Sobre a Guarda de um Demônio
O Contrato de Sangue
A chuva caía fina sobre o telhado de zinco da antiga biblioteca abandonada. O som era ritmado, quase hipnótico, como se a noite estivesse sussurrando segredos que só os corajosos ousariam ouvir.
Hayko, um garoto de 17 anos, olhos acinzentados e expressão cansada, apertava entre os dedos um papel velho, manchado de sangue seco e palavras escritas em uma língua que ele mal compreendia.
hayko
“Se eu fizer isso... não tem mais volta.” (murmurou para si mesmo, engolindo em seco.)“Mas é a única maneira de salvar minha irmã.”
Ele traçou um círculo no chão com sal grosso e carvão, como o livro havia instruído. Colocou uma vela negra em cada ponto cardeal. Quando pronunciou as palavras finais do feitiço, a sala inteira estremeceu. O ar ficou denso, sufocante. As velas se apagaram... e então, reacenderam com chamas azuladas.
Um vulto surgiu no centro do círculo.
Alto. Olhos rubros como brasas. Cabelos prateados que flutuavam como se estivesse debaixo d’água. Vestia roupas antigas, quase reais, com detalhes em ouro e correntes finas pendendo do cinto.
kaito
“Você ousou me chamar... humano.” (a voz era como trovão abafado, carregada de ironia e poder. ) “Eu sou Kaito, filho do abismo, quebrador de pactos celestiais, devorador de eras... e você é só... um garoto.”
Hayko manteve-se firme, mesmo que suas pernas ameaçassem desabar.
hayko
“Quero fazer um contrato. Pela vida da minha irmã.”
Kaito riu, um som grave e perigoso
kaito
“por sua irmã, é?” (ele se aproximou até a borda do círculo, sem ultrapassá-lo.) “E o que me oferece em troca? Sua alma?”
hayko
“Não.” ( Hayko enfiou uma adaga no braço, sem hesitar. O sangue pingou no círculo.) “Minha guarda. Quero ser seu guardião. Me ligue a você.”
Kaito arqueou uma sobrancelha, surpreso pela audácia.
kaito
“Você sabe o que está dizendo? Tornar-se o guardião de um demônio significa muito mais do que apenas proteger. Você será minha âncora neste mundo. Minha prisão. Meu escudo. Meu brinquedo... e meu carrasco.”
hayko
“Eu sei.” (disse Hayko, firme.) “E aceito.”
Então, Kaito deu um passo à frente. A barreira do círculo se rompeu como vidro quebrando. Ele estendeu a mão, longa e gelada.
kaito
“Então que o contrato seja selado. De agora em diante, Hayko, você é meu... guardião.”
No instante em que suas mãos se tocaram, o símbolo de um olho com chamas ao redor apareceu no peito de Hayko, brilhando com uma luz vermelha intensa. Ele gritou — não de dor, mas de algo mais profundo... como se sua alma tivesse sido tocada.
E então tudo ficou escuro.
No silêncio que se seguiu, a voz de Kaito ecoou dentro de sua mente:
kaito
“Vamos ver quanto tempo um coração humano pode suportar a sombra de um demônio...”
ᝯׁ֒ᨵׁׅׅ݊ꪀtׁׅꪱׁׁׁׅׅׅ݊ꪀυׁׅɑׁׅ...
◆✾ autora ✾◆
eu estou reescrevendo essa obra
◆✾ autora ✾◆
pois tinha abandonado a primeira
◆✾ autora ✾◆
por n ter gostado da história 😅
◆✾ autora ✾◆
mais estou de volta e espero q gostem 💖
A Prisão de Dois
Hayko acordou com um sobressalto
Seu peito queimava como brasa viva — o símbolo deixado por Kaito ainda pulsava, como se fosse um coração a mais batendo dentro dele. Lá fora, o céu continuava escuro, embora o relógio marcasse sete da manhã. A cidade parecia silenciosa demais. Como se o tempo tivesse prendido o fôlego.
???
“Você acorda fazendo essa cara toda bagunçada?” (disse uma voz grave, divertida.)
Hayko virou-se e lá estava ele: Kaito, sentado no encosto do sofá como se fosse um trono. Estava descalço, com as longas pernas cruzadas e os olhos vermelhos brilhando no escuro.
kaito
“Dormiu como um bebê... mesmo tendo feito um pacto com o inferno ontem à noite.” (disse ele, mordendo uma maçã.) “Adorável.”
hayko
“Você tá... comendo uma maçã?”
kaito
Crocante. Eu gosto de coisas com mordida.” (respondeu com um meio sorriso torto, os olhos deslizando de forma suspeita por Hayko.) “Humanas também.”
Hayko engoliu em seco e se levantou, mesmo com o corpo ainda dolorido.
hayko
“Então... você tá mesmo aqui. Isso tudo aconteceu de verdade.”
kaito
“Sim, guardião." (disse com sarcasmo.)“Agora você é meu. Meu escudo. Minha prisão ambulante. E, o mais divertido de tudo: se eu morrer, você morre junto.”
hayko
“Ótimo. Um relacionamento saudável desde o começo.” (diz com sarcasmo)
kaito
“Ah, eu gostei de você.”
