Meu Coração Pertence a um Gângster
01. Meu nome nos lábios dele...
Era só mais uma noite comum.
Mais uma daquelas em que a vida parecia se arrastar por entre compromissos obrigatórios e silêncios mais que pesados.
Tédio e rotina. As únicas coisas que nunca o abandonaram.
Troy bocejou enquanto ajeitava a alça da mochila no ombro. O casaco estava suado nas costas, e seus pés doíam nos tênis gastos. Tinha saído direto da faculdade para o trabalho, um turno interminável num restaurante de fast food onde tudo cheirava a gordura e gente frustrada.
Troy Maddox
Se alguém me perguntar como foi meu dia…
Troy Maddox
Eu juro que choro em posição fetal
murmurou para si mesmo, chutando uma latinha amassada no caminho.
Mas em sua defesa, ter uma faculdade infernal, clientes idiotas e um salário miserável. Quem não choraria?
Seus dedos buscavam automaticamente o maço de cigarros vazio no bolso. Suspirou. Nem isso tinha. Tudo que ele queria era cair na cama do seu cubículo disfarçado de apartamento, tirar os sapatos que doíam em seus pés e talvez fingir que o mundo lá fora não existia por algumas horas.
Mas algo estava… estranho.
O vento parecia mais frio do que o normal. O silêncio, mais pesado. E seus passos, por algum motivo, pareciam acompanhados.
Ele virou o rosto devagar, olhando por cima do ombro.
Nada. Ou ninguém.
Mas o estômago apertou.
Troy Maddox
~Tá ficando paranoico, Maddox…~
Troy Maddox
“sussurra tentando rir de si mesmo, enquanto acelerava o passo.”
Mas a sensação não foi embora. Pelo contrário, cresceu.
Quando alcançou a porta do pequeno prédio onde morava, seu coração já batia um pouco mais rápido. O portão rangeu como sempre. A escada estreita até o segundo andar parecia nunca ter sido tão longa.
E então, ao girar a chave na fechadura, tudo desmoronou.
Braços o agarraram com força, puxando-o para dentro. Havia homens na sombra. Roupas escuras. Cheiro de couro era muito fácil de se sentir. Um deles cobriu sua boca antes que pudesse gritar. Outro o empurrou contra a parede com brutalidade.
Troy Maddox
O que é isso?!
Troy Maddox
“tenta gritar, mesmo com a voz abafada pela mão do homem.”
Troy Maddox
Quem são vocês?
Troy Maddox
Eu não tenho nada, porra! Eu sou só um ninguém!
Mas eles não responderam. Não precisavam.
Seus olhos encararam os de Troy como se ele fosse uma mercadoria. Um pacote a ser entregue. Algo que não tinha mais dono… ou, pior, que já pertencia a outro.
E naquele instante, no meio da luta inútil para se soltar, uma única pergunta ecoou em sua mente:
O que diabos meu pai fez desta vez…?
O carro parou.
Troy não sabia quanto tempo havia se passado desde que foi arrastado para dentro dele, talvez minutos, talvez horas. O tempo parecia ter se dissolvido entre os solavancos da estrada.
Quando a porta se abriu, a noite parecia ainda mais escura.
Braços fortes o puxaram para fora como um saco de areia. Ele não reagiu. Estava cansado. Molhado de suor e cheio de medo. Jogaram-no dentro de uma casa que cheirava a madeira cara e incenso. Piso frio, paredes limpas. Tudo parecia… estranho demais para um cativeiro.
O quarto onde o jogaram era, no mínimo, estranho. Espaçoso, limpo, cheiro de madeira encerada e perfume caro. Um abajur aceso jogava sombras quentes sobre a mobília bonita demais para alguém sequestrado.
Tão bonito quanto falso, pensou Troy.
Eles querem que eu ache que estou seguro. Mas prisão com cortinas ainda é prisão…
Ele caiu de lado no tapete grosso, o corpo doendo. Tentou se sentar. Tentou desfazer os nós com os dentes, depois esfregando os pulsos na ponta da cama. Nada.
A porta rangeu.
Ele ouviu antes de ver. Passos lentos. Precisos. O som do couro caro contra o mármore. E então, ele entrou.
