Melissa, 25 anos.
Derick, 26 anos.
Safira, 23 anos.
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Era uma noite escura, os meus pais estavam numa viagem e eu estava a cuidar da alcateia novamente.
— Melissa?!- uma voz desesperada chama-me.
Levanto-me rapidamente e saio do escritório, desço as escadas rapidamente, assim que chego perto da entrada, avisto dois guardas tirarem os meus pais de dentro do carro. Eles estavam ensanguentados.
— Pai, mãe!- vou no meu pai verificar os batimentos, ele já estava sem vida. Um choque invade-me, o desespero começa a tomar conta de mim. Sou tirada do meu transe por uma voz chamando meu nome.
-Melissa sua mãe ainda está viva!- dona Zelda chama-me.
Agacho-me no chão, colocando a cabeça da minha mãe no meu colo. Então, ela abre os seus olhos, consegui perceber que ela lutava para ficar viva.
— Filha seja forte! Eu sei que consegue.— a sua voz falhava. Cada palavra era um esforço.
— Fica viva, vamos-te levar para dentro, vai dar tudo certo!
— Melissa eu parto, se cuide, seja sempre forte e guerreira. Não se abale por pouco. Estou a confiar em si. — os seus olhos se fecham e uma última lágrima escorre dos seus olhos, abraço o seu corpo contra o meu quando ouço o seu último suspiro.
— NÃO MÃE, POR FAVOR, NÃO ME DEIXA!— eu gritava e suplicava para a deusa da lua me devolvê-la. As lágrimas escorriam igual cachoeira.
— Vamos para dentro Melissa, a senhora precisa descansar!— a dona Zelda deu-me tranquilizantes para eu poder-me acalmar.
No velório deles várias (pessoas) vinham-me dar condolências. Outras pessoas apenas se despediam deles e iam embora.
Eles eram tão gentis e eram ótimos alfas. Sei que deixaram saudades.
Após enterrar os seus corpos, volto para meu quarto e passo todo o tempo que posso lá.
Eu não podia governar a alcateia, até porque eu não tinha uma loba ainda. Então, pensei que dona Zelda era boa o suficiente para fazer isso por meus pais.
— Dona Zelda queria conversar com a senhora, se importa?— sento-me na sua cama.
— Sobre o que seria Melissa?— pergunta-me com a testa franzida.
— Então, a senhora sabe que eu ainda não tenho uma loba, certo? E agora que os meus pais foram-se eu não posso governar.— a sua feição fica confusa.
— Sim, Melissa, mas já que tocou no assunto, como irá fazer?
— Bom eu pensei em colocar outra pessoa no meu lugar.
— E quem seria Melissa?— pergunta confusa.
— A senhora.— ela sobressalta a cama, ficando na minha frente espantada.
— Eu?! Melissa, mas, porque?— o seu espanto era evidente.
— A senhora sempre foi de confiança, não vejo ninguém melhor para governar a alcateia a não ser a senhora! Sei que fará um ótimo trabalho.
— E quando será a coroação?
— Semana que vem, não podemos ficar sem alfa por muito tempo, isso seria um risco para a alcateia.
— Está certo Melissa irei avisar o meu marido.— disse a sair do quarto.
Sorrio ao observar a sua animação, desço para o meu quarto e tomo um banho para relaxar. Ela seria um alfa e tanto. Estou feliz por ela ter aceitado.
A semana realmente foi muito corrida, tudo envolvia os preparativos para a coroação da nova alfa. Eram vestidos, penteado, maquiagem. Música, cor.
Treinamos a semana toda para ser tudo perfeito.
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Chegou o dia da coroação, estava tudo perfeito. Dona Zelda apesar da idade estava deslumbrante.
Tudo parecia tranquilo até o momento dos votos... Quando chegou a vez da dona Zelda recitar os seus votos, um lobo negro pulou no altar e a estardalhou. O seu sangue jorrou por todo local, a partir daí começou um massacre.
Gritos podiam ser ouvidos, o cheiro metálico de sangue no ar era enjoativo. Eram corpos em cima de corpos. O que era para ser perfeito estava arruinado. O dia que era para ser de comemoração, tornou o mais doloroso.
Eu lutava com alguns lobos com o pouco de coragem e força que me restava, os meus pais foram apenas um aviso do que estava por vir.
