É uma obra fonte vozes que ecoam na minha mente, talvez, mas esses personagens já existem em outra história minha, onde um deles é humano e o outro, um vampiro. Assim, trazemos um conteúdo de fantasia imerso em um mundo sobrenatural super rico. Os dois já enfrentaram um mundo cruel, cada um à sua maneira, e muitas vezes a relação entre eles pode parecer bem indiferente. Mas espero que curtam! Agora, vamos falar dos gatilhos, pois sim, teremos um Dark romance no meio desse sobrenatural todo.
GATILHOS
Vai rolar uma abordagem sobre violência, às vezes bem intensa, mas sem entrar em muitos detalhes.
Teremos conteúdo sexual entre os personagens, incluindo cenas de sexo em grupo e interações mais ousadas.
Drogas, tanto as legais quanto as ilegais, como bebidas alcoólicas, vão aparecer.
O transtorno bipolar também será mencionado.
Vai ter cenas com sangue e elementos sobrenaturais bem violentos.
A temática da prostituição também será explorada.
Violência doméstica será um tema presente.
Vai ser discutido doutrinas e religiões.
Se eu esquecer de incluir alguma coisa na lista de gatilhos com conteúdos que podem causar desconforto ou que sejam pesados, vou dar um toque no começo do capítulo. Assim, vocês já ficam avisados sobre o que vem por aí e não se deparam com algo que possa bagunçar a cabeça ou deixar alguém mal por causa de certos temas.
Vamos conhecer agora os personagens principais que vão brilhar mais ao longo da história!
Izamura Hogane
Por que não começarmos apresentando um dos protagonistas do nosso romance?
Ele foi um membro da máfia, e sua presença ainda carrega a imponência do passado. Tem episódios de mudanças de humor intensas, mas decidiu deixar a máfia para assumir o papel de subchefe do clã dos assassinos, na tentativa de escapar daquele mundo sombrio. Geralmente, ele é sério, mas isso é só no trabalho; na verdade, é frequentemente rotulado como arrogante, pois se considera um pouco superior aos outros. É um verdadeiro cafajeste, e nunca faz questão de esconder isso. Ele enfrenta dificuldades para dormir e trabalha duro em busca do reconhecimento que almeja. Suas habilidades incluem uma força física impressionante, que lhe permite endurecer o corpo; quanto mais ele luta, mais resistente se torna. Além disso, tem a capacidade de criar escudos mágicos para se proteger ou proteger outras pessoas.
Altura: 2 metros de altura
cor favorita: escuras mas geralmente cinza
comida preferida: sashimi
Ponto fraco: pulsos
Decente de japonês e italiano
Louis Valieres
Ele é um vampiro de 1200 anos, um verdadeiro primordial na sua espécie, e ocupa uma posição de destaque entre os vampiros. Costuma manter-se na sua, mas com toda a sua sabedoria ancestral em magia, ele decide ajudar os humanos a se livrarem de uma flecha de sangue. Sempre com um toque de deboche elegante, ele se veste e se comporta como um verdadeiro lorde da época. Adora provocar todos ao seu redor e vive isolado, pois seus poderes sobrenaturais são intensos, especialmente sua audição, que pode ser bastante sensível.
Altura: 1.87 de altura
cor favorita: vermelho vinho
Comida favorita: tartin tatin
Ponto fraco: sol, prata e rezas puras
Ele é francês por isso ama um doce francês
Sheng Miller
Ele é o chefe dos assassinos e o melhor amigo do Izamura. Sempre sério e profissional, ele tem um senso de proteção imenso por todos do grupo. Cuida de cada detalhe e de cada um, mesmo sendo parte de um clã de assassinos. No fundo, ele sempre será atencioso e dedicado.
Seus talentos estão todos voltados para a velocidade, onde você vai usar suas habilidades para se tornar invisível e não ser notado durante as missões.
Altura: 1.97
Cor favorita: branco
Comida preferida: gua-bao
pontos fracos: nas costas
Ele é meio chinês mas evita falar muito disso
Vou incluir mais personagens ao longo da trama, mas vou apresentá-los no final dos capítulos. Assim, vocês não precisam ficar voltando pra descobrir quem é quem e tudo fica mais fácil de entender. Espero que curtam, porque essa história tava guardada por muito tempo, com aquele medo de lançar, já que é um romance entre dois homens.
