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O Amor que Me Fez Voltar

Capítulo 1 - APRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS

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Aria Duarte (28 anos)

Advogada criminalista, fria e determinada. Respeitada nos tribunais, tem uma reputação impecável, mas esconde traumas do passado e uma relação conturbada com a família. É também herdeira de um império empresarial da família Duarte, mas escolheu abandonar tudo e ir embora anos atrás, em busca de independência e para fugir das sombras do passado. Retorna à cidade natal após a morte de sua irmã Lúcia e, inesperadamente, precisa assumir a guarda da sobrinha que nunca conheceu. Sua volta a obriga a enfrentar antigos fantasmas — inclusive Leon Bellucci.

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Leon Bellucci (30 anos)

Empresário poderoso e influente na cidade, ex-policial e herdeiro de uma das famílias mais temidas da região. Reservado e misterioso, carrega marcas profundas de escolhas difíceis do passado. Apesar de ser temido e respeitado, confia apenas em seu primo Matheus — seu braço direito em tudo. *Leon está envolvido em um escândalo que pode estar ligado à morte da irmã de Aria.

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Isabelle Duarte (6 anos)

Sobrinha de Aria. Sensível e observadora, perdeu a mãe recentemente e precisa se adaptar à nova realidade ao lado de uma tia que nunca conheceu. *Mesmo jovem, tem um papel emocional poderoso na história.

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Selena Matos (29 anos)

Melhor amiga de Aria em Eldermere, uma cidade grande e moderna onde ambas construíram suas carreiras. Engraçada, espontânea e sem filtro, é o alívio cômico da trama — muitas vezes se metendo em confusões por conta de sua sinceridade afiada.

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Matheus Bellucci (31 anos)

Primo de Leon. Charmoso, debochado, pegador e levemente folgado, vive de piadas e provocações. No começo tira todo mundo do sério — especialmente uma certa pessoa que não vai ter paciência com ele — mas sua presença traz leveza e movimenta os bastidores da história.

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Rafaela Torres (23 anos)

Jornalista local e ex-amiga de Aria. Inteligente, ambiciosa e com faro para encrenca, está sempre atrás da próxima grande história — especialmente quando envolve a família Duarte. Apaixonada por Leon. Sua relação com Aria é marcada por ressentimentos e mágoas antigas, mas seu interesse no caso da morte de Lúcia pode esconder intenções mais profundas do que aparenta.

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OUTROS PERSONAGENS...

Vítor Bellucci (65 anos)

Pai de Leon. Político influente, envolvido em esquemas suspeitos e possivelmente ligado aos segredos mais sombrios da cidade. Manipulador e orgulhoso, representa o peso da família Bellucci.

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César Duarte (61 anos)

Pai de Aria. Um homem rígido e fechado, com uma postura distante e atitudes questionáveis. Tem ligações com o passado obscuro da cidade e uma relação quebrada com a filha. Se separou de Helena após a mídia descobrir um longo período de traição, que o deixou com manchas na imagem.

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Helena Vasconcelos (58 anos)

Mãe de Aria. Fria, elegante e emocionalmente distante. Separada de César há anos, sempre preferiu Lúcia, sua filha de outro relacionamento. A morte trágica de Lúcia a abalou profundamente, embora jamais demonstre. Guarda segredos tão sombrios quanto os do ex-marido.

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Esses são apenas alguns dos personagens centrais dessa história. À medida que a trama se desenrola, novos personagens irão surgir, trazendo com eles segredos, desafios e reviravoltas que afetarão todos os envolvidos, mudando o destino de cada um.

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Esta é minha primeira obra se puder curtir é um grande apoio para mim continuar escrevendo!! Boa leitura!!

Capítulo 2 - A intimação e a chegada de Isabelle

...EM ELDERMERE......

— Pelo amor de Deus, eu só queria tomar um café quente uma vez na vida — resmungo, encarando a xícara fria pela terceira vez naquela manhã.

— Adivinha quem processou o ex por pegar o cachorro na partilha de bens? — grita Selena do sofá, de pantufa rosa e um donut na mão.

— Letícia. A da yoga? A que dizia que "a paz interior vale mais que bens materiais"? — pergunto sem tirar os olhos do notebook.

— Essa mesma! — ela responde rindo. — Paz interior o cacete, o pug chamado Buda ficou com o ex e ela surtou. Fez BO, processo e tudo.

Sorrio de canto. O caos da Selena era o único tipo de loucura que ainda me fazia sentir no controle.

O interfone toca.

— É um moço com cara de quem veio cobrar imposto ou trazer má notícia — diz Selena olhando na câmera. — Quer que eu diga que você morreu?

— Abre. Já sei o que é.

Dois minutos depois, tô segurando um envelope branco, pesado. Timbrado. Oficial.

