Darius Salazar Reys
Eduardo Alencar, outrora o homem mais temido e respeitado da região, sentou-se atrás da velha escrivaninha do escritório com as mãos trêmulas. A notícia que acabara de receber parecia absurda demais para ser verdade.
__Como é possível? - ele murmurava para si mesmo, os olhos arregalados.
___Está morto... Eu vi com meus próprios olhos!
O capataz, um homem já de meia-idade, olhava para o chão, sem coragem de encarar o patrão.
__Ninguém sabe como sobreviveu, doutor Eduardo. Mas... ele voltou. E agora é dono de tudo.
O velho apertou os punhos até os nós dos dedos ficarem brancos.
___Darius... Reis? - repetiu o nome em voz alta, com incredulidade e terror misturados.
O capataz assentiu.
__ Depois que o velho Sebastião Reis morreu, deixou tudo para ele. Jazidas, terras, casas...Ele se tornou um Reis e já não se parece nada com o cigano Darius Salazar que trabalhava aqui . Até a fazenda que o senhor hipotecou agora pertence a ele. - engoliu em seco antes de completar:
__ E ele certamente vai exigir o pagamento das dividas do senhor que ele pagou e agora o senhor deve a ele.
Eduardo sentiu o suor escorrer pela têmpora. A lembrança daquele dia maldito anos atrás voltou como uma punhalada:
O jovem cigano ajoelhado no barro, espancado até quase perder a vida. A ordem clara: "Joguem-no no rio. certifiquem que ele está morto."
E agora... agora ele estava vivo.
Mais do que vivo: poderoso. Riquíssimo. E, ao que tudo indicava, disposto a esmagá-lo.
A porta do escritório rangeu. Eduardo levantou os olhos e sentiu o sangue gelar nas veias.
Na entrada, como uma sombra de pesadelo, estava ele.
Darius.
Mas não era mais o jovem cigano sujo de lama e lágrimas. Era um homem feito, vestido num terno de corte impecável, com cabelos castanhos longos soltos , os olhos sombrios como a noite mais densa. Um predador no topo da cadeia alimentar.
Darius cruzou a sala com passos lentos e calculados, o sorriso frio desenhando-se nos lábios.
- Doutor Eduardo... - sua voz era arrastada, carregada de um veneno doce.
- Que prazer revê-lo.
Eduardo tentou se levantar, mas as pernas traíram-no, e ele caiu sentado de novo.
__Você... Você devia estar morto... - balbuciou.
Darius inclinou levemente a cabeça, como um gato brincando com um rato preso.
__Pois é. Parece que a morte não quis me levar. - ele soltou uma risada baixa, sem humor.
___ Talvez ela tenha sentido pena de mim. Ou talvez tenha achado que seria mais divertido deixar que eu vivesse para me vingar de você seu maldito assassino.
___Eu sei que a verdadeira razão de está aqui é porque como no passado quer o meu dinheiro por isso teve o desplante de seduzir minha filha ..mas isso não vem ao caso ..se você me dê um prazo eu..
___Dinheiro? - Darius interrompeu com desprezo.
__Eu sou mais rico do que você jamais sonhou ser, velho miserável. -Ele deu um passo à frente, inclinando-se sobre a mesa, fazendo Eduardo recuar instintivamente.
___ O que eu quero... é ver você de joelhos. Quero ver você perder tudo. Sua terra, seu nome, seu orgulho. Quero ver você implorar para que eu não tirei até o seu teto de você.
Eduardo abriu a boca para falar, mas Darius ergueu a mão, silenciando-o.
___ Mas para começar... - ele sorriu, um sorriso frio como gelo - eu vou tomar a única coisa que você achou que eu um pobre cigano que não tinha nem o de cair morto não era digno de ter :A sua preciosa filha.
Eduardo arregalou os olhos, o choque estampado no rosto.
O impacto das palavras foi como um soco no estômago. Eduardo arregalou os olhos, o horror estampado em seu rosto.
