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O PESO DA COROA

O NOIVADO DA PRINCESA

Queridos leitores, permitam-me apresentar-me: sou Elena, uma princesa com um coração rebelde e uma alma inquieta. Embora o título de princesa possa parecer um sonho para muitos, eu mesma não estou convencida de que seja o meu destino. Talvez seja apenas para contrariar minha mãe, a rainha, que eu finja indiferença diante das regalias e privilégios que acompanham meu status.

Mas, ao abrir as portas do palácio e convidá-los a entrar em meu mundo, vocês descobrirão uma vida de luxo e opulência que, aos olhos de fora, parece perfeita. No entanto, por trás das cortinas de seda e das joias cintilantes, há uma história que poucos conhecem."

— Elena — chamou a rainha Meredith enquanto entrava no quarto, a fim de acordar a princesa.

— Ela está acordada, Majestade — respondeu a serva Joana —, mas recusa a levantar-se. —

A rainha Meredith franziu a testa, visivelmente contrariada.

— Eu não me importo — disse ela, com uma voz firme e autoritária. — Ela sabe dos compromissos que tem. Será apresentada ao príncipe do reino de Eldrador e não quero desculpas. Quero que ela esteja radiante. —

Com essas palavras, a rainha Meredith se retirou do quarto, deixando Elena sozinha com suas damas de companhia.

Elena se levantou da cama, olhando ao redor para ver se a rainha havia realmente se retirado. — Fico feliz que ela já tenha ido — disse Elena, com um suspiro de alívio.

— Não vai se arrumar, princesa? — perguntou a serva Ana, com uma leve inclinação de cabeça.

— É claro que irei — respondeu Elena, com um sorriso irônico. — Vou conhecer o meu noivo, não posso perder esse evento nem se eu quisesse. —

— O banho da princesa já está preparado — anunciou Joana, com um sorriso profissional.

— E o meu vestido, onde está? — perguntou Elena, sabendo que a rainha não havia permitido que ela mesma o escolhesse. — Como vocês já sabem, a minha querida mãe não me deu opção. —

Elena se levantou e se dirigiu ao banheiro, enquanto Ana respondia:

— A rainha ainda não trouxe o seu vestido, princesa, mas deve ser radiante. — disse ela com um sorriso.

— Ela deve estar tentando me punir, me deixando ansiosa para ver com que roupa irei — disse Elena, com um tom de desdém. — Mas não me importo. —

As servas ficaram em silêncio enquanto ajudavam Elena a entrar na banheira para ela se banhar, o vapor da água quente subindo ao redor dela.

— Perdoe, princesa, não queria interromper o seu banho — disse Maria, a dama de companhia da rainha, com uma reverência. — Vim apenas lhe trazer o seu vestido. —

— Não precisa se desculpar, Maria — respondeu Elena, com um sorriso. — Sabe que quem não me agrada é a sua senhora, e não você. —

Nesse momento, a rainha Meredith surgiu na porta do banheiro, um olhar perspicaz em seu rosto.

— Fico feliz que seja tão sincera sobre mim, querida filha — disse ela, com um tom de ironia.

— Não sabia que estava aí, querida mãe — respondeu Elena, sem se perturbar. — Mas sabe que sinceridade é a minha característica mais predominante. —

— Sei bem que é — disse a rainha Meredith, com um sorriso frio. — Não nos veremos mais até a hora do baile. Adeus, minha filha. —

— Adeus, mamãe — respondeu Elena, com um tom de sarcasmo. — Não vejo a hora de te encontrar de novo. —

A rainha Meredith saiu do quarto, acompanhada por sua serva Maria, deixando Elena em paz.

— Peguem uma toalha para eu me secar — pediu Elena às suas servas, com um tom suave.

— Sim, princesa — respondeu Ana, prontamente.

Ana pegou uma toalha macia e Joana ajudou a princesa a sair da banheira, enrolando-a cuidadosamente na toalha quente. Elena se sentiu aliviada ao sentir o calor da toalha em sua pele fria.

— Que belo vestido! — exclamou Elena, admirando o traje luxuoso. — Nunca tive um tão lindo. —

— Se me permitir dizer, princesa, é realmente deslumbrante — respondeu Ana, com um sorriso de aprovação.

