Aliança de Sangue
Capítulo 1: O jantar da união
Luna De Rossi caminhava pelo corredor luxuoso da mansão Ye como se fosse para o cadafalso. O salto ecoava no mármore com precisão militar, seu vestido preto como a noite realçava os olhos esmeralda herdados de sua mãe siciliana — e o temperamento feroz herdado de seu pai, Don Vittorio De Rossi, o temido líder da máfia italiana.
À sua frente, portas de madeira entalhada se abriram lentamente, revelando o salão onde o destino dela seria selado. Flores brancas, velas aromáticas e seguranças armados compunham a decoração típica de uma aliança entre máfias.
E ali estava ele. Miguel Ye. Perfeito, arrogante, e tão insuportável quanto na infância.
Com seus cabelos negros arrumados com precisão, um terno sob medida e aquele olhar gélido e calculista que a irritava desde os 7 anos de idade, Miguel parecia mais um CEO do que o herdeiro do império criminal coreano.
Luna de Rossi
(Ela forçou um sorriso educado.)
Miguel.
Ye Miguel
Luna (ele respondeu com a mesma frieza, sem sequer se levantar.)
As famílias se acomodaram à mesa. Don Vittorio brindou com o patriarca coreano, Senhor Ye Sung-Ho. Taças tilintaram, segredos foram trocados com olhares, e promessas silenciosas pairavam no ar.
Don Vittorio de Rossi
Está decidido (disse Don Vittorio.) O casamento será em três meses. O sangue De Rossi e o sangue Ye serão um só.
Luna de Rossi
(Luna apertou os punhos sob a mesa.)
Ye Miguel
(Miguel apenas sorriu de lado.)
Vai ser… interessante.
Mas por trás dos sorrisos, ambos tramavam o mesmo plano: fugir desse casamento custe o que custar.
Só não sabiam que quanto mais tentassem escapar… mais se aproximariam.
Capítulo 2: Plano de Fuga
Luna encarava o teto do quarto de hóspedes da mansão Ye, os dedos tamborilando contra o colchão de seda como um metrônomo impaciente. Não conseguia dormir desde o jantar. O noivado estava marcado. Três meses. Noventa dias até se tornar a "Senhora Ye".
Luna de Rossi
Nem morta (murmurou para si mesma.)
Ela se levantou e foi até a janela. Lá fora, as lanternas do jardim coreano lançavam reflexos suaves sobre o lago artificial. Havia guardas em cada canto, discretos, mas atentos. Fugir naquela noite seria impossível. Mas ela já tinha um plano.
Miguel, no andar de cima, não dormia melhor.
Sentado em sua escrivaninha, digitava códigos em seu laptop, acessando uma rede que nem mesmo seu pai sabia que ele dominava. Era inteligente demais para seguir cegamente as ordens de família. Desde pequeno, já hackeava sistemas de segurança das máfias rivais para testar seus limites. Agora, usaria isso para algo maior.
Ye Miguel
Casar com a filha do inimigo. Isso é loucura ( resmungou.)
Ele sabia o que estava em jogo. O casamento não era apenas uma aliança: era um contrato de sobrevivência. O império italiano estava sofrendo com traições internas. O clã Ye também enfrentava ameaças de uma nova gangue emergente. Um erro, uma recusa... e tudo viraria guerra.
Ye Miguel
(pegou o celular. Pensou, pensou, e contra todos os seus instintos, mandou mensagem para ela:)
Ye Miguel
Precisamos conversar. Sem os velhos por perto.
Luna de Rossi
Achei que preferia conversar com suas armas.
Ye Miguel
Elas são mais simpáticas que você. Mas isso não vem ao caso.
Luna de Rossi
5 minutos no jardim. E se for emboscada, eu mato você.
Eles se encontraram sob a cerejeira ancestral no centro do jardim.
autor
imagina que tá de noite Gente
Luna de Rossi
Tá, fala (disse com os braços cruzados.) O que você quer?
