Lia:
Acordo cedo e deixo o café preparado, e uniforme do Gabriel passado, enquanto pego pedaço de pão, e saio no escuro da noite, para mais uma jornada de trabalho.
-Tento não reclamar, pois sei o quanto e difícil para meu pai depois que minha mãe nos abandonou, nos deixando sem ao menos dizer adeus, meu pai lutou muito, até que infelizmente, em seu trabalho como guarda, acabou se machucando seriamente, após um bandido o esfaquear, ele não consegue mais andar sem ajuda de moletas, e o benefício que recebe e pouco, eu tive que largar a faculdade para ajudar nas despesas de casa.
Pego ônibus, que para no centro da cidade e pego metro, não era perto do meu trabalho, lá eu limpava toda a empresa, o salário não era ruim, dava para pagar as dispensas maiores da minha casa.
Chegando, sou recebida pelo senhor jose, o fiscal, que fiscaliza até a nossa sombra, e encontro, Maria, uma senhora muito simpática, que trabalha junto comigo.
- E aí, como foi seu final de semana, menina?
- Foi como sempre, sem muita novidade.
- Você não pode viver apenas para trabalho, você é jovem, precisa sair, namorar. - Fala sorrindo, quando José diz:
Que tanta falação e essa, vão logo para seus afazeres.
Pegamos os materiais, e começamos a limpar. -Maria era divertida, adorava colocar uma música para ouvimos, claro que escondido do senhor José, enquanto limpava as grandes salas. O senhor José informou que uma de nós duas, iria limpar a sala do CEO.
Olho para Maria, que diz:
Você escolhe querida.
- Eu limpo, você já está cansada, e só falta essa para terminar, deixe comigo e vá descansar.
- Ok! Obrigada
- Senhor José, nos nunca limpamos está área.
- A moça que fica com está parte, está doente, só limpe e sem pergunta,ok?
-Ok!
Limpo toda aquela sala, e fico olhando quanto é enorme. Termino de limpar, e vou para casa, estou andando até ponto de ônibus, quando escuto.
Lia!
Ao olhar para trás, vejo Yarin.
- Minha nossa, e você mesmo. - Falo
- Sim! Quanto tempo. - Fala me abraçando.
- Verdade, faz tempo, você está linda. - Falo
- Você também não está nada mal, o que houve que deixou a faculdade?
- Infelizmente meu pai adoeceu, e tive que ajudar com as contas de casa, e assim, não tive como pagar mais as mensalidades que eram muita altas.
- Você devia ter falado comigo, poderia ter ajudado, lembro bem, quando entrei e você foi a única que realmente esteve ao meu lado.
- Agora me diga, e você, como está?
- Estou bem, agora indo na empresa do meu noivo, estava passando e a reconheci.
- É muito bom vê-la, porém preciso pegar o meu ônibus, se não, chego tarde em casa.
- Claro, me passa seu número, podemos marcar um jantar, quero muito saber mais de você.
Passo o meu número para ela, que me dá forte abraço e nos despedimos.
Fico pensando, como seria se eu tivesse terminado a faculdade.
Chego em casa, e meu pai está vendo tv.
- Querida! Chegou, como foi seu dia?
- Tranquilo, papai, já tomou seus remédios?
- Sim! Claro, você deixou tudo anotadinho.
Dou um beijo em sua testa e começo ajeitar a comida.
- Cadê Gabriel?
- Ele está jogando bola com coleguinhas na rua.
- Papai! Já disse que é perigoso deixá-lo, sair assim para rua.
- Pare de ser tão protetora, Gabriel já e um rapaz.
- Ele tem só 15 anos. - Falo
- Lia! Ele sabe se virar bem, e reclama que você pega muito no pé dele.
Não demora, ele chega, todo sujo.
-Gabriel! Vê se não suja casa, papai disse que foi jogar bola, só não pensei que seria na lama.
- Que isso mana, lá fora está chovendo, e acabamos nos sujando no gramado, sabe como e, não está muito bom, cheio de buracos.
- Vai tomar banho, e vem comer.
Lia:
Depois do jantar, limpo tudo, e vou tomar banho. Eu estava exausta, visto meu pijama, e olho pela pequena janela, queria ter oportunidade de poder ter uma vida melhor.
Vou para cama, amanhã seria longo dia de trabalho.
Acordo cedo, e faço como sempre, até que meu telefone tocar, e não reconheço o número.
- Alô!
- Lia!
- Logo reconheço a voz. - Yarin!
- Pensou que não ligaria.
- Não é isso, e que imaginei que estivesse muito ocupada.
- Sua boba, claro que sou, mas, podemos jantar juntas, o que acha?
- Não sei, Yarin, saio do trabalho e minha casa não é perto.
- Vamos lá, que tal às 20:00 horas, se quiser, a busco na sua casa.
Respiro fundo.- Está bem, as 20:00 horas, só me dá endereço, que vou até você.
- Está bem. - Vou te mandar por mensagem. - Até mais tarde.
Ela desliga.
Faço o meu trabalho, e vou para casa. - Aviso meu pai e meu irmão que vou jantar fora com uma amiga.
Chegando no local, um restaurante bem chique. - Penso o que eu estava fazendo ali.
Entro sem jeito, e recepcionista vem em minha direção.
- O que posso ajudar?
- Tenho jantar com uma amiga.
Ela me olha da cabeça aos pés, e dá sorriso.
- Não errou de restaurante?
Pego o celular e mostro a ela.
- Neste momento, meu telefone toca, era Yarin.
Cadê você?
- Estou aqui. - Falo
- Espere, estou indo até você.
Yarin chega rapidamente e olha para recepcionista.- o que está havendo?
- Nada, senhorita.- Fala sem jeito.