— Vamos, me ajudem a vesti-lo — pediu Elena, ansiosa para ver como ficaria no seu corpo. — Quero ver como ficará em mim. —

— Se a princesa não se importa, creio eu que ficará magnífico — disse Joana, ajudando Elena a vestir o traje.

— Gentileza sua — respondeu Elena, com um sorriso.

As servas vestiram Elena com o seu belo vestido, e sobre a cama, bem próxima ao traje, repousava uma coroa magnífica que combinava perfeitamente com o vestido rosa. A coroa era adornada com várias pedras preciosas rosa, que cintilavam à luz, realçando a beleza do traje.

Elena se destacava entre as outras princesas por um pequeno detalhe: a maioria das vezes, usava uma coroa com pedras da cor do vestido, o que demonstrava seu gosto refinado e atenção aos detalhes.

— O que acharam? — perguntou Elena, girando sobre si mesma para mostrar o vestido.

— Magnífico, princesa — respondeu Joana, com um sorriso de aprovação.

— Está perfeita — acrescentou Ana, admirando o traje.

— Digam-me, servas — perguntou Elena, com um olhar curioso —, acham que o príncipe será gentil? —

— O que importa ser gentil? — respondeu Ana, com um sorriso malicioso.

— O que importa é ser bonito. —

— Você é bem perspicaz — disse Elena, se aproximando da serva.

— Perdoe ela, princesa... — começou a dizer Joana, mas foi interrompida por um movimento suave da princesa para ela se calar.

— Gosto de você — disse Elena, com um sorriso.

— Fico feliz que eu tenha pelo menos uma serva que seja sincera comigo. Por mais que eu discorde de você, o que importa é a aparência? —

— Então a princesa está dizendo que se casaria com um príncipe feio? — perguntou Ana, com um olhar surpreso.

— Se ele for gentil, não me importo com a

aparência — respondeu Elena, com um tom firme.

— Mas se ele for rude, tem que ser no mínimo bonito. Agora, se retirem e me deixem sozinha. Já estou pronta, não preciso mais de vocês. —

As servas se retiraram com um sorriso delicado, deixando Elena sozinha com seus pensamentos. A quietude do quarto agora era apenas interrompida pelo som suave da respiração da princesa, que se perdia em reflexões sobre o futuro.

um leve toque na porta interrompeu os pensamentos da princesa.

— Entre — disse Elena, enquanto se olhava no espelho.

— Está deslumbrante, Elena — disse o soldado Edward, enquanto entrava no quarto para cumprimentá-la.

— Edward! — exclamou Elena, correndo em direção a ele para dar um abraço.

Edward a recebeu nos braços e a girou, antes de sutilmente colocá-la no chão.

— Pensei que não viria — disse Elena.

— Como eu poderia perder o seu noivado? — perguntou Edward, com um sorriso.

— Como está o salão? Muito cheio? — perguntou Elena.

— Você não tem ideia — respondeu Edward. — Tenho certeza que nunca viu tantos nobres juntos no mesmo lugar. Do lado de fora do palácio, tem vários súditos esperando para conhecer sua futura rainha. E claro, seu futuro rei. —

— Não seja bobo, você deveria ser o herdeiro do trono, e não eu — disse Elena, com um tom de brincadeira. — Pena que isso iria contra as leis. —

— Eu sou um simples soldado — respondeu Edward.

—Acha mesmo que eu me sairia bem como um

rei? — perguntou Edward curioso com a resposta de Elena.

— Melhor você do que um príncipe mimado, que ninguém conhece — respondeu Elena.

— Vamos, eu vim te buscar — disse Edward.

— Eu vou apenas com uma condição — disse Elena.

— E qual vai ser sua condição? — perguntou Edward.

— Que você fique ao meu lado a festa inteira, e se alguém perguntar, o rei ordenou que você me protegesse — disse Elena, com um sorriso malicioso.

— Sua mãe vai matar-me — respondeu Edward, rindo. — Mas eu aceito a sua oferta astuta. —

— Vamos, princesa? — perguntou Edward, com um olhar galante.

— Pensei que fosse um cavalheiro — respondeu Elena, com um sorriso malicioso, — não vai me oferecer seu braço? —

— Vamos? — perguntou Edward, com um leve sorriso no rosto, oferecendo o braço à princesa.