Ye Miguel
(aproximou-se, mantendo uma distância segura) Um acordo. Eu te ajudo a sair disso... e você me ajuda também.
Luna de Rossi
(arqueou uma sobrancelha.)
Você quer cancelar o casamento?
Ye Miguel
Claro. Casar com você seria meu pior pesadelo.( Ele sorriu de lado.) E aposto que o sentimento é mútuo.
Ye Miguel
Então, temos um plano.
Mas o que nenhum dos dois sabia… é que enquanto tramavam a fuga perfeita, seus pais já previam isso. E tinham colocado alguém muito próximo para espioná-los.
Alguém em quem ambos confiavam.
Capítulo 3: O Espião Silencioso
No salão escuro do subsolo da mansão Ye, câmeras transmitiam imagens em tempo real do jardim. Dois homens assistiam em silêncio.
Don Vittorio De Rossi tragava lentamente um charuto cubano. Ao seu lado, Ye Sung-Ho mantinha as mãos cruzadas, o olhar firme.
Ye Sung-ho
Sabia que eles tentariam algo. (o pai do Miguel)
Don Vittorio de Rossi
São nossos filhos, afinal.( respondeu o pai de luna com um sorriso seco.) Inteligentes demais para aceitar ordens… e teimosos como os pais.
Ye Sung-ho
Então seguimos com o plano?
Don Vittorio de Rossi
Sim. Mas sem avisá-los.
No dia seguinte, Luna e Miguel agiram com naturalidade. Café da manhã silencioso, olhares frios, como se o encontro da noite anterior nunca tivesse acontecido. Mas por trás dos olhos calculistas, os dois arquitetavam o próximo passo da fuga.
Ye Miguel
Hoje à noite, depois do jantar. (sussurrou Miguel enquanto cruzavam no corredor.) Tenho um carro escondido no galpão leste. Sem placas. Sem rastros.
Luna de Rossi
E os guardas?
Ye Miguel
Tenho um “contato” interno. Ele vai abrir o portão. Às 22h em ponto.
Luna de Rossi
( assentiu, disfarçando a ansiedade.)
Fechado.
Mas o “contato” de Miguel tinha um nome: Hae Jin.
Amigo de infância, segurança de confiança da família Ye, e agora… o espião infiltrado, encarregado de reportar cada movimento de Miguel e Luna diretamente aos patriarcas.
Naquela tarde, Hae Jin enviou a mensagem com a precisão de um soldado:
Hae jin
Plano de fuga confirmado. Hoje, 22h. Galpão leste. Ambos envolvidos.
Ye Sung-ho
Entendido. Interceptem discretamente. Não os machuquem. Eles ainda não sabem o que está em jogo.
Às 21h59, Luna correu pelos fundos da mansão, vestida com roupas pretas, mochila nas costas. Miguel já estava no carro, motor ligado.
Ye Miguel
Rápido! (ele disse.) O portão vai abrir em três... dois...
Mas quando os faróis iluminaram o caminho, uma figura surgiu.
Hae jin
(Com uma arma em punho.)
Atrás dele, homens armados cercaram o veículo. Luna e Miguel se entreolharam, o sangue gelando.
Ye Miguel
Eu confiei em você!(Miguel gritou.)
Luna de Rossi
Eu também (disse ela, encarando o amigo que pensava ser leal.)
Hae jin
(abaixou a arma, mas sua voz foi firme.)
Hae jin
Me perdoem… mas vocês não entendem. Esse casamento não é sobre vocês dois. É sobre impedir uma guerra que já começou. Vocês são a única chance de paz.
O carro foi levado de volta. Os dois foram escoltados até seus quartos, separados. Vigiados.
Mas uma coisa mudou naquela noite.
Pela primeira vez… Miguel e Luna não estavam mais sozinhos na guerra deles.
E pela primeira vez, eles olharam um para o outro não como inimigos...
Para mais, baixe o APP de MangaToon!