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Paraíso Escondido

Capítulo 1 – As Estrelas que Despencaram no Mar

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Seo Minjun

O vento zunia tão alto que abafava até meus próprios pensamentos.

Eu me agarrava à borda do bote salva-vidas como quem se agarra à vida — porque, na verdade, era exatamente isso. Cada onda parecia querer me arrancar dali e me engolir para sempre.

Meus olhos ardiam com a água salgada e com o desespero.

Foi quando eu o vi.

No meio da escuridão cortada por relâmpagos, um garoto lutava contra as ondas, seu corpo pequeno sendo jogado como uma folha ao vento. Ele parecia tão frágil... tão fora de lugar naquele cenário brutal.

Sem pensar, soltei uma mão do bote.

Meu instinto gritou para segurar firme. Minha cabeça gritava que era loucura. Mas alguma coisa, algo mais forte do que o medo, me obrigou a estender o braço.

— Aqui! — berrei contra o vento.

Ele me viu. Seus olhos, enormes e brilhantes, cravaram nos meus como se eu fosse a única âncora que lhe restava.

Com um esforço desesperado, ele nadou até mim, e quando nossas mãos se tocaram, foi como se o mundo inteiro silenciasse por um segundo.

Segurei-o com força e puxei para dentro do bote. Seu corpo caiu contra o meu, frio e tremendo.

— Você... — ele arfava, a voz quase inexistente — me salvou...?

— Fica quieto — sussurrei, prendendo-o em meus braços. — Economize suas forças.

Ele obedeceu sem protestar. Seu rosto se aninhou em meu peito, como se aquele contato fosse a única coisa que o mantivesse vivo.

Fechei os olhos por um instante. Respirei fundo, tentando acalmar o pânico. Mas antes que eu pudesse me convencer de que estávamos seguros, uma onda monstruosa ergueu-se à nossa frente.

Não houve tempo para gritar.

O bote virou.

A água gelada me envolveu como garras invisíveis, puxando-me para baixo. Eu lutei, procurei pelo garoto, mas tudo era escuridão e ruído.

"Não... não posso perder ele!"

Movido por puro instinto, estiquei os braços na escuridão e, como num milagre, encontrei sua mão.

Agarrei-a com todas as forças.

Então... deixei que a corrente nos levasse.

Seo Minjun

A primeira coisa que senti foi o calor áspero da areia contra minha pele molhada.

Tossi, tentando expulsar a água salgada dos meus pulmões. Cada músculo do meu corpo gritava de dor.

Quando consegui abrir os olhos, o céu estava pálido, tingido pelas primeiras luzes da manhã. As ondas quebravam suavemente na praia, como se zombassem do caos da noite anterior.

Demorei alguns segundos para lembrar. O garoto.

Meu coração disparou.

Virei o rosto de um lado para o outro, os olhos turvos buscando por ele.

Ali.

Estava deitado poucos metros adiante, imóvel, como uma pequena figura esquecida pelas ondas.

Arrastei meu corpo até ele, o medo entalando na garganta.

Seu rosto estava pálido, seus lábios levemente arroxeados.

— Ei... — minha voz falhou.

Toquei seu ombro, sacudindo-o com delicadeza. — Ei, acorda...

Nada.

O pânico me consumiu. Inclinei-me sobre ele, tentando lembrar de tudo que havia aprendido sobre primeiros socorros. Apoiei as mãos em seu peito, pronto para tentar reanimá-lo.

Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele tossiu.

Uma tosse fraca, quase infantil. Seus olhos se abriram, pequenos e confusos, fitando os meus.

— Você... — ele sussurrou, a voz rouca — me encontrou.

Soltei uma risada quebrada, um som aliviado e desesperado ao mesmo tempo.

— Claro que encontrei, idiota. — Minha mão ainda tremia sobre seu peito.

Ele piscou lentamente, como se cada movimento fosse um esforço colossal.

Então, num gesto quase instintivo, se agarrou a mim.

Aquele abraço — fraco, hesitante — me atingiu com mais força do que qualquer onda da noite passada.

Instintivamente, envolvi-o nos braços, trazendo-o para perto.

Seu corpo tremia, mas, mesmo assim, ele buscava meu calor como se eu fosse a única coisa segura naquele mundo desconhecido.

— Está tudo bem agora — murmurei, apertando-o contra mim. — Eu estou aqui.

Por alguns minutos, ficamos apenas ali, sentindo a respiração um do outro, ignorando a areia grudada na pele, o frio, a dor.

Eu não sabia quem ele era. Não sabia seu nome.

