Flores de Verão
1. Um acordo Frio
O céu estava tingido de cinza quando Ha Joon desceu do carro. O portão de ferro da mansão Park se fechou atrás dele com um estalo metálico que ecoou
Agora não dava para voltar atrás...
A mansão era enorme, de arquitetura moderna e paredes frias como o dono dela.
Vento cortante que atravessava seu casaco fino.
Ha Joon
*abraça a si mesmo*
???
*se aproxima*
— Você e o Sr.Joon?
???
*olha*
— Peço que me acompanhe. O Chefe está te esperando lá dentro
Seo Min esperava, encostado de forma preguiçosa no encosto de um sofá de couro preto
"O contratante deverá apresentar-se como cônjuge legítimo em todas as ocasiões públicas, mantendo o decoro e a cordialidade requeridos, abstendo-se de qualquer atitude que possa denegrir a imagem do contratante principal."
Seo Min
—Amarrado a alguém que eu nem escolhi... Que piada.
???
*entra acompanhado pelo ha joon*
—Senhor. O senhor ha joon acabou de chegar.
Seus olhos, frios e analíticos, miraram Ha Joon da cabeça aos pés, como quem avalia a qualidade de um objeto à venda.
Ha Joon
— eu vim aqui de ônibus. Desculpe a demora
Seo Min
—Talvez devêssemos anunciar: marido de segunda mão, entregue via transporte público
Ha Joon
*abaixa a cabeça..apertando os punhos..*
Seo Min
*Estendeu um envelope preto para ele*
Seo Min
—Leia, se quiser. Não vai mudar nada
Ha Joon
*pega o envelope,abre e lê*
Ha Joon folheou rapidamente os papéis. Cada cláusula parecia cravar mais fundo a realidade: não havia espaço para sentimentos. Apenas obrigações. Aparições públicas programadas. Comportamento controlado. Nenhuma expectativa de relacionamento real.
Ha Joon
*hesita por um instante*
Não havia nada que pudesse dizer para suavizar aquilo.
Ele estava ali por causa do contrato. Uma união forçada entre duas famílias influentes: a dele, afundada em dívidas e prestes a perder tudo; e a de Seo Min, que precisava consolidar poder e influência em um novo setor empresarial.
Ha Joon
*pega a caneta e assina o nome*
Seo Min
—Parabéns. Agora você é oficialmente meu problema.
Seo Min
—Agora, suba. Seu quarto é no final do corredor. À esquerda. E evite aparecer na minha frente sem motivo.
A humilhação queimava na garganta de Ha Joon, mas ele apenas baixou a cabeça. Discutir seria inútil
Ha Joon
*se levanta e sai do salão de prata*
As escadas pareciam infinitas, cada degrau um lembrete de que, a partir daquele momento, ele era apenas uma peça em um jogo que nem mesmo havia escolhido jogar
Ha Joon
💭Quanto mais eu andava, mais longe de mim mesmo eu me sentia
Ha Joon
💭Eu não pedi por isso... e mesmo assim estou aqui, preso a um destino que nunca escolhi
Ha Joon
*para na porta,hesita..abre*
Ha Joon
💭Bonito demais para alguém como eu... E frio o suficiente para lembrar que isso nunca será meu lar..
Ha Joon
*Tranca a porta atrás de si e apoiou a testa contra a madeira fria*
Seo Min
—Peças novas, problemas velhos...
2.Café Amargo
O sol da manhã entrou preguiçoso pelas frestas da cortina, lançando filetes dourados sobre o quarto. Ha Joon demorou alguns minutos para se levantar
Ha Joon
*limpa a lágrima que escorre*
Ha Joon
💭não adianta..me lamentar por isso
Ha Joon
*Passo as mãos pelo rosto e inspirou fundo*
Joon,Vestiu uma camisa simples e bermuda confortável
Roupa confortável do dia:
Ao descer as escadas, o cheiro de café fresco invadiu suas narinas
Ha Joon
💭Uhm..que cheiro bom
Ha Joon
*anda até a cozinha*
Na cozinha ampla e moderna,bonita igual o resto da mansão Min.
Seo Min já estava sentado à mesa, lendo algo em seu tablet. A caneca de café fumegava à sua frente, ignorada.
Ha Joon
*se aproxima da mesa,e vê*
Sobre a mesa havia dois pratos preparados — ou melhor, montados como obras de arte: panquecas,com morangos inteiro efetuados em volta,bananas em rodelas e uma boa calda de chocolate por cima
Não era difícil imaginar que aquilo não fora feito por Seo Min. Provavelmente algum dos empregados
Ha Joon
*se senta em frente a ele*
Seo Min
*mechendo no tablet*
Seo Min
— Ah, é mesmo? O que tem de bom?
