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EU E MEU CHEFINHO

Apresentações

Anny Montenegro 24 anos

Montenegro é uma mulher morena de presença marcante. Seus cabelos cacheados cor chocolate moldam o rosto de olhos grandes e pretos, sempre atentos e expressivos. Seu sorriso largo ilumina qualquer ambiente, e seu corpo cheio de curvas chama atenção — estilo violão, como dizem por aí.

Mora com os pais na Bahia e, apesar de ter poucas amizades, as que tem são para a vida toda. Nunca se envolveu em um relacionamento sério. Seu coração carrega medos — especialmente o de ser partido.

Samara Rios – 20 anos

Samara é leve como o vento e intensa como um furacão. Pele clara, cabelos cacheados pretos, e um corpo de menina, mas atitude de mulher feita. Ama viver a vida e não abre mão da sua liberdade. Mora com a tia e trabalha como agente de turismo.

Atualmente, vive um relacionamento aberto com um cara, mas seu coração, esse, ela guarda para alguém que realmente mereça.

Mariane – 22 anos

Mariane é morena, de cabelos cacheados e corpo magro e alto. Mora com a mãe e a irmã, e carrega um espírito livre. Tem uma certa tendência a recaídas com o ex, que ela jura evitar — até a próxima festa. Fala alto, vive intensamente e não perde um paredão. Adora uma boa bagunça e dança como se ninguém estivesse olhando.

Sthefany – 21 anos

Morena, cacheada e formosa, Sthefany é puro carisma. Apaixonada por comida e por uma boa risada, ela está sempre de bom humor. Casada com seu gordinho, vive um relacionamento estável e cheio de amor. Estudante de nutrição, sonha em ser uma futura nutricionista de sucesso. Cuida dos outros como cuida dos seus pratos favoritos: com carinho e dedicação.

Joana – 20 anos

Baixinha, charmosa e de presença forte. Joana tem a pele clara, cabelos cacheados e olhos pretos que escondem segredos. Recentemente saiu de um noivado e agora está recomeçando, morando sozinha. Apesar das dores do passado, está descobrindo uma nova versão de si mesma — mais independente, mais livre, mais Joana.

Gustavo Marione – 30 anos

Gustavo é o típico homem que comanda sem precisar levantar a voz. De pele clara, cabelo claro e olhar sério, é o CEO da própria empresa e mora sozinho em sua cobertura de luxo. Não se permite vulnerabilidades, muito menos no amor. Reservado, inteligente e extremamente focado, é o segundo filho da poderosa família Marione. O coração? Trancado a sete chaves.

Lucas Rabelo – 30 anos

Alto, de pele clara e cabelo escuro, Lucas é o melhor amigo de Gustavo e também seu sócio. Mulherengo assumido, escolhe a dedo suas "presas", como costuma dizer. Mora sozinho em um condomínio de luxo e tem um charme que chama atenção por onde passa. Ele vive como se cada dia fosse uma festa, mas quem o conhece de verdade sabe: há muito mais por trás daquele sorriso sacana.

Preparativos para a Balada

Grupo das Bets

Sam: Vamos pra balada hoje mesmo, né? Tô ansiosa pra curtir essa noite.

Mary: Tô dentro! Quero me acabar de dançar.

Anny: Não sei se vou… Amanhã tenho uma entrevista de trabalho cedo.

Joana: Talvez eu vá.

Sthefany: Ai, gente, tô cansada e nem sei se o João vai querer me levar. (João — esposo)

Samara: Anny, vai sim! E eu vou dormir na sua casa. Se eu ficar bêbada, não deixa eu fazer besteira, kkk.

Anny: Vou lembrar disso, bonita.

Meninas: @Anny, então vai, né? Sem você vai ficar sem graça, e a gente precisa se encontrar.

Anny: Vocês venceram. Eu vou! Só não vou demorar, ok?

Anny: Já separaram o look de vocês?

Meninas: Bora! Todo mundo de vestido!

Anny: Certo. Vou ver o que tenho aqui.

Anny

Saí da conversa e fui procurar um vestido para a ocasião.

Escolhi um vestido preto sexy, sem ser vulgar, que caiu como uma luva no meu corpo. Vai ser esse mesmo. Vestido escolhido, bora finalizar esse cabelo, que é o que mais demora.

Tomo um banho premium, lavo o meu cabelo e venho finalizar. Faço as minhas unhas e pinto de vermelho para realçar a cor do vestido. Faço a minha make, que ficou bem bonita, caprichando bastante nos olhos e na boca. Apesar de não ser expert no assunto, gostei do resultado.

Arrumo uma bolsa pequena e coloco: documentos, cartão de crédito, um batom, um gloss e um OB. Nunca se sabe, né?

Coloco o vestido, calço meu scarpin preto — que me dá altura e uma áurea de mulher poderosa. Para completar, coloco alguns acessórios prateados e dourados.