Mas, naquele momento, a única certeza que eu tinha era que não o deixaria sozinho.

Nunca.

Ele ergueu o rosto, seus olhos negros brilhando com uma vulnerabilidade que me fez prender a respiração.

— Qual é o seu nome...? — perguntou, com um fio de voz.

Sorri, um sorriso cansado e genuíno.

— Seo Minjun.

— Minjun... — ele repetiu, como se gravasse meu nome dentro dele. — Eu sou Haru.

Haru.

Um nome simples. Um nome bonito.

E, embora o sol ainda estivesse tímido no céu, iluminando nossos corpos molhados e machucados, percebi que ali, naquela praia esquecida, nascíamos de novo.

Dois estranhos.

Dois sobreviventes.

Dois destinos entrelaçados pela força impiedosa do mar.

Eu não sabia quanto tempo conseguiríamos sobreviver ali.

Mas sabia que, enquanto Haru estivesse ao meu lado, eu lutaria.

Por nós dois.

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Capítulo 2 – Areia nos Cabelos, Sal nos Lábios

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Seo Minjun

Acordei com o calor incômodo do sol queimando minhas costas.

Por um momento, pensei que tudo tinha sido um pesadelo. O navio, a tempestade, a água me puxando para baixo...

Mas então senti um peso leve encostado no meu peito.

Haru.

Ele dormia ainda, seu corpo miúdo encolhido contra o meu como se, mesmo inconsciente, buscasse proteção.

Observei-o em silêncio. Seus cabelos, encharcados e cobertos de areia, grudavam na testa.

Seus cílios longos lançavam pequenas sombras sobre a pele pálida.

Ele parecia... vulnerável. Frágil de um jeito que fazia algo dentro de mim doer.

Respirei fundo, tentando afastar a estranha vontade de tocá-lo.

Não era hora de sentimentalismos. Precisávamos sobreviver.

Com cuidado, deslizei para o lado, depositando sua cabeça sobre uma elevação de areia macia.

Levantei, sentindo os músculos protestarem.

Olhando ao redor, vi apenas mar, céu e floresta densa à distância. Nenhum sinal de barcos, de pessoas. Nada.

Estávamos sozinhos.

Sozinhos de verdade.

— Droga... — murmurei para mim mesmo, passando a mão pelo cabelo.

O som de uma respiração irregular me chamou de volta.

Virei e vi Haru se mexendo, franzindo o rosto como se lutasse para acordar.

Aproximei-me, ajoelhando ao seu lado.

— Ei, Haru... — chamei, tocando de leve seu ombro. — Acorda. Está tudo bem.

Ele abriu os olhos devagar, piscando contra a luz forte.

Por um segundo, me encarou sem reconhecer.

Depois, seus traços suavizaram.

— Minjun... — murmurou, a voz rouca, mas com um sorriso pequeno nos lábios.

Esse sorriso.

Tão genuíno, tão grato.

Fez meu peito apertar de um jeito estranho, desconfortável e ao mesmo tempo... bom.

— Isso. — Forcei um sorriso de volta. — Está tudo bem. Estamos em terra firme.

Ele tentou se sentar, mas seu corpo fraquejou e quase tombou de novo.

Instintivamente, o segurei pela cintura.

— Calma. Você ainda está fraco.

Ele riu, uma risadinha fraca, mas adoravelmente teimosa.

— Achei que... tínhamos morrido — disse, olhando ao redor, confuso.

— Não desta vez. — Soltei um suspiro pesado. — Mas, honestamente, a situação não é muito melhor.

Haru arqueou uma sobrancelha.

— Onde estamos?

Olhei para a imensidão vazia ao redor, depois para ele.

— Perdidos — respondi simplesmente. — Em algum lugar no meio do nada.

Ele piscou algumas vezes, absorvendo a realidade.

Mas, para minha surpresa, seu sorriso não desapareceu.

Em vez disso, ele ergueu o punho fechado.

— Então... vamos sobreviver juntos.

Fiquei olhando para aquela mão estendida, pequena e firme diante de mim.

Algo em mim se quebrou e se reconstruiu naquele instante.

Ergui minha mão e bati levemente contra a dele.

— Vamos.

Nossos dedos se tocaram — brevemente, calorosamente — e, naquele toque simples, selamos um pacto silencioso.

Dois desconhecidos.

Dois garotos quebrados.

Dois corações apostando tudo um no outro.

Talvez fosse loucura.

Talvez fosse o destino.

Mas, de qualquer forma, não estávamos mais sozinho.

