A luz da tarde filtrava-se pelas janelas da casa, criando padrões dançantes no chão. Isabella, com seus 18 anos recém-completos, olhava-se no espelho, admirando seu reflexo. O vestido justo que escolhera para a festa realçava suas curvas, e ela sentia-se confiante e poderosa. Mas, por trás dessa confiança, havia um turbilhão de emoções crescendo.
— Isabella! — chamou Ricardo, seu padrasto, da sala. Sua voz soava firme, mas havia um toque de preocupação que a fez hesitar. — Podemos conversar?
Ela suspirou, sabendo que ele queria discutir sua roupa. O que ele não entendia era que ela estava cansada de se sentir aprisionada, de se esconder atrás de uma fachada de "boa menina". Era hora de se libertar.
— O que você quer? — respondeu, descendo as escadas com um ar desafiador.
Ricardo estava sentado no sofá, os braços cruzados, a expressão grave. Ele a observou enquanto ela se aproximava, a tensão palpável entre eles.
— Sobre a sua roupa. Você não pode sair assim. O que as pessoas vão pensar? — ele disse, tentando manter a calma.
— E eu deveria me importar com o que as pessoas pensam? — Isabella retrucou, cruzando os braços. — Eu sou quem eu sou, e não vou mudar para agradar ninguém.
— Isabella, eu só quero te proteger. Você tem que entender que o mundo não é seguro. — Ricardo levantou-se, aproximando-se dela, mas Isabella deu um passo para trás.
— Proteger? Ou controlar? Você nunca quis me proteger, só quer que eu me encaixe na sua ideia de como eu deveria ser! — Sua voz aumentou, revelando a frustração que ela guardava.
Ricardo a encarou, seus olhos se estreitando. O silêncio entre eles era carregado, como se os segredos do passado estivessem prestes a explodir.
— Você não sabe o que está dizendo. A vida é complicada, e eu… eu faço o que faço para manter você segura. — Ele parecia hesitante, sua voz falhando por um momento.
— O que você faz? — Isabella desafiou, seu coração acelerando. — Você realmente acha que pode me manter segura escondendo a verdade?
Ricardo hesitou, e isso foi tudo que Isabella precisava. Ela girou os calcanhares, decidida a sair de casa e ir para a festa, mas a curiosidade a impediu.
— O que você está escondendo, Ricardo? — perguntou, voltando-se para ele com um olhar penetrante.
Ele pareceu perder a compostura. O rosto endureceu, e por um breve momento, Isabella viu uma fração do homem que ele realmente era.
— Você não entende. Não é seguro. — A voz dele estava baixa, quase desesperada.
— O que não é seguro? — Ela se aproximou, desafiadora. — Diga-me a verdade!
A porta da frente se abriu, e a empregada, **Cláudia**, entrou. A atmosfera ficou ainda mais tensa. Isabella percebeu que Ricardo se fechou imediatamente, o medo refletido em seus olhos.
— Isabella, você não deveria estar aqui. — Cláudia disse, tentando desviar a atenção.
Mas Isabella não estava disposta a deixar isso passar. Com uma determinação feroz, ela se virou para Cláudia.
— Você sabe o que está acontecendo, não sabe? O que ele está fazendo?
Ricardo a interrompeu, a voz alta e autoritária: — Chega! Você não sabe do que está falando!
Isabella sentiu a adrenalina subir, sua mente girava com perguntas. Ela precisava saber. A verdade a consumia.
— Eu vou descobrir, Ricardo. Você pode me controlar, mas não por muito mais tempo.
A tensão foi cortante, e Isabella virou-se para sair. Mas antes que pudesse abrir a porta, ouviu risadas vindo do andar de cima. Um frio na espinha a percorreu.
— O que é isso? — Ela perguntou, a voz tremendo.
Ricardo olhou para Cláudia, e a expressão dele mudou. Era um olhar de desespero, e Isabella percebeu que a verdade estava prestes a se revelar.
