Você acredita no destino? Antes eu não acreditava, até encontrar o meu destino e mudar minha vida completamente. Eu me chamo Sherry, antes minha família era uma família feliz, eu, meu irmão Skyler, meu pai e minha mãe, vulgo rei e rainha. Mas minha mãe simplesmente desapareceu não deixando nenhum rastro para trás no meu sétimo aniversário em busca das minhas flores favoritas que só cresciam no reino dos humanos. A partir daí meu pai mudou completamente comigo e com meu irmão. O mesmo enviou o Skyler para um internato de treinamento de príncipes herdeiros, o pior lugar para mandar seu próprio filho. Quanto a mim, ele me manteve estudando nesse castelo por nove longos anos.
[...]
Estava escuro, olhei ao meu redor e logo percebi onde eu estava, era a floresta onde minha mãe desapareceu. Mas estava diferente, as flores estavam mortas. Olhei para frente e tinha um espelho, cheguei mais perto e me vi de cabelos brancos e tudo ao redor começou a congelar. Entrei em desespero rapidamente e acordei assustada.
— Era um sonho. Que bizarro. — suspirei aliviada.
Logo ouço a porta do quarto sendo aberta, era a Tine, minha empregada, ela faz questão de não me deixar sozinha por nenhum momento, exceto quando estou no banheiro ou dormindo. É claro, no momento ela é a única pessoa que dá para conversar nesse castelo.
— Bom dia, princesa. O rei está esperando lá em baixo para o café da manhã - disse ela, abrindo a cortina e, logo em seguida, a janela.
— Por que você continua dizendo que ele está me esperando? — levanto da cama, vou em direção ao guarda roupa e o abro.
Ela sempre diz isso, desde a minha infância. No início, eu demonstrei esperança ao conversar com ele, mas ele continuou me ignorando, aí percebi que, no final, ele não estava me esperando. Então perdi as esperanças.
— Ele parece não se importar, mas ele se importa de verdade, ele é o seu pai. Por que ele não se importaria? — interrompo ela antes de terminar a fala.
— Porque ele não age como um pai, somente como um rei estúpido. Não é atoa que mandou meu irmão para um internato por não aguentar mais ele o questionar sobre nossa mãe, idiota!
— Em falar no seu irmão, tenho uma ótima notícia, direi quando a senhorita sair do banho. — diz enquanto eu entro no banheiro.
Não ouvi direito, passei um tempo no banho, para quando eu descer meu pai não estar mais lá. 20 minutos depois eu saí.
— Demorou bastante, princesa, pensei que você iria sair rápido, já que a notícia envolveu o príncipe Skyler. — murmurou.
Faz bastante tempo que eu não ouço alguém citar o nome do meu irmão, já que o mesmo não pode ligar ou mandar mensagem pois lá no internato não é permitido nem em horários vagos. Lá é inferno, então foi automático eu pensar o pior.
— Como assim? — me aproximo de Tine preocupada. — Ele está bem? Aconteceu algo que me preocupa?
Tine ficou um tempo em silêncio me deixando mais preocupada ainda, a pior coisa que alguém pode fazer para uma pessoa ansiosa, vulgo eu, é ficar em silêncio.
— Na verdade... — coloco as mãos nos seus ombros e a sacudo insistindo para que ela fale logo. — Calma princesa, eu irei falar se a senhorita sentar e se acalmar.
— Foi mal, Tine. — solto ela e sento na cama super preocupada — Agora diga, por favor!
— A notícia é... — fez um intervalo dramático. — O príncipe Skyler vai voltar para casa!
— Sério? — levanto da cama e começo a pular de felicidade, soltando raios de luz pelas mãos.
Eu não sei como faço isso na verdade. Esses raios não são como meus outros poderes, eles simplesmente começam a surgir quando estou com qualquer sentimento forte. Da última vez que isso aconteceu, queimei alguns livros da biblioteca só porque no livro que eu estava lendo, os protagonistas se beijaram. Enfim, quem está perto de mim nesses momentos deve tomar cuidado.
