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Possessive | Jeongbin /Changin

A Gaiola Dourada

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> “𝘈̀𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘢 𝘫𝘢𝘶𝘭𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘦. É 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘳𝘢 𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘷𝘦,— 𝑒 𝑡𝑒 𝑓𝑎𝑧 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑟 𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟."
...
| A chuva caía como se quisesse lavar a cidade dos pecados que acumulava. E Seul, naquela noite, estava especialmente suja. |
| Yang Jeongin apertou o casaco fino contra o corpo, tentando se proteger do frio que atravessava suas roupas como agulhas de gelo. As luzes dos postes piscavam com a mesma frequência da ansiedade que martelava em seu peito. Era tarde. Tarde demais para ainda estar fora. Tarde demais para estar sozinho. |
| Mas não era como se tivesse escolha. |
| Trabalhar na biblioteca da faculdade até o último segundo permitido já tinha virado rotina. O salário era miserável, mas melhor do que nada. Era isso ou voltar pra casa — e casa, pra Jeongin, nunca tinha sido sinônimo de conforto. |
| Suas botas molhadas faziam um som irritante a cada passo. "Ploc. Ploc." E, por alguma razão, esse som parecia ecoar muito mais alto naquela rua vazia. |
| Algo estava errado. |
| Ele parou. |
| Olhou em volta. |
| Nada. Só o som da cidade distante, dos carros, das buzinas, da vida lá fora — uma vida da qual ele se sentia cada vez mais distante. |
| Até que sentiu. |
| Não viu. Sentiu. |
| O peso de um olhar. Cortante. Denso. Feroz. |
| Virou a cabeça rapidamente, mas não viu ninguém. Ainda assim, algo dentro dele se encolheu, como se um predador estivesse perto demais para ser ignorado. |
| Ele acelerou o passo. Depois correu. |
| Virou à esquerda numa rua menos movimentada, cortando caminho para chegar no ponto de ônibus. Mal notou o beco ao lado. Até que a voz veio. Baixa. Firme. Rouca. Perigosa. |
— Tá perdido, docinho? —
| Ele congelou. |
“Docinho.”
| Ninguém nunca tinha chamado ele assim. Não de forma tão... íntima. Não de forma tão errada. |
| Virou devagar. |
| E viu. |
𝗦𝗲𝗼 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗴𝗯𝗶𝗻
| O nome ecoou na mente de Jeongin antes mesmo de lembrar por quê. Ele já tinha ouvido aquele nome sussurrado pelos corredores da universidade. Já tinha visto o olhar assustado de colegas que se calavam quando o nome era mencionado. |
| Mas nada, nada, preparava para vê-lo ao vivo. |
| Changbin não era grande. Nem precisava ser. O corpo era sólido, compacto, como uma arma escondida num bolso de terno. Ele vestia preto dos pés à cabeça, e o capuz só fazia os olhos parecerem ainda mais escuros. |
| Olhos que não olhavam. Escaneavam. |
| Jeongin não sabia como reagir. O medo fez seu corpo inteiro entrar em modo de defesa, mas as pernas não obedeceram. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Eu... não tenho dinheiro. — Disse, como um idiota, como se aquele homem quisesse uma moeda.
| Changbin riu. Baixo. Rouco. Sem humor. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Quem disse que eu quero dinheiro? —
| Então ele se aproximou. |
| Cada passo dele parecia pesar toneladas. E Jeongin, embora quisesse se mover, não conseguia. Era como se o mundo estivesse em câmera lenta, e ele fosse o único imóvel. |
| Changbin parou a menos de um metro. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Você anda se metendo com as pessoas erradas, anjo. — Disse, com a voz tão baixa que Jeongin precisou se inclinar levemente pra ouvir. — E eu sou a conta que veio cobrar.—
| Jeongin tentou recuar, mas sentiu os dedos de Changbin envolverem seu pulso. O toque foi firme, mas não agressivo. O que tornava tudo pior. |
| Era controle. |
| Total. Natural. Como se ele sempre tivesse tido aquele direito. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Me solta. — Jeongin sussurrou, sem acreditar que estava falando aquilo em voz alta.
Seo Changbin
Seo Changbin
— Tarde demais pra isso.—
| Changbin sorriu. Mas o sorriso não alcançou os olhos. |
| Naquele momento, Jeongin percebeu que o mundo como ele conhecia estava prestes a mudar. Ou talvez já tivesse mudado. |
| E ninguém tinha avisado. |
...
Continua★