— Isabella… — Ricardo começou, mas ela não queria ouvir mais.
Ela subiu as escadas, cada passo mais pesado que o anterior, e quando chegou ao quarto, a cena que se desenrolava diante dela fez seu coração parar. Ricardo estava com Cláudia, ambos em um momento íntimo que Isabella nunca imaginara.
— Não! — Isabella gritou, a voz ecoando pelo corredor. — Como você pôde?
Ricardo se virou, o rosto pálido. Cláudia rapidamente se vestiu, mas o dano estava feito. Isabella sentiu a raiva e a traição a consumirem.
— Isabella, eu posso explicar! — Ricardo tentou se aproximar, mas ela se afastou, a respiração descontrolada.
— Explique o quê? Que você é um mentiroso? Que você destruiu minha vida? — As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto a realidade a atingia como uma onda.
— Não é assim que as coisas são. Eu… eu nunca quis que você soubesse assim. — A voz de Ricardo era uma mistura de pânico e desespero.
— Eu não quero mais saber de você! — Isabella gritou, sentindo-se mais forte do que nunca. — Vou descobrir a verdade sobre minha mãe, e você não pode me impedir!
Ela saiu correndo, deixando Ricardo e Cláudia para trás. A verdade estava à espreita, e ela estava determinada a não deixar mais ninguém controlá-la.
A chuva tamborilava contra a janela do quarto de Isabella, criando um ritmo irregular que parecia acompanhar a confusão em sua mente. Seus olhos fixavam a caixa empoeirada no fundo do armário. Dentro dela, o antigo diário de sua mãe, Laura, repousava como uma promessa de respostas que ela temia descobrir.
Respirando fundo, Isabella puxou a caixa e a abriu com cuidado. O cheiro de papel envelhecido a atingiu, despertando memórias fragmentadas da voz suave de sua mãe lhe contando histórias antes de dormir. Suas mãos trêmulas viraram as páginas rabiscadas até que um trecho lhe chamou a atenção:
"Ricardo não é quem diz ser. Tenho medo. Se algo me acontecer, quero que saibam que ele está envolvido. Ele me avisou para não perguntar mais, mas não posso ignorar. Preciso proteger minha filha."
O coração de Isabella disparou. Seu corpo inteiro ficou tenso enquanto lia e relia aquelas palavras. Sentia o sangue ferver em suas veias. Ricardo. Ele sempre esteve no centro de tudo.
— O que você está fazendo? — a voz de Ricardo ecoou da porta, grave e carregada de uma suspeita contida.
Isabella se virou bruscamente, segurando o diário contra o peito como se fosse um escudo.
— Lendo a verdade. — Sua voz saiu afiada. — Minha mãe sabia. Ela sabia que você estava envolvido na morte dela!
Ricardo cerrou os punhos, seus olhos se estreitando.
— Você não sabe do que está falando, Isabella. Isso são apenas palavras escritas em um momento de medo.
— Medo que você causou! — Isabella rebateu, dando um passo à frente. — Por que ela escreveria isso se não fosse verdade? O que você esconde?
— Já disse para não mexer no passado! — Ricardo elevou o tom, mas havia um traço de desespero em sua voz. — Certas verdades só trazem dor.
Isabella riu, mas não havia humor em seu som.
— Dor? A dor é viver com um mentiroso! Você me criou sobre um alicerce de enganos. — Ela ergueu o diário. — E agora eu tenho a prova!
Ricardo respirou fundo, lutando para manter a calma. Mas Isabella percebeu o brilho de alerta em seus olhos.
— O que você pretende fazer com isso? — ele perguntou, sua voz mais baixa, mas ainda carregada de tensão.
— Descobrir toda a verdade. — Isabella respondeu com firmeza. — Não vou parar até saber o que realmente aconteceu com minha mãe.
O silêncio pairou entre eles como uma nuvem carregada. Então, Ricardo se aproximou lentamente, sua expressão se tornando sombria.
