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ELIAS

O PIPOQUEIRO ...

Elias é um pai solo, foi abandonado por Helena, que preferiu curtir a vida, Elias mora em Florianópolis, com seus filhos Gael de 5 anos e Theo de 3 anos, mas não reclama, cuida com muito amor de seus filhos.

Ana: o Elias, bora vamos chegar atrasados na escola.

Ana, é uma amiga de muitos anos de Elias, é mãe da pequena e esperta vivi de 5 anos,uma mão na roda como se diz.

Elias: estou indo, só faltava o Theo, tive que trocar a bermuda dele.

Ana: primeiro dia de aula é sempre corrido mesmo, como você tá Gael?

Gael: bem tia.

Ana: e você Theo?

Theo: bem.

Elias: você está bem vivi, está muito calada.

Vivi: eu tô triste, não queria ir para escola.

Gael: kkk

Elias: mas tem que estudar pequena.

Eles deixam as crianças na escola e Ana vai trabalhar como diarista e Elias fica vendendo pipoca perto da escola...

Mais tarde, Elias encontra Ana saindo do trabalho, e acabam de chegar na escola juntos.

Ana: E aí, Elias? Como foi o resto do dia? A pipoca fez sucesso?

Elias: Foi bem melhor que de manhã! Vendi quase tudo. Os meninos se comportaram direitinho, o Gael adorou a escola, fez amigos. O Theo... bem, ele ainda está se adaptando. Teve uma pequena discussão com um colega por causa de um brinquedo, mas nada demais.

Ana: (rindo) Os meninos, né? Sempre com alguma aventura! E você? Como se sente? Tudo sob controle?

Elias: Exausto, mas feliz. É cansativo, mas ver eles crescendo, aprendendo... não tem preço. E você? A Dona Maria te deu muito trabalho?

Ana: Ela é um amor, mas a casa é grande! Mas valeu a pena, ganhei uma boa gorjeta. Aliás, você viu que abriu uma nova pizzaria aqui perto da escola?

Elias: Não, não tinha visto ainda.Depois vou comprar para os meninos.

Ana: Boa ideia! Olha, já está ficando tarde, tenho que ir, hoje não volto com vocês não. Vou ajudar numa jantinha, ganhar um extra. Amanhã a gente se vê de novo, né?

Elias: Com certeza! Até amanhã, Ana. Valeu pela ajuda de hoje.

Ana: Imagina, Elias! A gente se ajuda sempre. Até amanhã!

Elias vai com os filhos para casa e fica conversando com eles...

Gael: Pai, hoje eu brinquei muito na escola! Fiz um amigo chamado Pedro.

Elias: Que legal, filho! Conta tudo!

Gael: A gente brincou de carrinho e depois desenhou. A professora disse que eu sou muito criativo!

Elias: (abraçando Gael) Eu sei que você é, meu filho. Você é muito especial.

Theo, mais quieto, puxa a camisa do pai.

Theo: Pai, eu briguei com o menino...

Elias: Eu sei, meu amor. A tia Ana me contou. Mas é importante aprender a resolver os conflitos, conversar e pedir desculpas quando necessário. Você aprendeu algo novo hoje?

Theo: Eu aprendi a pintar com os dedos!

Elias: Que legal! Mostra pra mim.

Theo mostra com orgulho suas pequenas mãos sujas de tinta. Elias sorri, orgulhoso.

Elias: Que lindas pinturas! Vocês estão famintos? Vamos jantar. Hoje tem macarrão!

Gael: Uhul! Macarrão!

Elias: tem que banhar primeiro.

Gael: está bem pai.

Theo: a nem papai kkkk

Elias: há seu porquinho( fazendo cócegas nele)

Theo: para papai kkk

Eles tomam banho e voltam para comer o macarrão e tomar o suco de laranja.

Elias: barriguinha cheia é hora de escovar os dentinhos e cama, minha palavra preferida kkkk

Theo: kkk não telo papai.

Gael kkk eu gosto de dormir, pai conta uma história...

Elias( pega o livro e conta a história) era uma vez.....(minutos depois os dois estão dormindo) nossa estou cansado, vou tomar um banho e deitar e dormir.

Elias acorda cedo, antes mesmo dos filhos. Prepara o café da manhã, arrumando as lancheiras com cuidado. Gael e Theo acordam pouco depois, cheios de energia.

Gael: Bom dia, pai!

Theo: Bom dia, papai!

Elias: Bom dia, meus amores! Que sorriso lindo! já escovarem?

Gael e Theo: sim.

Gael e Theo se servem do café da manhã, enquanto Elias prepara as coisas para ir trabalhar.

Elias: Hoje vamos fazer um experimento novo com a pipoca! Vou adicionar um pouquinho de canela.

Gael: Canela? Que legal!

Theo: Vai ficar doce?

Elias: Um pouquinho, vai ficar uma delícia! Vamos ver se faz sucesso na escola.

Elias deixa os filhos na escola, e encontra Ana.

Ana: Bom dia, Elias! Tudo bem? A canela na pipoca foi uma boa ideia?

Elias: Espero que sim! Ainda não sei, mas os meninos estão animados.

Ana: Que bom! E como foi a noite? Tranquila?

