Era uma noite tempestuosa na fazenda, com a chuva batendo furiosamente contra as janelas e o vento soprando com força, criando um som ensurdecedor que parecia sussurrar segredos antigos. Maxwell estava deitado em sua cama, mas o sono não vinha. A sensação de inquietude o envolvia, como se algo estivesse prestes a acontecer. Ele sabia que, quando fechasse os olhos, o terror iria começar e lutou para não dormir.
Quando finalmente o sono venceu, ele adormeceu e mergulhou em um pesadelo recorrente que o atormentava há anos. Neste sonho, ele se via novamente na fazenda, mas tudo estava distorcido e envolto em uma névoa sinistra. O céu estava carregado de nuvens escuras e a atmosfera era pesada, como se a própria terra estivesse retendo um segredo sombrio.
Ele caminhava atordoado pela propriedade, sentindo o chão enlameado sob seus pés descalços. O som da chuva misturava-se ao farfalhar das folhas e ao assobiar do vento. Ele sentia um peso no peito, como se estivesse sendo observado. Então, em meio à neblina, ouviu o som inconfundível de cascos de cavalo. O barulho ecoava na escuridão, cada batida ressoando como um aviso.
De repente, ele virou-se e viu uma figura montada em um cavalo negro. A criatura parecia imponente e ameaçadora, mas o rosto da pessoa estava escondido nas sombras do capuz. O cavalo avançava lentamente em sua direção, e sentiu seu coração disparar enquanto tentava correr. No entanto, seus pés estavam grudados ao chão como se estivessem presos por correntes invisíveis.
Ele tentava gritar, mas um sufocamento o impedia de emitir qualquer som. A figura continuava a se aproximar com uma calma perturbadora, e o rapaz sentiu uma onda de terror dominá-lo. Era como se aquela presença fosse uma personificação de seus medos mais profundos, algo que o lembrava de um evento trágico que não conseguia se recordar.
A cada passo do cavalo, flashes de memórias começavam a surgir: risos distantes, uma sombra passando rapidamente e então… nada. O vazio tomava conta da sua mente enquanto ele lutava para entender o que havia acontecido. A figura montada parou diante dele, e apesar da escuridão que ocultava seu rosto, sentiu que conhecia aquela presença, era alguém do seu passado. Mas se perguntava… quem? E por que sentia tanto medo?
No instante em que ele finalmente conseguiu se mover para trás, acordou em um sobressalto. O quarto estava escuro e silencioso, exceto pelo som da chuva ainda caindo lá fora. Seu corpo estava encharcada de suor frio, seu coração batia descompassado no peito. A sensação de sufocamento ainda persistia enquanto ele tentava recuperar o fôlego.
Esse pesadelo sempre deixava um rastro de confusão e medo em sua mente. O que tinha acontecido no passado? Por que aquela figura misteriosa sempre aparecia? Maxwell, sabia que havia algo ali, algo enterrado profundamente em suas memórias, mas não conseguia alcançar essa verdade aterrorizante.
Com a tempestade rugindo lá fora e os ecos do sonho ainda ressoando em sua mente, ele se perguntava se algum dia conseguiria desvendar os mistérios que assombravam sua alma.
A fazenda de Maxwell é uma enorme propriedade, construída com o suor de anos trabalhados pelo rapaz. As paredes da casa são adornadas com retratos dele, sua mãe e irmã desde que chegaram aquela cidadezinha.
A chuva ainda cai pesadamente do lado de fora, criando um som constante que ecoa pelos corredores vazios da mansão. Relâmpagos iluminam brevemente os cômodos.
Após aquele pesadelo angustiante, seu peito ainda arfava e estava com a sua testa coberta de suor. O peso do pesadelo em sua mente o atormentava, como se as imagens do sonho persistissem, mesmo após abrir os olhos. Passa as mãos pelos cabelos lisos e escuros, tentando se acalmar enquanto respira fundo. A sensação de sufocamento que o pesadelo lhe trouxe ainda está latente.
