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Doce Inocência

capítulo 1

Personagens Principais:

Arthur Mancini (30 anos)

CEO da empresa Mancini Group. Inteligente, perfecionista, educado, reservado. Nunca teve uma experiência amorosa ou sexual. Acredita que o amor é uma distração... até conhecer Luna.

Luna Costa (22 anos)

Faxineira da empresa Mancini Group. Alegre, espontânea, humilde e cheia de sonhos. Teve uma infância difícil e aprendeu a lutar sozinha. É quem vai quebrar as barreiras do CEO.

Personagens Secundários:

Amanda Mancini (27 anos)

Irmã de Arthur. Moderna, livre, divertida e mente aberta. Incentiva o irmão a se soltar mais. É a primeira a perceber o interesse dele por Luna.

Eduardo “Dudu” Ferreira (32 anos)

Melhor amigo e sócio de Arthur. Já teve muitas mulheres e tenta "ensinar" Arthur a se soltar, mas com Luna, tudo sai do controle.

Vera Costa (43 anos)

Mãe de Luna. Adoentada e gentil. Mora com a filha em uma casa simples, mas cheia de amor.

Camila Duarte (25 anos)

Secretária invejosa e interesseira da empresa. Tem uma queda por Arthur e vê Luna como ameaça.

Rosa (55 anos)

Supervisora das faxineiras. Trata Luna como filha e sabe que ela merece mais da vida.

Matheus (26 anos)

Ex-namorado abusivo de Luna. Ressurge no meio da história para tentar atrapalhar a sua felicidade.

Começando o Capítulo 1

Arthur Mancini caminhava pelos corredores de vidro do 34º andar como um rei intocável em seu castelo de aço e concreto. A gravata impecavelmente alinhada, o paletó sob medida e o olhar frio e calculista faziam dele uma figura quase inacessível. Os funcionários se calavam quando ele passava, admirando e temendo aquele homem que, apesar de jovem, comandava um império bilionário com pulso firme.

Mas havia um segredo guardado a sete chaves sob aquela postura perfeita: Arthur era virgem. Nunca se envolvera com mulher alguma. E não por falta de oportunidade. Era por medo. Por controle. Por trauma. Um segredo que apenas sua irmã Amanda conhecia.

Enquanto isso, no subsolo do edifício, Luna Costa terminava de limpar uma das salas de reunião. Com os cabelos presos em um coque malfeito e um uniforme simples, ela cantarolava baixinho uma música romântica dos anos 90. Não tinha ideia de quem era o CEO ou como ele se parecia. Apenas sabia que precisava daquele emprego para pagar o tratamento da mãe e garantir o arroz do mês.

O destino, porém, tinha planos diferentes para os dois.

 

Arthur decidiu, excepcionalmente, descer até o andar de reuniões pessoalmente para verificar um projeto. Estava irritado, cansado e distraído. Ao abrir a porta da sala, não esperava encontrar uma jovem ajoelhada no chão, com um pano na mão e fones nos ouvidos.

— Ahn... Com licença — disse ele, com a voz rouca e séria.

Luna se assustou, tirando os fones de forma atrapalhada. Os olhos castanhos dela encontraram os dele. Havia algo ali... algo inocente, real... e diferente de tudo que Arthur já havia sentido.

— Me desculpa! Eu não sabia que... — ela começou a dizer, tentando se levantar rápido, mas escorregou no próprio balde.

Instintivamente, Arthur avançou e a segurou pela cintura. O toque, por mais rápido que fosse, fez ambos prenderem a respiração. Os olhares se cruzaram novamente. O mundo pareceu desacelerar por um segundo.

— Está tudo bem? — ele perguntou, ainda segurando-a com firmeza.

— Sim... só o ego que ficou meio machucado — respondeu Luna com um sorriso tímido, tentando disfarçar a vergonha.

Arthur piscou devagar. Aquela garota não o olhava como todos os outros. Não havia medo, bajulação ou interesse. Apenas uma simplicidade doce que o desarmou completamente.