___ Não... Isso não! - gritou, batendo na mesa. - Você nunca foi digno dela! Nem quando era um cigano miserável e nem agora, coberto de ouro. Você jamais será digno de uma Alencar, de uma princesa como a minha Esmeralda!
A fúria invadiu o olhar de Darius. Com um movimento brusco, ele bateu as mãos sobre a mesa, fazendo tudo estremecer.
___ Escute bem, velho maldito! - rosnou.
___Você querendo ou não, Esmeralda será minha. Se tentar me impedir, não apenas o deixarei na miséria, mas comprarei cada maldito juiz e cada maldito delegado desta cidade para que o coloque atrás das grades O fazendo pagar pelo crime que cometeu : Há cinco anos você tentou me matar. E eu juro, você apodrecerá na cadeia!
Eduardo cerrou os dentes, o rosto avermelhado de raiva e desespero.
__ Prefiro apodrecer na prisão do que ver minha filha
___ minha menina, que criei com amor, que fui mãe e pai para ela.
__virar a vagabunda de um sujeito como você ! Bilionário ou não, você sempre será um zé-ninguém para mim!
Foi então que a porta foi escancarada com violência.
___PAI, CHEGA!
A voz de Esmeralda cortou o ar como uma lâmina. Ela entrou na sala, o rosto pálido e os olhos marejados.
Ao ver Darius, seu coração parou. Ela cambaleou, precisando se apoiar no batente da porta.
___Não... - sussurrou, com a voz embargada.
- Não pode ser...
Seus olhos, arregalados de choque, encaravam o homem que ela jamais esquecera, o primeiro - e único - amor de sua vida.
Salazar.
O homem que seu pai havia jurado que estava morto.
O homem que ela chorara todas as noites.
O homem que, agora, surgia diante dela com outro nome... Darius Reis era o mesmo Darius que ela acreditava que estava morto o pai do filho que ela só viu quando nasceu porque desmaiou em seguida e quando acordou descobriu que seu pai o deu em adoçao e ela nunca o perdoou por isso,mas quando ele se acidentou e quase morreu ela voltou para casa para cuidar dele porque apesar de tudo ele era seu pai.
Ela lutou para manter-se de pé, a respiração curta, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelo rosto.
Darius olhou para ela - e naquele instante, toda a dureza em seus olhos pareceu vacilar por uma fração de segundo.
Mas voltou a endurecer.
Esmeralda Alencar
Esmeralda, com o coração em pedaços, aproximou-se de Darius, estendendo a mão trêmula para tocar seu rosto, como quem tentava alcançar um fantasma.
Mas antes que seus dedos pudessem roçar sua pele, Darius agarrou seu pulso com força, afastando-a bruscamente.
___Você só vai tocar em mim quando eu permitir - rosnou, com os olhos faiscando ódio -, quando eu exigir que, como minha amante, me dê prazer. E não antes.
Esmeralda piscou, ferida, lágrimas transbordando de seus olhos.
____Eu... - sua voz falhou. - Eu só queria ter certeza de que você era real... De que não era fruto da minha imaginação. Durante cinco anos... cinco anos eu chorei sua morte todas as noites...
Darius soltou uma risada cruel, de escárnio, a boca se curvando num sorriso amargo.
___ Exatamente o que você e seu maldito pai queriam, não é?
__ cuspiu as palavras como veneno.
___Mas veja só... Estou mais vivo do que nunca, Esmeralda. E você... você vai ter absoluta certeza disso.
Ela balançou a cabeça, desesperada.
___Eu nunca pensei... Nunca imaginei que o Darius Reis, de quem todos falam, era você... Nunca pensei que fosse o dono de metade de Minas...
Ele soltou outra risada debochada.
___Claro que não. - sua voz transbordava desprezo. - Afinal, pra você, eu era só o cigano pobretão. Uma diversão proibida. Um capricho adolescente. Você nunca pensou que um verme como eu poderia se reerguer, não é?