Antes que Hayko pudesse responder, o chão tremeu. Uma rachadura se abriu do lado de fora da biblioteca, e uma sombra bestial começou a surgir do solo — um ser gigantesco com chifres de osso, olhos vazios e uma boca cheia de dentes tortos
kaito
“Ah, não... já vieram atrás de mim.” (murmurou se levantando.)“Eles sentiram que eu estou livre.”
kaito
É um caçador de contratos
kaito
Um demônio inferior enviado para matar guardiões e levar a alma do principal, ou seja... você
(Diz agora sério.)
kaito
“E eu não posso lutar direito sem estar completamente ancorado a este mundo.”
hayko
“Então o que a gente faz?!”
(meio desesperado)
kaito
“Você vai me ajudar.” (Kaito agarrou o pulso de Hayko, puxando-o para perto.) “Pense em mim. Abra o seu vínculo. Me deixe entrar.”
hayko
“E-e-entrar... no quê?” *////*
kaito
“Na sua alma, seu idiota!” (rosnou ele, colando a testa na de Hayko.) “Me aceita de verdade,Sem medo,ou nós vamos morrer aqui.”
O símbolo no peito de Hayko brilhou mais forte. Ele fechou os olhos... e então, algo se rompeu dentro dele, como uma represa arrebentando.
Kaito deu um passo para trás — agora envolto em um manto de chamas negras, as correntes de seu corpo flutuando no ar, e asas sombrias se formando em suas costas. Ele abriu um sorriso de puro prazer.
kaito
“Agora sim... vamos brincar.”
(olhar sombrio)
Em um piscar de olhos, ele lançou uma rajada de energia contra o ser ali presente, que urrou com um som que fez até os vidros das janelas estalarem.
Hayko caiu de joelhos, com o peito arfando.
E, pela primeira vez, sentiu a presença de Kaito dentro de si... não só física, mas emocional. Como se algo entre eles tivesse se fundido de um jeito que ia além do contrato.
Como se... algo estivesse nascendo ali.
Algo que os dois terão q descobrir
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O Peso de um Demônio
Depois da batalha, o silêncio caiu pesado.
O corpo retorcido do demônio caçador havia se dissolvido em fumaça negra, deixando apenas marcas queimadas no chão de pedra
Hayko estava sentado contra a parede, os braços tremendo. Sua respiração era irregular, o peito ainda ardia com o calor do símbolo
hayko
“Isso foi…” (ele tentou falar, mas a garganta falhou.)
kaito
“Intenso? Quente? Excitante?”
Kaito, agachando-se à sua frente com aquele sorrisinho cínico que ele parecia colecionar
kaito
“Ou tudo isso junto?”
hayko
(Revira os olhos, mesmo com o rosto vermelho)
hayko
“Eu ia dizer assustador, mas se você quiser se sentir sexy, tudo bem.”
kaito
“Você precisa comer alguma coisa, humano. Guardiões fracos morrem rápido... e, bom, você ainda me deve uma alma viva por ter me libertado.”
hayko
“Engraçado, pensei que já tivesse dado a minha.”
kaito
“Você deu o corpo, o vínculo... a alma vem depois. Normalmente num momento mais íntimo.”
kaito
(piscou, claramente se divertindo com a provocação.)
hayko
(Bufou e se levantou, mesmo tonto.)
hayko
“Eu não sou seu brinquedo, Kaito.”
kaito
“Não?” (Kaito inclinou a cabeça.) “Então por que você treme quando eu me aproximo?”
De repente, ele encurtou a distância entre eles. Estavam tão próximos que Hayko podia sentir o calor anormal que Kaito emanava — não era um calor comum... era como fogo antigo, primordial.
kaito
“Seu coração está batendo rápido.” (murmurou Kaito, os olhos cravados nos de Hayko.)
kaito
“Você acha que é medo… mas eu conheço esse som.”
hayko
“A-afasta...” (disse em voz baixa, mas sem dar nenhum passo.)
kaito
(sorri perigosamente satisfeito.)
kaito
"quer mesmo q eu me afaste?"
Mas antes que o clima ficasse ainda mais denso... um rangido alto ecoou do andar de cima.
Hayko virou o rosto imediatamente.
hayko
“Tem alguém aqui...?”
Kaito voltou à postura alerta num piscar de olhos. Os olhos dele brilharam vermelho.
kaito
“Não é humano. E... não é meu.”
kaito
“Talvez. Ou algo pior.”
Kaito estalou os dedos, e correntes surgiram em seus braços como serpentes prontas para atacar.
kaito
“Fique atrás de mim, guardião.”
hayko
“Eu não sou de ficar atrás de ninguém.”
kaito
“Bonito. Agora cala a boca e abaixa a cabeça.”
O som de passos começou a descer as escadas. Eram lentos... pesados. Como se a própria madeira estivesse sendo corroída por algo que não devia existir nesse mundo.
Hayko sentiu um arrepio passar por sua nuca.
Kaito, por sua vez, não sorriu dessa vez. Apenas ficou sério.
kaito
“Se for quem eu acho que é... então nosso pequeno contrato vai atrair muito mais do que caçadores.”
hayko
“Quem você acha que é?”(sussurra)
kaito
“...Alguém que quer você mais do que eu.”
E então, a porta do andar de cima se abriu com um estalo seco.
Lá estava uma figura encapuzada, sem rosto visível... e com um olhar invisível que os fazia querer correr.
ᝯׁ֒ᨵׁׅׅ݊ꪀtׁׅꪱׁׁׁׅׅׅ݊ꪀυׁׅɑׁׅ...
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