- Até que enfim chegou, pensei que não vinha. - Fala me puxando para a mesa.
- Claro que vinha, porém, vim de ônibus e demora pouco.
- Devia ter deixado busca-la, mas o importante que está aqui, e tão bom ve-la.
- Eu também, tô feliz por está aqui com você.
- Vamos pedir algo para comer, e não se preocupe, e por minha conta.
Pedimos a comida, e começamos a comer, ela me perguntou sobre minha vida, falo o que houve.
- Eu sinto muito, jamais pensei que você estava passando por isso, na época, eu precisei viajar, e quando cheguei não estava mais na faculdade, não sabia a onde procura-la.
- Agora que nos encontramos novamente, irei ajuda-la.
- Yarin! Não e preciso.
- Claro que sim, faço questão, meus pais e dono de empresa, posso te arrumar emprego lá.
- Eu não tenho experiência.
- Não se preocupe, deixe comigo.
- Agora me fale de você, está noiva?
- Sim, estou, ele e meu amigo de infância, crescendo juntos, até que ele foi morar para o exterior, nossas famílias sempre nos quis juntos, e não nego, que sempre gostei dele, mas faz muito tempo que não nos encontramos, estou ansiosa para reencontrar-lo, depois de muitos anos.
- Como pode gostar dele, se faz tempo que não se verem?
- Não sei amiga, cresci com meus pais dizendo que seríamos noivos, apenas gosto, em breve ele estará aqui, e podemos nos casar.
Fico sem acreditar no que escuto.
- Ok! O importante é que você está feliz por este noivado.
- Comemos, e lembramos dos momentos juntas, ela fala sobre sua família , como conheceu seu noivo, o que faziam juntos, o seu primeiro amor.
Depois que comemos, ela pegou o carro e falou que me deixaria em casa.
- Ela coloca uma música, e começamos a cantar, do nada começa a chover forte na estrada, e desliga o rádio.
- Estava muito ruim para ver. - E melhor paramos, esperar a chuva passar. - Falo
- Não precisa, consigo dirigir, meu telefone está tocando, atende por favor. - Fala
- Faço que ela pediu, quando vou atender, vejo enorme clarao, e sinto bancada imensa, os vidros se quebrando, e ambas gritando, quando o carro e jogado para fora da pista, e capotando, e apago.
Lia;
Acordo.- Onde estou?
Você está no hospital.- Olho aquela mulher, minha vista ainda está embaçada.
- Fique tranquila, o sedativo a deixa confusa, logo ela estará totalmente bem. - Escuto voz de um homem.
- Não, quem são vocês. - Minha cabeça dói.
- Você sabe seu nome? - Pergunta
- Meu nome? - Fico alguns segundos tentando lembrar.
- Não.
- Descanse, logo se sentirá melhor. - Minha vista está mais nítida, era médico.
- Aquelas pessoas me olham de um jeito.
- Vamos! todos saem. - Ela precisa descansar. - O médico fala.
- Eu fico tentando entender o que aconteceu e por que não me lembrava de nada.
- Não demora muito o médico entra novamente.
- Como se senti agora?
- Bem na medida.
- Sou o seu médico, me chamo Samuel Veroni.
- O que aconteceu, por que estou aqui, por que não me lembro de nada? - Pergunto angustiada
- Você sofreu um acidente de carro muito grave e bateu a cabeça. - Coloco a mão na cabeça e sinto um corte.
- Você está com perda de memória, e não sabemos o tempo que levará para recordar suas lembranças.
-E quem eu sou?
- Você se chama Yarin Montenegro, é filha de uma família tradicional, seus pais estão ansiosos para ve-la.
- Yarin, realmente é meu nome?
- Ele dá sorriso de canto. - Sim, e o seu nome.
- Há quanto tempo estou aqui?
- Faz 15 dias.
- Não se preocupe com nada, com tempo as coisas vão se organizando em sua mente, não tente saber de tudo ao mesmo tempo.
- Tudo bem doutor, minha mente está muito confusa.
- Seus país querem vê-la.
- O doutor vai até porta e chama eles.
- Olho para aquelas pessoas que não passam de estranhos para mim.
- Minha querida! Que bom que está bem. - Fala a mulher.
- Meu amor, ficamos muito angustiados, e só de está aqui, e o que importa.
- Eles me abraçam e fico sem reação.
- Sabemos que perdeu a memória, vamos te ajudar a lembrar.
-Sou sua mãe, querida, Susana. - Fala chorando.
- E eu sou Ícaro , o seu pai.
- Por mais que eles falassem, eu não conseguia assimilar que aquelas pessoas eram meus pais.
- Passam dois dias, e recebo alta, o médico achou melhor não falar do ocorrido sobre o acidente, até eu ter condições de saber exatamente o que aconteceu. - Minha vida e página em branco.
- Eles me levam para então, minha casa.
- Olho aquele lugar, era imenso, não lembrava de nada, somos recebidos por uma senhora.
- Zuleica, leve as coisas para quarto de Yarin. - Fala a senhora Susana(mãe).
- Ela me olha de um jeito, e depois tenta dá sorriso. - Seja bem vindo senhorita Yarin.
- Obrigada!- Falo
Eles me levam para dentro e olho aquela imensa sala. - Nossa! Como e grande. - Falo
- Sim! E nossa casa querida.-(Mãe)
- Vem, vou te levar para seu quarto, deve descansar .
Só faço sim com a cabeça.
Ela me mostra o quarto, e sai. - Começo a passar a mão nos objetos, nas prateleiras, sento na cama, e nada para mim parece ser meu.
Vou para janela, e olho a bela vista que tinha aquele lugar, por mais linda que tudo fosse, sinto que algo faltando, uma angústia em meu coração.
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