— Cuidado, Isabella. Nem sempre a verdade é aquilo que você espera.
Mas Isabella não recuou. O medo que antes a segurava agora se transformava em determinação. A verdade estava prestes a vir à tona, e nada a impediria de descobri-la.
No dia seguinte, Isabella saiu cedo de casa, com o diário guardado na bolsa e um destino claro em mente: a delegacia. Ela sabia que precisava da ajuda da polícia para desvendar o que realmente acontecera com sua mãe. Mas, ao chegar lá, deparou-se com um obstáculo inesperado.
— Me desculpe, senhorita, mas não podemos abrir uma investigação apenas com base em um diário antigo. Precisamos de provas concretas. — O policial de plantão disse, lançando-lhe um olhar de simpatia, mas também de ceticismo.
— Eu sei que parece pouco, mas tem que haver algo nos arquivos sobre a morte da minha mãe! Preciso saber a verdade. — Isabella insistiu, sua voz carregada de frustração.
— Podemos verificar, mas sem um motivo formal, não há muito o que possamos fazer. — O policial suspirou e digitou algo no computador. — Laura Martins... houve um inquérito fechado por falta de evidências.
Isabella sentiu o coração apertar. Ricardo conseguira encobrir tudo. Mas ela não desistiria.
Saindo da delegacia, pegou o celular e ligou para a única pessoa que poderia ajudá-la agora.
— Cláudia, preciso falar com você. Sei que você sabe mais do que disse. — Sua voz era urgente.
Houve um silêncio do outro lado da linha antes da resposta hesitante.
— Nos encontramos em uma hora, no café da esquina. Mas, Isabella, tome cuidado. Você não tem ideia do que está mexendo.
O estômago de Isabella se revirou. Algo lhe dizia que aquilo era só o começo de algo muito maior do que ela poderia imaginar.
A tempestade rugia lá fora, o vento uivando através das frestas da janela como um aviso sombrio. Isabella sentia o peso do diário em suas mãos como se segurasse uma bomba prestes a explodir. Cada palavra escrita por sua mãe parecia ecoar dentro dela, acendendo uma chama de raiva e determinação.
"Ricardo não é quem diz ser."
"Tenho medo."
"Se algo me acontecer, ele estará envolvido."
O coração de Isabella martelava em seu peito. Sua mãe sabia. Ela havia tentado alertar alguém, mas ninguém a ouviu. E agora, anos depois, Isabella estava determinada a fazer o que Laura não conseguiu: descobrir a verdade.
Ela fechou os olhos por um instante, tentando conter o turbilhão de emoções. Mas então, um barulho no corredor a fez se sobressaltar. Passos pesados se aproximavam.
Ela mal teve tempo de esconder o diário debaixo do travesseiro antes que a porta se abrisse abruptamente.
Ricardo.
Ele estava ali, parado no batente da porta, o olhar frio e inexpressivo.
— Você está espiando o passado, Isabella?
A voz dele era calma, mas carregada de algo mais sombrio.
Ela se levantou devagar, encarando-o de frente.
— Estou buscando a verdade.
— A verdade… — Ele soltou uma risada curta, descrente. — A verdade nem sempre é o que parece.
— Então me diga o que realmente aconteceu com minha mãe! — Isabella disparou, o peito subindo e descendo rapidamente. — Me diga por que ela estava com medo de você!
Ricardo a observou por um momento, então entrou no quarto, fechando a porta atrás de si.
— O que exatamente você leu? — perguntou, a voz mais baixa, quase ameaçadora.
Isabella sentiu um arrepio, mas não recuou.
— O suficiente para saber que ela sabia sobre seus negócios sujos. O suficiente para entender que você pode ter tido algo a ver com a morte dela.
Por um instante, ela viu algo passar pelo rosto dele — uma hesitação, um lampejo de algo que quase parecia… culpa? Mas então, ele se recompôs.
