Personagens Principais
Valentina Moretti (27 anos)
●Investigadora da polícia federal italiana, infiltrada na máfia como garçonete.
●Bela, inteligente, provocante, especialista em combate e sedução.
●Orgulhosa, mas se vê vulnerável perto de Enzo.
●Vai se tornando cada vez mais cúmplice dele até abandonar tudo pela paixão e pelo poder.
Enzo Bianchi (32 anos)
●Don da máfia italiana após a morte do pai.
●Frio, calculista, sedutor e dominador.
●Ao descobrir a verdadeira identidade de Valentina, se vê dividido entre executá-la ou possuí-la.
●Decide tê-la ao seu lado como parceira, amante e rainha do seu império.
Lorenzo Bianchi (28 anos)
●Irmão mais novo de Enzo.
●Explosivo, ciumento e protetor.
●Sente uma atração perigosa por Valentina, e se torna um obstáculo no relacionamento dela com Enzo.
●Será o primeiro a desconfiar da traição dela à polícia.
Helena Vasquez (30 anos)
●Parceira de Valentina na polícia.
●Obcecada pela missão e por manter a amiga longe do mafioso.
●Quando Valentina trai a polícia, Helena jura vingança.
Matteo Ricci (35 anos)
●Agente federal, ex de Valentina.
●Faz parte da operação secreta para capturar Enzo.
●Trai a polícia por ciúmes e se alia a uma máfia rival para destruir o casal.
Capítulo 1 – Infiltrada
O som das taças, os risos abafados e a música suave preenchiam o salão do luxuoso restaurante La Notte Nera, reduto da família Bianchi, em Nápoles. Era ali que os negócios eram tratados com vinho caro, olhares frios e ordens sussurradas entre cigarros e ameaças veladas.
Valentina Moretti entrou pela porta dos fundos vestindo o uniforme justo de garçonete, a camisa branca parcialmente aberta, a saia preta colada nas coxas e salto alto. O disfarce era simples, mas eficaz. O cabelo estava preso em um coque frouxo, deixando à mostra a tatuagem falsa na nuca — um pequeno escorpião, símbolo da lealdade à família criminosa rival, um detalhe calculado para chamar atenção.
Ela sentia os olhares de homens sedentos percorrendo seu corpo enquanto cruzava o salão com uma bandeja de champanhe. Mas havia um olhar em especial que queimava. Um olhar que parecia despir cada camada da sua alma.
Enzo Bianchi.
Sentado à mesa principal, de terno preto impecável e camisa parcialmente aberta no peito, o Don da máfia italiana estava cercado por homens armados, mas era ele quem exalava o verdadeiro perigo. Os olhos escuros e intensos a seguiram como se soubessem exatamente quem ela era — ou o que escondia.
Valentina engoliu seco, controlando a respiração. Ela estava ali para coletar informações, identificar os membros da família Bianchi e, com sorte, se aproximar do próprio Don. O plano era simples: seduzir, se infiltrar, derrubar.
Mas quando Enzo ergueu o olhar e seus olhos se encontraram, algo nela estremeceu.
— Você é nova — ele disse com a voz grave, puxando uma cadeira ao seu lado. — Sente-se. Quero saber quem você é.
Ela hesitou. Isso não estava no script. Sentar ao lado dele no primeiro dia era arriscado… Mas recusá-lo seria ainda mais perigoso.
Valentina se sentou. Enzo se inclinou, a voz baixa roçando seu ouvido.
— Tem algo em você que me intriga... Seu cheiro, seu olhar. Você não parece uma simples garçonete.
— Talvez você esteja acostumado com mulheres submissas demais — ela retrucou, provocando.
Enzo sorriu, lento, com o canto da boca, e seus dedos tocaram de leve a pele exposta do ombro dela.
— Gosto de mulheres que mordem... antes de se renderem.
A pele de Valentina arrepiou. Cada célula do seu corpo gritava alerta, mas também… desejo. Era errado. Era perigoso. Mas era real.
Ela se levantou, tentando encerrar o jogo.