O rapaz levantou-se da cama, se dirigiu para fora do quarto, com os seus pés descalços fazendo pouco barulho no chão. Ao passar pela porta do quarto da irmã, ele hesita por um momento. A luz fraca que emana do corredor ilumina seu rosto preocupado enquanto ele observa sua irmã dormindo tranquilamente. Um impulso protetor o leva a entrar no quarto e cobri-la com o edredom que havia se deslocado durante a noite. Ele sorri levemente ao vê-la serena, lembrando-se da infância e das vezes que compartilhavam risadas e segredos. Momentos lindos que tiveram com sua mãe, antes da mesma falecer.
Após esse pequeno gesto de carinho, Maxwell passa pelo quarto de seus filho, deixa um beijo em sua testa e retorna ao seu quarto. Ele sente a necessidade de estar sozinho com seus pensamentos, buscando respostas para as perguntas que o atormentam.
Sentado à beira da janela, ele observa a tempestade lá fora. O céu está carregado de nuvens escuras, e os relâmpagos cortam a escuridão como flashes de memória em sua mente. Ele fica horas ali, perdido em pensamentos, tentando entender o que se esconde em seu passado, fragmentos de lembranças que parecem escapulir entre seus dedos toda vez que tenta agarrá-los.
Os pesadelos são constantes em sua vida, eles trazem rostos desconhecidos e lugares sombrios que parecem familiares. Maxwell, não consegue identificar a origem dessas visões perturbadoras e se pergunta se eles são reflexo de traumas não resolvidos ou segredos enterrados há muito tempo. Sua mãe nunca quis dizer nada sobre o passado e isso o atormentava até hoje, ela se foi e o rapaz nunca obteve respostas.
Enquanto observa a chuva torrencial caindo sobre os campos ao redor da mansão, ele também reflete sobre sua conexão com a fazenda. Para ele, aquele lugar é tanto um abrigo quanto uma prisão, é onde cresceu e onde agora enfrenta suas maiores batalhas internas. Ele sente o cheiro da terra molhada entrando pela janela aberta e isso lhe traz um certo conforto, como se a natureza estivesse tentando curar suas feridas invisíveis.
Maxwell sabe que precisa enfrentar seus demônios para encontrar paz. A chuva pode ser vista como uma metáfora de limpeza, mas talvez essa tempestade seja o início de um novo capítulo em sua vida, um convite para explorar as profundezas de seu passado e descobrir quem ele realmente é.
Maxwell…
Sou Maxwell Nasser, tenho 36 anos, solteiro, formado em agronomia e agropecuária. Atualmente, dono de uma das maiores empresas de soluções em defensivos agrícolas e de nutrição foliar, fonte de energia para o solo.
Construí a minha empresa com muito esforço, mas a deixo nas mãos do meu melhor amigo Eduardo. Gosto mesmo é de morar no campo, colocar a mão na massa, trabalho duro é comigo mesmo. Só vou à empresa assinar documentos ou para reuniões importantes que precisam da minha presença.
Tenho 1,90 de altura, corpo forte e definido que fala de um passado repleto de desafios físicos. Os músculos bem trabalhados são como troféus de uma vida de trabalho árduo, moldados por horas dedicadas a atividades que exigem resistência e força. Cabelos lisos pretos que caem de maneira quase rebelde sobre a testa. A cor escura contrasta com a clareza dos meus olhos azuis, uma tonalidade tão clara que parece refletir a luz do céu em um dia ensolarado. Esses olhos, no entanto, carregam uma carga emocional que vai além da beleza, são janelas para uma alma marcada por experiências profundas. Olhar para eles é como mergulhar em um oceano de sentimentos contidos, onde a dor e a determinação coexistiam.
Contenho um rosto que exibi traços rústicos, a minha pele branca é levemente bronzeada pela exposição ao sol, mãos calejadas pelo trabalho e cicatrizes discretas: marcas de batalhas passadas, tanto físicas quanto emocionais. Não me importo com a estética convencional, a minha aparência bruta reflete a minha natureza direta e sincera.
O amor foi uma chama ardente em meu coração, mas agora é uma memória distante, algo que prefiro esquecer. O fechamento emocional que impus a mim mesmo é uma defesa contra a vulnerabilidade que senti por ser perigosa demais para explorar novamente. Agora, meu foco está em cuidar do meu filho e da minha irmã, ambos são as minhas prioridades absolutas.