A princesa aceitou, e juntos se dirigiram para o salão de festas, onde um barulho imenso os aguardava: música, conversas e risadas se misturavam no ar, criando uma atmosfera vibrante e alegre.

CONHEÇA OS PERSONAGENS

( Ana, dama de companhia da princesa Elena )

( Joana, também dama de companhia da princesa Elena )

( Maria, dama de companhia da rainha meredith)

( rainha Meredith )

( soldado Edward )

( princesa Elena )

( vestido da princesa Elena )

O DESTINO DA COROA

— Posso saber o que este soldado faz aqui com você, Elena? — perguntou a rainha Meredith, com um olhar inquiridor.

— Está me protegendo, mãe — respondeu Elena, com um sorriso suave. — Sabe que não gosto de ficar no meio de muitas pessoas, e seria um escândalo se eu me sentisse mal, e me retirasse do meu próprio baile, não acha? —

— Está linda, Majestade — disse Edward, com um olhar de admiração para a rainha.

— Gentileza sua, soldado — respondeu Meredith, com um tom ligeiramente formal.

— Vamos, Edward — disse Elena, com um gesto para o soldado. — Temos muitas pessoas a cumprimentar. —

— Tem razão, princesa — respondeu Edward. — Será uma longa noite. Com licença, Alteza — disse ele, enquanto se afastava com Elena.

— O que foi, querida? Está tudo bem? — perguntou o rei Arthur, notando a preocupação na expressão da rainha Meredith.

— Ela veio acompanhada do Edward — respondeu Meredith, com um tom de preocupação.

— Eu vi, Meredith, e não vejo problema nenhum

nisso — respondeu Arthur, com um sorriso tranquilizador.

— Você sabe qual é o meu medo — disse Meredith, com um olhar ansioso. — Ele não sentiria nada por ela, mas é ela por ele? —

— São amigos, Meredith — respondeu Arthur, com um tom firme. — Ela jamais gostaria dele, não da forma que está insinuando. —

— Espero que esteja certo — disse Meredith, com um suspiro. — Agora, vamos. Creio eu que a rainha Catarina e o rei Eduardo já chegaram. —

— E seus muitos filhos, quantos filhos mesmo? — perguntou Arthur, com um tom de curiosidade.

— Seja discreto, Alteza — respondeu Meredith, com um sorriso discreto. — Mas acho que são 5 rapazes e 8 moças. —

— Ele deve ter muitas concubinas — disse Arthur, com um tom de desaprovação.

— Será um choque para Elena quando ela descobrir que o marido poderá se casar com outras

mulheres — disse Meredith, com um olhar preocupado.

— Certamente, deveríamos ter alertado ela — disse Arthur, com um tom de arrependimento.

— Agora não há mais tempo — disse Meredith, apressando o marido. — Vamos. —

— Rei Eduardo, rainha Catarina — disse Meredith, enquanto os cumprimentava com uma leve inclinação de cabeça, um gesto de respeito e cortesia.

— É um prazer recebê-los — disse Arthur, com um leve aceno de cabeça, retribuindo a saudação.

— Sejam todos bem-vindos. —

— É uma honra estarmos aqui, para a união de nossos filhos — disse a rainha Catarina, com um leve sorriso, que iluminou seu rosto.

— Concordo com minha esposa — disse o rei Eduardo. — Quero apresentá-los, meu filho, príncipe Oliver. —

O príncipe Oliver se aproximou do rei e da rainha, e fez uma leve reverência diante deles, demonstrando respeito e educação.

— É um prazer finalmente conhecê-los, depois de ouvir falar tanto de vocês — disse o príncipe Oliver, com um sorriso charmoso.

— O prazer é nosso, príncipe — respondeu a rainha Meredith, com um sorriso caloroso.

— Quero apresentar também meus outros filhos — disse o rei Eduardo, com um gesto amplo. — E também minhas... companheiras. —

Mateus, o meu sucessor ao trono, meu segundo filho mais velho, se aproximou do grupo, seguido por Rafael, William e Lucas.

— Agora, quero apresentar as moças — continuou o rei Eduardo. — Essa é Valentina, a minha primogênita entre as mulheres, essa é Olivia, Aurora, Charlotte, Talia, Diana, Sofia e Madaline. —

A rainha Meredith sorriu, impressionada pela beleza e graça das jovens.

— Que família abençoada — disse ela. — São todos lindos. —

— Suas moças são todas solteiras? — perguntou Arthur, com interesse.

