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PASSAPORTE PRO AMOR

CAPÍTULO 1: O ENCONTRO FATAL

Camila estava nervosa, mas sabia que não havia volta. O relógio digital do aeroporto de Belo Horizonte piscava em um ritmo quase acelerado, marcando as últimas horas antes de seu embarque para Paris. A decisão havia sido tomada de última hora, uma espécie de impulso irrefreável. Ela, que sempre foi cautelosa e racional, agora se via à beira de uma mudança radical em sua vida. Sozinha, com seu passaporte na mão e uma bagagem de sentimentos reprimidos, ela estava prestes a embarcar em uma jornada que nem imaginava ser possível.

A porta de embarque estava cheia de pessoas apressadas, todos com o mesmo objetivo: partir para um novo destino. Camila não conseguia se concentrar em mais nada além do peso do seu passaporte, o que representava a oportunidade de começar de novo. Paris. A cidade dos sonhos, onde ela poderia se perder e talvez, quem sabe, se reencontrar.

Então, uma presença a tirou de seus pensamentos. Era impossível não perceber o homem que surgiu na sua frente, interrompendo seus devaneios. Alto, com a postura ereta e uma expressão que parecia misturar confiança e mistério, ele caminhava em sua direção como se tivesse o controle de tudo ao seu redor. A intensidade nos seus olhos escuros a fez respirar fundo, tentando esconder a inquietação que começava a tomar conta de seu corpo.

"Camila?" Ele disse seu nome de forma firme, e ela quase engasgou. Como ele sabia? Não tinha sequer olhado para ela direito antes. O homem se aproximou, seu olhar tão penetrante que parecia atravessar sua alma.

"Sim... sou eu," respondeu, tentando manter a calma. Mas, por dentro, algo a incomodava. Era como se o destino tivesse decidido que aquele momento seria um ponto de virada na sua vida.

"Você está indo para Paris," ele afirmou, mais do que perguntou, e Camila sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Como ele sabia disso?

"Sim, estou," ela disse, o tom cauteloso em sua voz, mas sua curiosidade estava à flor da pele. Quem era aquele homem? E por que ele parecia tão... familiar, como se estivesse em algum lugar que ela ainda não conseguira identificar?

"Meu nome é Rafael. Eu sou... parte da sua jornada," ele disse, sorrindo de forma enigmática, quase como se tivesse dado a resposta para uma pergunta que ela ainda não tinha feito.

Camila franziu a testa, confusa. "Parte da minha jornada? Eu... não entendo."

"Calma," ele respondeu, mantendo o tom de voz calmo e profundo. "Eu estou aqui para te ajudar. Para garantir que a viagem seja mais... interessante."

Antes que ela pudesse questioná-lo mais, ele fez um gesto com a cabeça, indicando que ela o seguisse. Camila hesitou por um momento, mas algo nele, um magnetismo quase incontrolável, a fez dar um passo à frente, quase sem perceber.

Ele se virou, caminhando na direção do portão de embarque com passos firmes e decididos. Camila o seguiu, sentindo-se estranhamente atraída por aquele homem, por seu jeito confiante e impenetrável. Ela não sabia por que, mas algo lhe dizia que Rafael era mais do que aparentava. Talvez fosse a sensação de estar prestes a entrar em uma trama de mistério e intriga, onde nada seria como parecia.

Ao chegarem ao portão, Rafael se voltou para ela mais uma vez. Seus olhos estavam fixos nos dela, e Camila sentiu uma onda de calor se espalhar pelo corpo. "O que você está buscando em Paris, Camila?" Ele perguntou, quase desafiando-a a responder.

Ela olhou para ele, confusa e intrigada. "Estou buscando... uma mudança. Uma nova vida." Mas, ao dizer isso, sentiu que havia algo mais por trás daquela resposta. Ela não estava apenas buscando uma mudança superficial. Estava buscando algo que a fizesse sentir viva de verdade, algo que fosse mais do que ela já conhecia. E Rafael... ele parecia ser a chave para isso.

"Eu também estou em busca de algo," disse ele, agora mais suave, mas com uma intensidade que fazia suas palavras reverberarem. "E Paris... é o lugar perfeito para que nossos caminhos se cruzem. A cidade, Camila, tem uma maneira única de revelar o que está escondido. E você vai entender isso muito em breve."