— Preciso voltar ao trabalho, senhor Bianchi.
— Você vai voltar — ele disse, recostando-se na cadeira com um sorriso perigoso. — Mas não para servir. Vai voltar para mim.
Ela saiu, os passos rápidos, o coração batendo forte no peito. Sabia que havia cruzado a linha. O olhar de Enzo a havia marcado. E ela também havia o marcado. O jogo começara. E, pela primeira vez, Valentina sentia que talvez não fosse ela quem estivesse no controle.
No dia seguinte, Valentina chegou ao restaurante ainda mais atenta. Sabia que estava pisando em terreno minado. Cada gesto seu era observado. Cada olhar carregava desconfiança. E o pior: ela não parava de pensar nele.
Ao final do turno, quando se preparava para sair pelos fundos, um dos capangas se aproximou.
— O Don quer jantar com você. Sala privada. Agora.
Valentina engoliu em seco. O plano era se aproximar… Mas não tão rápido. Respirou fundo, ajeitou a blusa branca justa, desfez o coque e deixou o cabelo cair solto, como se não ligasse. Como se não estivesse com o coração disparado.
A sala privada era luxuosa, com uma longa mesa de madeira escura, cortinas de veludo e luz baixa. Enzo já estava lá, de pé, segurando uma taça de vinho. O terno havia ficado mais informal: sem gravata, mangas arregaçadas. Os primeiros botões da camisa abertos mostravam um vislumbre do peito tatuado.
— Sente-se — ele disse, sem rodeios.
Ela obedeceu. O garçom entrou com duas taças e desapareceu, deixando-os a sós. O silêncio entre eles era denso. Elétrico.
— Ainda não sei seu nome — ele comentou, girando o vinho na taça. — E você já está nos meus pensamentos há vinte e quatro horas.
Valentina sorriu de canto.
— E você já está me testando há vinte e quatro horas.
— Talvez. Ou talvez eu só queira descobrir até onde você pode ir.
Ele se aproximou, pegando delicadamente uma mecha do cabelo dela e cheirando.
— Você tem cheiro de provocação. E perigo. Isso me excita.
Ela cruzou as pernas lentamente, sabendo exatamente o que fazia. Enzo percebeu, e os olhos escureceram.
— Não devia brincar com fogo, Don Bianchi.
— Eu sou o fogo, Valentina. E você acabou de pular dentro das chamas.
Ela congelou por um segundo. Ele sabia seu nome.
— Como...?
— Você acha que eu deixaria qualquer mulher sentar na minha mesa? — ele rosnou, deslizando os dedos pela perna dela, por cima da meia arrastão. — Sei que não é uma garçonete. E, ainda assim, aqui está você. Aceitando meu vinho, minha presença... Me provocando.
Valentina ficou muda. A tensão sexual entre eles era como um elástico prestes a arrebentar.
— Então por que não me entrega à polícia? — ela provocou, o coração acelerado.
— Porque você é minha agora. — Enzo se aproximou, encostando a boca na dela sem beijar. — E eu gosto de brincar antes de dominar.
Ela sentiu a respiração falhar. Mas não recuou.
— E se eu te dominar primeiro?
O beijo veio então, selvagem. Ele puxou sua nuca com força, a boca invadindo a dela com fome e autoridade. As línguas se encontraram num ritmo feroz. Ele a empurrou contra a parede da sala, suas mãos firmes segurando sua cintura.
Os dedos dele subiram por baixo da blusa, encontrando sua pele quente, enquanto ela arranhava seu peito por dentro da camisa. Enzo gemeu baixo, rouco, contra a boca dela.
— Está jogando um jogo perigoso, agente…
— E você está me deixando viciada — ela sussurrou, entre beijos.
Ele a ergueu pela cintura com facilidade e a sentou na mesa, afastando suas pernas sem delicadeza. O calor entre eles era quase insuportável.
— Se me deixar continuar… não haverá volta — ele murmurou, seus dedos brincando na barra da calcinha.
— Eu já passei da linha… — ela arfou. — Então me faça cruzar todas as outras.
