Em Jericoacoara mora samyla uma adolescente de 15 anos , sonhadora ...estuda e trabalha com seus pais nico e divina na barraca do coco em uma das praias de Jericoacoara no ceará , todos a conhecem desde pequena , eles tem um carinho por ela e admiração....
O sol da tarde pintava o céu de Jericoacoara em tons de laranja e rosa.
Samyla, com seus olhos sonhadores, observava o mar enquanto ajudava seus pais, Nico e Divina, na barraca de coco. Um grupo de turistas se aproximava.
Bento : Boa tarde! Que cocos deliciosos!
Divina: Boa tarde! ... Samyla, querida, atende eles aí, estou ocupada, por favor.
Samyla (com um sorriso): Boa tarde! Realmente estão deliciosos...Que tipo de coco você prefere? Temos o verde, mais jovem e com água refrescante, e o maduro, com a polpa mais consistente.
Bento: vou querer dois verdes, por favor. Essa menina é a Samyla, não é? A gente lembra de você desde pequenininha, correndo pela praia!
Divina: é sim...
Samyla (corando levemente): Que bom que Você lembrou de mim ... está passando férias aqui?
Bento: Sim, e estou adorando Jeri! Você cresceu tanto, Samyla! Ainda estuda?
Samyla: Sim, estudo cedo e à tarde ajudo meus pais aqui na barraca. É um pouco cansativo, mas eu gosto.
Bento: Que responsabilidade! Sua mãe e seu pai devem se orgulhar muito de você.
Nico (interrompendo, com um sorriso): Nós nos orgulhamos sim! Ela é a nossa estrela. E uma ótima aluna, por sinal. Está até pensando em fazer faculdade em Fortaleza, quando terminar o ensino médio.
Divina: É verdade! Ela sonha em ser bióloga marinha.
Samyla (olhando para o mar com brilho nos olhos): É o meu maior sonho. Quero entender o oceano, cuidar dele... e quem sabe, um dia, poder trabalhar com pesquisa...
bento: Que lindo! Tenha certeza de que você vai conseguir. Só não desista dos seus sonhos...Samyla.
Samyla: Obrigada! Aqui estão os seus cocos. Desejo que tenham um ótimo dia!
Bento: ( pega o coco) muito obrigado!
Bento: boas vendas, até mais!
Nico: Muito obrigado por vim aqui, Volte sempre!
O cliente se afasta, e Samyla voltou a observar o mar, um sorriso leve no rosto.
O sol já se punha quando Samyla, Nico e Divina fecharam a barraca de coco. A pequena renda do dia estava guardada com cuidado. Caminharam em silêncio pela areia, o som...das ondas quebrando na praia era o único som além dos seus passos...num lugar bem longe do mar, longe de tudo que Samyla sonhava, mas ela fazia tudo de bom gosto para agradar os pais!
Ao chegarem em casa, uma pequena construção simples de taipa, já era quase noite e Samyla se sentou em uma rede . A casa era pequena, com apenas dois cômodo, o chão de terra batida. Havia um fogão a lenha, alguns utensílios de cozinha, uma cama de rede e pouquíssimos objetos. Nenhum móvel além disso.
Divina: Filha, você pode ir buscar água na bica? Antes que escureça ...Amanhã tem muito trabalho pela frente.
Samyla: Claro, mãe. (Samyla pegou um balde e seguiu para a bica mais próxima).
Enquanto Samyla buscava água, Nico começou a preparar o jantar simples: um caldo de feijão com arroz.
Nico: Que dia cansativo, Divina. Mas a barraca rendeu um pouco mais hoje.
Divina: Graças a Deus. E a Samyla, que menina trabalhadora! Ela merece o mundo.
Nico: Verdade. Ela estuda, trabalha e ainda encontra tempo para sonhar. É uma inspiração para nós.
Samyla voltou com o balde de água, o rosto cansado, mas o sorriso ainda presente.
Samyla: Mãe, pai, o que vocês acham se eu tentar fazer um bolo de milho amanhã? É a receita da vovó, e eu acho que vai dar um gostinho especial aos nossos clientes.
Divina: (sorrindo) Boa ideia, filha! Mas não se esqueça dos seus estudos. O seu futuro é mais importante que qualquer bolo.
Nico: Sua mãe está certa. Mas um bolo de milho da Samyla vai deixar nossos clientes ainda mais felizes. É um toque especial, um pedacinho de nossa alma aqui em Jeri.
Samyla: vou acender a lamparina, já está escuro( acende a lamparina)
Samyla se sentou para jantar, e os três comeram em silêncio, compartilhando o pouco que tinham, mas com a sensação de união e amor que transcendia a simplicidade de sua vida. A pequena lamparina iluminava seus rostos cansados, mas cheios de esperança e sonhos.
