Meu nome é Ethan Carter. E eu não aceito um “não” como resposta, não foi ouvindo nãos e respeitando vontades que cheguei onde estou. No auge dos meus 33 anos não vou mudar minha estratégia.
Tudo o que tenho, conquistei com esforço e inteligência. Meu nome está estampado nos jornais como um dos investidores mais bem-sucedidos dos Estados Unidos. Empresas disputam um minuto da minha atenção, políticos me chamam para jantares privados e mulheres se jogam aos meus pés com um único olhar.
Tenho uma fortuna que cresce a cada segundo e um império que não conhece limites. Sou dono de arranha-céus inteiros, cassinos, hotéis de luxo e restaurantes premiados. Mas o sucesso nunca é suficiente. Quero mais. Sempre mais.
E agora, tudo o que me separa de um novo grande projeto é uma loja ridícula no meio de Nova York.
Uma confeitaria pequena, antiquada e sem valor real. Nada além de um pedaço insignificante de concreto em uma rua que logo será completamente remodelada para abrigar o próximo edifício Carter.
O problema?
Eva Almeida.
A mulher se recusa a vender como se aquele lugar fosse a última coisa que a mantivesse viva. O que é um absurdo, porque estou oferecendo mais do que aquela porcaria de loja vale. Com o dinheiro que coloquei na mesa, ela poderia abrir um café cinco vezes maior em qualquer outro ponto da cidade.
Mas não.
Ela insiste em dizer “não”.
E isso me irrita.
Do banco do meu carro de luxo, olho para a fachada desbotada da confeitaria, a placa antiga balançando com o vento. Esse lugar não vale nada. Mas ainda assim, ela o trata como se fosse um castelo.
Resmungo, passando a mão pelos cabelos escuros perfeitamente penteados. Ajusto as abotoaduras do terno feito sob medida e saio do carro com passos firmes.
Se ela acha que pode me desafiar, está muito enganada.
Abro a porta do estabelecimento, e um cheiro doce e quente me envolve de imediato. Baunilha. Canela. Chocolate derretido. Um golpe inesperado, como um soco no estômago.
Minha mandíbula se contrai. Isso me irrita ainda mais.
E então eu a vejo.
Pequena, de olhos brilhantes e cabelo preso em um coque bagunçado. Um traço de farinha mancha sua bochecha enquanto ela limpa as mãos no avental florido. Ela levanta o olhar, me vê, e uma expressão de pura teimosia se desenha em seu rosto.
— Se veio comprar um doce, fique à vontade. Se veio falar sobre minha loja de novo, pode dar meia-volta.
Cruzo os braços, um sorriso de canto surgindo nos meus lábios.
— Eu nunca vou embora sem conseguir o que quero, Eva.
Ela ergue a sobrancelha, sem demonstrar um pingo de medo.
— Então sugiro que experimente o bolo de canela. Dizem que ele muda a vida das pessoas.
Minha paciência se esgota, mas por algum motivo, um riso baixo escapa da minha garganta.
Ela quer brincar comigo?
Ótimo.
Mas no final, eu sempre venço.
Saio da confeitaria com o gosto amargo da rejeição na boca, pouquíssimas pessoas de fato fizeram isso sem sofrer alguma consequência.
Não estou acostumado a isso. Pessoas não me recusam, negócios não me escapam e definitivamente ninguém olha nos meus olhos e simplesmente diz “não” como se eu fosse qualquer um.
Mas Eva Almeida não só fez isso.
Ela riu na minha cara.
Minha mandíbula se contrai enquanto entro no carro, jogando as chaves sobre o painel. Ajusto as abotoaduras do terno, respiro fundo e pego o celular.
Uma recusa já era ruim. Duas, inaceitáveis.
— Carter — a voz de Jack, meu assistente pessoal, atende no segundo toque.
Ele sabe que eu odeio esperar.
— Preciso que descubra tudo sobre Eva Almeida.
