— Ele me puxa para um abraço apertado e seus olhos fixam nos meus…
— Aaa esse cara… eu não sei o que ele tem, mas simplesmente não consigo ficar longe dele! Se isso for errado, eu não quero mais estar certa.
— Ele se inclina até nossos lábios se roçarem de leve, me dando um frio na espinha.
— Ele fala “o que você quer, meu bem?”
— Eu olho diretamente nos olhos dele, respiro fundo, ciente de que minha resposta vai mudar tudo entre nós.
— Mas antes que eu possa admitir o que não sai da minha cabeça desde que eu o conheci, uma voz diferente e conhecida me gela profundamente.
Voz desconhecida — MAS QUE PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI?
— É o meu marido?
CAPÍTULO 01 (Alice)
— Olá, meu nome é Alice Gusmão
— Tenho 27 anos, moro em Brasília, sou formada em Advocacia na Universidade de Harvard, mas hoje em dia só sou a esposa troféu de um senador.
— Desde novinha, sempre sonhei em ser uma mulher de sucesso, trabalhar duro, conseguir comprar tudo o que eu quero, mantendo assim minha independência financeira, sair da casa dos meus pais e ter minha tão sonhada mansão, pra ter minha paz e ser livre.
— Bom, hoje eu tenho alguns desses sonhos realizados, mas pra isso, foi tirado o que eu mais queria, a minha tão sonhada LIBERDADE!
— Ser casada com um senador, não é uma das 7 maravilhas do mundo, pior ainda é está num casamento sem amor, sendo infeliz com alguém que você não ama!
Alguns dias antes…
— Embora ser esposa de um senador tenha suas vantagens, as desvantagens são muito maiores.
— Cada momento da minha vida é examinado e planejado, todas as minhas decisões são ignoradas.
Alice - Bom dia, Jessica!
— Eu lanço um sorriso largo para a recepcionista que parece quase surpresa ao me ver.
— Suas bochechas estão vermelhas e sua boca permanece aberta, até as portas do elevador se fecharem entre nós.
Alice - “Que diaxos deu nela?”
— Assim que chego ao terceiro andar, entro direto no escritório do Bruno e olho no meu relógio.
— Bruno Gusmão, 32 anos, Senador, Meu marido.
— Bruno e eu íamos fazer uma entrevista ao National News hoje, para conversar sobre a campanha dele, que inclusive estamos atrasados, vamos ter que correr pra chegar a tempo.
— Abro a boca pra anunciar minha chegada — mas o que vejo, me deixa travada.
— Aquela é a Lora, assistente pessoal dele? Não espera, acho que o nome dela é Lexa!
— Ela está sentada na beira da mesa, de frente para o meu marido, quando noto a mão dela esfregando as pernas dele, não demoro muito para perceber o que está acontecendo.
“É sério isso? De novo?”
— Bato a porta atrás de mim e a porta faz um som ensurdecedor de metal.
Alice - Bom dia, Bruno!
Bruno - Alice!! Ah, Oi?
— Bruno imediatamente se levanta, o que faz com que Lana caia no chão.
Lana - Aiii!
— Não demora muito pra ela ficar de pé e seus olhos se arregalam quando ela nota minha presença.
Lana - Sra. Gusmão!
Lana - Que bom te ver de novo!
“Eu aceno em sua direção”
Alice - Lexa.
Lana - Ah, na verdade, é Lana senhora. Mas chegou bem perto!
Lana - Uau, vc está linda senhora!
— Lana ajeita a camisa e passa a mão pelo cabelo, dando um sorriso meio sem jeito.
(Quando olho para a amante do meu marido eu tenho pena dela… será que ela pensa que é a primeira vez que eu passo por isso? Será que ela se sente especial? Pobre garota)
Bruno - Me esqueci que você viria, querida! Eu nem vi o tenho passar! temos aquela…?
Lana - A entrevista com a National News, chefe!