Continua...(◕ᴗ◕✿)
DEDICATÓRIA
Na penumbra, tudo encontra seu rumo; mesmo nas situações mais adversas podem surgir instantes de clareza e serenidade. Cada ser humano possui uma luz interior, ainda que, por vezes, esteja ofuscada. Apenas uma centelha é capaz de reavivá-la de forma genuína, impedindo que seja extinguida pelas trevas.
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MINHA NATUREZA DESTRUTIVA
Eu preciso comparecer a uma festa de gala por conta de um amigo que está prestes a se casar; parece que não tenho escolha. Embora aprecie estar em eventos sociais, detesto a ideia de me portar como um nobre imperial repleto de pompas. Na verdade, preferiria estar em casa, desfrutando de um cigarro enquanto relaxo um pouco. Meu dia já é sempre cansativo: acordo cedo, vou ao trabalho, lido com uma infinidade de documentos e aquela burocracia entediante em um escritório que só me provoca estresse. Muitas vezes, os membros do clã sempre precisam de algo urgente. Bebo bastante café para suportar essa rotina matinal, e é raro eu voltar para casa antes do fim do dia. Podem me rotular de arrogante ou folgado, um verdadeiro filho da puta, mas sempre me esforço ao máximo em tudo que faço, e o Sheng pode confirmar isso, mesmo sendo o líder ocupado com as demandas do clã.
Hoje é meu dia de descanso e eu adoraria poder ficar à toa, mas, na real, tô atolado de documentos pra revisar do trabalho. Queria muito não ter nada pra fazer, mas a vida de um subchefe é atender tudo que o chefe precisa ou não conseguiu fazer, já que ele é super ocupado e eu, por minha vez, tô tão na correria. Adoro aquele loiro, ele é um baita amigo, mas tô me ferrando fazendo tudo isso e chego a ficar exausto todo dia. Tô tentando não me dopar de coisas, mas tá complicado, porque preciso dessas paradas pra escapar dos meus problemas maiores, e sinceramente, tá difícil me afastar. Sempre fico agitado ou me sentindo mal, evitando encarar o que tá lá fora.
Sai da janela pra ir ao banheiro e ver se consigo me despertar e ficar mais ligado nas coisas. Infelizmente, não consigo escapar dos meus vícios; é complicado demais pra sair e quase impossível não querer, já que sou viciado há um bom tempo. Tentei me livrar disso por anos, mas nunca consigo vencer por causa das minhas crises e da minha mente agitada, que não me ajuda em nada.
Entro no banheiro, abro o espelho e pego minha caixinha de prata que fica escondida pra ninguém ver. Pego um pacote pra meu uso. Eu preciso disso, o dia me pressiona pra lidar com toda essa papelada. Preciso respirar e talvez não fazer isso seja uma boa ideia. Me odeio por sempre buscar uma fuga, mas é o que tenho e é meu jeito de me concentrar. Depois posso desligar. Agora, nem café consegue me ajudar... Saio do banheiro e vou pro meu escritório, que fica no segundo andar, com a cabeça a mil, pensando em terminar as coisas que tenho que fazer. Hoje, parece que não vou conseguir terminar nada, e isso me deixa sem conseguir cumprir minhas obrigações.
Senti o frescor da noite tocar minha pele enquanto a luz da lua cheia dançava entre as árvores, um espetáculo quase mágico. Cada sombra parecia viva, movendo-se em uma sedutora coreografia. Caminhei lentamente, a brisa fria beijando meu rosto, mas um arrepio percorreu minha espinha, uma sensação estranha que não consegui ignorar. Havia algo no ar, uma persistência no olhar que me fazia hesitar, ponderando sobre quem poderia estar por trás daquela quietude. Enquanto minhas incertezas cresciam, a beleza lunar iluminava a floresta, tornando-a ainda mais encantadora, quase hipnotizante.
De repente, senti um peso alguém me observando. Lorde Louis. Ele estava ali, um observador silencioso mergulhado na minha figura, espreitando-me de alguma forma. Era sempre reservado, um vampiro que evitava qualquer interação com humanos, mas seu comportamento despertou em mim uma curiosidade incontrolável. Senti sua presença marcante nas minhas costas, suas mãos roçando a minha cintura.