Enzo sorriu, vicioso.
— Como quiser.
A atmosfera dentro da sala privada era densa, carregada de tensão, cheiro de vinho e luxúria contida. Valentina estava sentada sobre a mesa de madeira nobre, as pernas ligeiramente abertas, os olhos incendiados pelos de Enzo. Ele estava entre elas, como um predador prestes a saborear sua presa favorita.
Seu corpo inteiro ardia, mas era sua mente que estava rendida.
Os dedos de Enzo deslizaram pelas coxas dela com firmeza. Ele puxou a calcinha de renda preta com um único movimento, fazendo o tecido rasgar com um estalo que a fez arfar. Ele ergueu o pedaço de pano diante dos olhos dela e sussurrou:
— Isso agora é meu.
Ela mordeu o lábio inferior, sentindo um arrepio subir pela espinha. Aquele homem a tirava do eixo com um simples olhar — mas o toque dele era outra coisa. Era pecado. Era domínio.
— Deite-se — ele ordenou, com a voz mais baixa e rouca.
Valentina se deitou de costas sobre a mesa. O frio da madeira contra a pele contrastava com o calor febril entre suas pernas. Enzo afastou a saia até a cintura e admirou a visão com um sorriso de pecado nos lábios.
— Tão perfeita… e minha. A policial valente, agora toda entregue — ele provocou, passando a língua pelos lábios.
Valentina arqueou o corpo quando sentiu os dedos dele tocarem sua intimidade, lentos, explorando. Ele sabia exatamente onde pressionar, onde acariciar. Seus dedos brincavam com o clitóris dela com movimentos circulares, alternando força e suavidade. A respiração de Valentina estava descompassada. Seus gemidos baixos ecoavam pela sala.
Mas ele queria mais.
Enzo se abaixou entre suas pernas e, sem aviso, deslizou a língua quente contra ela. Valentina gemeu alto, a mão voando para os cabelos dele, puxando com força enquanto sentia as ondas de prazer se intensificarem. A língua de Enzo era habilidosa, exigente, insaciável.
— Você tem gosto de desafio — ele murmurou contra sua pele, antes de voltar a chupá-la com mais intensidade.
Quando os tremores tomaram conta de Valentina, ela soltou um gemido alto, o corpo se arqueando, a visão turva pelo orgasmo. Mas ele não parou. Continuou a provocá-la até sentir o corpo dela implorar por alívio.
— Enzo… — ela suplicou, ofegante. — Me fode.
Ele se ergueu, desabotoando a calça. O membro duro e imponente saltou para fora, e ela o olhou com desejo ardente.
— Achei que você mandava em tudo — ela sussurrou, desafiando.
— Eu mando. Inclusive no seu prazer — ele retrucou, puxando-a pela cintura até a beirada da mesa.
Com um único movimento, ele a penetrou devagar, firme, fundo. Valentina soltou um gemido rouco, os olhos fechando ao sentir-se completamente preenchida. O ritmo começou lento, torturante, e então acelerou. Cada investida era profunda, brutal, deliciosa. Os corpos se chocavam, a mesa rangia, o ambiente cheirava a sexo e desejo reprimido.
Enzo segurava sua cintura com força, enquanto rosnava palavras em italiano entre os dentes. Valentina arranhava as costas dele, gemendo seu nome como se ele fosse seu pecado e sua salvação.
— Diga que é minha — ele exigiu, a respiração falha.
— Sou sua… só sua — ela gemeu, entre soluços de prazer.
Quando ambos chegaram ao ápice, foi intenso, arrebatador. Valentina nunca tinha sentido nada parecido. O mundo parecia ter desaparecido. Restavam apenas os dois — despidos, ofegantes, conectados como fogo e gasolina.
Enzo beijou seu pescoço com suavidade, e pela primeira vez, não havia só luxúria em seu olhar… havia posse. E algo mais profundo.
— Agora você faz parte do meu mundo, Valentina. E não tem mais volta.
Ela não respondeu.
Porque, no fundo… não queria fugir.
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