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A Rainha E O Imperador Dragão

O Despertar

Ano 1723 do Calendário Solar.

Os reinos travavam uma silenciosa guerra de ambição. Cada rei buscava expandir seus domínios sob o pretexto de garantir uma vida melhor ao seu povo. Mas por trás dos discursos nobres, havia apenas fome de poder.

No meio de tudo, um reino pacífico havia acabado de perder seu rei. A nova soberana, uma jovem rainha chamada Alexia, fora coroada em meio ao luto. Não teve tempo de governar. Dias após sua coroação, seu reino foi brutalmente invadido pelo vizinho ganancioso — e agora estava à beira da aniquilação.

Sem outra escolha, Alexia fugiu. Mas no caminho, as forças inimigas a cercaram. Ferida gravemente, ainda encontrou forças para escapar... correndo até as montanhas esquecidas no norte. Um lugar que todos evitavam. Um lugar que escondia algo... antigo.

O que ninguém sabia era que, nas profundezas daquelas montanhas, Ele dormia.

Alexia, mesmo sangrando, continuou subindo. Os soldados atrás dela. Os gritos. As ordens. A flecha.

Thum.

Uma flecha inimiga perfurou seu peito. Ela cambaleou... e caiu. Mas não sobre o solo duro da caverna. Não sobre pedra. Ela caiu... sobre algo morno. Algo que parecia... vivo.

— Venham! Ela está aqui! — gritou um dos soldados.

— Fechem todas as saídas! Ela não pode fugir!

— Hã...? — um segundo soldado hesitou. — Ei... Espera... É só impressão minha ou tem algo... ali?

— Para de falar besteira! — retrucou o primeiro. — Não tem nada! Vamos, avancem!

Os soldados entraram mais fundo. Um deles tropeçou. Caiu.

Outro se aproximou com uma tocha, tentando enxergar.

— O que... é isso?

Foi tudo o que conseguiu dizer.

Um estalo. Um grito.

O braço do soldado simplesmente... desapareceu. Arrancado. Um rugido abafado ecoou, mas o som mais aterrorizante veio logo depois:

Um olho. Amarelo. Se abrindo.

E quando ele se abriu, a escuridão foi banhada por uma luz dourada.

— Mas que merda é essa...?! — gritou o primeiro soldado.

— Isso... isso é um... dragão?!

— Recuar! Todos recuem agora! — gritou o outro, em pânico.

Tarde demais.

Com um simples suspiro, o dragão exalou uma onda de ar tão poderosa que reduziu os soldados a pedaços. Carne, armaduras, lanças... tudo virou pó. Um sopro. Apenas isso. E nada restou.

No meio da caverna silenciosa, só se ouvia o som fraco da respiração de Alexia. Ela, ainda caída sobre a criatura, murmurava entre lágrimas.

— Por favor... me ajude... — implorou, com a voz fraca. — Eu... faço qualquer coisa... só... me ajude...

O gigantesco olho se moveu até fitar a pequena humana sobre sua pata. Apenas um olhar... e seus ferimentos começaram a desaparecer. Cortes se fecharam. A flecha foi expelida de seu corpo. O sangue parou de correr.

Então o olho se fechou novamente.

Mas dessa vez... o dragão respirava.

---

Dragões podiam dormir de duas formas.

Sono Profundo — uma hibernação milenar. Sem respiração. Sem vida aparente. Um estado em que nem o tempo ousava perturbar.

Sono Leve — um descanso mágico, onde sua respiração circulava pelo corpo, afastando monstros e maldições com sua simples presença.

Era o segundo tipo que agora preenchia aquela caverna.

Alexia despertou lentamente. Estava viva. E diante dela, a criatura... apenas dormia.

Ela acendeu uma pequena fogueira, mais para tentar acreditar que tudo aquilo era real do que por necessidade.

O gigante adormecido não reagiu.

Com cuidado, ela se aproximou.

Estendeu a mão. Encostou entre as narinas do dragão. Subiu lentamente até alcançar o contorno dos olhos.