Tiro uma foto para as redes sociais, mas só vou postar depois que já estiver curtindo o ambiente. Faço isso por segurança.

Agora vamos ver se essas quengas já estão prontas. São exatamente 20h50. Como não moro muito longe, só vou sair quando elas já estiverem no lugar.

balada como abertura da história.

01

A Noite, a Balada e a Surpresa

Marcamos de nos encontrar na entrada da boate. A primeira a chegar foi Sthefany, já que morava mais afastada do local. Ela ficou esperando pelas outras enquanto trocávamos mensagens no grupo.

Em pouco tempo, o grupo estava completo. Uma a uma foi chegando, cada uma com seu estilo, todas prontas para a noite. E como sempre... chamamos atenção antes mesmo de entrar.

Samara

Vestido justo, com um decote cavado que destacava os seios. Usava salto alto e maquiagem perfeita para a noite — boca bem desenhada, olhos marcados. Completava o visual com colar, pulseira e anéis prateados bem chamativos. Os cabelos cacheados pretos estavam volumosos e soltos. Samara estava deslumbrante — e ela sabia disso.

Mariane

Vestido preto tubinho bem colado no corpo, com uma jaqueta jogada por cima e um tênis Adidas branco, trazendo aquele contraste de conforto e atitude. Maquiagem sexy, na medida. Os cachos estavam presos em um penteado que destacava ainda mais o volume. Carregava uma bolsa grande — “de mulher do job”, como ela mesma dizia rindo.

Sthefany

Cabelos cacheados escuros bem definidos. A maquiagem destacava os olhos e os lábios volumosos. Vestia um vestido preto com fenda lateral e amarração nas costas. Acessórios dourados combinavam com o salto alto. Elegante, sensual e fiel ao próprio estilo.

Joana

Cabelos ondulados soltos, vestido branco justo que moldava seu corpo com leveza. Usava uma bota de cano fino e acessórios dourados — corrente, brincos e anéis. A bolsa pequena completava o look com delicadeza. Joana estava linda, mesmo com aquele olhar meio distante.

Anny

Meus cabelos cacheados cor chocolate estavam soltos, definidos e cheios de vida. Vestia o meu vestido preto preferido — sexy sem ser vulgar, com um decote discreto em V. Combinei com um scarpin preto que me dava altura e presença. Batom vermelho nos lábios, acessórios dourados e prateados misturados com equilíbrio, e uma bolsinha prata.

Estava pronta. Por fora.

Entramos na boate, que já estava lotada. A música pulsava, as luzes piscavam, e o cheiro de perfume caro misturado com álcool pairava no ar.

Mas mesmo com tanta gente, não passamos despercebidas.

Seguimos direto para o bar. Cada uma pediu sua bebida:

Samara: um dry martini

Mariane: vodka

Sthefany: uma Ice

Joana: um drink

Anny: água. Nunca fui de bebidas alcoólicas.

A música certa começou a tocar — aquela que a gente sempre canta junto no carro — e as meninas se empolgaram. Mas eu… eu estava cansada. Fiquei no bar mesmo.

Conversas rápidas e sinceras:

Samara:

— Hoje vou aproveitar. Tô afim de me distrair, beijar muito na boca!

Mariane:

— Quero pegar uns gatinhos hoje. E olha… nessa balada tem um mais bonito que o outro.

Sthefany:

— Realmente tem uns bonitos, mas prefiro meu gordinho que tá em casa me esperando.

Joana:

— Quero esquecer o meu ex. Faz meses que não fico com ninguém. Hoje eu me jogo.

Anny:

— Vou só curtir o momento...

As meninas seguiram para a pista. Dançavam, voltavam pro bar, pegavam mais bebida, e voltavam a dançar. O vai e vem típico de uma noite entre amigas.

Fiquei ali. Observando. Sentindo o ambiente. Do meu lado, tinha um cara sentado, o rosto escondido atrás da tela do celular. Não dava nem pra ver quem era.

Então chegou outro. Alto, bonito, corpo forte. Porte eclético, cabelo preto bem cortado. Pediu uma bebida e puxou conversa logo de cara.

Fiquei receosa. Esses caras bonitos demais geralmente não estão sozinhos, ou pior, não respeitam nada. Não queria me meter numa confusão.

Mas ele insistiu com jeitinho, e acabei cedendo.

Descobri que seu nome era Lucas.

Ele me cumprimentou com um beijo no rosto — tão perto da boca que me arrepiou. A conversa fluía. Demos algumas risadas. Ele parecia diferente.

Por alguns minutos, me deixei levar.

Mas antes que algo mais acontecesse… Samara apareceu.

Ela percebeu o clima na hora.

Em menos de cinco minutos de conversa entre eles, já estavam se beijando.

Fiquei em choque.

Não surpresa… mas em silêncio.

Entre nós, isso nunca tinha acontecido.

Nunca tivemos o mesmo gosto por ninguém. Nunca nos atravessamos.