— Cuidado, princesa. — diz enquanto se desvia dos raios.
Ouvi os portões se abrirem no andar de baixo e sai voando para ver se era meu irmão, literalmente voando, já que tenho asas. Percebi que era ele. No entanto, ele foi consideravelmente diferente em comparação com a última vez que o vi. Seu cabelo era longo, e ele continuava mais alto do que eu, mas já não era mais aquele menino magro. Agora, ele está bem mais forte, parecendo ser bem mais velho do que realmente é, considerando que tem 17 anos. Ao contrário de mim que sou uma anja do fogo, tenho cabelos vermelhos longos e olhos azuis. Ele estava com muitas malas, então vi que ele iria ficar.
— Sky, você está de volta! — sorri enquanto corro para abraçá-lo.
— Sherry? Então você realmente sentiu minha falta, pensei que tinha dito que não sentiria. — ironiza enquanto eu o abraço e logo em seguida o solto.
Nunca nos demos bem desde criança, brigávamos pelas coisas mais fúteis possíveis. Uma vez, discutimos para ver quem iria descer para tomar o café primeiro. Eu o empurrei e desci, ele se vingou cortando o cabelo da minha boneca, e eu me vinguei fazendo um feitiço para que o cabelo dele sumisse. Foi hilário, mas admito que, sem ele aqui para brigar, sentia sua falta. E como não tinha notícias dele, fiquei ainda mais preocupada.
— Palhaço, não sinto falta de ninguém como você aqui, vai ficar? — digo apontando para as malas dele.
— Vou sim, aliás precisamos conversar a sós, agora.
A expressão dele estava realmente muito séria, ele quase nunca fica sério dessa maneira, foi ai que eu percebi que ele não estava brincando. Fomos para o antigo quarto dele para conversarmos.
— O que houve? — perguntei a ele enquanto ele trazia as malas para o quarto.
— Não surta com o que eu vou falar, ok? — Sky coloca as mãos em meus ombros me deixando assustada.
— Fala logo, está me assustando. — a expressão dele me faz pensar o pior.
— Eu... acho que nossa mãe está viva. — o que ele disse me deixou muito confusa.
— Do que você ta falando? De novo com isso? — digo nada surpresa, já que ele já veio com essa teoria diversas vezes. Da última vez ele sonhou com ela no porão do castelo e me obrigou a explorar com ele e no final ficamos presos lá por 3 horas.
— Dessa vez não foi um sonho. Sabe a pedra de esmeralda que ela colocou em minha espada? — aceno que sim. — Eu estava dormindo no internato e, de repente, ouvi a voz dela chamando meu nome. Achei que estava sonhando, mas ouvi novamente e acabei acordando. A voz ainda persistia, e então percebi que vinha da esmeralda. Assim que a toquei, minha consciência pareceu se teletransportar por alguns segundos. Vi-a em um lugar escuro, mas ela não conseguia me ouvir.
— Provavelmente deve ter sido um sonho, me preocupei atoa. — saio do quarto mesmo ele me falando para esperar. — De novo ele com essa maluquice. — resmungo.
[...]
Horas se passaram e quando vi era noite. Hoje não vi meu pai o dia todo, o que não é tão ruim, pois assim que ele me vê, mal conversa comigo. Depois da minha aula de piano, fui dormir. Enquanto estava dormindo, algo começou a brilhar dentro do meu closet. De repente, ouvi a voz da minha mãe, acordei e continuei ouvindo. Fui diretamente ao closet e encontrei o que estava brilhando: a coroa que minha mãe criou para mim. Assim que a toquei, foi como Sky havia dito. Minha consciência foi para outro lugar, através da coroa, como ele através do cristal da espada mas, eu não a via, só conseguia ver uma escola enorme e li o seu nome: "Etherium".
Minha consciência voltou e eu fui rapidamente no quarto do Sky, que acordou assustado assim que eu abri a porta.
- O que foi? - apertou os olhos quando eu liguei a luz. - Desliga a luz por favor.