— O que exatamente quer saber?
— Tudo.
Minha voz sai fria, calculada.
— Quero saber onde ela mora, quem são os pais, se tem irmãos, um marido, filhos. Quero saber onde ela estudou, de quem é amiga e qual o motivo dela ser tão malditamente confiante.
Há um breve silêncio antes de Jack murmurar:
— Entendido.
— Me traga isso ainda hoje.
Desligo sem esperar resposta e jogo o telefone no banco ao lado. Meus dedos tamborilam no volante enquanto encaro a vitrine da confeitaria à minha frente.
Lá dentro, Eva está rindo com uma cliente idosa. O jeito como ela se inclina, os olhos brilhando, o sorriso fácil… me dá nos nervos.
Ela não parece uma mulher que está enfrentando um dos empresários mais poderosos de Nova York.
Parece alguém que não tem nada a perder.
E isso me incomoda.
Porque pessoas assim são imprevisíveis.
E eu odeio surpresas.
Mal sabe ela que está jogando um jogo que já perdi a paciência para brincar.
Se tem algo que aprendi na vida, é que todo mundo tem um ponto fraco.
E eu estou prestes a descobrir o dela.
A confeitaria era pequena, mas era minha.
Minha e da minha avó.
Cada pedaço daquele lugar era feito de memórias. O cheiro de baunilha no ar, o calor do forno, as receitas rabiscadas em cadernos antigos com letras tremidas.
Não era só uma loja. Era um legado.
Minha infância foi marcada pela perda. Meus pais se foram cedo demais, e se não fosse minha avó, eu teria me afogado no luto. Ela me criou com amor e me ensinou que um lar não era sobre paredes, mas sobre as pessoas que o preenchiam.
E depois que um empresário ganancioso tirou as terras do meu avô, fazendo-o morrer de desgosto, minha avó se recusou a nos deixar afundar na tristeza.
Juntas, compramos essa pequena salinha. Com esforço, suor e um sonho.
Agora, anos depois, tudo ao redor havia mudado. A rua simples virou um amontoado de prédios comerciais, o barulho de máquinas de construção tomava conta das manhãs, e o cheiro doce dos bolos se misturava ao cheiro de concreto e fumaça de carros de luxo.
Mas eu não mudaria.
Não venderia.
Porque não seria mais o nosso sonho se estivesse em outro lugar.
E Ethan Carter podia enfiar a fortuna dele no próprio ego inflado.
Ele apareceu na minha porta como se já esperasse um "sim". Como se minha recusa fosse uma piada, uma distração momentânea no dia dele.
Alto, arrogante e vestindo um terno que provavelmente custava mais do que minha confeitaria faturava em um mês, ele cruzou a porta com a confiança de quem nunca soube o que é ouvir um “não”.
Só que eu não estava disposta a me curvar.
— Se veio comprar um doce, fique à vontade. Se veio falar sobre minha loja de novo, pode dar meia-volta.
Ele sorriu, como se achasse aquilo divertido.
— Eu nunca vou embora sem conseguir o que quero, Eva.
A prepotência escorria da voz dele como veneno. Como se tudo já fosse dele e eu só estivesse adiando o inevitável.
Mas ele estava errado.
Ethan Carter podia comprar prédios, empresas e até políticos, mas não me compraria.
E no final das contas, talvez eu fosse a primeira coisa que ele não pudesse ter.
E estava disposta a ensinar a ele como era perder.
O dia havia sido longo.
Depois de horas misturando massas, assando bolos e atendendo clientes, finalmente apaguei as luzes da confeitaria e prendi o avental na cintura. O cheiro doce de baunilha e açúcar ainda grudava em minha pele quando puxei a caixa branca sobre o balcão.
O bolo de aniversário de Angela estava pronto.
Ela era minha melhor amiga desde o colégio, minha irmã de coração. E hoje, ela e Matheus, seu namorado, fariam um jantar no apartamento deles para comemorar mais um ano de vida dela.
