Apresentação dos Personagens
Liam Martin – 30 anos
O irmão mais velho. CEO da empresa Martin Group, um império empresarial herdado do pai. Liam é sério, controlador, estrategista nato. Possessivo e ciumento, não gosta de ser contrariado. Mas quando ama, protege com unhas e dentes. Sarcástico, inteligente, tem um charme sombrio e perigoso que atrai todos à sua volta. Depois da morte dos pais, assumiu a liderança da empresa e da família com pulso firme.
Noah Martin – 28 anos
Vice-presidente da Martin Group. Mais explosivo e impulsivo que o irmão, Noah é provocador, carinhoso e com um toque debochado. Não tem medo de ir atrás do que quer. Sempre dividiu tudo com Liam, mas a chegada de uma certa engenheira vai colocar a relação dos dois à prova. Os seus olhos verdes e sorriso malicioso fazem qualquer uma perder o fôlego. É protetor, mas quando sente ciúmes… ninguém segura.
Aurora Sullivan – 24 anos
Engenheira civil renomada, considerada um prodígio na área. Ruiva, de olhos azuis intensos, é alegre, carinhosa, dramática e ciumenta na medida certa. Não tem medo de falar o que pensa, e sua inteligência cativa até os mais fechados. Filha única e muito amada pelos pais, ela cresceu cercada de afeto, mas também aprendeu a se impor num mundo dominado por homens. Quando começa a trabalhar na empresa Martin, sua vida muda por completo.
Dr. Henry Sullivan
Pai de Aurora. Diretor do hospital fundado pelos pais dos irmãos Martin. É um homem sábio, gentil e de fala firme. Apoia Aurora em tudo e admira os irmãos Martin pela dedicação e lealdade.
Dra. Helen Sullivan
Mãe de Aurora. Obstetra reconhecida, doce, amorosa, mas com uma personalidade forte. Sempre sonhou ver a filha feliz e realizada. Ao conhecer os irmãos Martin, reconhece neles algo raro: amor verdadeiro.
Capítulo 1 – Herdeiros Martin
A sala da presidência da Martin Group era imponente. Paredes envidraçadas com vista para o horizonte de Manhattan, móveis modernos em preto e cinza, e uma aura de poder que intimidava qualquer um que ousasse entrar sem permissão.
Liam Martin estava sentado em sua cadeira de couro, terno escuro impecável, os dedos tamborilando levemente na mesa de vidro enquanto observava os relatórios à sua frente. Os olhos frios e calculistas varriam as informações como se nada escapasse ao seu controle. Até que a porta se abriu.
— Já está mandando o mundo pro inferno essa hora da manhã, irmão? — a voz debochada de Noah preencheu a sala.
Liam ergueu o olhar, arqueando uma sobrancelha.
— Diferente de você, eu chego no horário.
Noah riu, caminhando até a poltrona à frente da mesa do irmão. Jogou-se ali com a casualidade de quem dominava o lugar.
— Eu faço mágica com os atrasos, você sabe disso.
— Só espero que sua "mágica" funcione hoje, porque temos uma reunião com o conselho. E uma nova engenheira vai começar o projeto da torre leste. — Liam respondeu, seco, voltando os olhos para a tela do notebook.
Noah inclinou-se, interessado.
— Engenheira? Com nome e sobrenome?
Liam não levantou os olhos, mas a tensão em sua mandíbula denunciou algo.
— Aurora Sullivan.
O nome ecoou como uma promessa no ar. Noah sorriu. Já ouvira falar dela. Jovem, brilhante, uma das melhores da área. E linda. Muito linda, segundo os boatos.
— Hm... ruiva, olhos azuis, um gênio com curvas? — ele provocou.
Liam finalmente ergueu o olhar. Um brilho perigoso atravessou seus olhos cinzentos.
— Mantenha seu foco no trabalho, Noah.
— Sempre estou focado. Principalmente no que me interessa.
A tensão entre os dois era quase palpável. Eles sempre dividiram tudo: brinquedos, escola, o luto pelos pais. Mas dividir uma mulher… isso nunca havia acontecido. Até agora.