Mas ali estava ela. Com ele.

Quando estavam saindo para dançar, ele voltou até mim e disse:

— Poxa, Anny… Desculpa. Não foi minha intenção. A carne foi fraca. Não foi premeditado ficar com sua amiga. Não quero que fique um clima estranho entre a gente.

Sorri por fora.

— Relaxa. Tá tudo bem.

Mas por dentro… algo doía.

"Tá tudo bem."

Mentira.

Aquilo tinha me acertado de um jeito que eu não esperava.

Talvez não fosse sobre o Lucas.

Mas sim sobre mais uma vez, eu ficar de lado. Fingindo que não importa.

Fingindo que não senti.

02

Entre um Adeus e um Recomeço

Anny

Eles saíram e eu continuei sentada no bar. Peguei o celular e retoquei meu batom usando a câmera frontal, já que havia uma fila enorme para o banheiro. Nada como a praticidade. Estava pronta para me recompor quando ouvi uma voz ao lado:

— Combina com você.

Olhei de relance, sem acreditar que fosse comigo.

— Posso te pagar uma bebida? — ele insistiu.

Virei o rosto e encarei.

Um verdadeiro deus grego surreal estava ali, parado, me olhando. Daqueles que a gente só vê em novela, filme... ou nos sonhos. Mas, naquela noite, ele estava real, bem na minha frente.

Ele abriu um sorriso leve e estendeu a mão:

— Gustavo Marione, ao seu dispor.

Engoli seco.

Segurei sua mão e me apresentei. Ele então a beijou, com elegância e naturalidade. Senti minhas bochechas esquentarem, mas segurei a pose.

— Estava te observando desde que você passou pela porta — ele disse, com aquele tom calmo e profundo. — Achei que estivesse acompanhada. Só percebi que não, quando vi o Lucas... bom, falando com você. E depois... beijando sua amiga.

Dei um meio sorriso, sem graça. Senti o coração apertar de novo, mas me mantive firme.

A conversa fluiu de forma surpreendente. Gustavo era direto, mas educado. Falava com clareza e atenção. Eu continuei com minha água, e ele, com seu drink discreto.

No meio do papo, ele me surpreendeu de novo:

— Posso te ver no fim de semana?

Impossível recusar esse homem. Marcamos de nos encontrar. Sem pressão, sem promessas. Apenas... deixei acontecer.

As meninas logo apareceram, querendo ficar mais um pouco, mas lembrei a todas que tinham trabalho no dia seguinte — e eu, uma entrevista de emprego pela manhã.

Samara, mais bêbada do que o normal, insistia em ir embora com o Lucas.

— Não mesmo — falei, firme.

Ela pode ser maior de idade, mas naquela noite estava sob minha responsabilidade. Ia dormir lá em casa e, por volta de meia-noite, a tia dela ligaria para confirmar se estávamos bem. Como eu ia explicar aquilo? Podem me chamar de empata foda, mas prefiro carregar esse “título” do que deixar uma amiga vulnerável em mãos desconhecidas.

“Quando ela estiver sóbria, pode sair com quem quiser. Mas assim? Não.”

No fim, convencemos todas a ir embora juntas. Cada uma seguiu para casa, e eu e Samara pegamos o ônibus. Às 00h em ponto, já estávamos entrando.

Ela se jogou na cama, nem conseguia ficar em pé. Eu nunca tinha visto a Sam daquele jeito.

Fui direto para o banho e, ao sair, vi uma mensagem no celular. Era do Gustavo:

“Vocês chegaram bem? Fiquei chateado por não ter deixado vocês em casa.”

Respondi com cuidado. Agradeci pela preocupação e expliquei que não precisava. Seria contramão para ele. Encerramos ali, numa troca leve.

(Mas entre nós: nunca que na primeira vez que conheço alguém, entro no carro ou deixo me levarem até a porta de casa. Não sei das intenções de ninguém. De boa intenção, o inferno tá cheio.)

Fui dormir.

Acordei às 06:00h da manhã. Tomei banho, me arrumei, fiz uma maquiagem leve e vesti uma blusa social com uma saia lápis.

Estava pronta para concorrer a uma vaga de auxiliar administrativa ou gerente de marketing. Duas áreas diferentes, mas tenho formação para ambas. A esperança era conseguir qualquer uma delas. Estabilidade. Independência.

Antes de sair, dei uma olhada em Sam, ainda desmaiada na cama. Ela conseguiu trocar o turno no trabalho e só entraria à tarde.

Peguei o ônibus antes das 08:00h. A entrevista estava marcada para esse horário. O destino? Uma empresa nova na cidade, do ramo de cosméticos.

Fui atendida por uma recepcionista simpática, que me indicou o elevador e pediu para subir ao terceiro andar.

Respirei fundo. Era agora. A Anny de ontem à noite fica pra trás.

A de hoje… está pronta para recomeçar.

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