Sou um homem bruto, rústico e sistemático.
Vou contar um pouco sobre a minha vida, óbvio que somente o que me recordo. Me lembro apenas de acordar na fazenda de Christopher, um homem que acolheu eu e minha mãe, quando chegamos à cidade.
Eu tinha 10 anos quando chegamos e não me recordo de nada do que aconteceu, é como se o passado tivesse sido apagado da minha memória.
Movidos por íntima compaixão, abriram as portas da fazenda para nós. Empregaram a minha mãe e me colocaram numa escola particular, para que tivesse o melhor estudo, assim como todos os outros filhos dos funcionários. Eu fui um dos poucos que me esforcei e cheguei longe, mas devo tudo ao Christopher que foi um grande amigo na caminhada.
Quem vejo a minha linda e enorme fazenda, cheia de gado e enormes plantações, não sabe a metade da correria para conciliar trabalho e estudos.
Ele me ensinou tudo o que sei hoje na prática, a primeira terra que eu arei, a primeira soja que plantei, primeiro cavalo que andei, primeira vez que tirei leite... serei eternamente grato por tudo o que fez por mim.
Minha mãe se casou novamente, meu padrasto é um bom homem e sempre cuidou muito bem de nós, porém, com a morte da minha mãe, ele decidiu ir embora. Ainda mantemos contato, mas ele nunca aceitou um tostão do meu dinheiro e nem que eu ajudasse em casa. Também sou grato a ele, pelos anos de alegria que deu a minha mãe.
Nos últimos dias dela, ficava pedindo para eu me cuidar e cuidar da minha irmã que estávamos em perigo. Quando decidiu me contar sobre o passado não aguentou e veio a óbito. Fiquei ainda mais agoniado, pois toda a minha vida tive pesadelos e quando ela morreu, piorou. Gostaria de entender o que realmente aconteceu, mas a minha memória está totalmente apagada, só me recordo da vida aqui em Alberta.
Mesmo tendo me tornado milionário, isso não impediu de ter decepções. Conheci Lexie, na faculdade, ela era uma mulher linda, educada e culta. Nos envolvemos e namoramos por anos, até que ela ficou grávida. Aquele foi um momento maravilhoso, um novo ciclo em nossas vidas. Quando Lucas tinha cerca de dois anos, começamos a perceber que ele não estava atingindo alguns dos marcos de desenvolvimento esperados. Enquanto outras crianças já estavam começando a formar palavras e explorar o ambiente ao seu redor, Lucas se mostrava menos interessado em se comunicar verbalmente. Ele frequentemente preferia brincar sozinho, imerso em seus próprios pensamentos, enquanto outros meninos e meninas da sua idade interagiam entre si.
Notei que Lucas tinha uma maneira particular de brincar, mas sua mãe não aceitava e isso era motivo para frequentes discussões. Ele se concentrava intensamente em objetos específicos, como animais de plástico ou blocos de montar, repetindo padrões e sequências sem se importar muito com o que estava acontecendo ao seu redor. Embora isso fosse fascinante, a falta de interesse em jogos sociais e na interação com outras crianças começou a nos preocupar.
À medida que nosso pequeno crescia, as preocupações aumentaram. Quando ele completou três anos, ainda não falava frases completas e frequentemente usava palavras isoladas ou sons para se comunicar. A comunicação não verbal também parecia estar ausente, Lucas raramente fazia contato visual e evitava expressões faciais que geralmente indicam emoções.
Além disso, notamos reações intensas a estímulos sensoriais. Barulhos altos ou ambientes movimentados o deixavam visivelmente agitado. Em festas de aniversário ou em parques cheios de crianças brincando, ele frequentemente se retirava para um canto tranquilo, cobrindo os ouvidos e parecendo sobrecarregado.
Preocupados com o desenvolvimento emocional e social dele, decidimos procurar a opinião de um pediatra. Durante a consulta, compartilhamos nossas observações sobre o comportamento dele e expressei as minhas preocupações sobre seu desenvolvimento de fala e habilidades sociais.