“Bruno lança um sorriso e ela fica vermelha”
Alice - O que exatamente te deixou ocupado, querido? (Ou devo dizer, quem?)
Bruno - Ah sabe, o de costume… ultimamente eu tenho mergulhado em papeladas.
“…”
Alice - Claro! E o que a Lexa tava fazendo aqui?
Bruno - A sra. Hale estava apenas me ajudando…
“Lana mergulha em baixo da mesa e dá um pulo”
Lana - Aaa achei… achei meu brinco! Eu sabia que tinha perdido aqui ontem.
Bruno - … pronto!
Alice - Lexa querida, isso é um grão de arroz da marmita que preparei para o meu marido… ele é uma criança comendo, então tenho certeza que tem mais da onde esse veio.
— Bruno estreita os olhos na minha direção e Lana aquece de vergonha.
Lana - Nossa, acho que vc tem razão, mas ele deve aqui em algum lugar!
“Eu reviro os olhos e não resisto em segurar a língua”
Alice - Talvez ele tenha ficado preso na barguilha do meu marido?
Bruno - Aliceeee!!!
Alice - O quêee?? Talvez vc devesse fechá-la, se não quiser chamar atenção. Isso seria muito estranho de se ver em rede nacional!
Lana - Eu devia voltar ao trabalho, não quero mais ocupar do seu tempo. Mas avisa se precisar de alguma coisa Sr Gusmão?
Bruno - Obrigado Lana!
Lana - Ah! Antes de eu ir, aqui estão suas cartas chefe!
(Lana coloca uma pilha de cartas em cima da mesa de Bruno e depois corre rapidamente pela porta)
Bruno - Isso era mesmo necessário Alice ?
Alice - Não, acho que não! Ninguém nunca te disse pra não dormir com seus empregados? Que falta de profissionalismo!
“Bruno revira os olhos”
Bruno - Você analisou as respostas que eu te passei para a entrevista? Deixei uma lista no balcão da cozinha!
Alice - Eu olhei a lista sim! Eu conheço o meu papel “Querido”! Vou recitar as respostas de cor.
Bruno - Eu realmente tirei a sorte grande em me casar com você, né? Sempre tão obediente e confiável.
Alice - Eu procuro agradar!
“Dou um sorriso irônico pra ele”
(Bruno pega a pilha de cartas da mesa e vai jogando fora sem se quer da uma olhada, quando chega um envelope sem rótulo, ele faz uma pausa!)
Alice - Vamos? A gente não tem tempo pra isso!
Bruno - Para de incomodar, tá?
(Ele abre a carta e desdobra o envelope de dentro dela, lendo o conteúdo com atenção!)
“Seu rosto fica branco, e ele me olha com medo”
Bruno - A entrevista está cancelada! Você precisar ir embora agora!
Alice - Como é que é?
“Eu olho pra ele perplexa”
Bruno - Não discuta comigo, Alice! Vá direto pra casa, tenho que resolver uma coisa!
(Bruno estava pálido e suando frio, eu nunca vir ele tão agitado, ele parecia está… com medo?)
“Contra minha vontade, eu o escuto e vou pra casa”
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Oi, leitores!
Se você chegou até aqui, quero te agradecer de coração por embarcar comigo nessa história. Meu nome é Raiane, e este é o meu primeiro livro! Escrevê-lo foi um desafio cheio de emoções, sonhos e muita paixão.
Sempre imaginei como seria dar vida a personagens que mexem com a gente, que fazem rir, suspirar, se apaixonar e até perder o fôlego. Espero de verdade que você esteja curtindo a leitura tanto quanto eu amei escrever cada palavra.
Sua opinião é muito importante pra mim, então se puder, compartilha o que achou!
Obrigada por fazer parte desse início de jornada. Que venham muitas histórias juntos!
Com carinho,
Ray
— EM CASA —
— Já se passaram horas desde que cheguei em casa, e ainda nem sinal do Bruno.