Samyla: vou dormir mãe e pai, amanhã tenho escola cedo! Boa noite ( vai para o outro cômodo e deita na rede e dorme)
Nico: vamos tentar comprar pelo menos uma cama para ela!
Divina: como? Se nem o que comer...quase não temos, queria tanto dar uma vida digna, mas somos de situações muito fraca para isso, mas ela é feliz...
Nico: eu sei meu amor, vamos dormir! amanhã vai ser puxado...
Samyla, se levanta bem cedo, toma banho na água fria, se arruma e vai para a escola...
Seus pais vão para a praia, trabalhar vendendo os cocos...
Samyla chegou na barraca de coco...o rosto radiante, apesar do cansaço. A mochila foi jogada num canto, e ela correu para abraçar os pais.
Samyla: Pai, mãe! Hoje aprendemos sobre os recifes de corais! É fascinante! Imagine a biodiversidade, a beleza...
Divina: (sorrindo) Que bom, filha! Você está brilhando! Conta tudo!
Samyla: o professor mostrou fotos incríveis, explicou como eles são importantes para o ecossistema... Eu quero muito estudar tudo isso com mais profundidade!
Nico: (limpando a mesa) que bom filha!
Samyla: Sim...
Divina: (orgulhosa) Minha filha é uma ótima aluna!
Nico: É verdade.
Samyla: Eu sei, que preciso estudar para ter uma vida melhor!
Divina: Seu sonho é o nosso sonho também.
Nico: Só precisamos nos esforçar um pouco mais para conseguir comprar uma cama nova para você. aquela rede já está velha demais.
Samyla: (abraçando os pais) Não se preocupem tanto, pai. Eu estou bem com minha rede. O importante é que estamos juntos.
Divina: Mas nós queremos te dar o melhor, minha filha. Você merece o conforto que uma cama te proporciona.
Samyla: Eu sei. Mas o amor de vocês é o melhor presente que eu poderia ter. E a esperança de um futuro melhor, com meu sonho realizado, é o que me motiva a seguir em frente.
Nico: Isso aí, filha! Continue sonhando, estudando e trabalhando. Nós estaremos aqui, sempre te apoiando.
Eles sorriram, um sorriso que transcendia as dificuldades da vida simples em Jericoacoara. Era um sorriso de esperança, de amor, de união. Um sorriso que refletia a força de uma família que, apesar de tudo, estava construindo um futuro brilhante para sua filha, Samyla, a sonhadora adolescente que tinha o mar como seu maior sonho.
O sol nascia pintando o céu de Jericoacoara com tons pastel.
Samyla, Nico e Divina preparavam a barraca de coco, o ritmo já familiar de suas manhãs. Samyla, apesar do cansaço, estava radiante.
Enquanto arrumavam as coisas, um homem bem vestido, com um carro importado estacionado um pouco distante, observava Samyla discretamente. Ele parecia fascinado, seus olhos fixos nela.
Nico, percebendo a presença insistente do homem, trocou um olhar preocupado com Divina.
Nico: (sussurrando para Divina) Você viu aquele homem? Ele está nos observando há um tempo.
Divina: (sussurrando) Vi sim, Nico. E ele parece estar mais interessado na Samyla do que na barraca de coco.
Nico: Samyla, querida, fica perto da gente hoje, tá bom?
Samyla: (sem entender a preocupação dos pais) Tá bom, pai. Mas o que foi?
Nico: Nada, filha. Só estamos um pouco mais preocupados hoje.
O dia transcorreu com a presença constante do homem misterioso. Ele a seguia à distância, na praia, enquanto Samyla trabalhava, e até mesmo próximo à escola, mantendo sempre uma distância que impedisse Samyla de percebê-lo.
Bento, que estava em Jeri por mais alguns dias, percebeu o homem observando Samyla. Ele se aproximou de Nico e Divina, visivelmente preocupado.
Bento: Com licença, Nico, Divina. Vi aquele homem observando Samyla. Ele parece estar a seguindo. Vocês notaram?
Nico: Sim, Bento. Estamos preocupados. Não sabemos quem ele é, nem o que ele quer.
Divina: Temos medo que ele faça algum mal à nossa filha.
Bento: Eu também estou preocupado. Ele parece ser alguém de posses, mas seu comportamento é muito estranho. Deixem que eu cuide disso. Vou tentar descobrir quem ele é e o que ele quer com Samyla.