No início da noite, não existia mais nada. Apenas uma lembrança do que antes era uma alcateia. As casas foram queimadas, as vidas foram tiradas, havia poucos sobreviventes, os que restavam saíram de imediato.
Eu chorava, eu perdera tudo. Estava machucada, com alguns cortes pelo corpo, resultado de lutas sem sucesso. A dor da perda era inconsolável.
Logo fui vencida pelo cansaço e adormeci onde estava mesmo. Acordei a sentir o cheiro de fumaça, torcendo para tudo ser apenas um pesadelo, ao abrir os olhos, vejo a cena devastada de corpos por todo o lado, o choro das pessoas e os gritos ainda ecoavam na minha cabeça.
Avisto de longe uma figura negra vindo na minha direção, a minha visão estava apenas um borrão pela fraqueza, apenas me encolho a aceitar o meu fim.
Antes que a figura negra atacasse-me, algo a impede, outra figura me salva. Iniciando uma briga, eu encolho-me mais ainda, não tinha forças, não queria ouvir nada, muito menos ver.
Logo o silêncio se instala no ar, viro na direção onde eles brigavam e observo a figura preta deitada no chão e a outra em cima. Pelo visto derrotara a outra figura que queria-me matar.
Ao ver o sangue escorrer novamente, sinto a minha visão escurecer era demais praparam tudo aquilo. O meu corpo estava sobrecarregado, as feridas doíam, as mais fundas ardiam.
A minha respiração estava cada vez mais lenta e pesada, eu estava a sentir a fraqueza tomar conta do meu corpo, dessa vez eu não iria apenas adormecer de cansaço, eu iria partir.
Antes que eu pudesse cair novamente, sinto alguém pegar-me e correr para algum lugar comigo. Quando os meus olhos se fecham sinto uma picada de agulha no meu braço, então tudo fica escuro.
— Melissa— ouço uma voz distante chamar-me.
Abro os meus olhos e estou num jardim repleto de flores e animais.
— Melissa — ouço a voz novamente.
— Quem chama-me?— pergunto, pois, não avisto ninguém.
Logo uma bela mulher aparece na minha frente, ela vestia um vestido branco cumprido. Os seus cabelos eram pretos e longos.
— Olá sou a deusa da Lua, muito prazer em conhecê-la.
— Você? Você tirou os meus pais e a minha alcateia de mim!— eu acuso-a com raiva.
— Eu não tirei Melissa, a hora deles chegara, era o destino.
— E agora o que eu faço? Estou sozinha!— desabo-me em prantos caindo sobre o chão.
— Eu entendo-te Melissa, mas a partir de agora terá de ser forte, não poderá baixar a cabeça para ninguém, você terá escolhas difíceis que modificaram o seu destino. Eu vim aqui avisar-lhe para escolher com sabedoria.
— Sabedoria?
— Sim, Melissa enfrente tudo de cabeça erguida, faça o que tiver que fazer. Atenda ao último pedido da sua mãe.
— Eu vou!— respondo determinada.
— Agora vá!— ela toca no meu braço e eu acordo num quarto desconhecido.
— Onde estou?
— Onde estou?— sinto a minha cabeça latejar, abro os meus olhos, e tento-me levantar, porém, quando fico em pé, a minha visão em baça e uma tontura ataca-me, fazendo-me sentar novamente.
Balanço a minha cabeça um pouco para afastar a tontura. Quando a tontura passa esfrego os meus olhos para ver se a minha visão desembaraça.
A minha visão volta ao normal, então percebo que estou num quarto pequeno, porém aconchegante. levanto-me e vou-me olhar num espelho perto da cama. Eu estava com alguns roxos e machucados pela pele que estava a mostra.
Ouço um barulho na porta e ela abre-se, uma senhora com aspeto de uns 60 anos adentra o quarto.
— Vejo que a bela moça levantou-se, chamo-me Marina, sou a guardiã da casa. Como está se sentindo?— a senhora pergunta com uma voz suave.
— Estou bem, a minha visão embaraçou ao levantar-me e eu senti tontura, mas estou bem agora. Chamo-me Melissa, muito prazer em conhecê-la.— retribuo o sorrio gentil.
— Deve estar se perguntando como veio parar aqui certo?— ela pergunta e eu aceno com a cabeça concordando.