- Eu acredito em você! - assim que eu falo, Sky fica surpreso e senta-se na cama.
- E o que te fez você acreditar em mim? Você jurou que era outro exagero meu. - a expressão dele parece confusa e um pouco irritada, ele odeia ser acordado no meio da noite.
- Eu acordei ouvindo a voz dela também, e aí minha coroa estava brilhando muito. Vi uma escola, mas não vi nossa mãe. Será que isso é um sinal de que ela está viva ou apenas um resquício de sua magia? Se há a possibilidade de ela estar viva, eu quero procurá-la! Vamos até essa escola para ver se encontramos alguma pista.- falo tão rápido que Sky quase não entende o que eu digo.
- Calma ai, deixa eu entender, você ouviu a voz da nossa mãe vindo da sua coroa e assim que a tocou, viu uma escola, certo? - aceno que sim com a cabeça - Você disse que quer ir a essa tal escola, mas você sabe o nome dela?
- É Etherium, sabe onde é? Acho que já vi esse nome em algum lugar...
- Não é onde Raven e Mikael estudam? - Questiona Sky
Raven e Mikael são meus melhores amigos de infância. Raven é uma bruxa temporal, enquanto Mikael é o tipo padrão de anjo, loiro de olhos claros. Conheci Raven quando eu tinha cinco anos, ela havia fugido de casa, embora eu não saiba o motivo exato. Eu a abriguei na minha casa no mundo dos humanos. Quanto ao Mikael, o conheço desde sempre, mas não consigo lembrar exatamente como eu o conheci. Sinto que nos conhecemos antes em outras vidas. Eu não tive muitos amigos na infância, apenas três. O outro eu simplesmente não lembro dele, sei que ele existiu e como fomos bons amigos, mas não lembro nem o seu nome nem sua aparência. Isso é bizarro.
- Sabia que já tinha ouvido em algum lugar, será que eles podiam ajudar na minha entrada lá? - Sky me interrompe antes de eu terminar de falar.
- Ouvi dizer que essa escola é muito bem protegida. Só alunos têm permissão para entrar, graças a um detector mágico que identifica quem é e quem não é aluno. No entanto, para se tornar aluna lá, você teria que residir no internato, já que a escola funciona como um. Mas nosso pai não concordaria com isso, você sabe como ele detesta o mundo dos humanos. Além disso, eu não permitiria que você ficasse lá sozinha. Não que eu esteja preocupada com você, mas se você desaparecesse, como eu explicaria isso a ele? - Ele sempre diz que nunca se preocupa, mas, lá no fundo eu sei que ele se preocupa sim.
- Entendi, como todos sabem quem eu sou, teria que usar um feitiço de ilusão. Mikael é bom em ilusões, ele pode gerar uma ilusão e fazer alguém parecer meu pai, mas, quem fingiria? - Olhei para o Sky e tive uma ideia - Você!
- Nem vem que não tem. Não sirvo para ser pai, e se você se matricular lá eu teria que me matricular também. Não tem como criar outro de mim, eu sou único e odeio ser copiado, procure outra pessoa. - cruza os braços e eu dou risada.
- Hm... - continuo pensando e tenho outra ideia. - A Tine!
- Não sei não, ela pode contar ao nosso pai. E você pensou como vamos disfarçar que fomos para o mundo humano?- diz Sky
- Ele não liga pra nós, e ele nem tem contato com o mundo humano à anos. E se ele perceber vai ser muitas semanas depois, quando tudo estiver resolvido. Amanhã vou falar com a Tine e colocar o plano em prática. - Eu o respondo
- Tem certeza que vai confiar nela? - aceno que sim com a cabeça. - Tá bom então, agora vai dormir e me deixa dormir. - Apago a luz assim que ele deita na cama e saio do quarto pensativa.
Horas se passaram, o dia amanheceu. Depois do ocorrido não consegui pregar o olho pensando nisso. Assim que amanheceu, fui ao quarto do meu irmão novamente e ele já estava acordado. Então, chamamos Tine e Mikael para executar o plano.