O Quarto sem Janelas

> “𝘕𝘦𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘱𝘳𝘪𝘴𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘮 𝘨𝘳𝘢𝘥𝘦𝘴. 𝘈̀𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴, 𝘦𝘭𝘢 𝘵𝘦𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘥𝘦𝘴 𝘮𝘢𝘤𝘪𝘢𝘴, 𝘴𝘪𝘭𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘰 𝘢𝘣𝘴𝘰𝘭𝘶𝘵𝘰 𝘦 𝘰 𝒏𝒐𝒎𝒆 𝘥𝘦 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘦́𝘮 𝘴𝘶𝘴𝘴𝘶𝘳𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘦𝘴𝘤𝘶𝘳𝘰."
...
| A primeira coisa que Jeongin sentiu foi o cheiro. |
| Não era o mofo do dormitório da faculdade, nem o desinfetante barato da biblioteca. Era algo diferente. Amadeirado, forte. Quase sedutor. E por alguma razão, o cheiro fez seu estômago revirar. |
| A segunda coisa foi a cama. |
| Macia demais. Como se tivesse caído dentro de um hotel cinco estrelas... ou de uma armadilha luxuosa. |
| Ele abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz suave que preenchia o ambiente. O teto era alto, com uma moldura de gesso trabalhada demais para ser casual. As paredes em um tom creme sutil. Tudo era bonito. Caro. Estéril. |
| E completamente errado. |
| Jeongin se sentou bruscamente, o coração disparando. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Onde...? —
| A pergunta ficou no ar, sem resposta. O quarto era grande, quase maior que o apartamento em que morava com outros três estudantes. Mas o que o deixava desconfortável era a ausência. Ausência de janelas. Ausência de portas — pelo menos, nenhuma visível. Apenas uma, de metal escuro, fechada e sem maçaneta do lado de dentro. |
| Levantou-se com dificuldade, as pernas trêmulas. A cabeça doía, e não sabia se era da tensão ou de algo que lhe deram. |
| Sobre a cama, havia um bilhete. |
"𝘙𝘦𝘭𝘢𝘹𝘦. 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘳𝘰. 𝘗𝘰𝘳 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰. 𝗖. "
| Ele encarou a letra firme e meticulosamente alinhada. A assinatura? Um simples "𝗖". Ele não precisava de mais do que isso. |
𝗖𝗵𝗮𝗻𝗴𝗯𝗶𝗻.
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— O que esse maluco quer comigo...? — Sussurrou, mais pra si mesmo do que esperando resposta.
| Caminhou até a porta e bateu. Nada. Bateu de novo, agora com mais força. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Ei! Tem alguém aí? Me soltem! Isso é sequestro, porra! —
| Silêncio. |
| Ele recuou, batendo com o punho na parede. Precisava pensar. Precisava lembrar o que aconteceu. |
| A última coisa... o carro. O olhar de Changbin. A mão dele segurando seu pulso como se fosse uma coleira invisível. O cheiro forte de couro e tabaco no interior do carro. E o silêncio. Ninguém falava com ele. Só trocavam olhares entre si. Como se ele fosse apenas um objeto sendo transportado. |
| Engoliu em seco. |
| No canto do quarto, uma câmera discreta espiava do teto. Pequena, mas presente. Jeongin se virou de costas imediatamente, sentindo o sangue ferver. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Você tá me vigiando agora? Que porra é essa? — gritou, encarando o nada. — Vai se foder, Changbin! —
| Silêncio. |
| Por alguns minutos, nada aconteceu. Então, com um estalo seco, a porta se abriu. |