A presença dele invadiu o cômodo como fumaça densa. Alta estatura, paletó escuro perfeitamente alinhado, expressão entalhada em gelo. Os olhos profundos, opacos, como uma noite sem lua caíram sobre Troy com o peso de uma sentença.
Por um momento, Troy esqueceu de respirar.
Dante parou a poucos passos de distância. O silêncio que carregava não era vazio. Era o tipo de silêncio que precede algo que não pode ser desfeito.
Dante Mancini
Então você é Troy Maddox…
Dante Mancini
“Diz com a voz grave e firme, arrastada com preguiça.”
Troy Maddox
Eu não sei quem você acha que é, mas se me conhece, sabe que eu não sou cachorro de ninguém!
Dante ergueu uma sobrancelha. Caminhou até uma poltrona e sentou-se com calma, como se não tivesse pressa nenhuma.
Dante Mancini
Ele me devia trezentos mil dólares
Dante Mancini
E em troca, me ofereceu algo que valesse mais do que a dívida
Troy Maddox
“Ri sem humor”
Troy Maddox
Eu não sou nada disso. Não valho trezentos mil dólares nem em pedaços
Troy Maddox
Pode mandar ele tomar no cu e me deixa sair
Dante Mancini
Não é tão simples assim
Dante Mancini
“Se inclina para frente com as mãos entrelaçadas”
Dante Mancini
Agora você está sob minha responsabilidade.
Dante Mancini
Vai trabalhar aqui, vai obedecer às regras.
Dante Mancini
E vai me respeitar
Troy Maddox
Eu não vou fazer porra nenhuma!
Troy Maddox
“Se levanta mesmo com dificuldade pelos pulsos amarrados”
Troy Maddox
Você quer sua dívida paga? Enfia um tiro nele, mas não me coloca no meio dessa merda!
Troy Maddox
Eu não tenho nada a ver com o que ele fez! Nada!
Dante permaneceu em silêncio. O maxilar contraído, os olhos fixos nos de Troy como se procurasse ali uma mentira, mas tudo o que encontrou foi a verdade crua, nua e rebelde.
Dante Mancini
Você tem razão
Dante Mancini
Nenhum filho deveria pagar pelos erros do pai
Dante Mancini
Mas isso não é suficiente pra me fazer te deixar ir embora
Troy sentia seu sangue ferver, como assim não é suficiente? Ele não tem culpa das dívidas do pai. Então por que deve pagar por isso?
Troy Maddox
Então você é um fudido como ele!
A frase caiu como uma lâmina no ar.
Por um segundo, o rosto de Dante permaneceu imóvel. Mas algo em seus olhos queimou. Um brilho silencioso. Um terremoto sob o gelo. E então, ele se levantou. Troy tentou recuar, mas as pernas o traíram.
Dante o agarrou pela gola do casaco e o jogou na cama, logo em seguida ficando por cima dele.
O estalo encheu o quarto.
Não foi um soco, mas um tapa forte e direto, como uma resposta instintiva.
Troy Maddox
“Sente o gosto do sangue na boca”
Medo. Era o que Troy sentia, ele escondeu o rosto com sua mãos esperando que levaria mais um tapa. Seu corpo tremia e seus olhos âmbar se enchiam de lágrimas…
Dante Mancini
Você pode ter razão no que disse, mas isso não te dá o direito de me insultar
Dante Mancini
“Segura seu rosto com um pouco de força, o fazendo olhar para si”
Dante Mancini
A partir de hoje, vai aprender a não morder quem te alimenta.
Troy Maddox
“Morde o beiço com raiva enquanto as lágrimas caem”
Dante Mancini
Vai ficar um tempo sozinho, pelo menos até segunda ordem
Dante Mancini
Até amanhã Troy Maddox
Ele se levantou, ajustou o paletó com calma e saiu, deixando a porta se fechar atrás dele com um clique surdo.
Troy ficou ali. Deitado, respirando com dificuldade pelo choro que agora era intenso. O gosto de sangue na boca. A dor pulsando nas têmporas.
E, acima de tudo, aquela frase maldita martelando em sua mente.
02. Um brinde com o diabo
A madrugada passou arranhando as paredes com seus dedos frios.