Ha Joon
*Morde a língua para não retrucar*
Ha Joon
—Eu pensei... que talvez pudéssemos tentar... nos conhecer melhor
Seo Min
*largou o celular na mesa*
Seo Min
— Conhecer melhor?
Seo Min
— Você assinou um contrato, Ha Joon. Não um convite para amizade.
O coração de Ha Joon apertou, mas ele não demonstrou.
Ha Joon
— Mesmo assim... ainda somos casados agora.
Seo Min
*Pega a xícara de café, toma um gole*
Seo Min
— Somos contratados, não casados.
O silêncio entre eles ficou mais pesado.
A distância na mesa parecia se alargar.
Ha Joon
*Murmura*
— Eu não vou atrapalhar sua vida, se é isso que teme.
Seo Min
*Levantou-se da cadeira, ajeitando o paletó elegante*
Seo Min
*caminha em direção a saída da cozinha principal*
Seo Min
— Ótimo. Então fique fora dela.
Sem olhar para trás, saiu, deixando apenas o som ecoante de seus passos nos corredores da mansão.
3.Permissão negada
Ainda sentindo o gosto amargo do café da manhã, Ha Joon decidiu que precisava respirar um pouco. A mansão era sufocante, tão fria e impecável que parecia feita para mantê-lo pequeno, insignificante
Ha Joon
*Desce as escadas*
Passos leves, hesitantes, cruzando o longo corredor até o hall de entrada. Quando empurrou a pesada porta
Ha Joon
*se vira rapidamente*
Kang Dae Hyun
—sim. Sou o Kang Dae Hyun. Mas você pode me chamar de Dae
Ao lado dele, um pouco mais relaxado, estava Lee Ji Soo — sorrindo de forma amigável, as mãos enfiadas nos bolsos da calça.
Ji Soo
E eu sou o Ji Soo! você pode me chamar de Ji
Ji Soo
*se inclina levemente a cabeça*
Ji Soo
—Se precisar de alguma coisa... estamos à disposição.
Ha Joon
*Pisca com os olhos surpreso*
Ha Joon
*força um sorriso tímido*
Ha Joon
Eu só queria... sair para respirar um pouco
Kang Dae Hyun
*Assente com a cabeça*
—Permissão concedida
Ji Soo
Mas não vá fugir, hein? O chefe não gosta de surpresas
Ha Joon congelou, sem saber se o comentário era sério ou brincadeira.
Antes que pudesse responder, Dae Hyun interveio
Kang Dae Hyun
Sr. Ha Joon, por favor, mantenha-se nos jardins. Não ultrapasse os limites externos da propriedade
Ha Joon
...tá..
*sai indo para o jardim*
Ji Soo
*Encarando a porta por onde Ha Joon saiu*
Ji Soo
— Ele parece um coelho assustado. Se eu assoviar alto, acho que ele corre hahaha
Kang Dae Hyun
— Não estamos aqui para brincar, Ji Soo
Ji Soo
— Relaxa, sargento. Só estou quebrando o gelo
Ji Soo
— Acha que ele vai aguentar?
Kang Dae Hyun
— Isso não importa. Nosso trabalho é mantê-lo seguro, não torcer por ele
Ji Soo
ahm tá estressado hoje em haha
Kang Dae Hyun
— Alguém tem que manter a cabeça no lugar… já que claramente você não vai ser essa pessoa
Ji Soo
*Sorrindo de lado*
— Uau, isso quase pareceu preocupação.
Ji Soo
—Ja sei se eu morrer, vai sentir falta, é isso?haha
Kang Dae Hyun
— Se você morrer, terei que aturar outro no seu lugar.
Kang Dae Hyun
— E isso... seria insuportável.
Ji Soo
*Um sorriso surpreso*
Ji Soo
— O quê? Espera aí... Isso foi um elogio disfarçado?
Ji Soo
*se inclina um pouco,cutucando o ombro do Dae*
Ji Soo
— Você realmente ia sentir minha falta... Que bonitinho
Kang Dae Hyun
*encara sério*
—Não exagere. Você continua irritante
Ji Soo
—Mas é meu charme, não é?
Kang Dae Hyun
*suspira fundo,olha pro jardim*
Kang Dae Hyun
*vê o Ha Joon tentando sair do portão principal*
Kang Dae Hyun
— Onde ele pensa que vai?
Ji Soo
*se indireita e olha para a mesma direção*
Kang Dae Hyun
— O Ha Joon. Ele passou da cerca lateral
Ji Soo
Merda... Eu disse que ele tinha cara de quem ia fugir
Kang Dae Hyun
*caminha indo até o Ha Joon*
Ji Soo
Mal começamos e o florista já quer ser fugitivo. Esse casamento promete...
Para mais, baixe o APP de MangaToon!