| Jeongin recuou instintivamente. Um homem alto, de terno preto, entrou com uma bandeja. Deixou-a sobre uma mesa próxima à cama, sem dizer uma palavra, e se virou para sair. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Espera! — Jeongin correu até ele. — Me diz onde eu tô! Por que eu tô aqui? —
| O homem não respondeu. Apenas saiu. A porta se fechou de novo. Trava elétrica. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Filho da... — Jeongin chutou a base da porta. — Isso não tá acontecendo. Isso é um pesadelo. Só pode ser. —
| A respiração começou a acelerar. O quarto parecia mais apertado, mais sufocante. Ele caiu sentado no chão, os dedos no cabelo, tentando organizar os pensamentos que vinham em ondas desordenadas. |
| Mas não teve muito tempo. |
— 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘴𝘰𝘯𝘩𝘢𝘯𝘥𝘰. — a voz soou de um alto-falante embutido na parede. Grave. Controlada. Familiar.
| Jeongin olhou ao redor, tentando localizar de onde vinha o som. |
— 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘹𝘢𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘫𝘢.—
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Seu desgraçado! Me tira daqui! — ele gritou, correndo até a parede e socando-a. — Por que tá fazendo isso comigo?—
— 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰.—
| Silêncio. Depois, mais palavras, agora mais suaves: |
— 𝘌𝘶 𝘵𝘦 𝘷𝘪. 𝘝𝘪 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘥𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘣𝘦𝘳. 𝘕𝘢 𝘣𝘪𝘣𝘭𝘪𝘰𝘵𝘦𝘤𝘢, 𝘯𝘢𝘲𝘺𝘦𝘭𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦 𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘦𝘶 𝘰 𝘰̂𝘯𝘪𝘣𝘶𝘴 𝘦 𝘧𝘪𝘤𝘰𝘶 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘴𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰, 𝘰𝘭𝘩𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘴𝘵𝘦𝘴. 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘵𝘢̃𝘰... 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑑𝑜. 𝘛𝘢̃𝘰 𝑞𝑢𝑖𝑒𝑡𝑜. 𝘛𝘢̃𝘰 𝗠𝗲𝘂. —
| Jeongin sentiu a pele arrepiar. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Você é maluco. —
— 𝘛𝘢𝘭𝘷𝘦𝘻. 𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦́ 𝑚𝑒𝑢. 𝘌 𝘦𝘶 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦́ 𝘮𝘦𝘶. —
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Eu não sou nada seu! — ele rugiu.
| Silêncio por um momento. Depois, Changbin disse algo que soou mais como uma ameaça sussurrada: |
— 𝘝𝘢𝘪 𝘢𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘢 𝘴𝘦𝘳. —
| A voz desapareceu. |
| Jeongin ficou ali, parado, ofegante, encarando o teto como se esperasse que alguma resposta caísse de lá. Mas não veio nada. |
| O quarto estava de novo mergulhado naquele silêncio insuportável. |
| Ele se virou lentamente para a bandeja deixada pelo segurança. Era um prato com comida fresca, cuidadosamente arrumada. Frutas cortadas. Um suco. Um talher de prata. |
| Tudo parecia tão... gentil. |
| Era isso o mais assustador. |
| Gentileza vinda de alguém que o sequestrou. |
| A mente de Jeongin gritava para não comer. Para não tocar. Mas o estômago, traidor, já estava se retorcendo. E no fim, foi a fome que venceu. |
| Ele comeu em silêncio, sob o olhar da câmera, sabendo que cada garfada estava sendo observada. |
| Ele podia ter perdido a liberdade. Mas a dignidade, ainda tentava manter. Mesmo que em pedaços. |
...
Continua ★