— Isso é do inferno ou da Justiça? — pergunta Selena, desconfiada.

— Quase a mesma coisa — respondo enquanto rasgo o lacre.

Lá dentro, a sentença:

"Aria Duarte: convocada como responsável temporária por Isabelle Duarte, menor de idade, após falecimento da genitora, Lúcia Duarte."

Silêncio.

O donut cai da mão da Selena.

— É sério isso?

Engulo em seco. Isabelle. A filha da minha irmã. A irmã que eu jurei esquecer.

— Eu... vou ter que voltar.

— Pra onde?

— Sierra — respondo com amargura.

— Aquela cidade onde a padaria vende pinga disfarçada de vitamina?

— Essa mesma.

Selena tenta animar:

— Olha pelo lado bom, talvez o padre gato ainda esteja solteiro.

— Ele era gay, Sel.

— Melhor ainda, vai ver ele abriu um bar de drag queens.

 

Duas horas depois, tô de salto vermelho, mala na sala, e Selena me abraçando como se fosse a última vez.

— Quer que eu vá com você?

— Não agora... mas fica de plantão. Talvez eu te ligue pedindo socorro. Ou um álibi.

— Só não me faz enterrar corpo em lugar com formiga vermelha. Sou alérgica.

Ela sorri. Depois fica séria.

— Você vai conseguir. Você é forte, Aria. E teimosa. Ninguém sobrevive em Sierra melhor que uma teimosa de salto vermelho.

 

A estrada até Sierra parece sussurrar lembranças que eu tentei enterrar.

Chegando lá, a antiga casa da Lúcia tá trancada. Corrente. Bilhete preso na porta:

"Imóvel sob inventário. Acesso restrito até liberação judicial."

— Ótimo. Começamos bem.

Hotel? Lotado. Pousada? Em reforma. Conhecidos? Curiosos demais.

— A única opção que me resta... — murmuro olhando o celular — é meu pai.

 

A porta abre devagar. César Duarte aparece. O mesmo rosto frio de sempre.

— Aria.

— Preciso de um lugar pra ficar uns dias.

Ele me encara. Depois abre mais a porta.

— Entra.

A casa tá igual. Fria. Silenciosa. Cheiro de café velho.

— E a Isabelle? — pergunta ele já indo pro escritório.

— Chega amanhã! Tô resolvendo os papéis hoje!

Antes de subir, escuto vozes no escritório.

A porta tá entreaberta.

— Isso não pode vazar, Vítor. Se esse dossiê cair nas mãos erradas, estamos ferrados.

Meu coração acelera.

O pai do Leon?

Pronto. Tô de volta em Sierra... e a merda já começou.

...NO DIA SEGUINTE......

A casa de César Duarte tava com aquele mesmo silêncio de sempre. Frio, pesado. Mas agora tinha uma coisa diferente: movimento. Pela primeira vez em anos, o velho casarão tava sendo arejado. As cortinas lavadas dançavam com o vento e o cheiro de pão fresco tomava o corredor inteiro.

— Isso aqui tá parecendo até lar de gente viva — Miro o jardineiro resmunga, ajeitando uns vasos na varanda.

Lá dentro, Dona Iolanda tava inspecionando dois ajudantes de cozinha com a pose de uma general em missão especial.

— Quero tudo limpo e organizado. Hoje tem criança chegando. E criança repara nas coisas.

Eu tava só observando, calada, sentada à mesa com uma xícara de chá que nem lembro de ter pedido. O nervosismo batia forte. Eu fingia calma, mas tava falhando miseravelmente.

César apareceu na porta, ajeitando a manga da camisa.

— O carro da assistência social chega às dez.

— Eu sei — respondi, sem olhar pra ele.

— A menina vai dormir no quarto da sua mãe. É o único que está arrumado.

Quase ri.

— Irônico, né? Depois de tudo, ela dorme no lugar da avó que nunca conheceu.

— O destino é irônico mesmo — ele murmurou, antes de sair.

 

O carro parou na frente da casa no horário exato. Corri até o portão, e lá estava ela: Isabelle. Pequena, com dois coques tortos, um vestidinho lilás de estrelinhas, mochila rosa nas costas e um coelho de pelúcia que já tinha vivido dias melhores.

Ao lado, a assistente social, uma mulher simpática, com pressa.

— Aria Duarte?

— Sim.

— Essa é a Isabelle. A documentação tá toda no envelope. Ela tá bem, mas... ainda em choque.

Me ajoelhei na frente dela.

— Oi, Isabelle. Eu sou a Aria. A gente vai ficar juntas agora, tá bom?

Ela me olhou por um segundo e depois escondeu o rosto no coelho.

Meu peito apertou.