— Falei com a National News e expliquei que precisava remarcar — dizer que eles ficaram felizes com isso seria uma grande mentira.
“Será que era assim mesmo que a minha deveria ser? De uma Graduada em Harvard a uma esposa troféu?”
— Que vergonha, e não tem nada que eu possa fazer a respeito, sempre que eu toco no assunto do divórcio o Bruno fica furioso.
- “É ruim pros negócios” ele diz.
— Então agora eu estou presa nesse casamento infeliz, sem amor, pra quê? Pelo resto da minha vida?
\(Um olha de determinação cruza o meu rosto\)
— Não! Eu não posso mais viver assim! Eu não sou uma dona de casa fraca e indefesa.
\(Assim que ele chegar em casa, eu vou exigir o divórcio, quer queira ele ou não!\)
— Logo quando penso isso, Bruno entra pela porta… e a deixa aberta por algum motivo.
“Bruno finalmente chegou em casa é a minha chance!”
Alice - Por onde vc andou, tá tudo bem? Brunoo?!
Bruno - Tem alguém que eu gostaria que vc conhecesse!
Bruno - Esse é o Vitor Garcia! Ele é ex membro das forças especiais, e é o homem mais importante da minha equipe de segurança!
— Entra um homem enorme, forte e imponente, com o queixo afiado e a expressão também afiada e para bem na minha frente!
— Vitor Garcia, 29 anos, meu guarda costas.
— Eu olho e penso “que homem lindo! Mas porque caralhos ele parou na minha frente? Eu o encaro, sem mostrar fraqueza, mas porra, o que está acontecendo aqui?”
Alice - Por que ele está na nossa casa Bruno?
Bruno - O Vitor vai ser o seu guarda costas pessoal!
“Eu olho pra ele boquiaberta”
Alice - MEU GUARDA COSTAS PESSOAL? MAS QUE MERDA TÁ ACONTECENDO AQUI?
Bruno - Acalme-se querida! Eu recebi essa carta hoje.
“Bruno se inclina e me entrega um envelope e eu o abro”
— Dentro do envelope a uma carta bem datilografada e um punhado de fotos.
— Eu tremo quando percebo que as fotos são minhas numa loja, na rua e até mesmo dormindo no sofá!
Alice - QUE DIABOS É ISSO BRUNO?
“Bruno olha pra mim e só fala (leia a carta)”
— “Caro Sr Gusmão… aqui está a prova de que não só sabemos onde ela está o tempo todo, como também podemos entrar em sua casa, sem você saber! Se você não desistir da sua campanha, os dias da sua esposa estarão contados, não diga que não avisamos!”
“Não há assinatura no rodapé da carta”
Alice - O que é isso? É algum tipo de pegadinha doentio?
Bruno - Não é nada de se preocupar muito, querida.
Alice - NADA PRA ME PREOCUPAR??
“Falo gritando furiosa, mas na verdade, estou me tremendo por dentro, tremendo de medo! Quem diabos fez isso? QUEM QUER MATAR?”
Alice - Bruno, tem uma foto minha dormindo no sofá! Eles entraram na casa, enquanto eu tirava uma soneca, eu estava sozinha, indefesa… se seja lá quem for essa pessoa, fizesse algo comigo nesse dia?
Alice - COMO NÃO VOU ME PREOCUPAR??
“Os olhos do guarda\-costas se arregalam olhando pra mim, mas ele permanece quieto e calado.”
Bruno - Sério Alice, essas coisas acontecem o tempo todo! A maioria dos senadores e membro de alto escalão do congresso já está acostumada a receber ameaças de morte.
“Eu olho pra ele incrédula, sem acreditar no que acabei de ouvir, como ele pode me comparar e não ligar pra minha vida assim?”
Alice - Então porque caralhos você chamou um guarda-costas?
“Bruno encolhe os ombros”
Bruno - Eu pareceria um idiota, sem não levasse elas um pouco a sério! Especialmente porque a carta vazou a público.