— Você me intriga, pois nunca vi ninguém assim; mesmo me deixa intrigado,
sua voz murmurou, carregada de uma sedução palpável. A audácia de Louis era palpável, dividindo para mim entre a atração e uma resistência que crescia em meu peito.
Senti a tensão no ar se adensar, e instintivamente me afastei um pouco, pedindo a Louis com o olhar para que não parecesse tão intimidativo.
— Você tenta ser muito sutil, e ao mesmo tempo é bem estressado... Gosto de coisas difíceis
Ele comentou, com um sorriso de canto que deixava claro seu interesse em brincar com a resistência que sentia em mim.
Surpreendi ele quando afirmou com firmeza:
— Não sou um brinquedo para você.
O vácuo entre nós dois se tornou carregado mais uma vez, cada palavra funcionando como uma faísca que poderia acender uma chama inesperada.
A atração entre nós era inegável, quase palpável, mas também complexa, carregada de camadas que talvez nem Louis compreendesse totalmente. Eu, tinha plena ciência do que significava, como vampira, uma interação com humanos, das possíveis e perigosas consequências que poderiam nos assombrar. Me questionava sobre os tormentos que se envolviam com alguém como Louis, cuja linhagem era marcada por um acordo sombrio com o Senhor das Armas e os Delmonts.
— O que você quer?
eu perguntei, com a voz carregada de uma cautela que parecia estudada, mas seus olhos brilhavam com uma curiosidade que me desarmava. Louis, com aquele sorriso travesso, declarou:
— Não nos ligamos para coisas carnais e desde que fechamos o acordo, não nos importamos em interagir com outras raças mas você é diferente.
Essa troca carregava novas implicações, mostrando que ambos estávamos prontos para explorar os limites do que significava a atração e a intriga que surgia entre nós.
Com um sorriso sutil que percorreu seus lábios finos, Louis quebrou o breve silêncio que se instalara, mencionando como podia ouvir os batimentos acelerados do meu coração.
— É por minha causa que seu coração acelera?
ele perguntou, e o tom de sua voz provocou arrepios na minha espinha. Corei, sentindo o rubor quente subir pelo meu pescoço, e relutante, tentei justificar que era apenas o estresse do trabalho que o deixava assim, mesmo que meu coração não tivesse a certeza daquele argumento que eu tentava desesperadamente vender. Louis, com seu olhar penetrante, questionou a minha sinceridade, afirmando com uma certeza quase cruel que um vampiro não podia ser enganado tão facilmente. Senti meu coração pulsar mais rápido a cada vez que Louis se aproximava, invadindo meu espaço pessoal com uma desenvoltura perturbadora.
A atmosfera entre nós dois tornou-se elétrica, quase palpável. Louis inclinou-se, me puxando pela cintura e aproximando os lábios, fazendo com que a respiração do vampiro se misturasse à minha, me deixando sem palavras e mais confuso do que nunca. Um impulso incontrolável fez com que eu empurrasse Louis para longe, tentando recuperar a clareza de meus pensamentos que pareciam fugir diante daquela proximidade avassaladora.
— Desculpe, tenho coisas para fazer. Com licença, meu lorde
Consegui dizer, as palavras saindo em um sussurro hesitante, e afastei-me rapidamente pela floresta, mas sentia a presença de Louis em meu encalço, como uma marca indelével em meu coração, uma promessa silenciosa de que aquele encontro não seria o último.
Enquanto me afastava, sentia o olhar de Louis queimar em minhas costas. Virei brevemente o rosto e vi aquele sorriso sedutor e um leve brilho nos olhos que insinuava segredos ainda não revelados. Aquela tensão pulsante no ar me fascinava, admito, e ele decidira que era hora de descobrir o que realmente me atraía em Louis. Com os olhos fixos em mim, Louis sussurrou para si mesmo, mas eu ouvi, meu coração tão acelerado que parecia querer escapar do meu peito. A floresta parecia respirar ao meu redor com a promessa de novos começos e mistérios a serem revelados sob a luz prateada da lua.