— Sua mãe era ingênua. Ela achava que podia entender um mundo que não lhe pertencia. Isso a colocou em perigo.
— Que mundo, Ricardo? O mundo do crime? O mundo em que você está envolvido?
Ele se aproximou, e Isabella recuou instintivamente.
— Você está brincando com fogo, menina. Não tem ideia das forças com que está lidando.
— Me conte a verdade! — ela insistiu.
O silêncio se alongou entre eles. Ricardo respirou fundo e olhou para a janela, observando a chuva escorrer pelo vidro.
— Você quer a verdade, Isabella? Então ouça bem.
Ela engoliu seco, esperando.
— Sua mãe… descobriu algo que não deveria. Eu avisei para que ela ficasse fora disso, mas ela insistiu. Procurou pessoas erradas, fez perguntas perigosas.
— E isso lhe custou a vida? — Isabella sussurrou.
Ricardo fechou os olhos por um momento antes de encará-la novamente.
— Eu não a matei, se é isso que quer saber. Mas ela foi morta por causa do que sabia.
O estômago de Isabella se revirou.
— Quem fez isso?
— Não posso dizer. — A voz dele estava mais baixa agora. — Mas, se você continuar cavando, pode acabar no mesmo destino.
Ela se afastou, sentindo o peso daquelas palavras.
— Então, me deixa adivinhar. Você passou todos esses anos tentando "me proteger" para garantir que eu não descobrisse nada?
— Eu queria manter você segura.
— Ou manter seus segredos escondidos?
Ricardo não respondeu.
Isabella sentiu uma onda de revolta. Sua mãe foi morta, e ele sabia por quê. Talvez até soubesse quem fez isso. Mas ao invés de buscar justiça, ele apenas encobriu tudo.
Ela sentiu lágrimas quentes se acumularem em seus olhos, mas piscou rapidamente, recusando-se a demonstrar fraqueza.
— Eu não sou mais uma criança, Ricardo. Não vou parar até descobrir tudo.
Ele suspirou, passando a mão pelo rosto.
— Se essa é a sua escolha, então esteja preparada. Porque a verdade… pode ser pior do que você imagina.
E então, ele saiu, deixando Isabella sozinha com seus pensamentos caóticos.
Ela olhou para o diário debaixo do travesseiro, a tempestade rugindo lá fora como um reflexo da tempestade dentro dela.
Ela não ia recuar.
Estava apenas começando.
O relógio na parede marcava as três da manhã, mas Isabella ainda estava acordada, imersa em seus pensamentos. O diário de sua mãe estava espalhado sobre a cama, suas páginas amareladas e cheias de palavras que ela não conseguia ignorar. Cada linha revelava mais do que ela imaginava. Ricardo, seu padrasto, não era apenas o empresário respeitável que ela conhecia. Ele era parte de algo muito mais perigoso. Algo que ele mantinha oculto de todos, incluindo ela.
Isabella se levantou e caminhou até a janela, observando as gotas de chuva que batiam contra o vidro. A rua estava deserta, como sua vida se sentia agora. O peso do segredo de sua mãe e as mentiras que Ricardo havia alimentado por anos pairavam sobre ela como uma nuvem escura.
Ela sabia que precisava continuar. Precisava descobrir a verdade, não importa o custo. Se sua mãe tivesse sido assassinada por saber demais, então Isabella não podia ficar parada. Ela não poderia permitir que os erros de seu passado a controlassem.
Mas a dúvida ainda a consumia. Quem mais estava envolvido? Quem mais sabia sobre os negócios de Ricardo? Isabella não poderia fazer isso sozinha. Precisava de ajuda, alguém em quem pudesse confiar.
Enquanto pensava, um som leve na porta a fez se virar.
— Isabella?
A voz de Cláudia, a empregada da casa, cortou o silêncio. Isabella foi até a porta e a abriu, surpreendida com a presença dela a essa hora.