Eu provavelmente dormiria por lá. Não gostava de andar sozinha à noite, e o bairro onde moro não é dos mais seguros.
Mas ao sair para a rua, senti um arrepio na nuca.
O carro preto ainda estava ali.
Parado do outro lado da rua, vidros escuros, impenetráveis. O mesmo carro que estava estacionado ali quando fechei mais cedo para almoçar. O mesmo que vi de relance ao longo do dia, sem nunca ver quem estava dentro.
Meu estômago se revirou.
Nova York era cheia de carros assim, homens de negócios, motoristas esperando patrões, mas algo nele me incomodava. Uma presença invisível, mas pesada.
Agarrei a caixa de bolo com mais força e fui até minha bicicleta encostada no poste. Minhas mãos suavam enquanto destravava a corrente, como se a qualquer momento a porta daquele carro fosse se abrir.
Mas não abriu.
O motor roncava baixinho, ligado.
Respirei fundo. Talvez fosse só paranoia.
Subi na bicicleta e empurrei os pedais com força, tentando afastar o medo bobo.
Eu não ia ficar ali para descobrir.
⋅•⋅⊰⋅⊰⋅⊰⋅•⋅
Atravessar as ruas de Nova York à noite de bicicleta não era exatamente a cena mais segura do mundo, mas eu já estava acostumada. Em poucos minutos, cheguei ao prédio de Angela.
Matheus atendeu a porta e sorriu ao me ver.
— Achei que não vinha mais.
— Fiquei até tarde fechando a loja — forcei um sorriso, ainda sentindo o peso do olhar invisível do lado de fora. — Felizmente trouxe o bolo.
— Isso é o que importa! — Ela apareceu atrás dele, os olhos brilhando. — Eu sabia que podia contar com você.
Angela me puxou para dentro, e o calor do apartamento me envolveu de imediato.
No sofá, Lucas, o melhor amigo de Matheus, me cumprimentou com um aceno preguiçoso enquanto mexia no celular.
— Ei, Eva.
— Oi Lucas
A mesa estava repleta de amigos e conversas animadas. Angela ria alto enquanto Matheus passava o braço ao redor da sua cintura, puxando-a para um beijo rápido. Lucas, do outro lado, bebia direto da garrafa e lançava comentários sarcásticos, arrancando risadas de todos.
O bolo, centro das atenções, estava perfeitamente decorado com creme de chocolate e morangos frescos. Minha avó teria se orgulhado.
— Um brinde à aniversariante! — Matheus ergueu a taça.
Todos levantamos as nossas, brindando à vida, ao amor e, no meu caso, à teimosia.
O tradicional “Parabéns” ecoou no pequeno apartamento. Angela fechou os olhos, fez um pedido e soprou as velas com um sorriso satisfeito.
O clima era acolhedor, mas meu coração ainda carregava o peso do carro parado na rua.
Depois de muita conversa e comida, Angela e eu nos afastamos para a varanda. A brisa noturna trazia o cheiro da cidade misturado com o aroma doce do bolo que ainda pairava no ar.
— Então… — Angela se virou para mim, apoiando-se no parapeito. — Você tem certeza de que não quer vender?
Soltei um suspiro leve, já esperando a pergunta.
— Angela…
— Olha, eu entendo a parte emocional, de verdade — ela ergueu as mãos, como se quisesse evitar uma discussão. — Mas um milhão de dólares, Eva? Você sabe o que poderia fazer com isso?
Antes que eu pudesse responder, um movimento na rua chamou minha atenção.
O carro preto.
De novo.
Dessa vez, não apenas passou lentamente pela rua, mas o vidro abaixou.
E não era Ethan Carter atrás do volante.
O homem tinha feições duras, uma barba rala e olhos analíticos. Ele não sorriu, não acenou, apenas olhou diretamente para mim antes de o carro desaparecer na esquina.
Meu estômago revirou.