— Alguma ideia em mente? — perguntou Eduardo, com um olhar perspicaz.

— Tenho um soldado, meu braço direito, virtuoso e solteiro — respondeu Arthur. — Tenho certeza que ele teria prazer em desposar sua filha. —

— Gosto da ideia — disse Eduardo. — Conversaremos melhor depois. De qualquer forma, tenho que conversar com elas antes. No meu reino, não costumamos casar a primogênita primeiro. mas caso o seu soldado se interesse pela primogênita, não vejo problemas nisso. — Disse Eduardo sorrindo.

— E essas belas moças — perguntou Meredith, com um olhar para as concubinas do rei —, são suas... companheiras? —

— Ah, é claro — disse o rei Eduardo. — Eu já ia me esquecendo de apresentá-las. Essa é princesa Isabel, princesa Beatrice, princesa Eleanor e duquesa Emma. —

As concubinas do rei se curvaram perante Meredith e Arthur, em um gesto de respeito e submissão.

— Sejam todos bem-vindos — disse Meredith, com um sorriso caloroso. — E se sintam em casa, durante esses dias que ficarão aqui. —

— Fiquem à vontade — acrescentou Arthur. — Eu e o rei Eduardo conversaremos um pouco, a sós. Sintam-se em casa, e aproveitem a hospitalidade do nosso reino. —

Com essas palavras, os convidados se dispersaram, alguns se dirigindo aos demais convidados, enquanto outros exploravam os jardins e os salões do palácio.

— Desculpe, rainha — disse Oliver, com um olhar inquiridor —, onde está a princesa Elena? —

— Ela provavelmente está nos jardins — respondeu a rainha Meredith, com um sorriso compreensivo.

— Ela ama fugir das pessoas, não gosta de lugares com muita gente. —

— Posso ir até ela? — perguntou Oliver, com um interesse genuíno.

— Claro, príncipe — disse Meredith. — Ela ficará feliz em vê-lo. —

— Com licença, Alteza — disse Oliver, enquanto se afastava. — Com licença, mãe. —

Com um gesto de despedida, Oliver se dirigiu ao jardim, ansioso para encontrar Elena e escapar do tumulto da corte.

— Vamos, meninas — disse Meredith, com um sorriso enigmático. — Vou apresentá-las a algumas pessoas importantes. —

A rainha Catarina e as concubinas do rei a seguiram, enquanto Meredith as conduzia pelo salão real, repleto de nobres e cortesãos.

Oliver caminhou pelo jardim por alguns minutos, até que encontrou uma bela jovem acompanhada por um soldado jovem. Ele decidiu se aproximar dos dois.

— Olá, desculpe atrapalhar — disse Oliver, com um sorriso cortês.

— Quem é você? — perguntou Edward, com um olhar desconfiado.

— Príncipe Oliver, — respondeu ele com um tom ligeiramente irônico. — E você, quem seria? — Perguntou Oliver, o encarando nos olhos.

— Perdão, Alteza — disse Edward, com uma leve inclinação de cabeça. — Sou o soldado Edward. —

— Já ouvi falar de você — disse Oliver. — O rei Arthur quer casá-lo com uma de minhas irmãs. —

— Eu não estava sabendo de nada — respondeu Edward, surpreso.

— Não se preocupe, na hora certa você saberá — disse Oliver, com um sorriso enigmático.

— Você deve ser a princesa Elena — disse Oliver, voltando-se para a jovem.

— Ao seu dispor — respondeu Elena. — Edward pode entrar e curtir o baile. Ficarei um pouco aqui na companhia daquele que presumo ser o meu noivo. —

— Tem certeza? — perguntou Edward.

— Ela tem sim, pode ir, soldado — disse Oliver.

— Com licença — disse Edward, se retirando.

— Precisava falar assim com ele? — perguntou Elena, surpresa.

— Não, mas eu preciso proteger aquilo que é meu — respondeu Oliver, com um olhar intenso.

— Não sou uma mercadoria, para ser sua — respondeu Elena, com um tom firme.

— Perdoe, princesa — disse Oliver. — Não foi isso que quis dizer. —

— Eu que peço perdão — disse Elena. — Aqui tem muita gente, eu não gosto... —

— Eu sei — respondeu Oliver. — Na verdade, eu sei mais sobre você do que imagina. —

— E o que você sabe sobre mim? — perguntou Elena, curiosa.