Bento, com sua experiência e contatos em Jericoacoara, começou a investigar o homem misterioso. Ele descobriu que o homem era um rico empresário de Fortaleza, com um histórico de comportamentos agressivo, obsessivos, mas de muitas posses. Bento alertou a polícia local, que passou a monitorar o homem discretamente.
No dia seguinte, o homem tentou se aproximar de Samyla, mas foi abordado pela polícia. Ele foi interrogado e libertado com uma advertência, mas a polícia continuou de olho nele. Nico e Divina ficaram aliviados, mas ainda preocupados.
Bento: Fiquem tranquilos, Nico, Divina. A polícia está monitorando o homem. Ele não vai se aproximar mais de Samyla. Mas é importante manterem a vigilância.
Samyla, ainda sem saber do ocorrido, continuou sua rotina, estudando e trabalhando na barraca de coco, com seus pais sempre mais atentos e protetores. A experiência, embora assustadora, reforçou os laços da família e a importância da proteção e cuidado mútuo. O sorriso de Samyla, porém, manteve seu brilho, a esperança no futuro e o sonho do mar sempre presentes.
Dias depois, Samyla saía da escola, quando o homem misterioso se aproximou, sorrindo. Ele estava mais elegante que antes, com um carro ainda mais luxuoso.
Homem Misterioso: Olá, Samyla! Que coincidência te encontrar aqui! Sou Ricardo, Eu te vi na praia, e... bem, eu trabalho com modelos. Estou em busca de novos talentos, e você me chamou a atenção. Tem um rosto incrível, uma beleza natural... Você já pensou em ser modelo?
Samyla, surpresa e lisonjeada, corou levemente. Mas nunca tinha pensado em ser modelo!
Samyla: Modelo? Nossa... Eu... eu nunca pensei nisso.
Ricardo: Mas você tem tudo para ser uma grande modelo! Uma beleza única, um olhar expressivo... Eu poderia te ajudar a construir uma carreira brilhante. Imagine, desfiles, fotos para revistas importantes...
Samyla, encantada com a ideia, começou a conversar com Ricardo todos os dias. Ele a levava para lugares bonitos, no horário das aulas, tirava fotos dela com uma câmera profissional, falando sobre poses, ângulos, sorrisos. Ele a tratava com gentileza, atenção e admiração, alimentando a ilusão de Samyla.
Ricardo: Samyla, por favor, não conte nada disso para seus pais, tudo bem? É uma surpresa. Quando estiver tudo pronto, faremos uma grande revelação. Quero que seja especial, tudo isso vai mudar a vida da sua família, vocês vão ter uma vida maravilhosa, imagina só você fazendo isso por seus pais...
Samyla, confiante na boa intenção de Ricardo, concordou em guardar segredo. Ela estava tão envolvida com a perspectiva de se tornar modelo que não percebia as nuances suspeitas do comportamento de Ricardo. Ela acreditava piamente que ele era um anjo que havia aparecido em sua vida para realizar seu sonhos.
Em encontros subsequentes, Ricardo continuou tirando fotos de Samyla, fotos cada vez mais ousadas, sob o pretexto de testes para diferentes tipos de campanhas. Ele a levava para locais mais isolados, sempre prometendo revelar a "grande surpresa" em breve, e meses se passaram...
Ricardo: Tenha paciência, Samyla. As coisas levam tempo. Mas eu prometo, você vai se surpreender. Você vai se tornar uma estrela. Só não pode contar nada para seus pais, combinado? Isso é essencial para o sucesso do nosso projeto.
Samyla, cega pelo sonho, concordava com tudo. Ela não percebia que Ricardo estava apenas a manipulando, usando sua inocência e seu desejo de ascensão social para alimentar suas próprias intenções obscuras. As fotos que ele tirava não eram para uma agência de modelos, mas sim para um álbum privado, um troféu de sua conquista. A "grande surpresa" era apenas uma ilusão, uma isca para manter Samyla em seu jogo perigoso.
Os dias se passaram, e Samyla, cada vez mais envolvida com Ricardo, deixou de ir à escola. A professora Romênia, preocupada com a ausência da aluna dedicada, resolveu ir até a barraca de coco.
Professora Romênia: Bom dia, Nico, Divina. Estou preocupada com a Samyla. Ela não vem à escola há vários dias, o que aconteceu?
Nico: Bom dia, professora, não sabíamos que ela estava faltando aula!
Divina: Ela nunca faltou à escola antes, professora. Estamos muito preocupados.
Professora Romênia: Eu sei. Samyla é uma aluna exemplar. Será que vocês podem conversar com ela?