Horas depois, na grande sala de reuniões, o som dos saltos ecoou no corredor. Liam ergueu o olhar da pasta de contratos, e então a viu.
Aurora entrou com postura firme, cabelos ruivos soltos em ondas suaves sobre os ombros. Vestia um conjunto social bege claro que realçava suas curvas de forma elegante. Os olhos azuis vasculharam a sala até encontrarem os dois homens.
Ela parou por um segundo. Liam. Noah.
Dois homens completamente diferentes, mas igualmente hipnotizantes.
— Sr. Martin. — Ela cumprimentou Liam com um leve aceno, e depois olhou para Noah. — Sr. Martin também?
Noah sorriu, levantando-se com um charme provocador.
— Pode me chamar de Noah. Muito mais fácil, não acha?
Aurora arqueou a sobrancelha, divertida. Liam se limitou a um olhar impassível, mas por dentro, algo nele se acendeu.
Ela era exatamente como diziam… e mais.
— Seja bem-vinda à Martin Group, engenheira Sullivan. — Liam disse, firme, mas com um calor contido na voz. — Esperamos que esteja pronta para desafios.
Ela o encarou, um sorriso nos lábios.
— Eu não estaria aqui se não estivesse pronta.
Noah soltou um leve riso.
— Gosto dela.
Aurora desviou o olhar para ele, mantendo o sorriso. E naquele instante, ambos sentiram: aquilo estava longe de ser só um projeto. Era o começo de um jogo perigoso… onde três corações estavam prestes a ser testados até o limite.
E nenhum deles sairia ileso.
Aurora caminhava pelo corredor do 35º andar da Martin Group com a planta do projeto em mãos, mas sua mente ainda estava presa àqueles dois. Liam e Noah Martin.
Era como encarar dois polos opostos de um mesmo ímã. Liam tinha aquela postura rígida, olhar afiado, quase impenetrável. Seu jeito sério e a forma como a analisava faziam sua pele arrepiar. Já Noah era fogo puro. Brincalhão, provocador, com aquele sorriso de canto que parecia prometer perigos deliciosos.
Ela balançou a cabeça, tentando se concentrar. Estava ali para trabalhar, não para fantasiar sobre os dois homens mais irresistíveis que já havia conhecido.
Mas o destino parecia querer brincar com ela.
Quando entrou na sala de engenharia, deu de cara com Noah, encostado na bancada, braços cruzados e um sorriso de quem já sabia o que viria.
— Te assustei? — ele perguntou, tirando os olhos do celular.
— Um pouco. — Aurora respondeu, erguendo uma sobrancelha. — Costuma rondar os projetos assim?
— Só os que me interessam.
Ela bufou, tentando conter o sorriso que ameaçava surgir. Noah se aproximou devagar, e ela notou como ele era alto. Seu perfume amadeirado a envolveu imediatamente, e Aurora sentiu a garganta secar.
— Sei que é cedo, mas posso dizer uma coisa? — ele perguntou, parando perto o bastante para que ela sentisse a eletricidade entre eles.
Ela ergueu os olhos, desafiadora.
— Diga.
— Você vai me enlouquecer, engenheira Sullivan.
Ela riu, nervosa. Mas antes que pudesse responder, uma terceira voz cortou o ar feito uma lâmina:
— Noah.
Ambos se viraram. Liam estava parado na porta, terno escuro impecável, mãos nos bolsos e olhar gélido. Mas Aurora sentiu a tensão na forma como ele apertava o maxilar.
— Só estava dando boas-vindas à nova engenheira. — Noah respondeu, tranquilo, embora seu sorriso tivesse ficado um pouco mais afiado.
— Isso não justifica estar tão perto. — Liam entrou, os olhos presos nos dela. — A Srta. Sullivan tem trabalho a fazer.
Aurora cruzou os braços, desafiando o olhar do CEO.
— E o Sr. Martin sempre interrompe assim?
— Só quando preciso manter o foco da minha equipe. — ele respondeu, firme.
A tensão entre os três era palpável. Aurora sentia o calor subir pelo corpo, mas não era de vergonha… era da intensidade daquilo tudo. Da forma como ambos a olhavam como se a quisessem, mesmo que não dissessem.
