Colegas de Quarto: Te Odeio ou Te Amo?
Chapter One
NOME: Luka
IDADE: 16 anos
ALTURA: 1,83
SOBRE ELE: Luka tem duas personalidades; às vezes é extrovertido e outras vezes é introvertido. Abandonado pela mãe aos 9 meses, ele cresceu ouvindo que ela o abandonou por que não aguentava uma vida de pobreza e então foi embora com um homem rico. Essa história mudou sua visão sobre relacionamentos e confiança.
NOME: Filipe
IDADE: 17 anos
ALTURA: 1,86
SOBRE ELE: Filipe é extrovertido, divertido e briguento, uma característica que herdou do seu falecido pai. Desde os 13 anos, ele tornou-se um adolescente rebelde, sempre buscando chamar a atenção da sua mãe, mas frequentemente ficava de castigo por conta dos seus atos. A mudança para o colégio interno aos 15 anos foi uma tentativa de corrigir suas atitudes problemáticas.
NOME: Lorenzo
IDADE: 16 anos
ALTURA: 1,80
SOBRE ELE: Lorenzo é extrovertido e adora ser os centros das atenções. Como capitão do time de basquete da escola e representante de turma, ele tem uma personalidade carismática. No entanto, sua habilidade de dar conselhos é péssima, o que gera situações engraçadas e complicadas com seus amigos.
NOME: Thalia
IDADE: 15 anos
ALTURA: 1,76
SOBRE ELA: Thalia é uma menina inteligente e brilhante que nutre sentimentos por seu amigo Lorenzo. Apesar da reciprocidade dos sentimentos entre eles, ambos hesitam em confessar o que sentem devido ao medo de estragar a amizade.
NOME: Yuri (pai do Luka)
IDADE: 44 anos
ALTURA: 1,88
SOBRE ELE: Yuri é um homem trabalhador e dedicado a família. Após o abandono de Luana, ele tornou-se um pai protetor e amoroso para Luka, mas também carrega a dor da rejeição. Sua relação com Luka é complexa: ele tenta ser um bom exemplo, mas muitas vezes se sente inseguro sobre como lidar com os sentimentos do filho.
NOME: Luana (mãe do Luka e ex-esposa de Yuri)
IDADE: 34
ALTURA: 1,78
SOBRE ELA: Luana abandonou a família em busca de uma nova vida em Nova York. Seu desejo por liberdade e novas experiências a levou a deixar Luka e Yuri para trás. A decisão deixou marcas profundas na vida de Luka.
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O despertador toca ao meu lado, um grito insistente que me arrasta para a realidade. Com um movimento automático, desligo o aparelho e espreguiço-me.
Quando olho para minhas malas perto do guarda-roupa, lembro que hoje é dia da viagem para o novo colégio. A ideia de mudar-me de escola me faz enrolar ainda mais na cama, meu pai decidiu que um colégio interno em nova York era a solução perfeita para a minha "rebeldia" como ele tanto diz.
Eu nunca fui de dar trabalho, sempre fui uma criança quieta até mudarmos para são Paulo e eu conhecer meus amigos. Aí tudo virou de cabeça para baixo.
Fui expulso de duas escolas em um único ano. Na primeira, a situação esquentou quando um garoto me chamou de "bicha" e acabei quebrando uma régua na cara dele. Resultado? Ambos fomos expulsos. Na segunda vez, vi um garoto do sétimo ano sendo importunado por uns caras do segundo ano do ensino médio. Fui lá para defender o menino, mas como eu não estava nos meus melhores dias...bem, levei o garoto para o hospital.
Sou tirando dos meus pensamentos por batidas insistentes na porta. Antes que eu possa fingir que ainda estou dormindo, meu pai entra em cerimônia.
Yuri
Luka, ainda deitado nessa cama? Anda logo, muleque! Se não você vai perder seu vôo
Ele diz com um tom que mistura urgência e preocupação.
Só nós dois moramos aqui; eu e meu velho. Não sei nada sobre minha mãe. Ela nos abandonou sem explicações e mesmo assim, uma parte de mim que entender porquê.