O pediatra sugeriu uma avaliação mais aprofundada com um especialista em desenvolvimento infantil. Essa recomendação foi um passo importante na jornada da família, embora Lexie não aceitasse que isso era o melhor para ele. Foi uma fase complicada, foram várias brigas, pois ela dizia que nosso filho não era doente para passar por tantos médicos e foram alguns meses de brigas, para aceitar que precisávamos entender o que havia com o nosso filho.
Mesmo a contra gosto dela, a avaliação foi realizada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. O processo envolveu observações diretas do comportamento dele, entrevistas conosco e testes padronizados para avaliar seu desenvolvimento cognitivo, social e comunicativo.
Durante as sessões de avaliação, os especialistas notaram vários comportamentos característicos do espectro autista. Lucas demonstrou dificuldades em compreender normas sociais simples e frequentemente não respondia quando seu nome era chamado. Além disso, sua fixação por objetos específicos foi evidente durante as atividades propostas pelos avaliadores.
Após semanas de avaliação cuidadosa, os resultados saíram. Foi diagnóstico com autismo nível 2 de suporte. Ao questionar sobre a palavra suporte, explicou que ela enfatiza ajuda, é um processo contínuo de aprendizagem e adaptação, que requer paciência, empatia e uma disposição para ouvir e entender.
É uma condição na qual a criança enfrenta desafios significativos na comunicação social e demonstra padrões restritos e repetitivos de comportamento. O médico explicou que isso explicava muitas das dificuldades que Lucas enfrentava nas interações sociais e na comunicação verbal.
Lucas Nasser, 8 anos.
Maxwell…
Ao receber o diagnóstico, foi um momento agridoce. Por um lado, havia um alívio por finalmente ter respostas para as perguntas que me atormentavam, por outro lado, havia uma tristeza pela percepção dos desafios que nosso filho enfrentaria no futuro. Fomos orientados sobre como poderíamos apoiar Lucas por meio de terapias específicas, como fonoaudiologia e terapia ocupacional, além da importância da inclusão social.
Com o diagnóstico em mãos, eu me comprometi a aprender tudo o que podia sobre o autismo e como criar um ambiente acolhedor para ele. Enquanto Lexie se afastava dia após dia de nós e do nosso filho.
Era evidente o preconceito de Lexie e aquilo foi me machucando. As nossas discussões foram aumentando, principalmente quando sugeriu que tentássemos uma nova gestação. Ela não entendia que naquele momento o mais importante era Lucas, era aprender mais sobre o autismo e em como criar um ambiente acolhedor para o nosso pequeno.
No início, tive paciência com ela, acreditando que tudo isso era medo. Eu também estava com medo, mas a diferença é que eu estava disposto a tudo por ele, enquanto ela parecia querer escondê-lo.
Num determinado dia, fui até a cidade assinar alguns papéis na empresa e acabei voltando tarde.
Ao chegar, Lexie não estava mais em casa, nem suas coisas. Ela deixou apenas um bilhete agradecendo pelos anos que passamos juntos, que não poderia mais continuar com o nosso relacionamento, que precisava ser livre e que não aguentaria lidar com duas pessoas problemáticas. Se referindo a mim e ao meu filho.
O chão parecia desmoronar naquele instante, mas prometi que nunca mais entregaria o meu coração a nenhuma outra mulher e dedicaria o resto da vida para cuidar do meu filho e da minha irmã.
Sou homem e também tenho as minhas necessidades, então, vez ou outra, saio com uma amiga, Florença. Ela sabe que não quero nada sério, apenas nos satisfazemos e está tudo certo. Ela trabalha na minha empresa, como diretora do setor técnico de laboratório, é uma excelente profissional.
Resumindo, a minha vida é para cuidar do meu filho e da minha irmã.
Sou como um guardião, alguém cuja missão é oferecer segurança e estabilidade àqueles que mais amo no mundo.
A minha irmã ocupa um espaço importante em nossa vida, ela é meu alicerce emocional. Desde que perdemos a nossa mãe e seu pai foi embora, assumi o papel de protetor.
Sou sistemático em tudo o que faço, desde as rotinas diárias até as pequenas lições que tento ensinar ao meu filho. Ainda estamos em um processo contínuo de aprendizagem e adaptação, mas confesso que tenho aprendido muito com o meu menino.