Ela respirou fundo, tentando retomar o controle.
— Eu estava apenas explicando o andamento do projeto para o vice-presidente. — ela disse com elegância.
— E eu estava adorando a explicação. — Noah acrescentou, com um sorriso de canto.
Liam ignorou o irmão e olhou para ela.
— Pode continuar isso depois. Preciso de você na sala de reuniões agora, Srta. Sullivan. Temos ajustes para revisar.
Ela assentiu, passando por ele com o queixo erguido. Mas mal notou como Liam desviou o olhar para as curvas sob o tecido justo do vestido. E Noah… bem, ele encarou o irmão com um sorriso sacana.
— Isso vai ser divertido.
A sala de reuniões estava silenciosa, só o som dos papéis sendo folheados por Liam e Aurora. Ele estava sentado à sua frente, mas seus olhos vez ou outra se perdiam nos dela. Aquilo estava longe de ser profissional.
— Por que engenharia? — ele perguntou de repente, a voz mais baixa, íntima.
Ela ergueu os olhos, surpresa pela pergunta.
— Porque é onde posso criar, imaginar… e controlar o que construo.
Ele inclinou a cabeça, analisando-a.
— Gosta de ter controle, então?
Aurora segurou o olhar dele por um momento.
— Quando não tenho, costumo bagunçar tudo.
Liam sorriu de canto, um daqueles sorrisos raros, perigosos.
— Eu também.
A tensão ficou espessa no ar. Por um instante, ambos esqueceram dos projetos, dos contratos. Só havia aquele silêncio carregado de desejo contido.
Mas então a porta se abriu. E Noah entrou com a naturalidade de quem sabe que está quebrando algo importante.
— Esqueci minha pasta. — ele disse, mas o sorriso denunciava que sabia exatamente o que estava fazendo.
Aurora se levantou, pegando seus papéis.
— Com licença. Vou deixar vocês… — ela disse, e passou por Noah, que piscou discretamente.
Quando ela saiu, Liam se levantou, devagar.
— Você vai ter que parar com isso.
— Com o quê? — Noah respondeu, fingindo inocência.
— De provocá-la. — Liam avançou até ele, o tom mais baixo e ameaçador. — Isso não vai acabar bem, Noah.
— Não vai acabar bem... pra quem, Liam?
Os dois se encararam. Irmãos. Sócios. Rivais.
Pela primeira vez na vida, eles queriam a mesma mulher. E nenhum deles estava disposto a abrir mão dela.
**
Lá fora, Aurora encostou-se à parede do corredor, o coração acelerado.
Sabia o que estava sentindo. Desejo. Excitação. Curiosidade. Mas o mais perigoso de tudo era que... sentia isso pelos dois.
E, por mais que tentasse negar, alguma coisa dentro dela sussurrava que essa história estava só começando.
E que ela não queria, nem por um segundo... que acabasse logo.
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A noite caiu sobre Manhattan, tingindo os prédios com tons alaranjados e azuis. As luzes do 35º andar da Martin Group ainda estavam acesas. Aurora digitava no computador da sala de engenharia, completamente imersa no projeto. Os fones de ouvido abafavam o som do mundo ao redor, até que uma mão tocou seu ombro levemente.
Ela virou bruscamente, tirando os fones. Noah.
— Que susto! — ela reclamou, levando a mão ao peito.
— Desculpa. — ele riu, com aquele sorriso fácil que fazia o estômago dela virar. — Mas você tá aqui sozinha a essa hora? Quer que eu te leve?
— Estou terminando o esboço da fundação. Prefiro adiantar, assim não fico com a equipe me esperando amanhã. — respondeu, voltando o olhar para a tela, tentando ignorar a presença dele.
Mas era difícil. Noah se aproximou, encostando-se à mesa ao lado dela. Observava cada movimento com atenção.
— Sabe que isso é sexy pra caramba, né?
— O quê?
— Você assim, concentrada, de coque bagunçado, mordendo o lábio… — ele inclinou o rosto, falando próximo ao ouvido dela. — Dá vontade de te distrair.