Antes que Esmeralda pudesse responder, Eduardo bateu com força na mesa, furioso.
___Já chega! - rugiu.
____Saia da minha casa agora, seu bastardo!
Darius girou o corpo lentamente, encarando-o como quem observa um inseto.
___Sua casa? - ele disse, com um sorriso gelado.
___Não, doutor Eduardo. Tudo isso aqui - abriu os braços em um gesto teatral
___é meu. Paguei cada centavo da hipoteca. Cada centímetro desta terra é meu.Tudo que era seu me pertence . Inclusive a sua filha.
Eduardo bufou, apoplético.
____ Você nunca terá minha filha, seu desgraçado!
Esmeralda fechou os olhos por um instante, sufocada pelo peso daquela situação.
Então, com a voz embargada, disse:
___Tudo bem. Eu farei o que quiser, Darius. Mas, por favor... devolva a fazenda ao meu pai. E não o acuse de nada.
O olhar de Darius escureceu ainda mais, como uma noite sem lua.
___Sempre a mesma história... - murmurou, cínico.
___A filhinha rica e mimada salvando o papai. -Ele riu, um som sem alegria.
___Você é tão mau-caráter quanto ele, Esmeralda e se vende bem baratinho . - aproximou-se ainda mais, o rosto quase colado ao dela.
___ Achei que pelo menos tentaria me cobrar mais caro pra ser minha prostituta,já que como seu pai nunca me achou digno de você .
O tapa veio como um trovão.
Esmeralda, sem pensar, estalou a mão contra o rosto dele com toda a força do desespero.
O rosto de Darius virou com o impacto. Por um instante, o silêncio dominou a sala.
Então, devagar, ele virou novamente para ela, os olhos ardendo como fogo.
___No momento certo você vai pagar muito caro por isso, Esmeralda. -sua voz era baixa, ameaçadora. - Muito caro.
deu um passo para trás, controlando-se.
___Vá arrumar suas malas. Ou, se preferir, venha apenas com a roupa do corpo. - sorriu com crueldade.
___Agora eu posso comprar um shopping inteiro pra você, se quiser. Grifes que você jamais sonharia em ter em seu guarda roupas.
__Eu não quero nada seu - ela respondeu, erguendo o queixo com dignidade.
___Apenas cumpra o que pedi.
Eduardo avançou, furioso.
___Se você aceitar esse acordo, Esmeralda, não será mais minha filha! - bradou, a voz tremendo de raiva.
Ela engoliu o choro, olhando para o pai com dor nos olhos.
___O senhor não vê? - disse, com a voz trêmula.
- Estou me sacrificando a ser tratada por homem que eu amo..que eu amei como uma prostituta ,pelo seu bem...
___Sacrificando? - Eduardo riu com amargura.
___ Você está é me matando de vergonha! Ou esqueceu que você é uma mulher casada? Ainda carrega o nome Alencar de Castro , mesmo que seu marido agora seja um bêbado fracassado! Pelo menos ele tem sangue nobre!
Esmeralda fechou os punhos, lutando contra as lágrimas.
___Rodolfo e eu nunca fomos um casal de verdade! só me casei com ele porque o senhor me chantageou para fazer isso !- gritou.
___ E ele só se casou comigo para dar o golpe do baú! Achou que ia se dar bem... mas eu fiquei mais falida que ele!Todos sabem inclusive o senhor que ele sempre amou outra mulher com quem tem um caso até hoje.
Darius cruzou os braços, a expressão carregada de cinismo.
__Interessante... - murmurou, a voz carregada de veneno.
__ Então, se era casada, vai saber muito bem como agradar como me agradar na cama ...Deve ter praticado bastante esses 5 anos ..porque mesmo seu marido amando outra como acabou de dizer eu aposto que ele não dispensava uma mulher linda como você ,só se for um idiota.