Nico: Claro, professora. ( a professora vai embora)
Enquanto isso, Samyla, foi se apaixonando completamente por Ricardo, era um amor de uma adolescente com um cara bem mais velho, ela vivia um romance intenso, porém ilusório. Ricardo prometia o mundo a ela, sussurrava palavras doces, beijava seus lábios e dizia que a amava. Samyla, inocente e ingênua, acreditava em cada palavra, em cada gesto.
Samyla: (para Ricardo) Eu te amo tanto, Ricardo. Você é tudo para mim. Você vai me levar para um mundo de glamour, de beleza, de sucesso.
Ricardo: (abraçando Samyla) Eu também te amo, minha linda. Em breve, todos saberão quem você é. Você será uma estrela.
As mentiras de Ricardo convenciam Samyla . Ele já havia tirado muitas fotos de Samyla, fotos que ele guardava em seu computador, longe dos olhos da jovem. A cada dia, a manipulação se tornava mais evidente, mas Samyla, cega pelo amor e pelo sonho de uma vida melhor, não conseguia enxergar a verdade.
Preocupados com a ausência prolongada de Samyla na escola e seu comportamento estranho, Nico e Divina esperaram por ela em casa. Quando Samyla chegou, eles tentaram conversar.
Nico: Filha, o que está acontecendo? Você está diferente, não vai mais à escola...
Divina: Estamos preocupados, querida. Conte para nós o que está acontecendo.
Samyla: (abaixando a cabeça) Eu estou muito cansada, pai, mãe. O trabalho na barraca está muito puxado. Eu preciso descansar.
Divina: e porque não falou filha?
Samyla: eu não queria preocupar vocês...
Nico: seu bem estar é mais importante, não precisa ir para a barraca de coco, mas não é para faltar as aulas mais!
Samyla: está bem, eu vou deitar ( deita na rede e dorme)
Samyla evitou qualquer menção a Ricardo, mentindo para seus pais pela primeira vez em sua vida. A inocência e o medo de decepcionar seus pais, aliados à paixão avassaladora por Ricardo, a impediram de revelar a verdade. Nico e Divina, conhecendo a filha, acreditaram em suas palavras, sem suspeitar da manipulação que estava acontecendo. A preocupação persistia, mas a confiança em Samyla, por enquanto, prevaleceu.
Os dias seguintes foram marcados por uma crescente angústia em Nico e Divina. A Samyla, apesar de voltar à escola, continuava distante, sonhadora, perdida em um mundo que eles não conseguiam alcançar. As madrugadas eram repletas de sussurros entre os pais, preocupados com a mudança repentina de comportamento da filha. A alegria e a espontaneidade que caracterizavam Samyla haviam sido substituídas por um silêncio misterioso e um olhar distante.
Nico: (suspirando) Divina, eu não consigo entender o que está acontecendo com a nossa menina. Ela está diferente, fechada em si mesma.
Divina: (passando a mão carinhosamente no rosto cansado de Nico) Eu sei, meu amor. Tenho medo de que algo ruim esteja acontecendo, algo que ela não quer nos contar. Acho que deveríamos procurar a professora Romênia novamente. Ela parece perceber algo.
Nico: Tem razão, Divina. Vamos falar com ela amanhã mesmo. E talvez seja melhor também conversarmos com Bento. Ele sempre foi um bom amigo, e conhece bem Jeri. Talvez ele tenha alguma pista do que está acontecendo.
No dia seguinte, Nico e Divina procuraram a professora Romênia. A conversa foi difícil, carregada de preocupações e incertezas. Romênia, observando a angústia dos pais, confirmou suas suspeitas.
Professora Romênia: Nico, Divina, eu tenho observado a Samyla. Ela está diferente, mais quieta, menos participativa. E tem faltado às aulas com mais frequência. Eu tentei conversar com ela, mas ela foi evasiva, disse que estava cansada.
Nico: Mas ela não parece cansada, professora. Ela parece… perdida. Como se estivesse vivendo em outro mundo.
Divina: É verdade. Ela está distante, sonhadora… E não quer conversar conosco.
Professora Romênia: Eu notei que ela tem chegado à escola com roupas um pouco diferentes do habitual, mais elegantes. E ela parece ter um novo celular, bem moderno. Coisas que não combinam com a realidade financeira de vocês.
Nico e Divina trocaram um olhar preocupado. As palavras da professora acenderam uma faísca de suspeita em seus corações. Algo estava errado, muito errado. Eles precisavam descobrir o que estava acontecendo com sua filha antes que fosse tarde demais.