O tom enigmático de suas palavras fez o coração de Camila acelerar. Ele estava falando de algo mais profundo, de algo que ela ainda não conseguia compreender. A verdade era que ela não sabia o que esperar daquela viagem, mas agora, com Rafael ao seu lado, ela tinha a sensação de que estava prestes a viver algo que mudaria sua vida para sempre.

Sem mais palavras, ele a guiou para dentro do avião, e a sensação de desconforto misturado com excitação não a deixou durante o voo. A cada minuto que passava, ela sentia como se estivesse entrando em um jogo perigoso, onde os sentimentos e o destino eram peças de uma intrincada trama.

Quando o avião finalmente aterrissou em Paris, o céu estava nublado, e o vento fresco da cidade parecia convidá-los a se perderem por suas ruas cheias de história e segredos. Rafael, com sua presença dominante e tranquila, foi o primeiro a descer, e Camila o seguiu, sem saber ao certo o que a aguardava, mas com a sensação de que a viagem que começara como uma busca pessoal se transformaria em algo muito mais intenso do que ela poderia imaginar.

CAPÍTULO 2: EM SOLO ESTRANHO

O avião aterrissou suavemente no aeroporto Charles de Gaulle, mas para Camila, a sensação de estar em solo estrangeiro não foi apenas geográfica. Ela estava imersa em um mundo novo, e Rafael, com seu comportamento tranquilo e enigmático, era o guia que a conduzia sem sequer perguntar se ela queria ser guiada.

O vento gelado que soprou ao sair do terminal fez Camila se arrepiar, mas não era só o frio que a fazia tremer. Era a sensação de estar sozinha, mesmo estando acompanhada. O mistério em torno de Rafael só aumentava, e ela mal podia entender o que estava acontecendo, mas sua curiosidade estava à flor da pele.

Rafael andava à sua frente, com passos longos e decididos, quase como se ele soubesse exatamente onde estava indo, como se a cidade de Paris fosse sua para explorar e dominar. Ele era como um enigma, um homem que tinha uma presença que não podia ser ignorada. Camila o observava com um misto de fascínio e apreensão, sentindo-se atraída por ele, mas também desconfortável com o desconhecido.

"Você tem um plano para nós?" Camila perguntou, tentando quebrar o silêncio que se estendia entre eles desde o aeroporto em Belo Horizonte. A pergunta saiu mais curta do que ela gostaria, mas ela queria entender, ao menos um pouco, o que estava acontecendo.

Rafael olhou para trás por um momento, seus olhos penetrantes encontrando os dela. "Eu tenho vários planos, Camila. Alguns deles você vai entender com o tempo. Outros... bem, talvez você nunca entenda completamente." Ele sorriu de lado, um sorriso que parecia esconder segredos e promessas de algo que ela ainda não poderia prever.

"Mas você vai me contar o que está acontecendo?" ela insistiu, sem conseguir esconder o toque de impaciência em sua voz. "Eu não sou do tipo que embarca em uma viagem sem saber o que está acontecendo. Preciso de mais do que enigmas."

Rafael parou de caminhar, fazendo com que Camila também parasse. Ele olhou para ela com um olhar calculado, como se estivesse avaliando cada palavra que ela dizia. "Você está em Paris, Camila. O que mais você precisa saber? Aqui, tudo é uma questão de escolha. O que você escolhe, o caminho que você toma... isso vai determinar tudo."

Camila franziu a testa. "Isso não faz sentido."

"É simples," Rafael continuou, com uma calma que contrastava com a ansiedade crescente de Camila. "Você escolhe continuar a busca pela liberdade e pelo mistério, ou escolhe a segurança de uma vida conhecida? Eu posso te dar ambos, mas lembre-se: a escolha tem um preço."

O tom de Rafael era baixo, mas firme, como se ele tivesse se tornado a própria personificação do dilema que ele estava lhe oferecendo. Camila sentiu um calafrio. Não sabia por que, mas suas palavras a afetaram profundamente. Era como se ele soubesse algo sobre ela que ela mesma não entendia completamente.