Seo Minjun

Haru insistiu em ficar de pé, mesmo com as pernas bambas.

Observei em silêncio enquanto ele tropeçava desajeitadamente pela areia, determinado a provar que não era um fardo.

— Você tem certeza que está bem? — perguntei, cruzando os braços.

Ele me lançou um olhar orgulhoso por cima do ombro.

— Sou mais forte do que pareço.

Tive que morder a língua para não rir.

Haru parecia um filhote de gato molhado tentando parecer ameaçador.

Decidi deixá-lo tentar.

Precisávamos nos mover de qualquer forma.

Seguimos pela praia, os pés afundando na areia úmida.

O sol já subia no céu, queimando nossas peles expostas. Meu estômago roncava baixinho, e percebi que estávamos sem comida, sem água potável, sem abrigo.

— Precisamos encontrar algo — murmurei.

— Tipo comida? — Haru perguntou, os olhos brilhando com expectativa.

Assenti.

— Comida, água... e talvez um lugar seguro para descansar.

Ele bateu palmas animado.

— Então vamos caçar!

Olhei para ele, incrédulo.

— Você sabe caçar?

Ele congelou por um segundo.

— ...Não.

Soltei um suspiro exasperado, passando a mão no rosto.

— Ótimo. Dois inúteis perdidos no paraíso.

Haru riu, aquela risada leve e contagiante que, contra minha vontade, arrancou um meio sorriso dos meus lábios.

— Vamos descobrir juntos, Minjun — disse ele, aproximando-se.

Seu ombro roçou no meu de maneira casual.

Mas, mesmo com a leveza do toque, senti uma corrente elétrica percorrer minha pele.

Afastei-me disfarçadamente, fingindo focar na linha da floresta adiante.

— Talvez devêssemos procurar frutas primeiro — sugeri, a voz soando mais rouca do que gostaria.

— Você manda, chefe! — respondeu ele, dando uma pequena continência.

Balançando a cabeça, comecei a andar na direção das árvores.

Haru me seguiu de perto, seus passos leves e quase silenciosos.

Enquanto adentrávamos a sombra fresca da floresta, percebi que, mesmo na situação mais absurda e perigosa da minha vida, uma parte de mim — uma parte que eu não queria admitir — estava estranhamente... animada.

Não por estar perdido.

Não pela luta pela sobrevivência.

Mas porque, de algum modo inexplicável, eu não estava enfrentando tudo isso sozinho.

Haru estava ali.

E, de algum jeito, isso fazia toda diferença.

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Capítulo 3 – Construindo Abrigos e Derrubando Muros

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Seo Minjun

Encontramos uma clareira um pouco afastada da praia, cercada por árvores altas e protegida do vento.

Parecia o melhor lugar para começar alguma coisa parecida com... um lar.

Haru estava visivelmente empolgado, como uma criança em uma caça ao tesouro.

— Vou construir a melhor cabana que você já viu! — anunciou, inflando o peito.

Cruzei os braços, encarando-o de cima.

— Você já construiu uma cabana na vida?

Ele abriu a boca, pronto para mentir, mas depois desistiu, murmurando:

— Não... mas parece fácil nos filmes.

Revirei os olhos.

— Então trate de virar um especialista rápido. Não quero morrer de frio hoje à noite.

Haru riu, aquela risada melodiosa que, contra minha vontade, começou a soar como música para mim.

Arregaçamos as mangas — ou melhor, as que restaram das nossas roupas rasgadas — e começamos a trabalhar.

Pegamos galhos secos, folhas grandes e cipós improvisados para amarrar as estruturas.

Claro que nada saiu como o esperado.

A cada tentativa, os galhos desmoronavam. As folhas voavam. O abrigo parecia mais uma pilha desajeitada de madeira do que uma cabana.

No meio da terceira tentativa fracassada, Haru tropeçou em um galho e caiu — direto em cima de mim.

Um grunhido escapou dos meus lábios enquanto seu peso leve me derrubava para trás.

Quando percebi, Haru estava deitado em cima do meu peito, os rostos perigosamente próximos.

O calor dele contra meu corpo, o perfume salgado da sua pele, a forma como seus olhos enormes me encaravam... tudo me atingiu de uma vez, sem aviso.

Por um instante, esqueci como respirar.

Haru piscou devagar, seus cílios roçando minha bochecha.

Sua boca entreaberta tremia ligeiramente, tão perto da minha que eu podia sentir o calor de sua respiração.

— M-minjun... — ele murmurou, confuso e hesitante.

Eu poderia ter me afastado.