— Cláudia, o que está fazendo aqui?
Cláudia olhou para os lados, certificando-se de que ninguém estava por perto antes de entrar.
— Eu… preciso falar com você, antes que seja tarde demais.
Isabella franziu a testa, desconfiada. Cláudia sempre fora amigável, mas parecia que agora havia algo diferente em sua atitude.
— O que você sabe? — Isabella perguntou, a voz firme.
Cláudia hesitou por um momento, claramente lutando contra algo dentro dela. Mas finalmente, com um suspiro profundo, falou:
— Eu sabia da sua mãe, Isabella. Sabia do medo dela. Mas também sabia do que ela descobriu.
O coração de Isabella deu um salto.
— O que ela descobriu? — ela perguntou, quase sem respirar.
Cláudia olhou ao redor novamente, nervosa.
— Sua mãe… ela soube que Ricardo estava envolvido em algo mais do que apenas negócios. Mais do que você imagina. Mas o que ele fazia não era só sujo… era perigoso. Ele estava ligado a pessoas de fora da cidade. Gente que fazia coisas que não podemos nem imaginar.
Isabella ficou em silêncio, absorvendo as palavras de Cláudia. As peças começaram a se encaixar, mas havia uma sensação ainda mais assustadora no ar.
— Eu não sei mais do que isso, Isabella. Mas a sua mãe estava começando a investigar sozinha. Eu acho que ela estava prestes a descobrir tudo. Aí, ela… bem, você sabe o que aconteceu.
O estômago de Isabella se revirou. As palavras de Cláudia apenas confirmavam o que ela temia. Ricardo não estava apenas escondendo algo, ele estava profundamente envolvido em uma rede criminosa, e sua mãe estava prestes a expor tudo.
— Onde ele está agora? — Isabella perguntou, os olhos fixos em Cláudia.
Cláudia parecia hesitar, antes de olhar para a porta e responder em voz baixa:
— Ele saiu, há algumas horas. Acho que vai encontrar com alguém. Sei onde ele vai.
Isabella não teve tempo para processar completamente a informação. A urgência em suas veias a impulsionou. Ela não tinha mais tempo para esperar.
— Eu preciso ir até lá. Agora.
Cláudia tentou impedí-la, colocando as mãos em seus ombros.
— Não, Isabella, você não pode. Não sabe o que está fazendo. Se ele descobrir que você sabe o que ele está escondendo, ele vai fazer o pior.
Mas Isabella não se importava. Ela já havia tomado sua decisão. A verdade estava à sua frente, e ela não poderia mais fugir dela.
— Eu não vou mais viver na ignorância, Cláudia. A minha mãe morreu por causa disso. Eu preciso saber o que ele fez.
Com um último olhar desesperado, Cláudia cedeu.
— Então vá, mas seja cuidadosa. Você está brincando com fogo.
Isabella pegou sua jaqueta e saiu pela porta, sentindo o ar frio da noite batendo contra seu rosto. Sua mente estava um turbilhão, mas ela sabia onde tinha que ir. Cada passo a levava mais perto da verdade, mais perto de tudo o que ela nunca soubera sobre sua mãe, sobre Ricardo e sobre o homem que ela acreditava conhecer.
Ela seguiu pela rua deserta, as sombras da noite a envolviam. O silêncio era ensurdecedor, mas dentro de si, Isabella ouvia apenas o som de seu próprio coração batendo forte, marcando o ritmo da sua jornada em busca da verdade.
Finalmente, ela chegou ao local indicado por Cláudia — uma velha casa no fim da rua, afastada de tudo. Uma casa que, à primeira vista, parecia abandonada, mas que ela sabia agora, era o centro de tudo o que sua mãe temia.
Isabella parou diante da porta, hesitou por um momento e então, sem olhar para trás, empurrou-a.
Dentro, a escuridão a envolveu. Ela não sabia o que iria encontrar ali, mas a verdade estava prestes a ser revelada.
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