#COM PEDRO#

JAIME- Pronto muleque?- Perguntou entrando no quarto onde o irmão mais novo se arrumava.

PEDRO - Estou.- Disse com sarcasmo em sua voz, fazia semanas que os irmãos não se falavam de maneira informal.

Jaime, Pedro e Tadeu, são os três filhos do Dom da mafia Cartenago, eles perderam os pais a pouco tempo, Jaime como primogênito teve que assumir tudo sem a menor experiência, o que tem feito ele tomar atitudes sem consultar os irmãos.

PEDRO - Então vai me dizer como é a minha futura esposa? Ou vai deixar que tudo seja surpresa, assim como esse casamento.

JAIME- Ela é uma moça muito legal, que você vai respeitar e servir ao seu propósito.

PEDRO - Eu não sou criança, eu conheço as minhas obrigações como homem, mais quero saber o que realmente aconteceu, afinal, quem pagou o pato, foi eu.

TADEU- Jaime, ele vai se casar com a moça, acho que devería saber, o porque do casamento tão repentino.

JAIME - Ok, confeso que estou sendo um pouco relapcio em relação a você.

PEDRO - Até que enfim percebeu.

JAIME- Aconteceu tudo muito rápido, assumi uma responsabilidade muito grande, mais você é o meu subchefe e merece saber tudo o que aconteceu com a mafia.

PEDRO -Voce é meu dom, meu chefe, mais também é o meu irmão e quero que fale comigo com franqueza, sempre foi nos três contra o mundo, e agora que o papai morreu isso vai mudar?

JAIME- Vai não irmão.- Disse e abraçou o seu irmão.

PEDRO- Eu sei que deve ter tido um bom motivo, mais eu quero saber.

JAIME- Ok, você se casará essa tarde com Maria Cecília Nogueira, filha do Capo da Masmorra, ela sofreu um acidente com o marido e ficou viúva, ela passou um ano em coma e agora acordou, o pai dela pediu a nossa ajuda, ele pediu que um de nós se casasse com a filha dele, para que pudéssemos protegê-la, vai ser por pouco tempo irmão, vão morar na mesma casa, os dois e o filho dela.

PEDRO- Tá, o pai quer que ela fique segura, até encontrar o filho da p#ta que fez essa confusão toda?

JAIME- Exato, você ficará casado com ela só pelo papel, pode ter as suas aventuras, mais que sejam escondidas.

PEDRO- Eu sou p#to, não cafajeste, eu nunca iria trair a minha esposa, eu vou respeitar o laço que tivermos.

TADEU- Perfeito.- Disse se levantando.- Preparado para conhecer a sua futura esposa?

PEDRO- Vamos lá.- Disse de cabeça baixa, ele não era o tipo de homem que pretendia se casar, mais sabia que isso poderia acontecer, então só faltava aceitar.

Os três irmãos seguiram em direção aos jardins da mansão, onde um carro havia acabado de estacionar, dele saiu um homem mais velho e um garotinho, que foram para a porta de trás e abriram para que a oitava maravilha do mundo saia de dentro do carro.

CECILIA- Boa tarde.- Disse sorrindo, enquanto se apoiava nas suas muletas.

PEDRO- Boa tarde.- Disse tomando a frente de seus irmãos e segurou a mão da mulher, enquanto não desviava o olhar dos hipnóticos olhos que a jovem tinha.- Eu sou o Pedro, é uma grande honra, tê-la como minha esposa.- Disse e Cecília sorriu para ele, que acabará de gostar do que estava por vir.

#APRESENTAÇÃO #

PEDRO AVILA DEMINON, 30 ANOS, filho do meio, segundo no comando da mafia, desde menino aprendeu sobre as suas responsabilidades na mafia, o que não o impediu de aproveitar o lado bom da vida, conheceu diversas mulheres e vários tipos de diversão, até que seu irmãos mais velho, o comunicou que ele iria se casar, o que a princípio poderia ser a pior coisa no mundo para o jovem cafajeste, despertou nele, algo que ninguém poderia esperar.

MARIA CECÍLIA NOGUEIRA, 25 ANOS, primogênita de sua família, diferente da maioria das família, o seu pai nunca fixou chateado por só ter tido filhas mulheres, sempre foi um homem bom e carinhoso com suas duas princesas, tudo o que fez foi para a proteção dela.

A jovem se casará muito cedo,com um homem que até que era considerado acima dos padrões, viveu bem até que a um anos, ela sofreu um acidente que a deixou em coma e tirou a vida de seu marido.

Assim que acordou, teve que enfrentar a dura realidade, e pensar na melhor forma de proteger o seu filhinho.