— Qual é o seu nome?

— Luna. Luna Costa. Eu sou só... a faxineira.

Arthur, pela primeira vez em muito tempo, sorriu.

— E eu sou só... o Arthur.

E naquele instante, algo invisível foi criado entre eles. Um laço sutil, inesperado e poderoso. O CEO intocável havia sido tocado — não pelas mãos de Luna, mas pela essência dela.

E ele sabia, no fundo, que sua vida jamais seria a mesma.

capítulo 2

Capítulo 2 – O Efeito Luna

Desde o encontro inesperado na sala de reuniões, Arthur não conseguia tirar Luna da cabeça. Algo nela havia mexido com ele de uma forma que nenhuma mulher jamais conseguira. E isso o deixava... desconcertado.

Na manhã seguinte, enquanto revisava contratos importantes, ele se pegou escrevendo “Luna” no canto de uma folha. Riscou imediatamente e soltou um suspiro irritado.

“Isso é ridículo”, pensou. “Você tem 30 anos, Arthur. E ela é só uma faxineira.”

Mas o coração, mesmo treinado pela lógica e pelo silêncio, começava a falhar.

 

Luna, por sua vez, também não conseguia esquecer os olhos claros e intensos daquele homem. Ela não sabia que ele era o CEO. Só soube horas depois, quando Rosa, a supervisora, comentou sobre o “intocável Sr. Mancini”.

— Aquele ali não se mistura com ninguém, Luna. É sério, garota. Dizem que ele nunca teve nem uma namoradinha... — disse Rosa, com um tom mais de fofoca do que de aviso.

Luna engoliu seco. Aquele homem sério, frio e absurdamente bonito era... virgem? Isso explicaria o jeito envergonhado, a forma como a segurou, como a olhou.

— Não se preocupe, Rosa. Eu não estou interessada — mentiu Luna, com um sorriso sem graça.

Mas o coração dela acelerava só de lembrar do toque dele em sua cintura.

 

Naquela tarde, Arthur decidiu descer ao refeitório da empresa pela primeira vez em meses. Não era algo que costumava fazer, mas havia uma curiosidade crescente dentro dele. E, de forma quase inconsciente, ele sabia exatamente o que ou quem procurava.

Luna estava sentada sozinha num canto, com um prato de macarrão à bolonhesa e um livro nas mãos. Lia devagar, com os olhos brilhando a cada linha. Arthur se aproximou como quem observa uma obra de arte.

— Gosta de romances? — perguntou, parando ao lado dela.

Luna levantou os olhos, surpresa.

— Arthur?

— Achei que já tivesse me esquecido — disse ele, com um sorriso discreto.

— Difícil esquecer alguém que aparece do nada e te segura no colo — brincou ela, rindo levemente.

Arthur, por dentro, estava em chamas. Mas por fora, manteve o controle.

— Posso me sentar?

Luna hesitou por um segundo, depois apontou a cadeira.

— Claro. Mas vai chamar atenção.

— Eu não me importo.

E ali, diante dos olhares surpresos de todos no refeitório, o CEO intocável sentou-se com a faxineira. E pela primeira vez em anos... ele se sentiu humano.

 

Mal sabiam eles que aquele simples almoço seria o início de algo grandioso, intenso e transformador.

Capítulo 3 – Desejos Inesperados

Os dias seguintes foram uma mistura de tensão e encantamento para Arthur e Luna.

Arthur tentava se convencer de que era apenas curiosidade... uma distração temporária. Mas o modo como Luna sorria, como falava sobre a vida com leveza, como tratava todos com gentileza — tudo isso mexia com ele mais do que deveria.

Luna, por outro lado, começou a evitá-lo. Não por falta de vontade, mas por medo. Medo de se envolver com alguém tão distante do seu mundo. Medo de se machucar de novo.