Troy passou horas acordado, chorando em silêncio, deitado na cama que mais parecia um altar para sua angústia. Seus pulsos ardiam dos nós recentes agora desfeitos, mas ainda marcados e sua garganta queimava com o gosto seco das palavras não ditas.
Dante não voltou naquela noite.
E Troy adormeceu com a dor latejando no rosto, o orgulho ferido e o coração atravessado por algo que ele ainda não sabia nomear.
Ao amanhecer, a porta se abriu. Dante estava ali. Impecável, frio, mas com os olhos mais calmos. Um blazer cinza escuro sobre a camisa preta, as mãos nos bolsos. Como se a noite anterior nunca tivesse acontecido.
Troy não respondeu, mas obedeceu. O corpo ainda doía, mas ele odiava mais ainda o som da própria vulnerabilidade.
Desceram escadas largas, silenciosas. A mansão parecia ainda maior à luz do dia. Um lugar feito para que ninguém escapasse nem da beleza, nem da prisão.
Na sala de jantar, uma mesa posta para dois. Louça cara, café fumegando, frutas, pães, frios, ovos mexidos. Um banquete.
Dante sentou-se com calma, serviu-se como se estivessem prestes a discutir negócios de alto nível. E então o olhou.
Troy hesitou, mas puxou a cadeira devagar. Seus olhos vasculharam cada prato com desconfiança.
Dante percebeu. Era impossível não perceber.
Dante Mancini
Não vai comer?
Dante Mancini
“Pergunta após tomar um gole de café”
Troy Maddox
Não confio em você
Troy Maddox
Não sei o que tem nisso
Dante sorriu, breve, como quem se diverte com um jogo.
Dante Mancini
Não confia em mim, mas dormiu em minha casa
Troy Maddox
Diz como se eu tivesse escolha
Dante Mancini
“Põe a xícara no pires”
Troy apenas o encarou. O maxilar tenso, os dedos entrelaçados no colo para não tremerem.
Dante Mancini
Coma, agora.
Dante Mancini
“Diz mais firme”
Troy Maddox
“Não se mexe”
Dante Mancini
“Suspira com raiva”
Então, em um gesto rápido, Dante pegou um pedaço de pão e o empurrou na direção de Troy, forçando-o a abrir a boca com os dedos.
Dante Mancini
Não sou paciente, Maddox
Troy Maddox
“Tenta o empurrar desesperadamente”
Dante Mancini
“Aperta seu rosto o forçando a abrir a boca”
Troy lutou, virou o rosto, cuspiu. Mas Dante o segurou firme, com suaa mão grande prendendo seu queixo.
Dante Mancini
ABRA ESSA BOCA E COMA AGORA!
A comida entrou goela abaixo, mais pela força do que pela vontade. Troy engasgou, tossiu, olhou para ele com raiva.
Dante Mancini
“Suspira meio ofegante enquanto ri sem humor”
Dante Mancini
Agora continue, sozinho
Dante Mancini
“Volta ao seu lugar”
Troy Maddox
“Pega qualquer coisa da mesa e come”
Troy respirou fundo. Os olhos ainda ardiam. O orgulho implorava para que ele continuasse se recusando.
Mas, por algum motivo, talvez fome, talvez medo, talvez o cansaço de lutar, ele continuou a comer.
O silêncio reinou por minutos. Só o som das xícaras, dos talheres, das respirações. Até que Dante estalou os dedos.
Dois homens surgiram na porta. Carregavam uma bandeja de prata, coberta por uma cúpula brilhante.
Troy Maddox
“Para de comer e presta atenção neles”
Dante recostou-se na cadeira, como quem apreciava o clímax de um espetáculo.
Dante Mancini
Tragam o prato principal
A bandeja foi colocada sobre a mesa. Um dos homens retirou a tampa. Troy prendeu a respiração…
Sangue seco ao redor do pescoço cortado, olhos ainda abertos, expressão congelada entre o choque e o pavor.
Troy sentiu o estômago virar. Engoliu em seco. Mas não vomitou. Não chorou. Enquanto Dante observava.
Dante Mancini
Sabe por quê ele morreu, Troy?
Troy Maddox
“Não responde ainda com os olhos fixos na cabeça”
Dante Mancini
Porque você estava certo.