— Um dos guardas da nossa matilha encontrou a senhora quase sendo devorada por um lobo, a sua alcateia estava devastada... Então ele trouxe a senhora para cá.— eu suspiro fundo, as lembranças das mortes estava vindo átona novamente.
— Eu lembro-me dona Marina, todos estavam mortos. Eu não pude protegê-los.— sento-me na cama aos prantos.
— Calma anjo, não se preocupe está em boas mãos agora.— ela abraça-me confortando-me.
Lembro dos meus pais mortos, do pedido da minha mãe, de como dona Zelda morreu. Os gritos estridentes da população pedindo por ajuda. O cheiro metálico do sangue e a sua textura que grudava na pele.
O que eu faria agora? Perdera tudo. E todos…
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Eu estava sentada na cama, eu recusara todas as comidas, eu não estava com apetite. Só queria ficar sozinha. Eu podia observar pela janela que estava de noite.
Ouço três batidas na porta, olho de relance e vejo ser um rapaz. Parecia ser um pouco mais velho que eu.
— Marina disse que não quis comer nada desde que acordou. Chamo-me Derick. Sou o príncipe da aqui. Soube que um dos meus guardas lhe salvou ontem.
— Eu só estou sem apetite. Apenas isso.— encolho-me e fico a observar a janela.
— Fiquei a saber que a sua alcateia foi dizimada. Talvez seja esse o motivo.— meio direto de mais.
— Sim, foi, e sim talvez esse seja o motivo.— eu já não conseguia mais chorar, estava anestesiada.
— Entendo, quem foi? Gostaríamos de saber já que isso seria um risco para nós também.
— Entendo o seu lado, mas não sabíamos, estávamos a investigar, os meus pais apareceram mortos uma semana antes, elas eram os alfass da matilha. Após a sua morte, eu não podia governar, pois, ainda não tinha libertado a minha loba, então escolhi alguém hábito para isso. Acontece que no dia da celebração, eles aproveitaram que estávamos todos reunidos e atacaram.— olho para minhas mãos, eu ainda lembro de ter finalizado alguns. Até que pra uma sem loba eu fui bem.
— Certo, vocês pensam que deveria ser outra matilha?— estava a demorar um interrogatório…
— Sim, uma matilha enviou uma ameaça um mês antes, eles estavam a tomar posse de muitas propriedades, porém não acreditamos que seríamos os próximos.— eu lembro de ter investigado com os soldados.
— Entendo. Descanse disseram estar destruída quando lhe encontraram.— ele da (dois) tapas nas minhas costas me fazendo contrair os músculos de dor.
— Eu poderia conhecer e agradecer quem me salvou?
— Sim, já o convoco.— ele sai e fecha a porta.
Eu fecho os olhos, estava cansada, mas queria agradecer quem me salvou. Não se passa muito tempo ouço barulho na porta e um rapaz loiro entra.
— Chamou-me? — o garoto parecia estar intimidada com a minha presença.
— Sim, chamo-me Melissa, queria agradecer por ter-me salvado.— dou um sorriso reconfortante. Vejo a sua respiração desacelerar.
— A sim, desculpe ficar nervoso, me chamo Alex, você derrotou muitos lobos sozinha e pelo visto você não tem loba... Penso que é auto explicativo.— ele abaixa o olhar.
— Mas você que me salvou não é mesmo.— solto um riso fraco.
— Sim, sim.— a sua postura foi relaxando, até que estávamos conversando sobre coisas banais.
— Bom, senhorita o , está tarde tenho que ir agora, sinto muito pelo que aconteceu com você e a sua alcateia.— ele cumprimenta-me e se retira.
Decido toma um banho para tirar a sensação de sangue da pele. Esse machucados e hematomas vão demorar desaparecer.
Após tomar o meu banho e vestir uma roupa confortável, deito-me novamente pensando no que faria adiante. Eu não poderia chorar pela morte deles para sempre, eu tinha que me reerguer.
Deitada acabou a pegar no sono, porém os pedidos de ajuda ainda me assombram.
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Acordo e vejo que o sol ainda nasce, levanto-me e fico na frente da janela observando o nascer do sol. Lembro acordar diariamente antes do sol nascer para treinar com os guerreiros. Tomávamos pequeno-almoço juntos, riamos, conversávamos. Bons tempos…
Após algumas horas, deduzi que fossem oito horas da matina. Alguém bate na porta e eu concedo a entrada.