Eduardo partiu para cima dele, mas Esmeralda o impediu, pondo-se entre os dois.
__Parem! - implorou. - Parem com isso!
Agarrando Darius pelo braço, ela o arrastou para fora do escritório.
__Espere na sala. Eu... eu vou fazer as malas.
Mas Darius puxou o braço de volta, com um sorriso frio.
___ Tive uma ideia melhor, minha querida. - disse, a voz arrastada e ameaçadora.
___Vou esperar você no seu quarto... enquanto arruma suas coisas nem pense em me impedir .. e eu já disse não me toque sem a minha permissão.
O olhar de Esmeralda encontrou o dele, e o mundo pareceu parar por um instante.
O destino, cruel como sempre, estava apenas começando a cobrar a conta.
O ódio no olhar de seu pai era quase palpável enquanto caminhava furiosamente até onde Esmeralda e Darius estavam. Sem se importar com a presença do cigano, ele ordenou, aos berros, que ele saísse novamente de sua casa.
___ Saia daqui, seu lixo! - vociferou, com a voz embargada de ódio.
Esmeralda, desesperada, se colocou entre os dois.
___Por favor, papai... - implorou, com a voz embargada. - Não faça isso... Se continuar assim, só vai piorar as coisas! Me deixe fazer o que eu tenho que fazer.
Eduardo Alencar
Por um breve momento, o velho hesitou. Seu peito subia e descia com força, o rosto enrubescido pela fúria. E então, com um sorriso amargo, ele deixou escapar as palavras que mudariam para sempre a vida de Esmeralda.
___ Eu entendi tudo... Não vai ser nenhum sacrifício para você se deitar com esse cigano sujo... Está se comportando exatamente como a sua mãe.
O silêncio caiu como uma bomba.
Esmeralda empalideceu. Seu corpo inteiro ficou rígido, como se tivesse levado um golpe físico.
___O que o senhor disse? - sussurrou ela, sem acreditar no que ouvia.
Ele cruzou os braços, impassível.
___ Você ouviu muito bem. Sua mãe não morreu sozinha naquele acidente . Ela estava tendo um caso com um cigano imundo como esse aí - ele apontou para Darius com desprezo.
___Eu ia fugir com ele quando o carro capotou na estrada e quer saber eu queria ter pessoalmente matado os dois mais o destino se encarregou disso.
Esmeralda levou as mãos à boca, os olhos arregalados de surpresa e agora entendia porque seu pai odiava tanto Darius. ao lado dela,Darius também ficou atônito, as peças do quebra-cabeça finalmente se encaixando em sua mente. Agora entendia o ódio irracional que o homem sentia por ele.
— Sinto muito, papai... — murmurou Esmeralda, a voz embargada pela culpa. — Deve ter sofrido muito com essa traição...
— Sim... — respondeu Eduardo, a expressão endurecida pela dor antiga.
— E também com a morte da Helena, mesmo sabendo que ela não valia nada... — Seus olhos se estreitaram, sombrios.
— Agora entende por que eu prefiro a morte do que ver você ao lado desse sujeito?
— Mas se eu não fizer o que ele quer... — a voz dela tremia.
— O senhor sabe que ficaremos sem um teto, e o senhor irá, certamente, preso...
— Pois eu não me importo! — exclamou ele, com um orgulho amargo.
— Volte para sua casa, para o seu marido, e deixe que eu pague pelos meus pecados, filha.
Foi então que Darius se aproximou, seu olhar faiscando uma mistura perigosa de desejo e decisão.
— Nem pense em mudar de ideia quanto a isso — sua voz soou baixa, rouca e ameaçadora.
— Já que você me deu sua palavra, Esmeralda... você vai cumprir. Querendo ou não, nem que eu tenha que levá-la à força daqui.
— Se tocar com suas mãos imundas na minha filha, eu... — rosnou Eduardo, avançando instintivamente.