Luka
Oh papá, solo 5 minutos más
( poxa pai, só mais 5 minutinhos)
Respondo, tentando provoca-lo. Ele detesta quando falo em espanhol; segundo ele, é a língua da minha mãe— detalhe: ele quis que eu aprendesse a falar espanhol.
Yuri
Fala a minha língua, Luka
Ele respondeu irritado. Dou uma gargalhada exagerada enquanto me sento na cama.
Luka
Você me entendeu, pai
Yuri
se apresse logo! Vou preparar seu café
Diz ele antes de sair do quarto com uma cesta cheia de roupas sujas.
Respiro fundo e murmuro para mim mesmo:
Luka
...Vamos lá Luka, essa escola não pode ser tão ruim assim, né...?
Chapter Two
Yuri
vou sentir saudades muleque
Ele diz, me abraçando fortemente.
Luka
É só me deixar ficar e você não vai sentir esse sentimento ruim
respondo com um sorriso e ele solta uma risada nasal.
Yuri
Já está na hora. Você tem que ir
fala, e eu concordo, sabendo que ele tem razão.
Yuri
Tenha uma boa viagem e prometa-me que dessa vez não vai arrumar encrenca por lá? A escola é diferente das daqui
ele diz, me olhando sério. E eu bufo.
Luka
Qual é, pai! Onde está a confiança no seu filho?
Pergunto, tentando fazer uma cara de ofendido.
Yuri
Deixei em casa, lá na Coreia
ele responde com um sorriso Brincalhão, e eu não consigo não evitar de ri.
Enquanto caminho em direção ao meu terminal, sinto meu celular vibrar no bolso da minha jaqueta. Quando olho para a tela do celular, encaro o pequeno lembrete de um avião. Sorrindo, devolvo meu celular Para o bolso e continuo meus passos apressados em direção ao terminal.
Eu vou ficar na casa da Luana, vulgo minha suposta mãe. Reencontrar ela depois de tantos anos... Cara, isso vai ser tão estranho. O que será que ela pensa sobre mim? será que ainda se lembra de mim como aquele garotinho que chorou por causa dela?
⏳Q͜͡U͜͡E͜͡B͜͡R͜͡A͜͡ D͜͡E͜͡ T͜͡E͜͡M͜͡P͜͡O͜͡ ⏳
Ao chegamos no aeroporto de Nova York, pego minhas malas e saio em busca de Luana. Meu pai me deu uma foto dela para que meu pudesse indentifica-la facilmente.
ouço alguém gritar meu nome. Viro-me para o lado e vejo Luana.
cumprimento, tentando esconder a mistura de emoções que está fervilhando dentro de mim.
Luana
olha só para você.... Você cresceu tanto!
Ela diz, com um brilho nos olhos.
Eu não respondo, apenas ofereço um sorriso forçado, sentindo um nó na garganta.
Luana
vamos então? imagino que esteja cansado não estou certa?
Luka
na verdade, eu não vou ficar na sua casa. O Sr. Allan, o diretor da Escola, falou que eu deveria ir diretamente para lá assim que pusesse os pés aqui
falei, estava mentido? Sim, ela precisava saber? Não.
Luana
ah, então sendo assim, vou te levar à escola. Tudo bem para você?
Ela responde, e a vontade de falar " não " é enorme, mas me controlo.
Ela diz animada e eu concordo.
Seguimos para fora do Aeroporto e entramos em um carro de luxo vermelho. Assim que coloco o cinto de segurança, ela dá partida e seguimos em direção ao colégio.
O carro desliza pelas ruas movimentadas da cidade enquanto minha mente viaja entre lembranças e expectativas. O que será que me espera nessa nova vida? E será que Luana realmente se importava comigo ou tudo isso era apenas uma formalidade?
O caminho até a escola foi um misto de ansiedade e um silêncio constrangedor. Luana tentava puxar conversa, mas eu sentia um bloqueio dentro de mim, como se a barreira invisível estivesse me separando dela.
Luana
então, Luka, como foi a viagem?
Luka
foi longa.... Cansativa
Respondo de forma breve, desviando o olhar para a janela.
Luana
e como vai seu pai? Ele estar com alguém?
Luka
ele vai bem, e não, ele não estar com ninguém. Afinal, ele nunca esqueceu a mulher que o abandonou com uma criança de 9 meses
Digo, deixando que as palavras saiam mais pesadas do que eu pretendia.