— Vejo que já está em pé. — Marina recebe-me com um sorriso caloroso.
— Sim, levanto-me antes do sol nascer.— retribuo o sorriso.
Ouço passos na porta e vejo Derick perto dela acompanhada de Alex. O loiro podia guarda ao lado de Derick. Os dois adentram o quarto e ficam a ouvir a minha conversa com Marina.
— E, porque a senhora levanta antes do sol nascer? Tem algum motivo especial ou apenas não conseguia dormir?— ela aproxima-se com uma bandeja de comida.
— Na minha antiga matilha, costumava treinar com os guerreiros. Éramos convocados diariamente as 6 da manhã e parávamos as 8.
— A nossa, deveria ser difícil então.— Derick entra na conversa.
— Não, não era, participava da rotina. Como se fosse automático. Era a melhor parte do dia para mim.— viro-me para eles, todos estavam com feições de espanto.
— Então se fosse para lutar você participaria?- Alex pergunta-me.
— Sim, eu tinha a obrigação de participar da minha de frente ou a minha de ataque. Dependia muito.— para mim isso era comum.
— E porque a senhora treinava tanto?— Marina pergunta intrigada.
— Bom, quando eu completei 18 anos, a minha loba não deu sinal. Porém, eu tinha os meus sentidos aguçados como se tivesse uma. Ao contar isso aos meus pais, eles foram até a bruxa real que os revelou que a minha loba despertaria, porém, apenas aos 25 anos. Para ser mais fácil de despertar ela eu teria que treinar muito até completar 25 anos, então é o que eu vim fazendo desde então.
— E quantos anos tem agora?— Derick parecia intrigado.
— 24…
— Deve estar animada— Alex diz.
— Eu estava, mesmo com os meus treinos não conseguiram proteger a minha alcateia.
— Não se culpe Melissa, as vezes eram para acontecer.— quando dona Marina diz isso, lembro-me do sonho com a deusa da lua me dizendo ser o destino…
— Sim, quem sabe.— termino de comer o pequeno almoço e vejo eles olharem-me curiosos. Como se quisessem perguntar algo.
— Eh… Melissa, os seus cabelos sempre foram dessa cor?- o loiro toma a frente.
— Eles sempre foram claros, porém ficaram totalmente brancos quando completei 18.
— Melissa, como você sempre treinou, gostaria de treinar na nossa arena? Poderá passar o tem que precisar aqui. Apenas siga as nossas regras. Seria uma honra ajudá-la no que for necessário.— disse Derick.
— Sim,, eu adoraria participar dos treinos. Também gostaria de conhecer os alfas da vossa matilha.— estendo a minha mão para um aperto.
— Claro, aviso os meus pais assim que estiverem disponíveis.— saímos do aperto de mão.
Eles foram embora e finalmente cessaram as perguntas. Passarei um tempo aqui até observar o que o destino reservou-me…
O tempo estava nublado, provavelmente mais tardo choveria. Eu estava em pé desde as 5:30 da manhã, gostava se treinar, e como seria meu "primeiro" dia de treino aqui, estava ansiosa.
Olho no relógio de ponteiro na parede, marcava exatamente 7 horas. Vou à frente da janela e observo as pessoas se movimentarem lá em baixo. Pareciam tão tranquilas, lembro de quando ficava a observar as pessoas na minha antiga matilha.
Saio dos mais dos meus devaneios quando ouço uma batida na porta, viro-me e vejo Marina parada na frente da porta.
— Bom dia! Melissa, vejo que acordou cedo!— ela dá-me um sorriso gentil.
— Sim, estou acordada desde as 5:30 da manhã.
— Deixa eu adivinhar, está ansiosa para os treinos?— Marina solta uma risada.
— Sim, sempre gostei de treinar, e então quando posso descer?— pergunto um pouco eufórica.
— Vim buscar-lhe, os alfas querem-lhe conhecer.— ela faz sinal para mim a seguir e assim faço.
Saio do quarto que estava a uns 2 dias, a sala era muito bem decorada, havia quadros da idade média, artes renascentistas, até algumas flores que identifiquei como lavanda enfeitavam o lugar. A alfa tem bom gosto.
Após descermos as escadas ela guia-me até uma sala, mais precisamente um escritório, antes de abrir a porta Marina bate e a permissão de entrada é concedida.