Oliver se aproximou dela e respondeu:

— Com o tempo você saberá. Não seja tão impaciente, princesa. —

— Me chama de Elena — disse ela. — Vamos nos casar, não precisa de tanta formalidade, precisa? —

— Concordo com você, Elena — respondeu Oliver.

— Não precisamos de tanta formalidade. —

— Vamos caminhar um pouco? — perguntou Elena.

— Será um prazer — disse Oliver. — Ainda mais em sua companhia. —

( rei Arthur )

( rei Eduardo )

( rainha Catarina )

(príncipe Lucas filho do rei eduardo, com a rainha Catarina)

(príncipe William filho do rei eduardo,com a duquesa Emma)

(príncipe Mateus filho do rei Eduardo com a rainha Catarina)

(príncipe Rafael filho do rei Eduardo com a princesa Isabel)

(príncipe Oliver filho do rei Eduardo com a rainha catarina)

(princesa Valentina filha do rei Eduardo com a duquesa emma)

(princesa Olivia filha do rei Eduardo com a princesa Isabel)

(princesa Sofia filha do rei Eduardo com a princesa Eleanor)

(princesa Madaline filha do rei Eduardo com a princesa Beatrice)

(princesa Charlotte filha do rei Eduardo com a rainha Catarina)

(princesa Talia filha do rei Eduardo com a princesa Eleanor)

(princesa Aurora filha do rei Eduardo com a rainha catarina )

( princesa Diana filha do rei Eduardo com a rainha Catarina)

(duquesa Emma)

(princesa Isabel)

(princesa Eleanor)

(princesa Beatrice)

INÍCIO DE TUDO

— Conte um pouco mais sobre você, príncipe — pediu Elena, com um olhar curioso. — Como é sua relação com a sua família? —

— Não é nada mais próximo do que o necessário — respondeu Oliver, com um sorriso leve. — Minhas irmãs são grudentas, todas elas querem um pouco de atenção. —

— Atenção? Não consigo entender — disse Elena, confusa.

— O rei não dá atenção devida a elas — explicou Oliver. — São muitos negócios para resolver, então elas acabam sendo próximas de mim e dos meus irmãos. São muito carentes... —

— Eu tenho uma leve impressão que elas não irão gostar de mim — disse Elena, com um olhar pensativo. — Ou será só impressão? —

— E mais uma princesa para elas disputar atenção — disse Oliver, com um tom compreensivo.

— É comum que elas não gostem de você no

início. —

— Não julgo elas, caso não gostem de mim — disse Elena, com um sorriso suave. — Elas nem me conhecem. —

— Não acho que isso seja desculpa — disse Oliver, com um olhar intenso. — Eu também não te conheço, mas gosto de você. —

Elena sentiu um arrepio ao ouvir as palavras de Oliver, e não pôde deixar de notar a forma como ele a olhava.

— Eu acho que deveríamos entrar — disse Elena, quebrando o silêncio. — Nós temos que nos apresentar aos convidados, eles querem nos ver juntos. —

— Tudo bem, então vamos? — perguntou Oliver, oferecendo o braço para Elena o acompanhar.

Elena aceitou o braço, e juntos seguiram para entrar novamente no castelo, sentindo a expectativa e a curiosidade dos convidados.

Elena e Oliver entraram no castelo, e foram recebidos por Meredith, que se aproximou com um sorriso falso estampado no rosto.

— Olá, meus queridos — disse Meredith, com uma voz doce e artificial. — Sorriam, estão todos olhando. Onde é que vocês estavam? —

— Nós estávamos caminhando no jardim, mãe — respondeu Elena, com um leve sorriso, para evitar que alguém começasse a comentar algo.

— Sozinhos? — perguntou Meredith, com um olhar inquiridor.

— Não se preocupe, Meredith — disse o soldado Edward, aproximando-se do grupo. — Eu estava o tempo todo com eles. Não há com o que se preocupar. —

— Estava mesmo? — perguntou Meredith, com um tom de dúvida.