— Quer entrar? Tem bolo de cenoura com cobertura de chocolate...

Nada. Mas ela deu um passinho tímido pra frente.

Dona Iolanda a governanta apareceu na porta, pano de prato no ombro, com um sorriso quentinho.

— Pode vir, mocinha. Aqui tem bolo, suco, e se você for bem legal comigo... posso até mostrar onde escondi os marshmallows.

Isabelle piscou pra ela. Depois pra mim. E entrou.

 

No fim da tarde, alimentada e com as bochechas coradas, Isabelle andava pela casa de mãos dadas comigo.

— Esse quarto é seu — falei, abrindo a porta com flores de papel na parede e uma colcha nova na cama.

— Tem cheiro de flor — ela disse, cheirando o travesseiro.

— A Dona Iolanda colocou lavanda.

Ela sorriu pequeno. Depois olhou em volta.

— Minha mãe vai me buscar aqui?

Congelou tudo dentro de mim.

— Não, Isa... lembra o que a moça explicou? A mamãe foi morar no céu.

Ela abaixou os olhos e abraçou o coelho.

— Mas o céu é longe...

Me aproximei devagar e abracei ela.

— Eu sei. Mas você não tá sozinha. Eu tô aqui.

 

Mais tarde, com Isabelle dormindo agarrada no coelho, desci pra pegar um chá.

Passei pelo corredor... silêncio.

Ao virar no fim do corredor, escutei um sussurro vindo da cozinha.

— Achei que ela não fosse aceitar... — disse uma voz feminina, abafada.

Me escondi na sombra da parede. Reconheci aquela voz. Era a governanta.

— E se a menina descobrir? — perguntou um dos ajudantes, baixo.

— A Aria não pode saber o que houve de verdade com a irmã dela. Ainda não.

Minhas mãos gelaram. O corpo travou.

Do que eles estão falando?

O que aconteceu com a minha irmã... que eu não sei?

Continua...

Capítulo 3 - Chocolate quente e um certo Sr. Bellucci

Acordei com o cheiro de terra molhada misturado com alguma coisa doce. Bolo? Bolo de fubá? Por um segundo, pensei que tinha voltado no tempo. Mas aí ouvi a voz da Dona Iolanda ecoando pela casa.

— Se essa casa não cheira mais a velório, é graças a mim! — ela resmungava, batendo a forma na pia como se estivesse num ritual de exorcismo. — E se alguém reclamar, boto erva-cidreira no arroz também, só de deboche.

Entrei na cozinha parecendo uma figurante de filme pós-apocalíptico. Coque frouxo, olheiras do tamanho de um mapa e a alma pendurada no ombro.

— Bom dia, dona Iolanda...

— Bom dia nada, moça. Olha essa sua cara! Tá precisando de reforço urgente. Senta aí. Hoje tem chocolate quente com canela. E se não funcionar, passo pro licor.

Sentei. Nem discuti. O aroma do chocolate subiu até o cérebro como um afago. No canto da cozinha, Naldo dançava com uma colher de pau e um fone no ouvido, cantando “Evidências” como se estivesse numa final de reality show.

— Você precisa de terapia — murmurei.

— Eu preciso é de férias e aumento — respondeu ele, girando no próprio eixo com a graça de uma bailarina bêbada.

 

Isabelle apareceu minutos depois, arrastando os pés pela escada com seu pijama de unicórnio e o coelhinho de pelúcia abraçado com força. Os cabelos dela estavam num estado de caos tão genuíno que dariam orgulho a qualquer criança de seis anos.

— Bom dia — ela disse, com a voz baixa.

— Minha princesa de nuvem chegou! — gritou Dona Iolanda, pegando um copo rosa brilhante. — Hoje tem marshmallow, chantilly e, se você quiser, boto até estrelinha comestível!

Isabelle sorriu.

E foi ali, naquela curva pequena do sorriso dela, que eu senti o coração amolecer. Só um pouco. Mas foi o suficiente.

 

Mais tarde, fui para o jardim tentar entender os papéis da guarda provisória. Estava tudo ali, impresso em letras frias, como se ser responsável por uma vida fosse só uma questão de carimbo.

Miro podava hortênsias com a precisão de um cirurgião. Me aproximei, tentando puxar assunto.

— Você trabalha sempre tão... em silêncio?

Ele nem parou. Apenas respondeu:

— Silêncio não mente, dona Aria.

Fiquei olhando pra ele por alguns segundos, esperando mais alguma coisa. Um sorriso? Uma piscadela? Nada. Miro voltou ao serviço como se tivesse acabado de recitar um provérbio milenar.

Definitivamente, o jardineiro não era só jardineiro.

 

No meio da tarde, meu pai apareceu com aquela cara de sempre: como se o mundo inteiro fosse uma dor de cabeça sem fim.