— É real... — sussurrou. — Os dragões realmente existem...

Ela recuou, emocionada. Em choque. Em dúvida.

— Será que... Não. Eu não posso voltar. Ainda não.

Pôs-se diante da criatura, reunindo toda sua coragem.

— Ei... Você é... o Rei Imperador Dragão... Belial?

Silêncio.

— Você é ele, não é?

O Pacto

— Você é ele, não é...? — murmurou Alexia, ainda sem acreditar.

O colosso de escamas não respondeu. O silêncio era quase sufocante.

— Eu... Eu preciso de você!

O dragão continuava imóvel, seus olhos cerrados, como se nada no mundo importasse.

— Meu reino está sendo destruído neste exato momento! Tudo o que construí... está virando cinzas...

A voz de Alexia começou a falhar. Sua garganta ardia, e as lágrimas ameaçavam cair.

— Meus soldados mais leais abriram caminho com as próprias vidas para que eu fugisse. Mas fugir não muda nada. Eu não quero fugir... eu quero lutar.

Ela ergueu a cabeça com determinação, o rosto marcado por dor e coragem.

— O que eu preciso... é poder!

Deu um passo à frente.

— E é por isso que vim até aqui. Ao saber da existência do lendário Imperador Dragão, tomei minha decisão.

— Eu, Alexia Stark, Rainha do Reino Stark... desejo fazer um pacto com você.

— Você aceita...?

Silêncio.

O dragão permaneceu inerte. Era como conversar com uma estátua colossal.

Mas então... um som.

Shhhhhh...

O monstro soltou um longo suspiro, o bafo quente preenchendo a caverna. Um de seus olhos dourados se abriu lentamente, e ele ergueu a cabeça com lentidão majestosa.

Alexia recuou instintivamente, mas não fugiu.

O dragão a encarou por alguns segundos silenciosos... e então, sem aviso, voltou à sua posição original.

— O que foi isso...? — sussurrou ela.

Uma voz profunda, antiga como o próprio mundo, ecoou pela caverna.

— Humana... para que deseja poder?

Ela respirou fundo.

— Para salvar meu povo. E reconstruir um reino onde todos possam viver em paz.

— Paz... — repetiu o dragão, como se provasse a palavra na boca. — Você se acha digna dos meus poderes?

— Eu não sei. Não conheço os critérios de um dragão. Mas... se for por eles, estou pronta para ser julgada.

O silêncio caiu mais uma vez.

— Você... me lembra alguém... — disse o dragão, num tom nostálgico. — Tenho três condições.

— Quais são? — Alexia perguntou, firme.

— Primeiro: obedecerá a todas as minhas ordens, sem questionar.

— Segundo: será minha esposa.

— Terceiro: nunca tentará me controlar.

— Se aceitar, lhe darei meu poder. E o pacto será selado.

Alexia hesitou. Mas apenas por um momento.

— Eu aceito. Faço qualquer coisa... só me ajude.

O dragão tocou o chão com a garra. Um círculo mágico surgiu, coberto por runas vivas que pulsavam com energia antiga.

— Coloque seu sangue no centro, ordenou ele.

— Isso é... magia de contrato?

— Sim. Com meu sangue e o seu, o pacto será selado.

Ela tirou um punhal pequeno da cintura. Cortou a palma da mão, e o sangue escorreu até o centro do círculo. O dragão fez o mesmo — com apenas um toque de sua garra, uma gota de sangue caiu.

O círculo brilhou intensamente. Correntes de luz se ergueram e envolveram os corpos dos dois. As correntes começaram a se fundir às suas peles, como se selassem algo além do físico.

Alexia caiu de joelhos.

— O que está... acontecendo?!

Uma dor aguda atravessou seu peito. Seu corpo inteiro começou a tremer.

— Aguente, disse Belial. — Seu corpo está se adaptando ao meu poder.

Ela gritou. A dor era insuportável. Ossos se reorganizando, músculos sendo reconstruídos. Uma marca em forma de dragão surgiu na canela direita, brilhando intensamente. Aos poucos, a dor cessou... e ela caiu, ofegante, mas viva.