O Dono da Gaiola

...
> “𝘕𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘰𝘣𝘴𝘦𝘴𝘴𝘢̃𝘰 𝘴𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘯𝘢𝘴𝘤𝘦𝘶 𝘱𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘮𝘦𝘶. 𝘌́ 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘪𝘯𝘰... 𝘤𝘰𝘮 𝘶𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘥𝘦 𝘧𝘰𝘳𝘤̧𝘢."
...
| Ele o observava pela tela. |
| A imagem tremia levemente, mas o olhar de Jeongin era nítido. Medo, desorientação, raiva. O tipo de expressão que não se aprende em novelas ou filmes ruins. Era cru. Autêntico. Puro. |
| Exatamente como ele lembrava. |
| Changbin se recostou na poltrona de couro, os dedos entrelaçados sob o queixo, o rosto na sombra. Do outro lado da sala, um monitor exibia ângulos diferentes do quarto. Um de cima, um da lateral. Um só para focar nas mãos dele. |
| Ele gostava de ver as mãos. |
| Frágeis, mas inquietas. Um contraste interessante com os olhos — os olhos pareciam lutar o tempo todo com a ideia de entregar ou fugir. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Ainda se debate... — murmurou, quase admirando. — Mas vai ceder. Todos cedem.
| Changbin não era paciente por natureza. Mas com Jeongin... ele era outra coisa. Não se tratava apenas de controle. Era mais profundo. Era visceral. Como se tivesse descoberto um diamante enterrado num terreno baldio. Algo valioso demais para ser exposto ao mundo. |
| Tinha observado por semanas. |
| O primeiro contato foi por acaso, ou pelo menos, era o que gostava de fingir. Jeongin estava na biblioteca, distraído com um livro de psicanálise — algo sobre traumas de infância, ironicamente. Changbin passava pelo campus para resolver algo “trivial” com um professor que lhe devia favores. Mas então, lá estava ele. |
| Quieto. |
| Com um olhar que carregava o peso de mil desistências. |
| Changbin soube no mesmo instante. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Você é um achado... — disse para a tela, onde Jeongin caminhava pelo quarto como um animal recém-capturado.
| Ele não era do tipo que se apaixonava. Isso era para idiotas românticos com flor no bolso. Mas também não era cego. Sabia reconhecer o que era dele. E Jeongin... era. |
| A forma como ele tentava manter a cabeça erguida, mesmo tremendo. Como batia na porta mesmo sabendo que ninguém responderia. A fome misturada com o orgulho ao encarar a comida servida. |
| Changbin sorria com aquilo. |
| Ele não queria alguém submisso desde o primeiro segundo. Queria a guerra. A resistência. Queria a quebra. |
| E Jeongin era feito para ser quebrado de forma lenta, poética. |
...
— QDT —
| Changbin pegou o telefone ao lado da poltrona. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Ele comeu? — perguntou, sem dizer nomes.
| Do outro lado da linha, a voz do segurança confirmou. |
— 𝘚𝘪𝘮. 𝘋𝘦𝘮𝘰𝘳𝘰𝘶, 𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘶 𝘵𝘶𝘥𝘰. —
Seo Changbin
Seo Changbin
— Ótimo. Ele ainda está gritando? —
— 𝘔𝘦𝘯𝘰𝘴. 𝘈𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘦𝘭𝘦 𝘴𝘰́ 𝘧𝘢𝘭𝘢 𝘴𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰.—
Seo Changbin
Seo Changbin
— Excelente. Ele está raciocinando. Deixe-o mais duas horas sozinho. Depois envie a carta.—
— 𝘈 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘧𝘰𝘵𝘰?—
Seo Changbin
Seo Changbin
— Sim. Aquela em que ele está dormindo.—
| Silêncio do outro lado da linha. Changbin sabia o que aquilo significava. Dúvida. Medo. Mas ninguém desafiava uma ordem dele. Não se duas palavras podiam acabar com carreiras, vidas e até famílias inteiras. |
— 𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘲𝘶𝘪𝘴𝘦𝘳, 𝘴𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳.—
| Ele desligou antes de ouvir o fim. |
| Levantou-se e foi até o bar, servindo a si mesmo uma dose de uísque. Não era o tipo que bebia muito, mas naquele momento, sentia que merecia um brinde. A primeira fase tinha sido concluída com sucesso. |
| O corpo estava seguro. | | Agora ele precisava da mente. |
...
— QDT —
| Horas depois, assistiu quando o envelope foi deslizado sob a porta do quarto de Jeongin. Ele se aproximou com cautela, como se temesse uma bomba ali dentro. |
| Changbin segurou o copo com mais força. |
| Jeongin abriu o envelope. |
| E viu. |
| Uma foto impressa em papel fotográfico de alta qualidade. Ele, dormindo. O rosto sereno, vulnerável, exposto. Tirada dias antes, quando ainda estava no dormitório da faculdade. Quando achava que estava sozinho. |
| No verso, escrito à mão: |
“𝘚𝘦 𝘦𝘶 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘷𝘦𝘳 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮, 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳."
| Jeongin deixou a foto cair. Changbin aumentou o volume do áudio no monitor. |
Yang Jeongin
Yang Jeongin
— Que tipo de... psicopata... — Jeongin murmurou, e a voz tremia.
| Changbin sorriu. |
| Sim. Estava funcionando. |
| Ele não precisava que Jeongin gostasse dele. Ainda não. | | Precisava que ele entendesse. | | Que ele soubesse que estava cercado. Vigiado. Escolhido. |
| Porque o medo vinha antes da devoção. |
| E a devoção... ah, essa viria com o tempo. |
...
— QDT —
| Antes de desligar os monitores, Changbin falou com a tela mais uma vez. Sabia que Jeongin não podia ouvi-lo, mas dizia mesmo assim. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Você é meu, Jeongin. Não precisa entender agora. Mas um dia vai agradecer. —
| Pausa. |
Seo Changbin
Seo Changbin
— Todo pássaro resiste à gaiola no começo. Mas quando ela é feita de ouro... eles param de querer voar. —
...
Continua

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