— Amanhã você vem comigo ao cartório. Precisamos formalizar a guarda da menina.

— Certo... — cruzei os braços, encarando-o. — Mas posso saber por que você e Vítor Bellucci vivem trancados no escritório, sussurrando como vilões de novela?

Ele parou por um segundo. Me encarou.

— O que você ouviu?

— O suficiente pra saber que tem sujeira debaixo desse tapete. E eu tô cansada de surpresas.

Ele suspirou fundo, virou as costas e saiu.

Ótimo. Mais mistério. Como se eu já não tivesse o bastante.

 

O final do dia chegou com Isabelle vendo desenho no sofá, deitada sobre uma almofada enorme. Me sentei ao lado dela, tentando aproveitar alguns minutos de normalidade.

Naldo passou pela sala usando uma tiara de princesa e carregando uma bandeja.

— Isso é algum novo protocolo? — perguntei, franzindo a testa.

— Sua alteza Isabelle exigiu cerimônia para o lanche. E eu, como fiel servo da monarquia unicórnia, atendi.

Isabelle gargalhou. E eu? Eu sorri de verdade. Pela primeira vez em dias.

Mas a paz não dura muito por aqui.

Meu celular vibrou. Número desconhecido.

Atendi, hesitante.

— Aria Duarte?

— Sim. Quem fala?

A voz que veio do outro lado era grave. Segura. E tão familiar que me deu calafrios.

— Leon Bellucci. Precisamos conversar.

E foi assim que o passado resolveu dar sinal de vida.

De novo.

...ALGUMAS HORAS DEPOIS......

O cartório de Sierra parecia uma cápsula do tempo: pastas de couro envelhecido, fichários pesados, carimbos antigos, e uma secretária com coque, com a cara de quem julgava tudo e todos.

Eu segurei firme a mão de Isabelle enquanto o juiz de paz explicava os detalhes burocráticos com a animação de uma samambaia murcha.

— Assinando aqui, você se torna responsável legal até o julgamento da guarda definitiva — ele disse, empurrando os papéis com um suspiro.

Assinei, e senti o peso aumentar, um peso que não era só dos papéis, mas algo bem mais pesado, dentro de mim.

Lá fora, o sol brilhava, mas o dia parecia em tons de cinza.

 

De volta à casa, subi para o quarto de Lúcia.

Era como abrir um baú de lembranças que eu preferia deixar fechado. O perfume ainda estava adormecido nas cortinas, o diário com a letra pequena e redonda, e uma foto emoldurada: nós duas, ainda adolescentes, sorrindo, sem as feridas de agora.

Fechei os olhos e respirei fundo, tentando segurar a saudade. E foi quando ouvi um barulho vindo da janela.

Quando a abri, vi Miro no jardim, parado, com a testa franzida, olhando para a casa.

Ele me percebeu e, com um tom enigmático, disse:

— Os ventos de Sierra andam mexendo com coisas antigas.

E seguiu, podando as roseiras como se nada tivesse acontecido.

 

Na sala, Dona Iolanda estava preparando pão de queijo, Naldo cantava “Lua de Cristal” e Isabelle, com a energia de sempre, estava fazendo um trono de almofadas no tapete.

— Eu sou a rainha da casa agora! — gritou ela, com risos e muita empolgação.

— Então me passa a chave do cofre — respondeu Naldo, jogando uma almofada de volta.

O som da campainha cortou aquele momento de felicidade.

Eu congelei. Sabia que não era qualquer um.

Abri a porta.

Era um motoboy, de terno, gravata e óculos escuros.

— Entrega para Aria Duarte — ele disse, estendendo um envelope preto.

— Isso é uma intimação? — perguntei, desconfiada.

— Não. É um convite.

— De quê?

— De alguém que está muito curioso pra saber por que você voltou.

Antes que eu pudesse perguntar mais, ele já estava na moto, indo embora.

Eu abri o envelope, meu coração batendo mais forte.

Dentro, um papel elegante, com caligrafia firme:

“Encontro marcado. Hoje. 20h. No Solar Bellucci.”

Leon.

 

O nome ficou rondando minha cabeça o resto do dia.

Leon Bellucci.

O homem que eu não via há anos.

O homem que eu nunca consegui esquecer.

O homem que agora queria me ver... no Solar Bellucci — a mansão mais luxuosa e misteriosa da cidade.

Respirei fundo.

20h. Solar Bellucci.

Meu celular vibrou.

"Você vai. Não pode deixar de ir."

Era uma mensagem sem nome, apenas com um número desconhecido.

E eu sabia, no fundo, que não havia como fugir.

Olhei uma última vez para Isabelle, que estava no canto da sala, brincando com os brinquedos, e então tomei minha decisão.

Continua...

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