Darius perdeu a paciência. Com um movimento rápido, sacou uma pistola do coldre oculto sob o paletó e apontou friamente para o peito do velho.
— Tente me impedir... — disse, a voz calma como a morte. — E será um homem morto. Não me force a fazer algo que, sinceramente, me dará o maior prazer em fazer.
— Não! — gritou Esmeralda, num apelo desesperado.
— Por favor, nos deixe em paz! — Ela então abaixou a cabeça, a vergonha queimando suas entranhas. — Tudo bem... Se quiser que eu seja sua amante... serei. Mas...
— sua voz falhou por um instante
— ...não preciso morar com você para isso...
O sorriso de Darius foi sombrio, cruel.
— Eu já disse que será minha — murmurou, guardando a arma com calma.
— E é na minha casa, na minha cama, que você vai dormir. E eu vou levá-la... querendo ou não.
__Você não seria louco... - desafiou ela, com o coração disparado.
Mas ele foi.
Sem qualquer cerimônia, Darius a tomou nos braços como se ela fosse leve como uma pena. Jogou-a sobre seu ombro, ignorando seus protestos e socos fracos contra suas costas. Para ele, ela era como um saco precioso de batatas, impossível de largar.
___Darius! Solte-me! - ela gritava, enquanto ele caminhava decidido até o carro.
Com brutalidade e uma intensidade animalesca, ele a colocou no banco do passageiro, prendeu o cinto com força, como se a amarrasse, e deu partida no carro com um rugido do motor. A poeira levantou-se atrás deles enquanto ele saía em disparada daquele inferno.
Dentro do carro, o ar era denso, eletrizado.
Ela o olhava com raiva e medo, mas também com uma chama nascente de algo proibido que ela mal compreendia. Darius dirigia com os dentes cerrados, o maxilar tenso, os olhos negros como a noite, desviando para ela de tempos em tempos.
___Você é minha agora, Esmeralda - disse ele, sua voz carregada de promessa e ameaça.
___ Nem que eu tenha que amarrá-la em minha cama até que aceite isso.
Um arrepio percorreu a espinha dela, misturando medo e excitação. Algo dentro de si, que ela não sabia que existia, despertava - algo tão primitivo quanto o cigano que agora a raptava para um destino inevitável.
E, pela primeira vez, Esmeralda se perguntou se sua luta era mesmo contra Darius... ou contra a si mesma,contra o que estava sentindo por aquele novo Darius muito diferente do homem terno e carinhoso que conheceu ,mas mesmo estando tão cheio de ódio ele continuava mais lindo do que nunca e isso só aumentava a atração que sempre sentiu por ele.
O silêncio dentro do carro era insuportável, cortante como uma lâmina.
Esmeralda cravava os olhos em Darius, o peito arfando de indignação.
____Assim que eu conseguir fugir, vou direto para a delegacia - disparou ela, a voz trêmula, mas firme.
___Vou acusá-lo de sequestro. Porque é isso que você está fazendo, Darius! Um crime!
Ele soltou uma risada seca, sem tirar os olhos da estrada.
- Fugir de mim? - sua voz soou sarcástica, carregada de uma arrogância selvagem.
___Isso seria interessante de ver. Mas posso garantir uma coisa, Esmeralda... ninguém é louco o bastante para tentar me prender. Não mais.
Ela estremeceu, sentindo a gravidade de suas palavras. O homem ao seu lado não era mais o rapaz doce que a fazia sorrir anos atrás. Era um predador, e ela era sua presa.
- Você está completamente fora de si! - ela gritou, batendo com as mãos no painel.
Num movimento brusco, Darius puxou o volante para a direita e o carro derrapou, parando em uma estrada deserta cercada por árvores e escuridão. Antes que Esmeralda pudesse reagir, ele já havia desligado o motor e se virado para ela, seus olhos incendiados.
- Chega. - Sua voz era um rugido grave, cheio de fúria e desejo contidos.
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