— Sim, Majestade — respondeu Edward, com firmeza. — Tem minha palavra. —

— Ótimo — disse Meredith, com um sorriso novamente falso. — Venham, o arauto anunciará a presença de vocês, e o rei Arthur e o rei Eduardo anunciarão o noivado de vocês. —

— Sua Alteza Real, princesa Elena do reino de Vallancia, e príncipe Oliver do reino de Eldrador, seu futuro rei, e sua futura rainha! — Anúnciou o arauto.

Com um gesto suave e delicado, Oliver ofereceu a mão para Elena, e juntos eles caminharam até o centro do salão, onde foram recebidos com aplausos calorosos de todos os presentes. Eles se posicionaram diante dos tronos, sorrindo um para o outro, enquanto os convidados os aplaudiam e os saudavam como futuros reis.

O rei Eduardo e o rei Arthur se levantaram, e anunciaram a união de suas famílias, e que o casamento sairia o mais rápido possível.

— Acho que agora finalmente conhecerei a princesa de perto — disse o rei Eduardo, com um sorriso.

— Vamos, irei apresentá-lo a ela — respondeu Arthur, com um gesto cortês.

Eduardo e Arthur se aproximaram de Oliver e Elena, que os receberam com uma leve reverência.

— Olá, princesa — disse Eduardo, com um olhar apreciativo. — É tão bela quanto eu ouvi falarem. —

— Bondade sua, meu rei — respondeu Elena, com um sorriso gracioso. — E um prazer conhecê-lo. —

— Já teve o prazer de conhecer minha esposa e meus outros filhos? — perguntou Eduardo.

— Infelizmente, eu ainda não tive a oportunidade — respondeu Elena. — Mas pode nos apresentar agora, se assim desejar. —

— Bom, eu não vejo problemas... — começou a dizer Eduardo, mas foi interrompido por Oliver.

— Eu acho que o senhor meu pai deveria marcar um almoço, e assim a princesa pode conhecer todos — disse Oliver, com um tom firme. — Ela deve estar cansada, já conversou com tantas pessoas que até já perdeu a conta. Acho que ela deveria se retirar para os aposentos dela e descansar. —

— Fico feliz que você se preocupe com Elena — disse Arthur, com um sorriso. — E concordo com você. Ela deve se retirar para os aposentos dela. Você pode acompanhá-la? —

— Não acho que seja prudente — disse Eduardo.

— As pessoas podem falar, sabe como são maldosos. —

— O rei tem razão, pai — disse Elena. — Eu posso ir sozinha. —

— Eu a levo, senhor — disse Edward, aproximando-se. — Por mim não há problema. E ninguém falaria nada de mim, já que sou como um irmão para a

princesa. —

— Você está em toda parte, não é mesmo,

soldado? — perguntou Oliver, com um olhar irônico.

— O que posso fazer? Estou aqui para servir — respondeu Edward, com um sorriso.

Oliver se aproximou de Elena e a segurou pelo braço, começando a caminhar com ela.

— Oliver! — gritou Eduardo.

— Estou acompanhando ela até o quarto, não era essa a vontade do rei? — gritou Edward de volta.

— Todos estão olhando, e você está me machucando — disse Elena, com um sussurro.

Oliver subiu um degrau da escada junto a Elena e começou a falar:

— A princesa está indisposta, ela é um pouco teimosa, por isso estou levando ela aos aposentos dela com tanta pressa. Mas não se preocupem, ela quase desmaiou agora pouco, mas ficará tudo

bem. —

— Não é, Elena? — perguntou Oliver, olhando para ela.

— Sim, não precisam se preocupar, eu só estou cansada... — respondeu Elena, com um sorriso fraco.

Enquanto Oliver continuou a subir as escadas segurando Elena ainda pelo braço, Edward ficou para trás, com um olhar sombrio.

— Eu vou matar aquele príncipe de merda — disse Edward, entre dentes.

— O que foi que você disse, soldado? — perguntou Eduardo, com um olhar severo.

— Ele apenas se preocupa com a forma que a princesa é tratada — disse Arthur, intervindo. — E trate de dizer ao seu filho para tratá-la com mais respeito. —

— Ele apenas... — começou a dizer Eduardo, mas foi interrompido por Arthur.

— Não me importo, rei Eduardo — disse Arthur, com um tom firme. — O senhor, com uma esposa real e tantas concubinas, deve saber melhor do que ninguém como se deve tratar uma mulher. —

Com isso, Arthur se retirou da presença de Eduardo, seguido por Edward.

(arauto)

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