Como todas as manhã, acordei bem cedo, fiz a minha higiene pessoal e com um sorriso no rosto, me dirige ao quarto de Lucas.
Ao abrir a porta, encontro Lucas ainda aconchegado em seu cobertor.
Me aproximo, inclino e gentilmente digo:
— Bom dia, meu pequeno! — digo tentando despertar Lucas com uma voz suave.
O pequeno abre os olhos lentamente, essa interação matinal é sempre especial, é um momento em que nos conectamos antes que o dia comece.
O meu pequeno se espreguiça e levanta-se da cama, ainda um pouco sonolento. Ajuda-o a escolher a roupa para o dia, uma camiseta confortável com uma estampa de dinossauro e um par de calças jeans. Lucas adora dinossauros, e isso traz um brilho aos seus olhos.
Logo que terminamos, fomos até a cozinha rústica da fazenda, a minha irmã já está na mesa e assim que nos vê sorri.
Sarah é uma garota calorosa, com um jeito acolhedor que faz todos se sentirem à vontade ao seu lado. O aroma do pão fresco assado no forno mistura-se com o cheiro do café recém-passado. Ainda sorrindo, Sarah lhe dá um abraço apertado.
Lucas não tem problemas quanto ao toque físico, obvio que é algo que se limita apenas a mim e sua tia.
— Pronto para mais um dia cheio de aventuras? — pergunta ela, enquanto coloca um prato colorido à frente dele com pão, frutas frescas e um copo de suco natural.
Lucas observa com curiosidade as cores vibrantes dos alimentos, mas sua atenção logo se desvia para a janela, onde vê algumas galinhas ciscando no terreiro.
Enquanto tomamos o café juntos, compartilho histórias sobre as atividades da fazenda, como cuidar das vacas, sobre o plantio de novas sementes no campo, na tentativa de envolver Lucas nas conversas sobre a vida rural. Sarah se anima com a conversa fazendo perguntas simples sobre as preferências dele em relação aos animais ou qual tarefa ele gostaria de fazer mais tarde.
Lucas responde com palavras curtas e gestos entusiasmados quando fala sobre seus animais favoritos na fazenda. Ele menciona os porquinhos com uma alegria genuína que ilumina seu rosto. A interação é cheia de risadas e carinhos, mesmo que às vezes Lucas tenha dificuldades em expressar suas emoções verbalmente, o amor entre nós é palpável.
Após o café da manhã, é hora de se preparar para a escola. Ajudei Lucas a colocar sua mochila nas costas, uma mochila azul cheia de livros ilustrados e materiais escolares coloridos.
Sarah verifica se ele não esqueceu nenhum item essencial como seu lanche e caderno.
Antes de sairmos, fazemos uma rápida parada no quintal para dar uma olhada nas flores que estão começando a florescer na primavera.
Sarah aponta para algumas borboletas que dançam ao redor das flores e diz:
— Olha que lindas, meu amor! Você pode contar quantas você vê durante o caminho até a escola!
Essa atividade simples ajuda Lucas a focar sua atenção e se estimular com as pequenas coisas ao seu redor.
No carro, eu e Sarah vamos o caminho todo conversando, hoje vou leva-los para a escola, pois, tenho uma reunião na empresa. Lucas observa atentamente tudo ao seu redor, absorvendo cada detalhe. Ele pode não ser muito falante, mas seus olhos brilham com curiosidade e alegria pelas pequenas maravilhas da natureza.
Primeiramente, deixo Lucas em sua escola, o ajudo a descer do carro e lhe dou um beijo carinhoso na testa
— Tenha um ótimo dia na escola, filhão! Até mais tarde!
Sua tia também lhe dá um beijo e ele entra com a auxiliar de classe.
Deixo Sarah na entrada do colégio e como sempre ela briga que não precisa, mas faço questão. Sei que ela morre de vergonha, quando a trago no colégio, mas prezo por sua segurança e quero que todos saibam que ela tem alguém que a protege.
Segui para a empresa.
Após resolver tudo na empresa, entrei em meu carro e ia seguindo para a empresa, quando o meu celular toca.
Por um descuido, vou desligar e quando olhei a minha frente uma mulher está pisando na rua. Pisei fundo no acelerador...
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