LORENZO NOGUEIRA ARANTES, 4 ANOS, filho de Maria Cecília e de um homem poderoso, um rapazinho comportado, que sempre está ao lado da mãe.

MARIA HELENA NOGUEIRA, 22 ANOS, irmã mais nova de Cecília, apesar da diferença de idade, isso não impediu das irmãs se amarem e se protegerem.

Ao contrário da irmã, a jovem não nasceu para seguir ordens, mais aprendeu a se segurar pelo bem de sua familia, a moça leva uma vida dupla, que a permite por um momento ser livre.

JAIME AVILA DEMINON, 35 ANOS, Dom da mafia Cartenago, um homem fechado e protetor, que sente que tem que levar o mundo nas costas, mais por trás dessa fachada, esconde um coração solitário, que só deseja reencontrar a mulher que lhe tomou a sua alma, mais ele foi burro de abandoná-la, e abandonar o seu pequeno herdeiro.

TADEU AVILA DEMINON, 25 ANOS, o caçula, o mais centrado dos três, ama uma mulher a quase dois anos, mais nunca teve coragem de se declarar, já que sabe que ela não é do tipo que sonha com o príncipe encantado.

ARNALDO E ESTELA, 53 ANOS, uma casal que se conheceu de uma maneira um pouco errada, mais isso não os impediu de se apaixonar e terem uma bela família, Arnaldo não poupou esforços para proteger a sua família e não será agora que ele sente o perigo, que ele vai falhar.

JAIME- Sejam bem vindos a nossa casa, é um prazer revê-lo Dom Arnaldo e um prazer conhecer as belas moças.- Disse apertando a mão de Arnaldo com cortesia.

ARNALDO- O prazer é nosso, já conhecem a minha esposa, essas são as minha filhas e o meu netinho.

JAIME- O senhor já conhece o meu irmão Tadeu, mais esse aqui é o meu subchefe, Pedro, foi ele que eu escolhi para se casar com a sua filha.

ARNALDO- Muito prazer.- Disse olhando para o rapaz, que não desviava o olhar da dama de vermelho, apoiada nas muletas.

TADEU- Ele desperça a atenção muito fácil.

HELENA- Costuma acontecer muito?

PEDRO- Só quando vejo algo magníficos.- Disse olhando para Cecília, que olhava o filho com amor.- Deixa eu me apresentar direito, eu sou Pedro, subchefe da mafia, prometo que ao meu lado, você nunca sofrerá nada.- Disse e deu um beijo na mão da jovem mãe.

CECILIA- É um prazer conhece-lo.

PEDRO- Sim, claro, prazer em conhece-los e todas essas bobagens todas, mais eu acho que, a minha noiva e eu devemos nos conhecer um pouco antes da cerimônia.

ARNALDO- Acho que não é necessário...

CECILIA- Tudo bem papai.- Disse segurando o braço do homem, a mulher conhecia os risco que estava enfrentando e que não lhe custava nada se dar bem com o futuro marido.- Fica com o Lori.

HELENA- Fica tranquila irmã.- Disse pegando o sobrinho em seus braços.

PEDRO- Quer ajuda?

CECILIA- Não, eu tenho que aprender, ficar tanto tempo dormindo, cobra o seu preço.

PEDRO- Então, me acompanhe até o jardim. - Disse apontando com o braço, a direção que a mulher deveria seguir.

A mansão em que estavam, pertencia a família de Pedro a mais de três gerações, era um lugar espaçoso e seguro, uma verdadeira fortaleza.

CECILIA- Aqui é bonito, eu amo um jardim florido.

PEDRO- A minha mãe também gostava, cuidava com carinho, depois que ela se foi, quisemos que esse pedaço dela ficasse intacto.

CECILIA- Vocês fazem um bom trabalho.

PEDRO- Sim, bom eu gostaria de lhe conhecer um pouco melhor, já que em breve, daqui a vinte minutos você e eu, estaremos casados.

CECILIA- O que quer saber senhor?

PEDRO- Primeiramente, sem senhor, acredito que não sou tão mais velho do que você.- Disse de forma envergonhada, com medo de falar algo errado, isso nunca havia passado por isso, nem mesmo na adolescência.

CECILIA- Ok, Pedro, não é?

PEDRO- Sim, Pedro, me fale o que gosta?

CECILIA- Ainda estou redescobrindo isso, afinal, interromperam a minha vida por um ano e estou querendo recomeçar.

PEDRO- Bom, muito bom, mais do que gostava antes?

CECILIA- Andava muito a cavalo, eu morava em uma espécie de haras, sempre gostei desse contato com a natureza.

PEDRO- Temos um estábulo aqui.

CECILIA- Legal, depois quando conseguir firmar as pernas sozinha, talvez eu volte a praticar.