Decidi ir direto ao senhor das armas, precisava de um momento de clareza, longe daquela perturbação que Louis causava. Avistei meu irmão no gabinete de Malura. Hesitei por um instante, mas a necessidade de respostas falou mais alto. Ele deve estar ao lado de nossa irmã, pensei. Entrei na sala e perguntei, tentando manter a voz firme apesar da agitação interna:
— O que eu perdi para vocês estarem reunidos?
Celina se aproximou de mim, depositando um beijo leve em meu rosto, um gesto que sempre me acalmava, e disse com um sorriso enigmático:
— Como você está? Por que está tão animado assim?
Tentei disfarçar minha confusão e o turbilhão de emoções que Louis havia despertado.
— Não sei do que você está falando — respondi, tentando soar casual — não estou animado com nada.
Senti o olhar perspicaz de Malura sobre mim enquanto ele observava Celina e comentava com um tom divertido:
—Tem algo te incomodando, e Maru estamos aqui porque Edgar convocou — ela suspira e fala novamente — todos e estávamos analisando alguns documentos.
Senti uma ponta de irritação com a insistência de Celina, mas tentei manter a compostura.
— Nada me incomoda — disse desviando o olhar — eu estava apenas refletindo sobre algo do passado.
A verdade é que o passado recente, a intensidade do encontro com Louis, ainda ecoava em meus sentidos.
Makamaura olhava para os papéis em silêncio, absorto na leitura das missões programadas para o mês. Logo depois, Edgar entrou na sala acompanhado de Wiki e perguntou, com um tom nostálgico que me surpreendeu:
— Vamos relembrar os velhos tempos?
Malura observou Edgar com uma sobrancelha erguida, curiosa.
— Como assim, Edgar? O que você tem em mente?
A tensão na sala mudou, tomando um novo rumo, mas a imagem de Louis e a estranha eletricidade entre nós ainda persistiam em minha mente, um enigma que eu precisava desvendar.
Edgar respondeu com um sorriso nostálgico:
— Bem, realizar missões juntos como fazíamos quando estávamos na mesma equipe.
Malura revirou os olhos, claramente achando a ideia absurda.
— Você está ficando louco! Nem conseguimos deixar nossos postos direito.
Edgar insistiu, com um tom de voz que não admitia discussão:
— Eu sei é verdade para todos, mas eu posso já que não sou o único responsável por assuntos do estado.
Observei a conversa deles se desenrolar animadamente, mas meus pensamentos ainda estavam presos em Louis. Aquele rosto tão próximo do meu, aqueles olhos vermelhos que pareciam me escanear a alma... Imaginei Louis falando sobre seus pensamentos mais íntimos, enquanto seus cabelos vermelhos dançavam com o vento da noite. Tudo em Louis me deixava intrigado, uma sensação perigosa e excitante ao mesmo tempo. Nesse momento, Hend se aproximou de mim, percebendo meu olhar distante e minha mente absorta em reflexões que nada tinham a ver com a conversa. Ele sacudiu o braço em frente ao meu rosto e disse, com um sorriso divertido:
— Ei, Izamura! Terra chamando, tá tudo bem?
Retornei à realidade um pouco confuso, piscando algumas vezes para focar em Hend.
— Ah, não é nada... — murmurei, tentando parecer despreocupado — eu só estava pensando em algo bobo.
Hend se inclinou para ficar mais próximo, seu olhar curioso e penetrante.
— Alguém conseguiu te fazer pensar, né? Você gostou de alguém ou esse alguém te intriga?
Senti meu rosto corar levemente com a pergunta direta. Respondi com uma timidez forçada, tentando desviar o assunto:
— Não tem ninguém nos meus pensamentos nem nada que me incomode... E não tem por que você ficar me atormentando.
Hend comentou de maneira provocativa, um sorriso malicioso dançando em seus lábios:
— Parece que alguém está estressadinho hoje!
Nesse instante, Yui chegou acompanhada de Mireles e Midgar. Mireles exclamou em alto e bom som, sua energia contagiante:
— Estou aqui para trazer brilho para essa sala!
A chegada deles trouxe uma nova dinâmica ao ambiente, mas a imagem de Louis e a intensidade de nosso breve encontro ainda pairavam em minha mente, como uma sombra vermelha intrigante.
Continua....(◕ᴗ◕✿)
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