Não era um perseguidor comum.
Era alguém enviado por Ethan?
— Eva? — Angela chamou minha atenção, vendo minha expressão tensa.
— Ele não vai desistir — murmurei.
— O comprador?
Assenti.
Angela suspirou, cruzando os braços.
— Você precisa tomar cuidado. De verdade. Esses homens de negócios não aceitam bem um não, e além dele tem outro grande investidor bem interessado, meu pai falou que você não devia vender para ele, mas não sei o nome.
— Eu sei, não vou vender para ninguém.
— Mas… — Ela hesitou e mordeu o lábio. — Eu ainda não consigo acreditar que você recusou um milhão de dólares.
Ri baixinho, apesar da tensão.
— E eu ainda não consigo acreditar que você achou que eu aceitaria.
Angela revirou os olhos, mas sorriu.
— Seu coração sempre fala mais alto, não é?
— Sempre.
— Mesmo que isso signifique continuar sem uma casa própria?
— Mesmo assim.
Ela soltou uma risada leve e me abraçou de lado.
— Então espero que sua teimosia te leve a algum lugar incrível, Eva.
Olhei para o céu, deixando o vento frio da cidade bagunçar meus cabelos.
— Já me levou. A Doce Tentação não é só um lugar. É o meu lar.
E por mais que Ethan Carter tentasse, ele nunca poderia comprá-lo.
Para muitos, o dia começava com preguiça e ressaca. Para mim, era um ritual.
Acordei antes do sol nascer, corri os meus habituais oito quilômetros e segui para a academia. Treino pesado. Força, resistência e combate. Nada de academia para amadores. Eu lutava como se minha vida dependesse daquilo, porque em certos momentos… dependia.
Depois, fui para o estande de tiro. Meus tiros eram precisos, limpos. Uma bala, um alvo. Eu não errava.
Quando terminei, o relógio marcava meio-dia. Meus músculos estavam exaustos, mas a adrenalina corria em minhas veias, como sempre.
Agora era a hora da bebida, de leve só para relaxar.
O Encontro Indesejado
O bar de sempre. Discreto, sem turistas irritantes ou universitários bêbados. Apenas homens que sabiam o que estavam fazendo ali.
Sentei-me no canto, acompanhado de dois amigos, Ryan e Derek, ambos tão focados em negócios quanto eu. Falávamos sobre um novo contrato quando um silêncio pesado tomou conta da mesa.
Eu o senti antes mesmo de vê-lo.
Daniel Moore.
O outro investidor interessado na Doce Tentação.
Alto, cabelos escuros penteados para trás, um sorriso que era puro veneno. Moore era um daqueles caras que adorava provocar, como se precisasse reafirmar seu poder em cada ambiente que pisava.
Ele se aproximou da nossa mesa com um copo de uísque na mão, os olhos brilhando com algo que eu não gostei.
— Carter… — Moore sorriu, como se saboreasse meu sobrenome. — Que surpresa te encontrar aqui.
— Moore. — Minha voz saiu firme, mas calma.
Eu sabia como esse jogo funcionava.
Ele puxou uma cadeira sem ser convidado e se sentou. Derek e Ryan trocaram olhares discretos.
— Ouvi dizer que temos um interesse em comum — ele disse, girando o uísque no copo. — A pequena loja de doces da senhorita Eva.
Meu maxilar travou.
— Negócios são negócios. O melhor lance leva.
Moore soltou uma risada baixa.
— O problema é que, às vezes, dinheiro não é suficiente. Pessoas se apegam a coisas insignificantes.
Ele bebeu um gole, observando minha reação.
— Mas tudo tem solução. Eu conheço muito bem a senhorita Eva.
Minha mão apertou o copo.
— Ah, é?
— Sim — ele disse, seu sorriso se alargando. — E assim que ela sumir do mapa, aquela sala velha será minha.
O sangue gelou nas minhas veias.
Minha mente, tão bem treinada para detectar perigo, acendeu um alerta vermelho.