PEDRO- Estou aqui para te ajudar em tudo o que você precisar, tudo o que imaginar pode me falar.

CECILIA- Obrigado, e não se preocupe, serei uma boa esposa, servirei ao meu propósito, como servi para o meu antigo marido.

PEDRO- Não amava o pai do seu filho?

CECILIA- Ele foi maravilhoso para nós, um bom pai e marido, mais não o amei, sempre soubemos que nossos relacionamentos era um contrato e soubemos cumprir o nosso papel.- Disse se lembrando de seu falecido marido e principalmente amigo.- A ficha ainda não caiu, do nada, o Luca estava fazendo graça, me distraindo enquanto estávamos a caminho de mais uma das reuniãos chatas, e do nada bum.

PEDRO- Quando gostamos de alguém, é difícil esquecer, mais temos que abrir espaço para novas pessoas em nossas vidas.- Disse sorrindo para a mulher pensativa a sua frente, quem o fez ter certeza de que ele não queria ser só mais um alguém em sua vida.- Seu pai te obrigou a se casar?- Perguntou após pensar por alguns segundo.

CECILIA- Não, ele quem foi obrigado, ele tentou impedir, mais foi inútil.

PEDRO- O que aconteceu?

CECILIA- Diferente de muitos dons, o meu pai não é viciado no poder, ele sabe proteger o território dele, claro, mais ele não pensa em entrar em guerra com ninguém, sempre foi um pai atenciosos, que não se importa de que a minha irmã e eu sejamos meninos, e quando um a mafia colocou os olhos em algo que o papai tinha, me obrigaram a me casar, ou matariam toda a minha família.

PEDRO- Você pensou neles, é algo admirável.

CECILIA- Bom, vamos voltar, que o Lori já deve estar me procurando.- Disse e foi em direção a casa.

#COM JAIME E ARNALDO#

JAIME- Espero que o noivo de sua filha, seja de seu agrado, sei como ama as suas filhas.

ARNALDO- Ele servirá, sei que o seu irmão não é muito confiável com mulheres, mais nunca falhou com a mafia e sei que cuidará bem da minha filha, até que eu consiga resolver isso.

JAIME- Certeza de que não quer a minha ajuda?

ARNALDO- Não, eu resolvo isso, só cumpra a sua parte do acordo e mantenha a minha filha e o meu neto seguros, que do resto eu cuido.

TADEU- Tem alguma coisa que deveríamos saber sobre vocês.

ARNALDO- Nada de mais, as minha meninas não fazem parte da mafia, eu cuidei isso, elas são livres para ir e vir a hora que quiser, claro que protejo as minhas meninas, mais elas tem permissão para viver.

JAIME- Admiro o senhor, é um dos poucos pais de meninas agem como você aqui na mafia.

ARNALDO- Eu sei como uma mulher sofre no nosso meio, prometi que isso nunca aconteceria com as minhas meninas.

HELENA- Com licença.- Disse abrindo a porta.- Estamos prontos, o juiz já chegou.

ARNALDO- Vamos. - Disse se levantando, sendo acompanhado pelos irmãos até a sala, onde começaria a cerimônia.

JAIME- Juiz Olavo, é um prazer tê-lo em minha casa.- Disse apertando a mão do homem.

OLAVO- O prazer é meu, Dom.

JUIZ- Bom, não vou me alongar muito, todos aqui sabemos sobre a importância do casamento, a união que se estabelece, através de um laço, tão poderoso, quanto o tempo, esses dois jovem que estão aqui, reconhecem o compromisso que estão assumindo?

CECILIA - Sim.

PEDRO - Sim.

JUIZ - Com isso, vamos dar início ao julgamento da mafia, repita comigo, eu Pedro Ávila Deminon, subchefe da mafia Cartenago, segundo no comando.

PEDRO- Eu Pedro Ávila Deminon, subchefe da mafia Cartenago, segundo no comando.

JUIZ- Prometo horar e respeitar o meu compromisso com minha esposa.

PEDRO- Prometo horar e respeitar o meu compromisso com minha esposa.

JUIZ- Protegendo-a com minha vida.

PEDRO- Protegendo-a com minha vida.

JUIZ- Agora a senhorita, eu Maria Cecília Nogueira, prometo servir ao meu marido.

CECILIA- Eu Maria Cecília Nogueira, prometo servir ao meu marido.

JUIZ- Ser leal e estar ao lado dele, em qualquer momento.

CECILIA- Ser leal e estar ao lado dele, em qualquer momento.

JUIZ- Agora façam os votos da mafia e selem a úniao.