Marina entra antes de mim, e avisa aos alfas a minha chegada.
— Senhores, trouxe Melissa para conhecerem.— ela termina sua reverência e dá-me espaço para passar.
— Licença, chamo-me Melissa, venho da alcateia Lua Crescente. É um prazer conhecê-los!— faço reverência e ajeito a minha posição para olhar nos seus rostos.
A mulher na minha frente parecia ser jovem, os lobos demoravam envelhecer. O mesmo digo do homem. As suas feições eram de surpresa.
— O prazer é nosso, você disse que se chama Melissa certo? Então deve ser a filha dos alfas da alcateia Lua Crescente?— a moça levanta-se e vem na minha direção.
— Sim, senhora, sou filha dos falecidos alfas.— suspiro, o assunto ainda era recente para mim.
— Entendo, não é adequado tocar no assunto ainda. Mas soubemos que treinava e quer treinar?— o homem se levanta e para alguns metros na minha frente.
— Sim, senhor, treinava diariamente sem falta. Gostaria de ter a oportunidade de treinar com as vossas permissões!— mantenho a minha postura, na esperança de exalar confiança.
— Está certo, vamos treinar quero ver como se sai no treino.— o home sai e eu sigo-o.
— A antes Melissa, chamo-me Diana, e o meu marido se chama Calem.
Paro e viro-me para respondê-la.
— É um prazer conhecê-los alfa Diana.— ela sorri de forma gentil e nos acompanha para a arena. Após ela passar por mim, os sigo até a parte de fora da casa.
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Ao chegarmos lá, avistei muitos soldados, uns treinavam e outros descansavam. Os alfas iam a passar e iam cumprimentando os guerreiros.
— Quero a atenção de todos. Por gentileza.— o alfa Calem os chama. Em segundos todos estavam com a atenção nele.
— Ocupo um pouco do tempo de vocês, pois teremos possivelmente uma nova recruta. Quero que conheçam Melissa, ela é a filha dos alfas da alcateia Lua Crescente.— ao ouvirem isso, uns cochichavam, outro olhavam com curiosidade. Mas todos tinham algo em comum, julgavam que eu não era capaz.
— Eu gostaria de fazer uma avaliação com ela primeiro. Por favor, Derick, quem dos seus homens é o melhor entre todos.— não tinha nem percebido que Derick estava presente. A minha concentração estava em quem iria-me enfrentar.
— Bob, por favor. — Derick o recruta. Avisto um rapaz moreno dar um passo a frente.
O seu olhar parecia que ia-me matar a qualquer momento.
— Certo!— Calem começa às explicações.— se caso um de os senhores desistirem, apenas grite "Bandeira Branca" isso já é o suficiente. Por favor, se dirijam a arena.
Eu estava um pouco nervosa, não sabia como esse tal Bob lutava. Porém, mesmo nervosa estava confiante, não podia deixar o meu potencial de lado.
Logo Calem começou a falar no microfone.
— Certo senhores, começaremos com uma luta corpo a corpo. Após, o final da primeira luta iremos para a luta com espadas.— então ele desliga.
Eu poderia não ter despertado a minha loba, mas tinha a força de uma.
Bob, avança rapidamente na minha direção, desvio com ma estria do seu ataque, logo que desvio não perco tempo e contra-ataco-lhe acertando um chute. O seu corpo é jogado longe. Recomponho-me a esperar o seu próximo passo. Ele joga-se na minha direção novamente, tentando-me acerta um soco. Desvio de 1, de 2, e por fim de 3. Quando desvio da sua terceira tentativa de acertar-me, acerto-lhe um soco no estômago, e em seguida uma pernada na costela.
O seu corpo cai no chão, acreditei que tivesse desistido, entretanto, ele levanta-se novamente. A ira estava estampada no seu olhar. O público ia à loucura, não paravam de gritar nem por um segundo sequer.
Com a minha distração ele acaba a acertar um soco no meu rosto, o que não me causou muitos danos. Logo volto a minha posição e acerto-lhe um chute certeiro na costela e um soco no peito.
— B..bandeira Branca!— o homem grita com dificuldade. O soco que lhe dei no peito o fez perder o fôlego.
A equipa médica vem o socorrer, e vê que ele fraturou uma costela. Não poderia participar da próxima rodada.