Deveria ter me afastado.

Mas fiquei ali, paralisado, prisioneiro daquele olhar, daquele toque, daquela atmosfera que parecia densa e carregada de algo novo, algo que eu ainda não entendia — mas que me puxava como a gravidade.

Finalmente, Haru piscou e se afastou, rindo nervosamente.

— Desculpa... — disse, coçando a nuca, visivelmente envergonhado.

Limpei a areia da minha roupa, tentando parecer indiferente.

— Só tenta não me matar antes de construirmos essa maldita cabana.

Ele riu mais forte dessa vez, e o som ecoou pela floresta como uma canção alegre.

Voltamos ao trabalho, mais cuidadosos — mas a tensão entre nós não desapareceu.

Estava ali, latente, pulsando como uma corrente subterrânea.

E eu sabia, no fundo, que aquilo era só o começo.

Seo Minjun

Levamos a tarde inteira para terminar o abrigo.

Uma estrutura torta, instável, mas suficiente para nos proteger do vento da noite que já começava a soprar.

O céu estava tingido de tons alaranjados quando jogamos os últimos galhos sobre a cobertura improvisada.

— Não ficou tão ruim — disse Haru, orgulhoso, as mãos na cintura.

Assenti, surpreso com o que conseguimos juntos.

— Pelo menos não vamos congelar. — Meu olhar vagou para o horizonte. — Se não chover.

Ele riu, aproximando-se.

— Pense positivo, Minjun. Estamos vivos, temos abrigo... só falta comida de verdade.

Seu sorriso era contagiante.

Algo dentro de mim relaxava quando ele sorria — uma parte que eu nem sabia que estava tão tensa.

Entramos no abrigo.

O espaço era apertado, feito para mal caber uma pessoa. Dois corpos juntos tornavam tudo claustrofóbico.

Nossos joelhos se encostavam.

Nossos ombros se roçavam.

Haru parecia nem perceber.

Ou talvez percebesse — mas não se importasse.

O calor que ele emanava era confortável, quase hipnótico.

Eu me forçava a manter os olhos no teto de folhas trançadas, fingindo não notar a forma como seu joelho pressionava o meu.

O silêncio se instalou entre nós.

Um silêncio estranho, carregado.

A noite caiu devagar. As estrelas surgiram uma a uma, espalhadas como poeira brilhante no céu escuro.

— Minjun... — Haru quebrou o silêncio, a voz baixa, quase hesitante.

— Hm? — respondi, sem olhar diretamente para ele.

— Você acha... — Ele mexeu nervosamente nos próprios dedos. — Você acha que alguém vai vir procurar a gente?

Minha garganta apertou.

Eu queria mentir, dizer que sim, claro, com certeza, mas a verdade era cruel demais.

Virei o rosto e encarei seus olhos brilhando na penumbra.

— Não sei — falei, minha voz soando mais dura do que pretendia.

— Ah... — Haru baixou o olhar, a sombra da tristeza passando rapidamente por seu rosto.

Sem pensar, estendi a mão e segurei a dele.

Seus olhos se arregalaram, surpresos, mas ele não recuou.

Pelo contrário, seus dedos se entrelaçaram aos meus com uma facilidade assustadora.

O calor do seu toque se espalhou pela minha pele, aquecendo lugares que o frio da noite ameaçava congelar.

— Mas... — acrescentei, apertando de leve sua mão — eu prometo que enquanto estivermos juntos, vamos sobreviver.

Haru mordeu o lábio inferior, como se segurasse as lágrimas.

Então sorriu — um sorriso pequeno, vulnerável e tão lindo que quase doeu olhar.

— Juntos — ele sussurrou.

— Juntos — repeti.

Nos ajeitamos para dormir, sem soltar as mãos.

O espaço era pequeno demais, então, naturalmente, Haru se encostou em mim, a cabeça repousando timidamente no meu ombro.

Fiquei tenso por alguns segundos.

Sentir seu corpo tão próximo, seu cheiro de mar e areia, sua respiração quente batendo na minha pele...

Era torturante e, ao mesmo tempo, reconfortante.

Fechei os olhos, forçando-me a focar apenas em uma coisa: proteger Haru.

Proteger aquele garoto que, de alguma maneira inexplicável, já tinha começado a ocupar um espaço dentro de mim que ninguém jamais havia tocado.

A última coisa que senti antes de adormecer foi o peso leve de sua cabeça contra mim.

E a certeza silenciosa de que, por ele, eu enfrentaria qualquer tempestade.

Quantas fossem necessárias.

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