim é azar, já eu fiquei o dia inteiro assistindo série.

- Sorte a sua. Minha folga é justamente em uma segunda, que ódio.

- Hahaha!

- Ri não cadela!

O atendente veio novamente, e elas pediram uma vodka com vinho e alguns doces para acompanhar a bebida que por si só já era muito doce. E enquanto fofocavam o tempo ia passando, até olhar o relógio, já era nove e vinte, tinham mais dez minutos ainda, no caso Deise.

- Então o que cê vai fazer quando eu sair?

- Vou ficar esperando né. Só esperar, já tomei uma quantidade razoável de bebida e comi muito doce.

- Razoável, três copos de vodka com vinho é razoável? - Brincou.

- Talvez... Mas você comeu quinze brigadeiro. - Rebateu.

- Brigadeiro não é alcoólico.

- Perdi no argumento.

Um carro preto havia estacionado ali na frente do bar. A janela abaixou e o motorista que estava de máscara apontou para Deise que pegou sua bolsa e saiu.

- Tchau e até lá, seja o que nos espera.

- Tchau... Se cuida.

- Obrigada, você também.

Ela entrou no carro e saíram em seguida.

Esperar mais um pouco.

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- Você é um idiota de deixar que façam isso!

- Ah meu irmão, por favor, isso é algo revolucionário, como você não entende isso?

- Mandar pessoas para o espaço por uma missão idiota!? Onde isso é revolucionário? Vai mandar eles para a morte! Você tá me ouvindo?

- Você não entende nada né... irmãozinho?

- Já pedi para você parar com isso!

- Enfim,tenho uma reunião daqui a pouco, então eu tenho que ir tá bem? E lembre-se, faço isso por nosso amado e internado pai, e por nossa amada e falecida mãe. É pela família maninho, pela família. - Ele saiu.

Tirar os filhos  de famílias por causa de algo que por mais que seja revolucionante não quer dizer que tem de ser feito! É totalmente desumano. Mas seja como for, eu vou impedir isso pessoalmente. Essa loucura gananciosa vai acabar!

Ele pegou seu celular e ligou para um amigo conhecido da família.

Farei isso eu mesmo.

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Já havia chegado faz muito tempo, ainda tinha uns dez minutos de espera, estava no tal  local da estátua, que ao olhar reconheceu a figura que tinha ali, era uma figura histórica conhecida, a estátua de Lênin.

Vim esperar no melhor local possível.

Os dez minutos passaram voando, e o carro chegará na hora, era um carro vermelho. O motorista estava com a janela aberta.

- Senhora Eduarda Ramos?

- Eu mesma.

- Entre por favor.

Ela entrou no banco de trás, e o carro saiu daquele local, indo para seu ponto de encontro.

Aí vamos nós ver o que tem de bom nesse emprego misterioso.

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