Dante Mancini
Ele não tinha o direito de vender o próprio filho
Dante Mancini
Ele merecia cada segundo do que aconteceu
Dante Mancini
E eu… apenas cumpri a sentença que você mesmo pediu
Dante Mancini
Um tiro foi o suficiente, bem no meio da testa
Troy Maddox
“Balança de leve a cabeça ainda em choque”
Troy Maddox
Você matou ele porque eu pedi?
Dante Mancini
Eu matei ele por justiça
Dante Mancini
Mas também… para te mostrar que aqui, o que você diz, importa. Pode ser sua ruína. Ou sua salvação.
Troy Maddox
“Fecha os olhos”
Troy Maddox
Eu devia sentir mal…mas não sinto. Ele me usou a vida inteira…
Troy Maddox
Parte de mim se sente… livre
Dante Mancini
“Se inclina para frente”
Dante Mancini
Ótimo. Então entenda o que isso significa.
Dante Mancini
“Aponta para a cabeça sem tirar os olhos de Troy”
Dante Mancini
Seja obediente. Seja útil. Ou seu rosto será o próximo a enfeitar minha mesa
Dante Mancini
“Sorri eufórico”
O silêncio entre eles era frio e tenso, mas vivo. Como duas brasas se encarando, esperando ver qual se apagaria primeiro.
Troy não respondeu.
Apenas respirou fundo, encarando a cabeça do homem que um dia chamou de pai.
Troy Maddox
💭 talvez…só talvez, morrer não seja o pior que pode acontecer aqui…
Dante Mancini
Que tal um brinde?
Troy Maddox
“O olha sem entender”
Dante Mancini
Ao meu novo empregado
Dante Mancini
“Pega duas taças e entrega uma a ele”
Troy Maddox
“Segura a taça e se levanta”
Dante Mancini
“Bate a própria taça na dele”
Dante Mancini
Um brinde a você Maddox…
03. Onde as rosas não morrem
Naquela tarde ensolarada, o céu parecia claro demais para combinar com a atmosfera da mansão.
Troy desceu as escadas como quem caminha para o abate. Estava limpo, vestido com roupas simples, mas novas. Sentia-se estranho como se estivessem o preparando para uma vida que ele não queria viver.
Na base da escada, uma mulher o esperava…
Alta, postura impecável, cabelos presos num coque severo e olhos de quem já viu mais cadáveres do que nascimentos. Usava preto, como se luto fosse o traje oficial da casa.
Virna Colombo
Senhor Maddox
Virna Colombo
Sou Virna, Governanta-chefe da casa
Virna Colombo
O senhor Dante ordenou que explicasse suas tarefas
Troy Maddox
“Ergue uma sobrancelha”
Troy Maddox
Tenho cara de mordomo ou algo do tipo?
Virna Colombo
É alguém que ainda está respirando, e isso…
Virna Colombo
É mais do que suficiente para estar ocupado
Virna Colombo
“Sai andando”
Troy Maddox
“Segue ela, com uma cara de desinteresse”
Passaram por corredores longos, portas trancadas, janelas altas demais para pular. A casa era um labirinto vestido de luxo.
Virna Colombo
Você ficará responsável por arrumar os quartos do térreo
Virna Colombo
E cuidar do jardim dos fundos
Virna Colombo
Precisamos de alguém para mantê-lo vivo
Troy Maddox
Isso é incrível
Troy Maddox
Nunca toquei em terra, nem mesmo quando criança
Troy Maddox
Como acha que vou poder cuidar de um jardim?!
Virna Colombo
Então aprenda
Virna Colombo
Não vai querer acabar com o último jardineiro, não?
Virna Colombo
“O olha de relance por cima do ombro”
Troy Maddox
E o que aconteceu com ele?
Virna Colombo
O senhor Mancini não gostou muito do tom de voz que o jardineiro usou com ele
Virna Colombo
Ele o transformou em adubo para as mudinhas
Troy Maddox
“Revira os olhos”
Virna Colombo
O senhor Dante exige ordem, Disciplina e principalmente Lealdade.