Naquele mesmo dia, Nico e Divina procuraram Bento. Contaram tudo a ele, as mudanças de comportamento de Samyla, as suspeitas da professora Romênia. Bento, experiente e conhecedor das nuances da vida em Jericoacoara, ouviu atentamente, seu rosto se tornando cada vez mais sério.
Bento: Nico, Divina, eu estou preocupado. Tudo indica que a Samyla está sendo manipulada, sua filha está tendo alguma coisa com esse senhor, esse senhor é perigoso e tem a polícia em suas mãos, é muito rico...mas vou tentar ajudar, apesar de ficar por poucos dias por aqui...
Bento, com sua rede de contatos, começou a investigar discretamente. Ele descobriu que um carro importado, semelhante ao que havia sido visto observando Samyla na praia, tinha sido visto com frequência próximo à escola e em alguns locais isolados fora da cidade, avisa para os pais de Samyla.
Enquanto isso, Samyla, cada vez mais envolvida no mundo ilusório criado por Ricardo, continuava a se afastar de sua família e de sua vida em Jericoacoara. O sonho de se tornar modelo, alimentado pelas promessas e pela manipulação de Ricardo, a cegava para a realidade. Ela estava presa em uma teia de mentiras, sem perceber o perigo que se aproximava.
(Dias depois em um local mais deserto, porém muito bonito na praia, Samyla estava conversando com Ricardo.)
Ricardo: essa roupa está linda em você minha Samyla...(observando ela )
Samyla: você acha mesmo?
Ricardo: eu te acho muito linda, seu sorriso é perfeito, nunca conheci nenhuma menina, tão linda e inocente assim( ele se aproxima e beija sua boca , Samuel suspira em seus braços)
Samyla: sinto tantas coisas quando estou com você!
Ricardo: você sente é!...humm você gosta muito de mim Samyla?
Samyla: muito...
Ricardo: seria capaz de fazer qualquer coisa por mim?
Samyla: sim!
Ricardo: então prova para mim...
Samyla: como?
Ricardo, com um olhar intenso e cheio de uma ternura calculada, acariciava o rosto de Samyla, o mar, criava um cenário romântico e mágico, mas que escondia a escuridão das intenções de Ricardo.
Ricardo: Meu amor, você é tão pura, tão inocente… É como se você fosse uma flor rara, intocada. E eu… eu quero te amar, te possuir, mas com todo o respeito e carinho que você merece. Quero que nossa primeira vez seja inesquecível, algo que você guardará para sempre em seu coração. Você me permite?
Samyla, perdida no turbilhão de emoções que Ricardo despertava, sentia um misto de medo e desejo. A inocência e a inexperiência lutavam contra a atração avassaladora que sentia por ele. Mas as palavras doces e o olhar apaixonado de Ricardo a convenciam de que tudo seria perfeito, seguro.
Samyla: (sussurrando, com a voz embargada pela emoção) Eu… eu não sei, Ricardo. É a primeira vez…
Ricardo: (aproximando-se ainda mais, com um toque suave em seu cabelo) Eu sei, meu amor. E por isso mesmo será tão especial. Eu prometo que será tudo como você sempre sonhou, um momento mágico, cheio de amor e ternura. Eu cuidarei de você, como se você fosse a coisa mais preciosa do mundo. Confie em mim.
Os olhos de Samyla se encheram de lágrimas. A insegurança se misturava com o desejo, criando uma tensão palpável no ar. Ela se sentia vulnerável, mas ao mesmo tempo, atraída pela promessa de um amor intenso e protetor que Ricardo lhe oferecia. Em um gesto hesitante, ela estendeu a mão e tocou o rosto de Ricardo, sentindo a pele macia contra seus dedos.
Samyla: (com um fio de voz) Tá… tá bom, Ricardo.
Ricardo, com um sorriso vitorioso, a envolveu em seus braços, beijando-a com paixão e delicadeza. O beijo era longo e profundo, carregado de uma promessa de amor que, para Samyla, parecia verdadeiro e eterno. Ele a deitou suavemente na areia macia, o mar e sol servindo como testemunha silenciosa de um momento que mudaria para sempre a vida da jovem. Ricardo, com gestos cuidadosos e carinhosos, a despia lentamente, respeitando seus limites e respondendo a cada suspiro e gemido com mais ternura, como se estivesse conduzindo uma dança sagrada. O amor, ou o que Samyla acreditava ser amor, florescia naquela tarde de céu azul de Jericoacoara. A inocência de Samyla se entregava completamente, sem perceber a cruel ironia do destino, sem saber que aquele momento de aparente felicidade era apenas mais uma peça na teia de manipulação tecida por Ricardo. O mar sussurrava, e Samyla entregava sua alma a um homem que não a amava.
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