- Então você está dizendo que quer que eu finja ser o seu pai com uma ilusão? - diz Tine incrédula.
- Não é uma má ideia, mas, tem seus riscos. E se por acaso seu pai descobrir? - pergunta Mikael.
- Como eu falei para o Sky, ele não tem contato com o mundo humano desde que... Enfim, ele não tem.
Tudo ocorreu conforme o plano, Mikael fez um ilusão onde fez a Tine parecer o meu pai, e sem ele desconfiar usamos o antigo portal que ligava o reino dos anjos e o mundo humano, que não era usado a muito tempo. Antes disso fiz minhas asas e auréola desaparecerem, tem vezes que elas incomodam então acho melhor fazer assim. Assim que atravessamos o portal, já estavamos no mundo humano, em específico na antiga mansão de férias dos meus pais na França a cidade natal de meu pai, ele era um duque francês. Vir aqui me trouxe nostalgia, foram sete anos vindo para essa casa, inclusive foi aqui que eu conheci o meu outro amigo de infância, aquele que não lembro nem o nome e muito menos o rosto. Espero que um dia eu o reencontre. Logo em seguida nós teleportamos até a tal escola Etherium que ficava em Nova York.
- É aqui mesmo? - olho ao redor.
Nunca fui em uma escola de verdade, sempre estudei em casa e nem sei o porquê. Simplesmente eu não ia à escola, enquanto meu irmão ia.
- É enorme! Então é assim que uma escola se parece. - continuo olhando ao redor até que acabo me esbarrando com um garoto de cabelos castanhos e escuros, pálido, com olhos verdes e algumas cicatrizes em sua face, mas mesmo assim ele era estranhamente atraente. Acabei derrubando todas as minhas coisas, inclusive a coroa, que naquele momento começou a brilhar.
- Olha por onde anda. - mesmo reclamando me ajudou a pegar as coisas do chão e olhou rapidamente para a coroa antes de eu pegar. - Da próxima vez olha pra frente ao invés dos lados. - ele se levanta e caminha até quatro pessoas, que pareciam ser os amigos dele.
Um garoto de cabelos brancos e olhos castanhos, uma garota loira de olhos verdes que também possuía cicatrizes no rosto. Vi outra garota de cabelos cinzas e olhos pretos, e um garoto com cabelos pretos, rabo de cavalo e óculos escuros. Eles aparentam ser do tipo durões.
Chegamos na diretoria e deu tudo certo, ela não percebeu nada. Recebemos as chaves, os uniformes que ele se adapta a pessoa, ou seja ele muda de cor de acordo com nossa personalidade, tom de cabelo, olhos e etc. Caminhei até o meu dormitório e meu irmão até o dele, abri meu dormitório e deu de cara com Raven. Minha bela amiga dos cabelos pretos com mechas roxas e seus olhos roxos, ela coincidentemente era minha colega de quarto.
- Ray! - corro até ela e dou um abraço, mas ela fica querendo se soltar.
- Eu também senti sua falta. - fala um pouco baixo.
- Como é? - dou um sorriso de canto.
- Não ouviu, não ouvirá mais. Vou para a aula, vem? Você pode ter se matriculado hoje, mas, tem que frequentar as aulas no dia da matrícula também. - a mesma sai andando do quarto e eu vou atrás.
- Espera ai, Ray! - sigo ela e ambas entramos na sala. Vejo que Mikael também está na minha sala e está conversando com uma garota de cabelo rosa e assim que a professora chega, ela sai. Provavelmente é de outra sala.
Sento ao lado de onde Raven se sentou e a mesma se afasta um pouco.
Raven é uma pessoa que evita o contato físico com outras pessoas. Como ela é uma bruxa do tempo, tocar nas pessoas pode dar a ela a chance de ver o futuro ou o passado daquela pessoa. Essa situação é desconfortável, e eu entendo completamente. No entanto, eu sou alguém que gosta de contato físico e, às vezes, não consigo evitar. Quanto à frieza dela, não sei exatamente a razão, mas deve estar relacionada a algo que ela vivenciou em sua vida.
