-Eu nunca deveria ter tido você, sua caipira maldita — gritava minha mãe enquanto me batia - Vitória meu bem por gentileza traga-me aquela soda cáustica que está ali para mim.
Vitória que estava rindo na porta foi até a cabeceira da cama pegar a soda que estava no criado mudo, destampou e entregou para nossa mãe.
Mãe (Cristina) -Agora você me paga sua cadela nojenta - dizia ela enquanto despejava a soda no meu rosto - Vamos ver se a família Silva ainda vai querer seu casamento com esse seu rosto de bruxa.
Ela finalmente soltou-me, nunca vou esquecer-me daquela dor infernal, da soda arruinando o meu rosto.
Eu peguei um lenço e saí correndo de casa chorando até a empresa de Félix.
Subi de elevador até a cobertura. Ao chegar lá eu ouvi as vozes que eu reconheceria até de ouvidos tapados, mas o que me quebrou por dentro não foi o que as vozes falavam, mas sim o que eles faziam.
- Amor você vai romper o noivado arranjado pelo seu avô com aquela mosca morta quando? - Dizia Lorrany a minha melhor amiga, confidente e conselheira, entre gemidos de prazer.
- a minha gostosa eu tenho que descobrir a fórmula do novo creme que aquela maldita ratinha de laboratório criou. Fora que eu tenho que me casar com ela para o vô me entregar a fortuna do contrato pré-núpsial para enfim me livrar daquela monstrenga- Dizia ele entre os gemidos daquela talarica.
Meu mundo acabou ali, das três pessoas que eu mais confiava e amava no mundo, duas delas só me queriam por perto por puro interesse.
Em um ato de fúria eu abri a porta do escritório com certa agressividade. E confirmei o que os barulhos indicavam.
A cena que eu vi deixou-me em choque por alguns instantes.
Félix prensa-va a minha melhor amiga na janela francesa enquanto metia fundo naquela vadia manipuladora.
Quando o barulho da porta se chocando com a parede os alertou. Ele saiu de dentro dela procurou suas roupas com os olhos e vestiu a calça que encontrava-se no chão ao seus pés. Félix - Meu amor não é o que você está pensando- Eu me aproximei dele- ela me seduziu- dei um tapa na cara dele, que ficou avermelhado onde meus dedos acertaram.
Lorrany me puxou pelo cabelo me dando tapas, eu comecei a revidar dando chutes e porradas, o rosto dela começou a sangrar.
Ela começou a dar-me chutes , eu peguei a perna dela no ar, antes que me acerta-se, o que resultou na sua queda.
Eu confesso que minha raiva era tanta que não prestei atenção aonde a luta nós levava.
Até chegar na sacada da cobertura e eu pegar ela pelo pescoço, e logo em seguida Félix pegar-me pelo lado de trás do pescoço com uma mão e com a outra pressionar meu pulso fazendo-me soltar aquela talarica.
Quando eu a soltei ela me empurrou da sacada, a queda foi rápida e eu gritei muito, senti o impacto do meu corpo batendo no chão eu quebrei muitos ossos na queda
Antes de ficar tudo escuro meu último pensamento foi Se eu tivesse outra oportunidade faria tudo ser diferente.
Aí tudo ficou escuro
Sacha — Aí que sono espera um pouquinho, aí eu não morri— sussurrei enquanto passava a mão no meu rosto automaticamente percebi que o meu rosto estava igual uma porcelana.
Olhei em volta e percebi estar no meu antigo quarto na casa do meu tio usando a camisola que era da minha tia. Essa camisola velha, ela só me deu porque, o meu tio a obrigou depois de me ver usando uma camisa gigante para dormir.
Gisele — vai dormir até quando sua inútil? Mamãe está esperando o café da manhã na mesa de jantar se apresse!
Sacha — Já vou Gisele - disse com um suspiro.
Levantei da cama, troquei de roupa e fui para a cozinha.
Coloquei a água do café no fogo enquanto olhava no calendário. Não pode ser eu voltei no tempo.
Passei o café no meu copo e saí da cozinha, com o copo em uma mão e um pão na outra, dei uma mordida naquele pão que estava uma delícia.
Cheguei na sala e sentei em um assento da mesa, assim que a tia Catarina me viu sentando à mesa foi logo perguntando.
Tia Catarina — Sua vagabunda cadê o meu café da manhã? — disse ela aproximando-se de onde eu estava — Não sabe que não é bem-vinda à mesa a não ser quando o seu tio estiver em casa? Você quer que eu desenhe ou o quê? Saia já daí — disse ela pegando no meu braço.
Eu soltei-me dela e ela tentou me dar um tapa na cara, eu peguei a mão dela antes de acertar o meu rosto.