PEDRO- O sangue que hoje te entrego, é a promessa que sempre estarei ao seu lado.- Disse passando a lâmina que foi entregue a ele.- Assim como você se torna uma parte de mim, eu me torno uma parte de você.

CECILIA- O sangue que lhe entrego, é a promessa da amizade, companheirismo e da família.- Disse fazendo o mesmo gesto do homem.-Assim como você se torna uma parte de mim, eu me torno uma parte de você.

JUIZ- Pelo poder que a mim foi concedido, em nome do Dom, eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.

Pedro se aproximou rapidamente e deu um beijo no canto da boca de sua noiva.

PEDRO- Que os nossos filhos sejam lindos que nem você.- Sussurrou próximo ao ouvido da mulher que não entendeu as suas palavras.

TADEU- Vivam os noivos.

ESTELA- Que Deus abençoe vocês minha filha.

LORENZO- Mamãe, quero colo.- Disse cobrando um pouco de atenção da mãe.

CECILIA- Claro meu amor.- Disse se sentando e colocando o menino em seu colo.

PEDRO- E aí carinha.- Disse bagunçado os cabelos do menino, que apenas sorriu.

CECILIA- Te amo meu amor.

LORENZO- Também mamãe.

JAIME- Bom, fiquem a vontade, eu vou ter que me ausentar, acabei de receber uma ligação importante.- Disse olhando no celular.

ARNALDO- Claro, nos também temos algumas coisas para fazer.

LORENZO- Mamãe, nos podemos ir ao cinema?

CECILIA - Claro querido.

JAIME- Pedro, preciso que faça uma coisa para mim, vou para fora da cidade, provavelmente ficarei o resto da semana fora.

PEDRO- Está bem.- Disse não muito contente, mais ele conhecia as suas responsabilidades.- Xavier.- Chamou o chefe de segurança.- Cecília, o Xavi irá designar dois seguranças para você e para o Lorenzo, sei que deve estar acostumada a andar sozinha, só que eu ficaria mais tranquilo.

CECILIA- Tudo bem.

PEDRO- Podemos jantar hoje a noite, uma espécie de comemoração ao nosso casamento, para que não passe em branco.

CECILIA- Pode ser.

PEDRO- Alguma preferência?

CECILIA- Me surpreenda.- Disse sorrindo e saindo, sendo seguida pelos seguranças do agora marido.

Pedro ficou admirando a agora esposa enquanto se retirava, ali um novo ciclo se iniciava na vida do jovem mafioso.

Após a saída da esposa, Pedro ouviu as instruções que o seu irmão passou e depois os irmãos se retiraram.

Pedro passou o resto do dia fora, mais voltou antes das sete da noite, para se arrumar para o seu encontro com Cecília.

PEDRO- Estou bonito, tô cheiroso.- Disse se alto avaliando para ter certeza de que não estava se esquecendo de nada.

TADEU- O Dom Juan, você não vai trepar com a sua esposa não.

PEDRO- Nunca se sabe, ela está a muito tempo sem ter um homem, que talvez queira um homem em seus braços.- Disse dando um malicioso.

TADEU- Se lembre do que o Jaime te falou, qual é a sua função nesse casamento.

PEDRO- Cuidar dela, mais isso também pode incluir muitas outras coisas.

TADEU- Eu não estou afim de ficar bancado a sua baba.

PEDRO - Não será nessessario, mais acabei de me lembrar, você vai me fazer três favores.- Disse enquanto arrumava o blaizer.

TADEU- Que favores demônio.

PEDRO - Primeiro quero que você, mande fazer alguns reparos no estábulo, sei que é a sua função cuidar da casa.

TADEU- Porque? Você nunca gostou de cavalos.

PEDRO- Mais a minha esposa gosta, e estou querendo ganhar alguns pontos com ela, isso nos leva ao meu segundo pedido, mande montar um quarto para o Lorenzo aqui em casa, já que ele passará a morar aqui, é justo que fique confortável.

TADEU- E o terceiro favor?

PEDRO- Quero que você destrua aquele p#tero que eu chamo de apartamento, queima, explode não tem diferença, só o destrua, não quero que a Cecília nem sonhe com aquele lugar.

TADEU- E as suas inquilinas?

PEDRO- Mande todas embora, não devo nada a nenhuma daquelas mulheres.

TADEU- Ok, você tem sorte deu ser um bom irmão, vou cuidar disso tudo, mais amanhã, hoje eu irei sair, pode ser que eu volte tarde ou nem volte.

PEDRO- Ok, se precisar de mim, me procure no meu quarto, se não me encontrar lá, significa que estarei nos braços da linha esposa e aí sim, você não me interrompa.- Disse e saiu do quarto indo encontrar a sua esposa.