Horas se passaram e as aulas terminaram, sai da sala e fui ao meu dormitório arrumar meus pertences, depois que terminei coloquei minha coroa em minha penteadeira e fui dormir. Minutos depois acordei com um barulho muito alto dentro do meu dormitório. Vi minha coroa sendo pega, levantei rápido e pulei em cima do ladrão que coincidentemente era o garoto que esbarrei mais cedo. Toquei nele e o prendi com magia no chão.
- Você?! - falei surpresa e com uma voz sonolenta.
- O que você fez? - falou tentando se mover.
- Eu que pergunto, o que você está fazendo no meu dormitório? O que você pegou? - vejo minha coroa em suas mãos e tento pegá-la.
- Nem tente, princesa. - ironiza e logo em seguida fez a coroa desaparecer de sua mão.
- Seu filho da puta. - solto ele da magia e o pego pela gola. Começo a sacudi-lo. - Para onde você mandou minha coroa, seu desgraçado? - ao redor das minhas mãos começam a surgir raios.
- O que é isso no seu cabelo? - ele diz e fico confusa, me distraio e olho meu cabelo, enquanto eu faço isso o mesmo desaparece.
Ele levou a unica coisa que me ligava à minha mãe. Ele vai me pagar!
Alex, peguei o livro! - disse Medelyn, minha parceira de gangue com seus cabelos prateados ao vento, que logo em seguida joga o livro para mim.
E de repente, alarmes soaram e policiais começaram a rodear o museu onde estávamos. Mas nós como a Dangerfire não podemos nos render assim tão facilmente.
- Fim de linha para vocês Dangerfire, virem-se e mostrem seus rostos! - grita o policial enquanto aponta uma arma para nós.
- Ah não, fomos pegos! - ironizo e olho para os meus parceiros e eles olham de volta já sabendo o que devem fazer.
Todos nós colocamos máscaras, nos viramos e levantamos as mãos, fingindo nos render. Assim que nos viramos, meu parceiro Leoric, um vampiro e bruxo de magia negra, pegou seu cetro e, em seguida, bateu no chão. Imediatamente começou a surgir uma fumaça escura e tóxica, e os policiais começam a tossir e a desmaiar, nos dando a chance de sumir com nosso livro recém-roubado. Além de muitas outras joias e itens preciosos. Nos teleportamos diretamente para o nosso covil, e logo eu me jogo no sofá.
- Essa foi fácil. - dou um sorriso de lado. Assim que Leoric chega perto de mim eu entrego o livro a ele. - Leia e veja se tem algo importante que podemos nos interessar.
Leoric é meu irmão adotivo. O pai dele me adotou quando eu era apenas um bebê, após meus pais me abandonarem. Eu e Leoric somos completamente diferentes um do outro. Tenho cabelo castanho escuro e olhos verdes, enquanto ele tem cabelos brancos e olhos castanhos. Ele é um vampiro e bruxo da magia negra, enquanto eu sou um demônio. Mas não sou apenas um demônio, também sou o líder de uma gangue muito famosa e perigosa chamada DANGERFIRE. A gangue que ninguém nunca saiu vivo após ver nossos lindos rostos.
- Ok. - diz Leoric que pega o livro e logo em seguida sobe as escadas.
- Infelizmente não teve nenhuma morte. - diz Ethel decepcionada.
Ethel é uma elfa loira e assassina nata. Sempre que temos casos que precisam ser resolvidos com violência, ela não hesita em agir. Ela veio de uma família rica e exemplar de elfos, mas decidiu fugir e se juntar à nossa gangue, deixando para trás sua vida anterior. Afinal, esquecer a vida antiga é a primeira regra da nossa gangue.
- Talvez tenha tido, o gás que saiu do cetro do Leoric era tóxico. Se não sair rápido você morre. - digo e Ethel abre um sorriso maléfico. - Você é terrível, isso é bom.
Um portal surge e Leoric sai dele com o livro em suas mãos e o mesmo vem em minha direção.