Ryan e Derek ficaram tensos ao meu lado, esperando minha reação.
Mas eu não reagi. Não imediatamente.
Apenas sorri, jogando-me para trás na cadeira.
— Parece que você anda se metendo em problemas desnecessários, Moore.
Seu olhar se estreitou por um segundo antes de seu sorriso voltar.
— Problemas só existem quando se está do lado errado, Carter. Espero que você não esteja.
Ele terminou o uísque, colocou o copo na mesa e saiu sem olhar para trás.
Fiquei ali, imóvel, olhando para o líquido âmbar dentro do meu copo.
Aquilo deveria ser apenas irritante. Afinal, eu só queria aquela maldita sala.
Então por que aquela ameaça me incomodou tanto?
Por que a ideia de Eva “sumindo do mapa” me deixou furioso?
Eu não tinha resposta para isso.
E isso me irritava ainda mais.
A tarde estava quente quando parei em frente a um prédio decadente em um dos piores bairros da cidade.
O dossiê sobre Eva estava em minhas mãos, pesado não pelo papel, mas pelo que representava. Havia detalhes sobre sua infância, sua avó e… sua vida atual.
E, para minha surpresa, ali estava um endereço que ela parecia morar.
A razão? Eu ainda não sabia. Mas algo me dizia que eu descobriria rápido.
Desci do carro, sentindo o olhar atento dos poucos moradores que vagavam pelas ruas estreitas. Esse não era um lugar para ela. Não era um lugar seguro para ninguém.
Então eu ouvi.
Os gritos.
Meu corpo reagiu antes mesmo da minha mente processar o som.
Corri até a porta do pequeno apartamento e a força da minha batida quase arrancou a madeira podre do batente.
— Eva?!
Outro grito. Depois um baque.
Minha paciência acabou.
Com um chute, a porta explodiu para dentro.
A cena que encontrei me fez ver vermelho.
Ela estava no chão, o cabelo bagunçado, um corte no lábio. Um homem grande, sujo e asqueroso estava prestes a atacá-la novamente.
Ele nem teve tempo de reagir.
— Eu sei quem te mandou. E ele vai pagar por isso. — Minha voz saiu baixa, mas carregada de fúria.
O homem tentou sacar algo da jaqueta, mas eu fui mais rápido.
Meus punhos encontraram seu rosto com força, um estalo seco soou quando o impacto quebrou seu nariz. Ele gritou, cambaleando para trás, mas eu não parei.
Agarrei sua camisa e o joguei contra a parede, socando sua costela com força o suficiente para sentir os ossos cedendo.
— Quer tocar nela de novo? Vai precisar de outra mão. — Meu joelho subiu com violência contra seu estômago, fazendo-o cuspir sangue.
Ele tentou lutar. Um erro, uma presa é mais atraente quando reage.
A lâmina apareceu em sua mão e tentou deslizar contra o meu peito, mas desviei no último segundo.
Segurei seu pulso e torci, ouvindo o estalo satisfatório quando o osso cedeu. O grito dele foi abafado pelo meu soco final, que o fez cair inconsciente no chão.
A respiração de Eva estava entrecortada.
Ela segurava o celular com a mão trêmula. Ela chamou a polícia.
Me virei para ela, e nossos olhares se encontraram. O medo nos olhos dela me atingiu de um jeito que eu não esperava.
Eu devia sair, ir embora naquele momento.
Mas, ao invés disso, estendi a mão.
— Acabou. Ele não vai te machucar de novo.
Eva hesitou.
— Você não mandou ele? — questionou, não estranhei, ela me via como um inimigo, e de fato eu era, mas com ela não conseguia.
— Fica calma, eu não sou responsável por isso, vem aqui e me deixa ver seu ferimento. — falei, ela relutou, mas depois aceitou meu toque.
E, naquele instante, soube que estava muito mais envolvido do que jamais planejei estar.
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