 

Naquela quarta-feira, Luna trabalhava sozinha em um dos corredores vazios do 32º andar. Estava concentrada, limpando os vidros, quando sentiu uma presença atrás de si.

— Está fugindo de mim? — a voz dele veio suave, mas firme.

Ela se virou devagar, o pano ainda nas mãos.

— Eu só... achei que fosse melhor manter distância.

— Por quê?

Ela hesitou.

— Porque nós somos diferentes, Arthur. Muito diferentes.

Ele deu um passo à frente, observando o rosto dela com intensidade.

— Eu nunca conheci alguém como você, Luna. E acredite... isso me assusta.

— Eu também estou assustada.

Um silêncio se formou entre os dois, carregado de tensão. Arthur deu mais um passo. Estavam tão próximos agora que podiam sentir a respiração um do outro.

— Eu não sei exatamente o que estou sentindo... — ele confessou, os olhos fixos nos lábios dela. — Mas é novo. É forte. E é só com você.

Luna engoliu em seco, o coração batendo forte.

— Arthur...

— Sim?

— Você já... sentiu desejo por alguém?

Ele arregalou os olhos, pego de surpresa. A resposta veio baixa, quase como um sussurro envergonhado.

— Não. Até agora.

Os olhos de Luna brilharam. Ela viu ali, naquele homem aparentemente inabalável, um garoto inseguro pedindo permissão para sentir. E isso a tocou mais do que qualquer declaração de amor.

Ela sorriu, suave.

— Então respira fundo, Arthur... porque o desejo vai vir como um furacão.

Ele não respondeu. Só a olhou como se ela fosse o universo inteiro.

 

Naquela noite, deitado em sua cama, Arthur tocou os próprios lábios, lembrando-se do quase-beijo que não aconteceu. E sentiu, pela primeira vez na vida, uma vontade incontrolável de tê-la nos braços.

Desejo. Puro e inesperado.

E ele sabia que estava apenas começando.

capítulo 3

Capítulo 4 – A Primeira Vez Que Sonhei com Você

Arthur Mancini era um homem de rotina. Dormia todos os dias às 22h, acordava às 5h, corria, tomava café, e ia direto para o trabalho. Seus sonhos, quando apareciam, eram frios, sem rostos, apenas memórias desconexas de números e responsabilidades.

Mas naquela noite, tudo mudou.

 

Luna estava em seus sonhos.

Vestida de branco, com os cabelos soltos e os pés descalços, ela sorria para ele em um campo aberto. O vento bagunçava seus cabelos, e ela o chamava com os olhos. Arthur andava até ela, e quando estendeu a mão para tocá-la, ela sumia no ar.

Ele acordou com o coração acelerado, suando frio. Levou alguns segundos para perceber que aquilo não era apenas um devaneio... era desejo. Era carência. Era paixão nascendo, mesmo que ele não entendesse como.

 

Naquela manhã, Luna também acordou diferente. Havia sonhado com Arthur. Estavam em um jardim, rindo, como se fossem íntimos. Ele a abraçava pelas costas e sussurrava promessas ao ouvido.

Ela sorriu ao lembrar, mas o sorriso logo sumiu.

— Não posso me apaixonar por ele... — murmurou, olhando para o teto da pequena casa que dividia com a mãe.

Mas já era tarde. Os sentimentos tinham criado raízes.

 

Na empresa, os olhares já começavam a notar a aproximação entre o CEO e a faxineira. Camila, a secretária, andava com os olhos cheios de veneno. Até Amanda, irmã de Arthur, percebeu algo e decidiu sondá-lo.

— Você anda diferente, maninho — ela comentou, entrando sem bater em sua sala.

Arthur fingiu estar concentrado nos papéis, mas não respondeu.

— Está mais leve. Mais... humano. Posso saber o motivo?

— Estou focado — respondeu ele, seco.

Amanda o estudou por alguns segundos e então soltou um sorriso malicioso.

— É a faxineira, né?

Arthur arregalou os olhos.

— Amanda...