- Encontrei algo útil! - Leoric diz e logo sem seguida eu levanto e vou até ele.
Leoric colocou o livro sob a mesa e o abriu em uma página com uma gravura de cinco pessoas brilhando. O título do livro era "Os Arcanos Místicos", algo que todo ser mágico já ouviu falar. O livro contava a história e o poder desses arcanos em detalhes.
Os Arcanos Místicos mencionados eram:
A Coroa do Éter Celestial
A Espada Excalibur
O Cetro de Lilith
A Coroa de Abaddon
O Núcleo de Éter, considerado o mais forte entre eles.
Esses objetos eram divididos em dois da sombra, dois da luz e dois da natureza e um que representava a união entre a luz, a escuridão e a natureza. Cada um deles pertenceu a quatro guerreiros lendários, mas todos acabaram desaparecendo.
Decidimos que, para obter esses objetos, precisaríamos roubá-los. No entanto, para isso acontecer, primeiro precisávamos localizá-los. Deixei essa tarefa nas mãos do nosso Vidente Ocular e gênio da tecnologia, o Drake, um garoto de cabelos pretos e um rabo de cavalo. Subi para o meu quarto, já que era tarde, e acabei adormecendo. No dia seguinte, Leoric abriu a porta rapidamente, me acordando abruptamente.
- Alex, localizamos a escola onde o núcleo está! - acordo assustado e perdido.
- Que droga, Leoric, o que é? - sonolento sento em minha cama.
- Encontramos a escola onde o núcleo está! O resto da Dangerfire está te esperando no covil para elaborar um plano, mas você não acorda. - levanto e vou diretamente para o meu covil e Leoric vem atrás.
- Finalmente acordou, líder. - diz Medelyn, uma bruxa da luz de cabelos brancos e olhos cinzas.
- Leoric me falou que encontraram a localização da escola que está com um dos Arcanos Místicos, onde é? - se senta e coloca os pés em cima da mesa.
- É na cidade de Nova York, uma escola chamada Etherium - diz Drake, que logo em seguida mostra a foto da escola no computador. - Eu consegui o mapa da escola, ela é enorme e cheia de pessoas, precisamos ser cautelosos!
- Me dá esse mapa. - digo e Drake vai até uma gaveta, à abre tirando o mapa da escola e, logo em seguida me entregando e eu o abro.
- Para chegar ao núcleo, temos que dar um jeito de ir até o sótão, mas uma escola grande dessa não permitiria a entrada de qualquer um, e como não podemos chamar tanta atenção, precisamos nos infiltrar e depois bolar outro plano para distrair todos da escola. - falou Leoric enquanto direciona o seu dedo para um lado do mapa. - Essa escola une humanos e sobrenaturais como nós, mas precisamos de um responsável para nos matricular.
- Não seria mais fácil fazer um massacre? Já fizemos isso antes em um banco. - diz Ethel.
- Tem uma grande diferença de um banco e uma escola, principalmente essa. Se matarmos chamará muita atenção, precisamos somente distrair, pegar o núcleo e cair fora. - Leoric olha pra Ethel e a mesma cruza os braços.
- Mas, se esse opção de distrair não der certo podemos dar um jeito de tirar no medo. - levanto da cadeira - Vamos lá agora, Drake, prepare-se pra tirar esses óculos. - Leoric pega o cetro dele e abre um portal nos levando a escola.
Assim que saímos do portal, nós deparamos com a diretora. Drake retirou os óculos e fitou seus olhos, o hipnotizando. Sob o efeito da hipnose, ele nos matriculou na escola e nos entregou as chaves. Fiz minhas asas e chifres sumirem ja que era proibido matricular demônios nessa escola, o porque é meio obvio. Eu fiquei no mesmo quarto que Leoric, enquanto Ethel preferiu ficar sozinha. Medelyn, por sua vez, ficou com uma tal de Diana, e o próprio Drake acabou ficando no mesmo quarto de um rapaz chamado Erick.