Alice - O QUÊ? COMO?
“Bruno olha pra o relógio, com uma expressão entediada no rosto.”
Bruno - Eu tive que contar pra National News porque a gente cancelou a entrevista em cima da hora.
“Eu olho pra ele em choque”
Alice - Por que você faria algo tão estupido? Eu te mandei uma mensagem e falei que já tinha entrado em contato com eles sobre a entrevista, já estava tudo certo!
Bruno - Calma, Alice! Essas pessoas são como abutres, eu precisava da algo a eles, senão nunca teria concordado em remarcar.
“Esse babaca não consegue perceber o que fez”
Alice - Bruno, pelo amor de Deus! Eu já tinha remarcado, estava tudo resolvido! E se você só me colocou em mais perigo ainda?
Alice - MINHA VIDA SIGNIFICA TÃO POUCO PRA VOCÊ?
Bruno - Nossa! Não precisa ser tão dramática o tempo todo, querida
Alice - E se eu não quiser um guarda costas?
Bruno - Eu não me importo com o que você quer! Eu sou o seu marido, o que digo, é o que importa!
Alice - Você é ridículo falando assim, isso é um casamento seu babaca, não uma ditadura.
Bruno - independente disso, é assim que vai ser até que o assunto seja resolvido! Aparti de amanhã, o Vitor vai observar todos os seus passos.
Bruno - Ele vai me informar qualquer coisa suspeita.
Alice - Como uma babá de fachada então?
“Bruno gargalha”
Bruno - Se vc quiser ver dessa forma então sim, enquanto ele estiver com você, não tem com o que se preocupar!
Bruno - Eu tenho que voltar ao trabalho agora!
Alice - Bruno espera…
“As palavras que eu tanto quero falar, surgem… eu respiro fundo, é isso, é agora ou nunca!”
Alice - EU QUERO O DIVÓRCIO, agora!
“Bruno desdenha de mim, como se eu não tivesse dito nada pra ele”
Bruno - Agora não Alice, ver se para de sonhar e só me obedece!
“Ele sai e fecha porta logo em seguida”
— BABACA, além de eu estar presa nesse casamento sem amor, a pouca liberdade que eu tinha, acaba de ser arrancada de mim. Assim que essas ameaças não for mais um problema, eu vou da um basta nisso!
“Eu olho pra aquele estranho que está parado em silêncio, eu tento ignorar o tamanho absurdo de seus músculos e olho pra outro lugar, menos para o seu… TRONCO INTEIRO.”
Alice - É Vitor né?
Vitor - Sim, senhora!
Alice - Bom Vitor, acho que você e eu vamos nos divertir muito!
“Literalmente!”
- A única resposta que recebo, é um aceno de cabeça “então tá”.
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Olá leitores!
Estão gostando da historia? Deixem seu feedback, vai me ajudar muito e posso ver os pontos em que posso melhorar!
Continuem aqui comigo, vou postar atualização de capítulos todos os dias!
(Na manhã seguinte…)
“Minha nova sombra me persegue por toda a parte”
Alice - Se vc vai andar tão perto de mim e o dia todo, o mínimo que você poderia fazer é conversar comigo, senão vc só parece um psicopata perseguidor me seguindo.
Vitor - Sim, senhora!
“Como alguém pode ser tão… quieto? Será que ele nunca fica entediado?”
— Durante toda a manhã, tentei bater uma papo com ele, mas as respostas que eu conseguia, foram frases curtas ou respostas de uma palavra.
Alice - Você é sempre tão quieto assim? Ou sou eu que faço seu lado emocionante vir à tona?
“O lábio de Vitor se contrai, antes de abrir a boca pra falar”
Vitor - Só estou fazendo o meu trabalho, senhora!
“Eu reviro o olhos”
— Vejo minha cafeteria favorita do outro lado da rua e sigo em direção a ela
“Eu sorrio mostrando o caminho”
— Dez minutos depois, nos sentamos numa mesa vazia com o nosso pedido
Alice - Pelo visto, você também não curte café da manhã, acertei?