"Você já fez sua escolha," ele disse, tomando a dianteira novamente e gesticulando para que ela o seguisse. "Agora, vamos começar a explorar Paris."

Camila hesitou por um momento, mas a atração que sentia por ele, aliada à curiosidade crescente sobre sua verdadeira missão, a fez seguir Rafael sem hesitar. Paris parecia ser a chave para algo novo, algo que ela mal conseguia compreender. Ela tinha vindo para se encontrar, mas talvez o destino a estivesse conduzindo por um caminho muito mais complicado.

A cidade estava à sua volta, com suas ruas vibrantes e iluminadas, o charme das ruas de paralelepípedos e a elegância das luzes de Natal penduradas nas árvores. Mas, para Camila, nada disso importava naquele momento. O que importava era Rafael e a sensação de que ele a conduzia por um jogo de mistérios e verdades não ditas.

Rafael a conduziu pelas ruas de Paris, sem pressa, como se estivesse esperando algo. Camila não sabia o que era, mas sentia que cada passo que davam juntos era um passo em direção ao desconhecido. Ela não podia evitar, mas algo dentro dela se sentia cada vez mais atraído por ele.

Enquanto caminhavam, Rafael falava pouco, mas, de vez em quando, seus olhos brilhavam com uma intensidade que fazia Camila parar de respirar. Ela tentava desvendar o que ele queria, o que ele estava esperando dela, mas as respostas eram sempre evasivas, como se ele estivesse brincando com ela, testando seus limites.

"Você já esteve em Paris antes?" ele perguntou de repente, quebrando o silêncio que se estendia entre eles.

"Não," Camila respondeu, a palavra escapando de seus lábios com mais sinceridade do que ela gostaria. "Sempre sonhei em vir, mas... nunca tive coragem de fazer isso. Sempre havia algo me impedindo."

"Eu sei," Rafael murmurou, como se estivesse falando para si mesmo. "A vida às vezes coloca barreiras no nosso caminho. Mas é quando você decide quebrá-las que as coisas começam a mudar."

Camila o olhou de novo, tentando encontrar algo em seus olhos que a ajudasse a entender suas palavras. Mas ele estava distante, como se estivesse falando de algo que ela ainda não fosse capaz de entender.

Eles seguiram em silêncio por mais algum tempo, até que chegaram a um pequeno café escondido em uma rua menos movimentada. O lugar tinha um charme peculiar, com velas acesas nas mesas e o aroma doce de chocolate quente misturado ao cheiro de croissants frescos. Rafael entrou e, sem dizer uma palavra, guiou Camila até uma mesa no canto mais afastado.

"Agora sim," ele disse, finalmente relaxando em sua cadeira. "Vamos falar de coisas importantes."

Camila sentou-se à frente dele, o coração batendo mais rápido. O que ele tinha a dizer agora?

CAPÍTULO 3: O JOGO DAS SOMBRAS

O café estava silencioso, apenas o som suave da máquina de café e o tilintar das xícaras quebrando o silêncio. A luz suave das velas nas mesas ao redor dava ao ambiente uma sensação acolhedora, mas, para Camila, a atmosfera estava carregada de tensão. Sentia que estava prestes a desvendar algo crucial, algo que poderia mudar completamente sua vida.

Rafael, com sua postura imponente e o olhar penetrante, parecia completamente à vontade. Ele parecia estar esperando que Camila falasse, mas ela estava em um estado de total confusão. O que ele queria dela? Qual era o propósito daquela viagem e, mais importante ainda, qual era o seu papel nela?

Ele a observava com calma, mas havia algo em seus olhos que deixava claro que ele sabia mais do que estava revelando. O jogo que ele começara não era apenas sobre jogar palavras, mas sobre controlar o ritmo das emoções e ações de ambos.

"Eu sei que você está confusa," ele disse, quebrando o silêncio. Sua voz era grave, quase como se cada palavra carregasse um peso que Camila ainda não conseguia compreender. "Mas isso é parte do processo. Às vezes, para encontrar o que se busca, precisamos nos perder um pouco."

Camila o olhou, sua mente tentando processar o que ele acabara de dizer. "Eu não entendo o que você quer dizer com isso."