Belial começou a brilhar também. Seu corpo mudou diante dos olhos de Alexia. Escamas sumiram, garras desapareceram. Aos poucos, ele assumia a forma de um homem — alto, forte, imponente.

Mas ainda havia asas em suas costas.

— Ai... — murmurou Alexia, se levantando com dificuldade. — O que... aconteceu?! Quem é você?

O homem à sua frente a encarou em silêncio.

— Você é... Belial?!

— Sim.

— Você tinha uma forma humana esse tempo todo?!

— Não. Este corpo foi criado agora.

— Como assim...?

— O pacto usou sua imaginação. Este é o corpo que sua mente projetou como o “homem perfeito”.

Alexia ficou vermelha. Seus olhos correram para longe por um instante.

— Sério...? Isso é... inacreditável.

— As asas são reais. Mas posso escondê-las.

Com um leve gesto, as asas sumiram, como fumaça ao vento.

— Assim está melhor, ele disse.

 

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Essa é a Alexia Stark e ela é a Rainha do Reino Stark, ela foi nomeada Rainha a pouco tempo.

Por ser uma mulher ela é muito subestimada e já foi traída várias vezes.

E agora esse é o Belial na sua forma de Humano. Esse corpo foi criado com base na imaginação da Alexia sobre como ela gostaria que fosse o homem perfeito para ela.

E agora esse é o Verdadeiro Corpo do Rei Imperador Dragão Belial. Ele é um Ser que rivaliza com Deuses e Demônios.

Ele conhecido por tudo e todos, Seja na Terra, na Água ou no Céu, não existe ninguém que não saiba da existência desse ser único Absoluto e lendário.

Seu Corpo e suas asas são tão grandes que ele cobre o céus e só com a pressão de seu suspiro ele pode partir um oceano ao meio

Para poder se locomover na Terra ele precisa diminuir seu próprio tamanho porque seus pasos são tão poderosos que é como terremotos e como ele é muito grande as vezes ele pode pisar em cima de Vilas e Cidades pequenas e acabando matando muitas pessoas

O Imperador Dragão é conhecido por ser um Destruidor. Onde quer que ele passe ele deixa rastros de Destruição.

A Mil anos atrás há certos rumores que ela servia a uma humana e quando essa humana morreu ele ficou tão furioso que saiu destruindo tudo que havia pela frente

Minha Lorde

Há 950 anos...

— O que você está fazendo aqui de novo? — Aline cruzou os braços, tentando esconder a inquietação no peito. — Eu disse que não queria te ver.

— Sou um ser celestial. Não aceito ordens de uma humana. — Belial respondeu, indiferente, observando-a com olhos impassíveis. — Mas você me intriga.

— Intriga? Você é um Rei, sabia? Continua vindo até aqui como se não tivesse deveres. Vai acabar sendo traído pelos seus próprios subordinados.

Belial soltou um leve sorriso.

— Dragões não têm reis. Somos seres incompreensíveis, guiados pela força, não por tronos.

— E se encontrar outro dragão? Vai matar?

— Não preciso. — Ele deu de ombros. — Mesmo sem uma coroa, todos conhecem seus lugares. Me respeitam... por causa da minha força.

— Então é assim que ganha esse título de “Rei Dragão”, hein?

Ela tentou parecer irônica, mas no fundo... havia admiração.

— Já que está sempre me incomodando... por que não se torna meu subordinado?

— Recuso. — ele disse de imediato. — Mas você pode ser a minha.

— Hahaha, nem posso. — Aline desviou o olhar, rindo de leve. — Estou casada.

O silêncio caiu pesado.

— Por que... com aquele homem ridículo?

— Por política. — respondeu Aline, sem hesitar. — Não é amor, é necessidade. Para manter o reino estável, esse casamento é fundamental.

— Vocês humanos são estranhos... Casada com outro, mas continua vindo a mim.

— E você continua me recebendo.

— Não me importo em realizar seus desejos, mas... ainda não entendo.