Aurora sorriu, mesmo sem querer.
— Você é sempre assim?
— Só quando a mulher me deixa louco. — ele respondeu, e antes que ela dissesse algo, seus dedos tocaram levemente o rosto dela, afastando uma mecha de cabelo.
Ela o encarou. Por um segundo, não havia mais som, mais projeto, mais fones de ouvido.
A respiração dele era quente. E estava perto. Muito perto.
Mas antes que pudesse acontecer qualquer coisa, a porta se abriu com força.
— Aurora. — A voz de Liam cortou o momento como uma lâmina.
Ela se afastou de Noah instintivamente, ajeitando o coque e o vestido.
Liam entrou com passos firmes, tenso, olhos fixos nos dois.
— Preciso falar com você. Agora.
Aurora franziu o cenho, mas assentiu. Pegou seu tablet e saiu da sala ao lado dele. Noah ficou parado, o sorriso sumindo aos poucos. O clima havia mudado. Drasticamente.
No corredor, Aurora andava rápido ao lado de Liam, sentindo a tensão no ar. Ele não dizia nada, apenas a guiava até a sala de reuniões. Quando chegaram, ele fechou a porta atrás dela com força.
— Algum problema com o projeto? — ela perguntou, confusa.
Liam virou-se devagar. E então, com um olhar que misturava raiva e algo mais intenso, respondeu:
— Não. O problema é você nos braços do meu irmão.
Aurora travou.
— Desculpa?
— Você sabe o que está fazendo, Aurora. — ele avançou um passo. — Desde que entrou aqui, provoca os dois, brinca com fogo… acha mesmo que isso vai acabar bem?
Ela sentiu a pele arrepiar, mas o tom dele a irritou.
— Eu não sou uma peça no tabuleiro de vocês dois, Liam. Eu trabalho aqui. Não pedi que seu irmão me encarasse daquele jeito, nem que você ficasse me observando como se quisesse me devorar viva.
Os olhos dele escureceram.
— Talvez eu queira.
O ar saiu dos pulmões dela.
— Você está ultrapassando o limite.
— E você está cruzando todos eles, Aurora.
Ela estava prestes a retrucar, mas Liam deu um passo à frente, segurando firme seu braço. O toque não era bruto, mas era firme. Determinado.
Aurora o encarou, desafiadora.
— Vai me impedir de sair?
— Vou fazer algo que devia ter feito no segundo em que você entrou naquele escritório.
E então ele a puxou.
A boca dele colidiu com a dela num beijo urgente, quente, possessivo. Aurora ofegou contra seus lábios, mas não resistiu. As mãos dele estavam em sua cintura, puxando-a com força contra seu corpo. A sala desapareceu. O mundo desapareceu.
Ela gemeu baixinho quando a língua dele invadiu sua boca com fome, explorando cada canto como se quisesse marcá-la. Liam era intenso, dominante, e seu beijo deixava claro: ele não estava disposto a dividir.
Mas Aurora… ela gostava do jeito como ele a beijava, como a pressionava contra a parede, como seu corpo inteiro tremia sob o toque dele.
Quando se afastaram, ambos estavam sem fôlego.
Liam encostou a testa na dela, ainda ofegante.
— Isso não é só trabalho, Aurora. Não mais.
Ela o olhou, atordoada, sentindo os lábios quentes e o coração disparado.
— Eu… eu não sei o que pensar.
— Então não pense. Sinta. — ele respondeu, e seu olhar mergulhou no dela. — Mas entenda uma coisa… se você continuar brincando com fogo, eu vou ser o único a te queimar.
Ele soltou seu braço com suavidade e saiu da sala, deixando-a ali, em choque.
Aurora encostou-se à parede, levando os dedos aos lábios ainda sensíveis. Um beijo. Mas não qualquer beijo. Um que incendiou tudo por dentro.
E agora… o que ela faria?
Estava completamente envolvida por dois homens que não sabiam perder. Dois irmãos dispostos a tudo.
E ela… estava começando a gostar de ser o centro dessa disputa.
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