Rafael sorriu levemente, mas o sorriso não chegou aos seus olhos. "Em Paris, você vai descobrir o que significa se perder. Mas o que você faz com isso, Camila... é o que vai determinar o seu futuro."

Ela queria saber mais. Queria entender o que ele estava dizendo, mas, ao mesmo tempo, havia algo nela que começava a se soltar. Ela sentia uma atração crescente por Rafael, um desejo que estava se tornando incontrolável. Mas ela também sabia que precisava estar alerta. Ele era uma figura misteriosa e perigosa, alguém que a estava conduzindo por um caminho que ela não podia ver claramente.

"Você é o tipo de homem que gosta de controlar as coisas," Camila disse, tentando desafiar a calma dele com uma frase que, embora ousada, refletia a frustração que ela sentia.

Rafael não se alterou. Apenas a observou, como se estivesse analisando cada palavra que ela dizia. "Sim," ele admitiu. "Eu sou. Eu sempre fui. Mas controlamos apenas o que podemos controlar, Camila. O resto... o resto é uma questão de permitir que as coisas aconteçam."

Ela o encarou, sem saber se devia se sentir mais atraída por ele ou mais desconfiada. Ele parecia ter controle sobre ela de uma maneira quase hipnótica, mas não era apenas isso. Ele tinha um poder sobre ela que ela não conseguia explicar. Era como se ele fosse a chave para algo que ela nem sabia que estava buscando.

"Eu não vim aqui para perder o controle," ela respondeu, tentando manter sua independência. "Vim aqui para encontrar respostas."

"Talvez você precise perder o controle primeiro, antes de encontrar as respostas que busca," Rafael disse, sua voz suave, mas carregada de uma intensidade que a fazia questionar tudo o que sabia sobre si mesma.

O garçom se aproximou, interrompendo o momento tenso, e serviu a bebida. Camila não sabia se era o café ou as palavras de Rafael, mas algo dentro dela estava fervendo. Ela sentia uma mistura de emoções conflitantes: excitação, raiva, desejo, medo.

Rafael, percebendo seu silêncio, inclinou-se ligeiramente para frente. "Eu sei o que você está pensando," ele disse, sua voz agora mais baixa, mais íntima. "Você está tentando se manter racional, tentando encontrar um jeito de se proteger. Mas eu vou te dizer uma coisa: a única maneira de você realmente entender o que está acontecendo é se entregar."

Camila sentiu uma onda de calor subir por seu corpo. "Se entregar a quê?" Ela perguntou, a palavra saindo quase como um sussurro.

"Às suas emoções," Rafael respondeu. "Ao desejo que você sente por mim. Ao desejo que você sente por Paris. À sua própria necessidade de se perder. Quando você fizer isso, vai entender que há algo mais aqui, algo que vai além da razão."

Camila sentiu o peito apertar. Ele estava tocando em algo muito profundo dentro dela. Não era apenas a atração física que ela sentia por ele, mas algo mais, algo que ela não conseguia compreender, mas que estava começando a aceitar. Ela queria se entregar, queria ceder, mas o medo ainda a segurava.

"Eu não sei se consigo," ela admitiu, sua voz trêmula. "Eu não sou como você. Eu não sei ser essa pessoa."

"Você é mais do que imagina," Rafael disse, sua voz agora mais suave, quase sedutora. "Eu vejo isso em você. Eu sei do que você é capaz. Você só precisa deixar as correntes caírem e ser quem você realmente é."

Camila olhou para ele, seu coração batendo mais rápido. Era como se ela estivesse sendo atraída para algo de que não conseguia fugir. As palavras dele a estavam envolvendo de uma maneira que ela não conseguia resistir, e ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela teria que tomar uma decisão. Não seria mais possível permanecer na linha entre o querer e o evitar.

Rafael se levantou, pegando sua jaqueta com um movimento fluido. "Vamos caminhar. Há algo que você precisa ver."

Camila hesitou, mas a curiosidade venceu. Ela se levantou e o seguiu, ainda sem saber o que ele tinha em mente. Mas, à medida que se afastavam do café e adentravam as ruas estreitas de Paris, ela sentia que estava prestes a atravessar uma linha que não teria volta.

Galera espero que estejam gostando do meu novo livro

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