Um silêncio pesado se estalou no carro. Luana ficou calada por alguns minutos, processando o que acabei de dizer.
Luana
Eu....sinto muito Luka
Ela finalmente diz, quebrando o silêncio. Mas sua voz é suave e hesitante.
Luana
eu só queria saber se ele estava feliz.... você sabe
a tristeza nas palavras dela ressoa em mim. Eu não queria se o responsável por essas melancolia.
Chegamos à escola e o prédio era imponente me causando um misto de admiração e medo. Ao sair do carro, Luana se aproxima de mim.
Luana
quer que eu te acompanhe até a diretoria?
Ela sugere com um sorriso esperançoso.
Luka
não precisa se preocupar com isso. Eu vou sozinho
Luana
tudo bem....só queria ajudar
Diz ela, com um tom triste na voz.
Luka
a gente se vê no sábado.... até
Entro na escola e sinto o peso do olhar dela nas minhas costas. O corredor é movimentado e barulhento: estudantes conversam e riam enquanto eu ando em direção à diretoria.
Por que é tão difícil deixar ela se aproximar? ela é minha mãe ou pelo menos deveria ser.
Enquanto procuro a diretoria, perguntas sem resposta ecoam na minha mente. Mas por agora, prefiro deixar esses pensamentos de lado.
Chapter Three
Depois que passei na diretoria e peguei meus horários de aulas com as regras da escola, as chaves do meu dormitório e armário, fui em busca do meu quarto. Uma tarefa nada fácil, já que esse lugar é enorme e parece um labirinto.
Estou há 10 ou 20 minutos procurando meu quarto? Na verdade, eu não faço ideia do tempo que passou; só sei que meus pés estão doendo e eu já estou cansado.
Então, olho para o lado e finalmente vejo o quarto com o número da minha chave: 327 Bloco 𝐂. Entro no quarto e coloco minhas coisas perto da única cama desocupada.
A outra cama tem uma mala e duas mochilas, pelo visto vou ter companhia.
Peguei meu celular e sai do quarto para explorar o Colégio, como o diretor sugeriu. Claro que eu preferi ir sozinho: quem sabe assim eu me perco e nunca mais apareço.
Coloco minha playlist e fui caminhando enquanto escutava minhas músicas, bem distraído. Foi então que vi um garoto andando de skate no meio do corredor, conversando animadamente com outro menino.
Tentei desviar, mas já era tarde demais. Acabamos caindo no chão— o Skate dele voou longe e eu caí por cima dele. Pelo menos não sou eu quem vai ficar todo dolorido depois.
Filipe
Mas que merda..... Sai de cima!
Disse o garoto, enquanto me levanto.
Luka
Olha para onde anda! Você tá andando com os olhos vendados? Quem fica aí andando de skate no meio do corredor?!
Falei, meio irritado ao lembrar que estava com meu celular em mãos e ele poderia ter quebrado.
Filipe
Olha quem fala! Não era eu que estava com os olhos grudados na tela do celular!
Luka
Pelo menos eu estava olhando para aonde ia! Você nem se quer estava olhando para frente
falei, já querendo dar um soco na cara dele.
Lorenzo
Ei, ei, acalmem-se vocês dois! Desculpa pelo Filipe; ele sempre estar distraído. A propósito, meu nome é Lorenzo e como você escutou, esse é o Filipe
Disse o garoto, estendendo a mão para mim.
Respondi, apertando sua mão.
Filipe
pronto, já acabou a formalidade. Desculpa aí..... Luka
Disse enquanto se afastava e arrastava Lorenzo junto dele.
Voltei a caminhar, mas logo escutei alguém chamar por mim. Olhei para trás e vi Lorenzo correndo em minha direção.
Lorenzo
Você é o aluno novo certo? O diretor pediu-me para lhe mostrar o Colégio. Claro, se você quiser
Luka
Por mim tudo bem, se não for um incomodo para você
Lorenzo
não será um incomodo nenhum, vamos então? Vou te mostrar o refeitório
Disse Lorenzo com um sorriso animado. Concordei que sim com a cabeça e seguimos em direção ás escadas indo para o primeiro andar.
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