Vitor - Não é isso, só um café já me basta!
Alice - E você bebe ele puro! Que previsível!
“Ele levanta uma sobrancelha pra mim”
Alice - O quê? Não me olhe assim!
Vitor - Algo de errado em ser previsível?
“Faço uma pausa por um momento, essa é a frase mais longa que ele me disse a manhã toda!”
Alice - Acho que não! Pelo menos previsível significa que você é pontual e confiável, o que são ótimas qualidades numa pessoa!
Alice - Não tem problema, desde que você ainda se divirta de vez em quando, entende?
“Vitor olha pra mim e toma um gole de café”
Vitor - As vezes eu adiciono creme só pra animar um pouco as coisas.
“Eu dou risada”
Alice - Sim sim, isso é bem ousado
“Acho que ele tem senso de humor”
— Ele hesita por um momento, como se não tivesse certeza se seria grosso ou não, mas depois decide falar.
Vitor - E você pediu apenas um café com leite, essa é sua rotina diária?
Alice - Você é de perceber as coisas né? Mas vc está certo, normalmente também peço algo pra comer!
Alice - É que… todo esse lance de ameaças anônimas me deixou um pouco abalada, é difícil acreditar que alguém possa ameaçar o Bruno usando minha vida!
Alice - Se fosse alguém próximo dele, saberia que isso não faz sentido. Ele não se importa nem um pouco com o que acontece comigo.
“Eu suspiro e dou um sorriso forçado”
Alice - Desculpa por isso, espero não ter te deixado desconfortável.
Vitor - Nem um pouco, senhora. Relacionamentos…tem seus desafios.
Alice - Parece que você passou por alguns… sua namorada não está chateada por você ter que ficar tanto tempo fora?
Alice - Desculpa se eu fui intrometida.
Vitor - Eu não tenho tempo pra relacionamentos no momento! Minhas prioridades são outras!
Alice - Isso é inteligente.
“Eu brinco com a xícara de café na minha mão”
Alice - Podemos levar isso pra viagem? Eu queria ir pra casa.
Vitor - Claro, senhora!
“Ele dá um sorrisinho, confirmando com a cabeça”
— Não demora muito pra chegarmos em casa, tento pensar em alguma coisa pra conversar com ele.
Alice - Você já experimentou…
Vitor - Espera… tem alguma coisa errada!
“De repente um tiro corta o ar”
— O vaso no balcão se despedaça e os cacos de vidro voam por toda parte.
— Aterrorizada, cubro minha cabeça com as mãos enquanto as balas continuam passando.
— Vitor me derruba no chão e sinto o deslocamento de ar quando um tiro quase acerta meu braço, olho pra ele com os olhos arregalados, e percebo que ele acabou de impedir que eu levasse um tiro.
Vitor - A GENTE PRECISA SAIR DAQUI!
— Ele me puxa e me protege com o seu corpo, quando começamos a correr em direção ao meu quarto.
— Sinto o sangue correr forte pelos ouvidos, meu coração batendo forte de medo e corro o mais rápido que consigo.
— Mas então uma dor aguda atravessa meu ombro e eu tropeço. Vitor é rápido pra reagir.
Vitor - Segura a minha mão!
— Ele estende o braço e oferece pra mim, me pedindo com os olhos pra confiar nele.
— Estendo a mão e agarro a dele sem pensar duas vezes. O outro braço de Vitor desliza por debaixo das minhas coxas e ele me levanta, me segurando como se eu fosse uma noiva.
— Meu braços automaticamente abraça o pescoço dele e enfio meu rosto no peito dele.
- Pouco antes de chegarmos no canto, ele resmunga de dor e tropeça.
Alice - VITOR? Você está bem?
— Ele não me responde, mas sua boca permanece firme.