— Relaxa. Eu não vou contar a ninguém. Só quero que você saiba que... se for ela que te faz sorrir desse jeito, então não lute contra isso.

Arthur ficou em silêncio. Mas por dentro, ele sabia: era a primeira vez que alguém invadia seus sonhos. A primeira vez que ele se permitia imaginar uma vida com alguém.

E esse alguém era Luna.

 

Naquela noite, ele deitou com um leve sorriso no rosto. E sonhou com ela de novo.

Mas dessa vez, quando estendeu a mão... ela ficou.

Capítulo 5 – Ciúmes no Ar

O clima na empresa estava começando a mudar. Pequenos olhares, cochichos pelos corredores, e principalmente a presença constante do CEO no andar de manutenção já não passavam despercebidos.

Luna tentava agir com naturalidade, mas cada vez que via Arthur se aproximar, sentia o coração descompassar. Ele não era apenas o chefe agora. Era ele. O homem que visitava seus sonhos e seus pensamentos mais íntimos.

 

Naquela sexta-feira, Rosa, a supervisora, comentou em tom de brincadeira:

— Olha só quem tá virando a queridinha do CEO... Vai acabar trocando a vassoura por salto alto, hein?

Luna riu, nervosa.

— Para, Rosa... não tem nada disso.

— Ah, minha filha, se ele olha pra todas como olha pra você, me avisa que eu boto um batom também!

As duas caíram na gargalhada. Mas o momento descontraído não passou despercebido.

Camila, a secretária de Arthur, ouviu a conversa ao passar pelo corredor. E seu sangue ferveu. Ela nutria uma paixão secreta (e doentia) por Arthur há anos. Vê-lo sorrindo por causa de uma faxineira era simplesmente insuportável.

 

Mais tarde, enquanto Luna terminava de limpar a sala de reuniões, Matheus apareceu. Um estagiário bonito, falante, que vivia tentando puxar conversa com ela.

— Você está cada vez mais linda, sabia? — ele disse, com um sorriso cafajeste.

— Obrigada, Matheus, mas estou trabalhando, tá?

— Só estou dizendo o que todo mundo pensa. E... ouvi dizer que você anda íntima do chefão.

Luna o encarou, séria.

— Não é da sua conta.

Nesse exato momento, Arthur apareceu na porta. Observou a cena em silêncio, os olhos fixos em Matheus. Ele não disse nada. Apenas entrou calmamente e encarou Luna.

— Posso falar com você, Luna?

Matheus arregalou os olhos e saiu, sem graça. Luna sentiu o corpo inteiro tremer.

— Claro... — respondeu, baixinho.

 

Arthur a conduziu até a sala de vidro ao lado. Assim que a porta se fechou, ele se virou, visivelmente incomodado.

— Quem era aquele?

— Um estagiário. Matheus. Por quê?

Arthur passou a mão pelos cabelos, frustrado.

— Ele estava flertando com você.

— E daí?

— E daí que... — ele hesitou, lutando com as próprias emoções. — Eu não gostei.

Luna cruzou os braços, olhando para ele com firmeza.

— Você está com ciúmes, Arthur?

Ele não respondeu de imediato. Apenas encarou os olhos dela como se procurasse permissão para ser vulnerável.

— Sim. Estou.

Luna sentiu o estômago gelar. Ele estava mesmo sentindo ciúmes... por ela.

— Você não tem esse direito, Arthur — disse, com delicadeza, mas com firmeza. — A gente mal se conhece.

— Então me deixe conhecer você, Luna. Eu não quero mais ficar longe.

O silêncio entre eles foi cortado apenas pelos batimentos acelerados de dois corações.

 

E naquele instante, Arthur deu o primeiro passo: tocou a mão de Luna com os dedos. Foi leve, mas cheio de intenção.

Luna não puxou. Não recusou. Mas também não retribuiu. Ainda.

Ele teria que conquistar cada pedacinho dela. E ela... já estava começando a gostar da ideia.

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