Belial virou-se para partir.

— Se precisar de mim... me chame.

— Sou uma Rainha. — disse ela, com orgulho. — Tenho muitos subordinados.

Meses depois...

— Huh? Que lugar é esse? — Belial observava as pedras antigas e as árvores secas ao redor. — Por que queria me encontrar aqui?

— Belial... — Aline disse, sua voz mais suave que o normal. — Estou grávida.

Belial parou. — O quê?!

— Mas não é seu filho. — completou ela, baixando os olhos.

Ele deu um passo para trás, a expressão se fechando.

— Então não me interessa.

Virou as costas para ir embora.

— Quem disse que te permiti sair? — A voz dela ecoou como uma ordem.

Ele suspirou, parando.

— Fala logo.

— Essa criança será minha filha. Ela crescerá... e se tornará a Rainha do Reino Stark.

— E o que isso tem a ver comigo?

— Ela vai crescer sem mim. E quando chegar à maioridade... o pai dela vai morrer. O Reino será atacado. Ela será forçada a fugir. E fugirá justamente por estas montanhas... onde você estará.

Belial a encarou, sério.

— Está prevendo o futuro, é isso?

— Não é previsão. É certeza. Um fato... Porque este lugar será sua casa.

Ela se aproximou lentamente, colocando a mão no peito dele.

— Você é temido por todos. As montanhas afastam qualquer um. Mas ela virá até aqui... e te encontrará. E quando isso acontecer... quero que prometa que vai ajudá-la. Cuide dela por mim.

— E o que eu ganho com isso?

— Meu último chamado.

Belial começou a andar.

— Que seja. — murmurou. — Mas... não posso negar um pedido seu... minha Lorde.

Aline sorriu entre lágrimas.

— Obrigada... Eu conto com você.

Anos depois...

Quando a filha de Aline completou 8 anos, uma guerra eclodiu entre os Reinos Stark e Skull. Aline, já prevendo o fim, liderou pessoalmente as tropas. Sabia que o verdadeiro alvo... era ela.

Mesmo cercada, lutou com a força de mil soldados. E, em seus últimos momentos, caiu de joelhos em meio ao campo de batalha.

— Rei... Dragão... Imperador...! — gritou com as últimas forças.

Nada aconteceu.

As lágrimas escorreram.

Mas então...

A terra tremeu.

O céu, antes claro, se cobriu de nuvens negras. Um rugido ensurdecedor cortou o céu — um som que atravessava a alma. Um dragão colossal desceu dos céus, pousando atrás de Aline.

Todos congelaram.

Belial abaixou a cabeça. Aline, trêmula, estendeu as mãos e tocou o rosto escamoso da criatura, dando-lhe um último beijo.

— Você... veio... Obrigada... meu Rei.

Essas foram suas últimas palavras.

Ela tombou.

E naquele instante, a fúria de Belial foi libertada.

Seu rugido explodiu os soldados inimigos de dentro pra fora. A terra se partiu. Um buraco colossal se abriu sob os exércitos. Nada escapou. Nenhuma alma sobreviveu.

Mas sua fúria durou anos.

Com o tempo, os humanos imploraram por paz. Fizeram um juramento: nunca mais atacar o Reino Stark.

Belial aceitou, mas deixou claro:

— Se tocarem nesse Reino de novo... eu voltarei. E o mundo inteiro conhecerá o fim.

Desde então, a história foi passada de geração em geração.

Mas como toda verdade... ela foi distorcida.

Belial deixou de ser lembrado como guardião. Passou a ser temido como destruidor. As nações espalharam histórias de horror, retratando-o como um monstro. Criaram mitos para que um dia alguém surgisse para enfrentá-lo — e destruí-lo.

Mas no Reino Stark, a verdade ainda vive.

Lá, o Imperador Dragão é lembrado não como vilão... mas como o salvador. O lorde silencioso que honrou o pedido de uma rainha.

Uma história esquecida pelos homens...

Mas gravada a fogo nos céus pelas asas de um dragão.

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