— Chegamos ao closet do meu quarto, onde ele bate a porta atrás de nós e me coloca de pé.
Vitor - Eu tenho que voltar lá, me espere aqui!
Alice - Mas você vai levar um tiro!
Vitor - Bobagem! Eu já passei por coisas muito piores que isso.
— Embora as palavras demonstrem confiança, ainda sinto uma leve indecisão na linguagem corporal dele.
Alice - O atirador não tem como nos pegar aqui! Se você sair, vai estar em desvantagem.
— Ele vira o corpo e o braço acidentalmente roça nos meus seios, fazendo meu coração bater mais forte.
— Ele imediatamente desvia os olhos e tenta se afastar
Vitor - Desculpa! Esse closet é pequeno demais pra nós dois.
Alice - Seus músculos ocupam muito espaço.
“Ele não diz nada, mas dá um sorrisinho de canto”
“Ele se vira em direção a porta e abre pra sair”
Alice - Vitor, por favor, não vai!
Alice - Eu estou…
— Tiros ecoam quando balas atingem a parede atrás de mim… tapo os ouvidos e solto um grito.
— De repente, a mão grande e calejada dele pressiona a minha boca, abafando o som.
Vitor - Você tem que tentar ficar quieta!
“Chorando, balanço a cabeça”
Vitor - Sra. Gusmão, olha pra mim!
— Ele segura minha bochecha e me obriga a olha pra ele.
— Não consigo parar de pensar no quanto ele está perto… como a respiração dele chega quente no meu rosto, como os olhos são tão intensos
Vitor - Você está segura aqui, eu estou aqui! Eu irei te proteger! Ninguém vai te machucar.
— Meu coração ainda está disparado, enquanto ele segura o meu queixo.
— Lágrimas espontâneas escorrem pelo meu rosto e por sua mão. O rosto dele amolece momentaneamente e ele usa os polegares para esfregá-las.
Vitor - Eu falo sério, ninguém vai te machucar, Alice! Eu não vou deixar isso acontecer, não enquanto eu estiver aqui!
“Meu coração palpita no peito”
— Puts, essa é a primeira vez que ouço ele dizer meu nome! E tenho que admitir… gosto do jeito que sai dos lábios dele.
— Ele segura meu rosto por mais um momento, depois abaixa as mãos e dá um pequeno passo pra trás.
— A aparência profissional volta e ele me olha friamente… como se aquele momento nunca tivesse acontecido.
Vitor - Você está tendo um ataque de pânico?
Alice - Não sei! Acho que não.
— Ele olha pra baixo e analisa meu corpo, ele pega no meu pulso, vira minha mão com a palma pra cima e depois confere o meu pulso.
— Ele com certeza já fez isso antes.
Vitor - Certo. Acho que você está bem! Suas pupilas não estão dilatadas, mas, mesmo assim você devia tentar respirar fundo, tá?
Alice - Certo!
Vitor - Faça o que eu mandar, respira fundo pela boca e solta o ar nos pulmões.
“Faço o que ele diz”
Vitor - Um… Dois… Três… solta. Agora repete!
“Eu me concentro na minha respiração”
— Fico observando como o peito do Vitor sobe e desce lentamente e tento imitar o máximo que posso, não demora muito para que o ar comece a correr mais leve.
Vitor - Melhorou?
“Ele pergunta com um sorriso reconfortante”
Alice - Sim, sim!
Vitor - Você ainda parece um pouco abalada.
Alice - Vou ficar bem, obrigada Vitor!
— Faço a pergunta que assombra desde o primeiro tiro…
Alice - Você acha que… eles já estavam na casa, só me esperando voltar pra cá?
— Vitor se recusa a me olhar nos olhos.
— O silêncio dele diz tudo!
Alice - Porra, eu realmente estou correndo perigo?
— Ao perceber que estou de novo a beira de um ataque de pânico, Vitor me interrompe.
Vitor - Shh… escuta. Você está ouvindo isso?