- Haha, conseguimos! Sou incrível, não sou? - gargalho orgulhoso de mim mesmo enquanto balanço as chaves e entro no quarto.
- Você se acha. - Leoric entra e senta em uma das camas. - Mais confortável que as nossas camas. - diz enquanto toca na cama e passa a mão.
- Sério? - sento em uma das camas também. - Caralho, pior que é mesmo. - me jogo na cama.
- Se quisermos nos infiltrar direito, temos que ir às aulas corretamente. - diz Leoric enquanto olha pra mim.
- Ah, não! Eu detesto estudar, você sabe disso. - digo, surpreso e evitando ir para as aulas.
Mesmo hesitando, Leoric me convenceu a ir. A caminho das aulas, esbarrei em uma garota que nunca vi na minha vida. Ela tem cabelos vermelhos e olhos azuis, e é bem atraente. Pela sua expressão, parece estar bem distraída.
- Olha por onde anda. - Senti que devia ajudá-la. Quando abaixei para ajudar, a vi: um dos Arcanos Místicos. A Coroa do Éter Celestial, eu preciso pegá-la. Logo em seguida, a garota a guardou. - Na próxima vez, olhe para frente em vez de olhar para os lados. - Eu me levanto e caminho até meus parceiros de gangue que estavam ainda nos corredores.
- Eu achei! - todos eles olham para mim confusos. - Achei um dos Arcanos Místicos, a Coroa do Éter Celestial!
- O que? Onde você achou? - Medelyn pergunta surpresa.
- Está na bolsa dela. - eu aponto para garota que eu esbarrei, que coincidentemente estava entrando na diretoria.
- Aquela ali parece ser a princesa do reino angelical, A Sherry Lewellyn Angelle Valentine, mas o pai dela e a filha não vem aqui no mundo humano faz anos. Por que ela estaria aqui? - Leoric questionou
- Não sei, mas sei que quero pegar essa coroa imediatamente. Se ela for se matricular aqui, deve ficar em uns dos dormitórios, vou espioná-la. - dá um sorriso maléfico de canto.
Fiz o que eu disse, fiquei invisível e a segui ate a diretoria, ela realmente estava se matriculado lá, logo em seguida ela recebeu as chaves e foi para o seu quarto, onde ela encontrou sua amiga. Fiquei horas seguindo ela, ela foi e voltou das aulas, esperei ela adormecer para finalmente pegar a coroa. Sua colega de quarto era bastante estranha, ela simplesmente me olhou estando invisível e foi embora, não sei porque ela não tentou me impedir. A garota colocou em cima da penteadeira e adormeceu, assim que a peguei, me distrai e acabei derrubando um vidro de poções que a amiga dela deixou la e ela acordou. A mesma pulou em cima de mim e eu senti algo me prendendo ao chão, era magia de anjo.
- Você?! - diz ela surpresa e com uma voz sonolenta.
- O que você fez? - falei tentando me mover.
- Eu que pergunto, o que você está fazendo no meu dormitório? O que você pegou? - ela vê a coroa em minhas mãos e tenta pega-la.
- Nem tente, princesa. - ironizo e logo em seguida teleporto a coroa para as mãos de Leoric que está em nosso dormitório.
- Seu filho da puta. - ela me solta da magia e em seguida me pega pela gola. Ela começou a me sacudir. - Para onde você mandou minha coroa, seu desgraçado? - ao redor das mãos dela começam a surgir raios.
De repente começa aparecer mechas brancas em seus cabelos vermelhos vibrante e eu me surpreendo.
- O que é isso no seu cabelo? - ela fica confusa, assim que ela se distrai e olha seu cabelo, eu aproveito e teleporto para meu quarto.
Apareço em meu dormitório e vejo Leoric olhando a coroa.
- Foi por pouco, ela quase me matou. - me jogo na cama. - É realmente a coroa do Éter Celestial?
- É sim - Leoric diz e eu suspiro aliviado.
Agora só falta mais quatro para roubar, e como estamos perto de pegar um, só falta colocar o plano da festa em prática. E ai os outros serão mais fácil de se localizar.
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