Virna Colombo
Se oferecer isso, viverá. Se não… vai acabar como seu antecessor
Dante Mancini
“Aparece do final do corredor”
Dante Mancini
Eu ouvi meu nome?
Ele apareceu ao final do corredor, mãos nos bolsos, olhar preguiçoso demais para ser confiável. Estava ali há tempo suficiente para ter escutado tudo.
Troy Maddox
“Olha para trás”
Troy Maddox
“Engole seco ainda o encarando”
Troy Maddox
💭 Parece até o diabo…
Dante caminhou até eles devagar, o som dos passos ecoando entre as paredes. Parou ao lado de Virna, analisando Troy assim como um lobo enxerga a lebre antes de atacá-la…
Dante Mancini
Então é poético?
Dante Mancini
Sim…eu também acho
Dante Mancini
A vida é a morte são as poesias mais lindas que existem
Dante Mancini
Mas a morte…é a que eu mais adoro
Dante Mancini
Me diga Maddox…como eu devo escrever a sua, poesia?
Virna inclinou levemente a cabeça, sem mudar a expressão. Sabia que Dante adorava ser temido.
Troy Maddox
“Cruza os braços”
Troy Maddox
Deixe-me ver….
Troy Maddox
Se eu matar todas as plantas, vai pendurar minha cabeça na roseira?
Dante se aproximou até ficar perto demais. O suficiente pra Troy sentir o cheiro amadeirado do perfume caro que ele usava.
Dante Mancini
Por agora eu prefiro te fazer cuidar delas de joelhos
Dante Mancini
Até aprender a fazer algo direito
Dante Mancini
“Olhando em seus olhos”
Troy Maddox
“Desvia o olhar”
Dante saiu, satisfeito com o medo, ou talvez com o fogo que ainda via nos olhos dele.
Virna Colombo
Comece pelos quartos
Virna Colombo
Depois o jardim
Troy ficou ali, por um instante, respirando fundo. Sabia que não estava livre. Sabia que não podia fugir.
Troy Maddox
“Suspira irritado”
Troy Maddox
Nem me disse como eu devo arrumar…
Troy passou quase uma hora andando em círculos pelos corredores, olhando portas fechadas e cômodos vazios. Ninguém lhe dizia nada. Nem instruções, nem direções. Apenas paredes com quadros caros e silêncio.
Ao chegar no primeiro dos quartos que deveria arrumar, ficou parado na porta. Olhou em volta. Cama feita. Cortinas puxadas. Nada parecia fora do lugar. Ele entrou, mexeu nos travesseiros sem saber como deixá-los, passou a mão numa cômoda polida, bufou.
Troy Maddox
Isso aqui é piada…
Voltou para a sala de estar, aquela que parecia saída de um catálogo de móveis que ele nunca poderia pagar. O sofá preto de veludo o chamava. Parecia macio, caro, confortável. Luxuoso demais pra quem já dividiu colchão com baratas.
Troy Maddox
“Se joga no sofá”
Troy Maddox
“Respira bem fundo”
Ele não sabia se odiava mais a casa, Dante, ou a si mesmo por ainda estar ali.
Foi quando ouviu os passos os malditos passos de sempre, firmes, elegantes, assustadoramente precisos. Dante apareceu na porta com a expressão que misturava tédio e desdém.
Dante Mancini
Vejo que está muito ocupado com as flores…do estofado
Dante Mancini
“Cruza os braços”
Troy Maddox
Ninguém me disse como arrumar os quartos. Se ninguém se der ao trabalho de me ensinar, eu vou continuar deitado até anoitecer
O silêncio entre os dois durou alguns segundos. Depois, Dante deu um meio sorriso.
Dante Mancini
Muito bem, Maddox. Já que ninguém te educou, eu mesmo o farei
Troy Maddox
“Senta no sofá”
Troy Maddox
Bem que eu percebi que você gosta de dar ordens
Dante Mancini
“Ri sem humor”
Dante Mancini
Você ri na cara do perigo não é mesmo?
Troy Maddox
“Se levanta e vai em sua direção cruzando seus braços”
Dante Mancini
Então vamos começar pelo meu quarto
Dante Mancini
“Se vira e começa a andar”
Troy Maddox
“Engole seco mas o segue”
Para mais, baixe o APP de MangaToon!