— Eu congelo e faço o que ele diz, meu coração está mais uma vez acelerado no meu peito.
Alice - Eu… eu não escuto nada!
Vitor - Nem eu!
Alice - O que isso quer dizer?
Vitor - Acho que eles já se foram! Mas ainda preciso garantir, que é seguro sair. Fica aqui por favor, eu já volto!
“Vitor abre a porta e sai”
— Alguém está realmente tentando me matar? Mas o Vitor me salvou! Talvez não seja tão ruim ter ele como guarda-costas… vai saber o que teria acontecido comigo se ele não tivesse aqui.
— Não posso deixar de me perguntar o que o Bruno teria feito nessa situação.
— Bufando, percebo que provavelmente ele teria me usado como escudo ou talvez até tenha oferecido a eles uma troca… minha vida pela segurança dele.
“Como é que dois homens podem ser tão diferentes assim”
— Enquanto o Bruno é egoísta e cheio de palavras vazias, o Vitor é um homem de ação e integridade.
- Apesar de correr perigo, ele ainda fez de tudo pra me proteger.
— Está casada com o Bruno quase me fez esquecer que na verdade existem homens decentes por aí…
Alice - Homens como o Vitor!
Vitor - O que você disse?
Alice - N-nada!
“Eu nem percebi ele voltando, caramba…”
Vitor - Você pode sair!
Alice - Eles se foram?
Vitor - Sim! Eles escaparam.
“Vitor me olha e congela”
Vitor - Isso é sangue?
— Meus olhos se arregalam e sigo os dele até o meu ombro.
— Ele se aproxima e gentilmente segura meu braço para ver melhor.
Vitor - Parece que foi só de raspão, mas ainda preciso desinfetar.
Alice - Tem um kit de primeiros socorros no banheiro.
“Vitor concorda e sai do quarto, em dois minutos ele volta”
Alice - Vai doer?
Vitor - Vou tentar fazer com que doa o mínimo possível, Sra. Gusmão.
— Vitor tira a gaze e o spray desinfetante do kit e começa a limpar a ferida com maestria.
— Enquanto eu observo, um pensamento de repente surge em minha cabeça.
Alice - Eu podia ter morrido
— Vitor fica mais tenso, mas logo começa a cobrir o meu ombro com gaze.
Alice - Alguém está realmente tentando me matar?
E a troco de quer? Pra ser a esposa de um senador?
Vitor - Sra. Gusmão, Calma…
Alice - Não me pede pra me acalmar! A minha vida corre perigo e o babaca do meu marido me fez pensar que era um trote doentio!
Vitor - Me escuta Sra. Gusmão!
“Vitor se levanta e cruza os braços em cima do peito”
Vitor - Eu fui contratado pra te proteger, e é exatamente isso que vou fazer!
Alice - Você não pode está comigo o tempo todo.
“Meu olho imediatamente enche de lágrimas”
Alice - O que vai acontecer quando você for pra casa? Eles entraram na MINHA CASA!
Vitor - Acho que você não entende exatamente o que seu marido está pagando pra mim fazer.
“Ele se aproxima de mim”
Vitor - Meu único trabalho, meu único objetivo agora é o de te proteger a todo custo! Eu não vou sair de perto de você, Nunca!
— Alguma coisa no jeito como ele me olhava fez eu sentir arrepios por todo o meu corpo.
— Quando falo de novo, minha voz sai quase otimista.
Alice - Nunca?
“Um pequeno sorriso brilha nos lábios de Vitor”
Vitor - Até que seu marido diga ao contrário! Mas você precisa entender que ia facilitar muito o meu trabalho se escutasse as minhas instruções.
— Como se fosse um sinal, a porta da sala se abre e um homem corre para dentro.
— Vitor gira e imediatamente saca a arma, pronto pra atirar!
Bruno - OPA!! Abaixa essa arma rapaz!
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Continuem aqui comigo, vou postar atualização de capítulos todos os dias!
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