Sacha- querida " titia" pense bem antes de me dar um tapa no rosto. Porque comparada a mim você é só um zero à esquerda. Pesquise no Google quem é Catarina Alves que o resultado vai ser -0. Depois pesquise quem é Sacha Ferreira que o resultado será "A noiva misteriosa de Félix Silva, o segundo Jovem mestre da família Silva".
Tia Catarina — Se enxerga garota, você não percebe que nem a sua mãe te quis, por você ser uma azarada. Porque o seu noivo vai querer? — Disse ela tentando me rebaixar, mas ela não sabe que o que vem de baixo não me atinge.
Sacha — Isso é inveja tia porque as suas filhas não têm um namorado rico e a senhora só conseguiu casar-se com o meu tio que é um chefe de aldeia.
Tia Catarina — O meu marido é seu tio, tenha mais respeito, sua cadela de rua. O seu tio pode não ter a renda anual que o seu noivo ganha em um mês, mas é esse dinheiro que compra o que você come, sua ingrata.
Sacha — Não é desmerecendo o dinheiro do meu tio, mas cadê o dinheiro que a minha família manda mensalmente para minhas despesas básicas. A senhora gasta com você e as suas filhas e nunca compra nada para mim só me dá as roupas velhas das suas filhas. Além disso, você trata-me como empregada e cozinheira.
Tia Catarina saiu cuspindo fogo para a cozinha
Sacha off
Tia Catarina on
Aff, mas aquela cachorra me paga, ela pensa que só porque a família dela tem dinheiro pode fazer tudo que quiser.
Há mais não vai mesmo e eu vou encarregar-me disso. Ela que me aguarde!
Irei devolver essa humilhação em dobro.
??? — O dê casa — barulho de palmas, olhei pela janela e vi o carteiro com um envelope vermelho na mão.
— Boa tarde! O que trouxe para mim? — perguntei sendo educada para não sair fofocas que a esposa do chefe é mal-educada.
??? — Sim, senhora Catarina, chegou esse envelope da cidade de Shura.
—Por favor me entregue que deve ser urgente!
Ele entregou-me o envelope e percebi que deve ser da família daquela pirralha ingrata. Corri para o meu quarto para checar o conteúdo.
Ao abrir o envelope tinha uma boa quantia em dinheiro como de costume, e uma carta.
A carta dizia o seguinte:
Caro senhor e senhora Alves
Estou escrevendo essa carta para comunicar que mandarei alguém buscar a minha filha para cumprir com os seus deveres como Herdeira da família Ferreira.
Do seu cunhado Fábio Ferreira.
Então eles decidiram buscar a cadela da filha azarada que eles não queriam nem pintada de ouro.
O fato deles nunca terem visitado a fedelha fez-me pensar num plano que eu sei que vai dar certo.
Tia Catarina — Gisele venha no meu quarto agora! — gritei pela minha filha favorita.
Logo ela apareceu na porta do quarto.
Gisele — Mamãe a senhora me chamou?
Tia Catarina — Sim, entre e fechei a porta por favor querida.
Ela fechou a porta e sentou-se na cama.
Gisele — Então mamãe, o que a senhora quer comigo?
Tia Catarina — Você quer ser rica?
Gisele — Claro mamãe, mas como eu vou ficar rica do dia para a noite assim?
Tia Catarina — Leia isso e diz-me o que você acha. — Eu disse entregando a carta do Fábio.
Gisele — Não entendo a onde isso me benefícia.
Tia Catarina — Meu anjo está disposta a se passar por aquela cachorra da sua prima? E se vingar daquela vez que ela roubou a atenção daquele garoto que você gostava há um ano atrás. E de quebra ficar rica.
Gisele — Sim mãe. O que eu tenho que fazer?
Tia Catarina — Eu vou dar um jeito de tirar essa vagabunda do caminho no dia que a pessoa que vem buscar ela vier e você vai no lugar dela.
Gisele — Mas se ela aparecer lá, eu vou fazer mãe. Eles vão me expulsar!
Tia Catarina — Calma meu bem você entrega esse papel para a Cristina, a mãe dessa cadela, e ela vai defender-te— Entreguei o papel que a cigana entregou-me quando leu a sorte da minha menina que indicava que ela seria sortuda.
Ela leu o papel e riu.
Gisele — Ela vai me defender por essa bobagem?
Tia Catarina — Como você sabe ela não quis a filha depois que essa cigana falou que ela não teria sorte na vida e que traria desgraça para aqueles ao seu redor. Então quando ela ver que você tem sorte vai te defender.
Esse plano tem que dar certo. Depois que a minha filha mais velha estiver instalada eu vou mandar a minha filha caçula com a desculpa de que ela precisa aprofundar os estudos. E como essa família é grata por eu ter cuidado dessa peste eles vão acolher ela.
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