— Bom como a senhorita mandou o meu melhor homem pro-hospital, teremos que arranjar outro guerreiro.— concordo com a cabeça e espero ele escolher.
— Derick, quem dos seus homens é o melhor com espada?— Calem pergunta.
— O Jay pai.— vejo um homem que apresentava ter 1,80 de altura. Mesmo eu tenho 1,75, aquele homem parecia uma muralha.
— Certo, 3,2,1 comecem!— Calem fala novamente no microfone e a luta inicia. Cada um estava com uma espada. Esse homem tinha uma postura mais rígida, com certeza iria-me matar se eu desse oportunidade.
Ele avança na minha direção, e tenta cortar o meu pescoço logo de início, esse homem não estava de brincadeira.
Desvio por baixo, conseguindo acertar o lado da sua barriga, não foi um corte muito profundo. Mas suficiente para doer um pouco.
Ele avança novamente, acertando um corte no meu braço. O corte queimava, mas não atrapalhava a minha mobilidade.
O seu próximo golpe foi tentar acertar a minha barriga, onde ele erra, aproveito para fazer um pequeno corte no seu rosto, fazendo o gemer de dor. Já atacou novamente cortando a sua costela e depois as suas pernas, após imobilizar ele eu poderia dar um golpe final e o finalizar, entretanto, sua dor era tanta que ele desistiu.
— Ban.. Bandeira Branca.— antes que os médicos chegassem ele desmaia.
— Parece que temos uma vencedora.— Calem diz no microfone.
Todos estavam boquiabertos com a minha vitória. Mesmo com o soco e o corte, eu poderia fazer isso centenas de vezes.
— Pode se retirar Melissa— Calem diz no microfone, me retiro da arena, aquele que me olhavam com desdém, agora olhavam-me com eu espanto.
— Parabéns, Melissa, realmente a senhora luta muito bem.— a alfa Diana elogia-me.
— Muito obrigada!— sorrio gentilmente.
— Está oficialmente participando dos treinos, Melissa, seja bem-vinda.— Calem recebe-me com um aperto de mão, eu retribuo.
Participo de mais alguns treinos e conheço o lugar. Quando estou a arrumar as coisas que recebi para participar dos treinos. Sinto alguém tocar no meu ombro, viro-me rapidamente e deparo-me com o Alex. O loiro estava vermelho por causa dos treinos.
— Vejo que conseguiu treinar.— ele senta-se num banco próximo.
— Sim, não foi muito difícil. Poderia fazer isso por centenas de vezes.— digo a tomar água.
— Percebi, você foi muito bem, tomara que caímos na mesma equipe.— ele diz
— Quem sab...— antes que eu pudesse terminar ouço uma voz cortar-me.
— Veja se não é a tal Melissa. Quem diria que uma piranhinha venceria os melhores homens daqui.— o seu tom de cinismo era notável…
O encaro e continuo a beber água, Alex permaneceu no canto apenas ouvindo.
— Isso é o melhor que faz?— pergunto, observo que ele está com mais dois homens. Os três eram altos, mas não o suficiente para me intimidar.
— O que a vadia disse?— ele da, um passo a frente.
Dou um passo também e respondo. — Eu disse isso é o melhor que faz?— os dois homens que o acompanhavam se entre olham enquanto o desconhecido a minha frente bufa de raiva.
— Olha aqui a sua...— quando ele levanta o braço para me acerta um, tapa, eu rapidamente agarro o seu pulso e o torço nas suas costas, em seguida o empurro no caminho contrário o meu. O homem geme de dor, porem não resiste.
— Parem por favor, Kratus pare de arrumar briga com todos que entram aqui por favor.— Alex finalmente se mete na briga.
Então o nome do homem era Kratus…
Vejo que já está a anoitecer, nem vi o tempo passar. Volto para casa dos alfas, vejo olhares queimarem a minha pele. Provavelmente, a notícia da minha vitória na arena já havia se espalhado.
Ao chegar, vou para meus aposentos tomar um banho, por fim janto e tento adormecer. Teria que ter energias para os treinos.
O meu aniversário estava perto, e uma sensação estranha tomava conta do meu corpo. Eu não quero-me preocupar com isso agora. Tenho que tomar um rumo logo, Não posso depender dos outros por muito tempo.
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