Elias: Tranquila, sim. Eles estão crescendo tão rápido... Às vezes me pego pensando como o tempo passa.

Ana: Eu sei... Aproveite cada momento, Elias. Eles precisam de você, e você precisa deles.

Elias: Eu sei. E eu agradeço por ter você por perto, Ana. Você me ajuda muito.

Ana: Somos amigos, Elias. Sempre estaremos um para o outro. Qualquer coisa, pode contar comigo.

Elias: Obrigado, Ana. Você é uma verdadeira benção.

Ana: se precisar pode deixar eles comigo, é um prazer.

Elias: tá bom( a fila começa a aumentar para comprar as pipocas com canela)

Os filhos de Elias fica o dia todo na escola, tempo integral, pois ele precisa trabalhar para sustentar seus filhos.Ele passa o dia todo vendendo pipoca, quando as coisas apertam, ele pega as crianças e vai para o parque, enquanto eles brincam ele aproveita para vender as pipocas para as crianças...

Elias chega na escola, Gael e Theo saem correndo para abraçá-lo.

Gael: Pai! Podemos ir ao parque?

Theo: Sim, pai, por favor!

Elias: Claro, meus amores! Vamos ao parque antes de irmos para casa.

(No parque, as crianças correm e brincam sem parar. Elias as observa de um banco, sentindo a brisa suave da tarde. Ele sorri, sentindo a paz e a alegria daquela hora.)

Gael: Pai, olha como eu consigo subir alto!

(Gael se pendura em uma barra e se balança com entusiasmo.)

Theo: Pai, me ajuda!

(Theo tenta subir em um escorregador, mas precisa de ajuda.)

Elias: Vamos lá, meu pequeno. (Elias ajuda Theo a subir no escorregador.)

(Depois de um tempo brincando, as crianças se sentam ao lado do pai, cansadas, mas felizes.)

Gael: Pai, hoje foi um dia muito divertido!

Theo: Sim, pai! Eu amei o parque!

Elias: Eu também amei, meus amores. Ver vocês felizes me deixa muito feliz.

Gael: Pai, amanhã você vai vender pipoca de novo?

Elias: Sim, meu filho. Mas amanhã vamos fazer pipoca de caramelo!

Theo: Caramelo? Que legal!

Elias: (abraçando os dois) Vamos para casa agora? Preciso preparar o jantar.

Gael e Theo: Sim, pai!

Elias defende Ana...

Elias, acorda bem cedo e organiza tudo, Theo e Gael acordam e lancham e Elias deixa eles na escola , como de costume todos os dias ele vê Ana, só que não viu dessa vez, nem Vivi sua filha.

Elias: será que aconteceu alguma coisa, filhos boa aula, mais tarde papai tá aqui para pegar vocês.

Theo: está bem papai.

Gael: até mais tarde pai.

Eles entram para a escola e Elias vai vender suas pipocas, na rua de baixo.

Susane: oi Elias trás três saquinhos aqui( ele volta e vai até lá)

Elias: Susane, você viu a Ana, mãe da Vivi?

Susane: não, ficou dela vim fazer uma faxina em casa, mas não veio, e estranho porque ela não falta com as responsabilidades.

Elias: é mesmo, vai querer as pipocas de sempre ou quer experimentar a de caramelo?

Susane: uma de cada por favor Elias.

Elias termina de atender ela e continua com suas vendas e preocupado com Ana, mandou mensagem e nem foi entregue.

Elias: vou andando e vendendo pipocas para o rumo da casa de Ana, assim sei se está tudo bem.

Elias vendeu bastante, e sentou um pouco no meio fio, para descansar.

Elias se levanta e vai até a casa de Ana,bate ninguém responde, bate de novo e nada, fica esperando um pouco.

Frederico( chega ) o que você quer Elias, já te disse que não quero você de amizade com minha mulher.

Elias: eu sei, mas não concordo, sou amigo dela e nunca passei disso, vim ver ela, porque ela não foi levar a filha na escola, e ela nunca falta, chama ela por favor.

Frederico: não quero, é melhor você ir embora.

Elias estava indo embora e ouve a vivi gritar, e ele volta.

Elias: Frederico abre essa porta, se não eu vou chamar a polícia.

Os vizinhos começam a sair para fora por causa do barulho de Elias.

Frederico: eu já disse para você ir embora, vai cuidar da sua vida.

Elias( deixa o carinho de pipoca ) eu não quero confusão, mas Ana é minha amiga, o que você está fazendo não é certo.

Frederico ( pega uma faca e ameaça) se você tentar entrar aqui, vou te furar todinho e seus filhinhos vão ficar sozinhos no mundo.

Elias: não fale nos meus filhos, eles não tem nada aver com isso.

Frederico( sai de perto da porta e vai para cima de Elias)

Elias: está maluco? você sabe que luto caráter, se eu quisesse eu já teria te machucado.

Frederico,insiste e faz um corte com a faca no braço de Elias.

Elias( da vários socos nele e derruba no chão) não se aproxima, eu vou entrar e vê como está minha amiga, se vim atrás de mim eu vou te quebrar( Frederico fica no chão, saindo sangue na boca)

Vivi: tio Elias , ajuda a mamãe...

Elias: olha e não vê Ana, onde está sua mãe?

Vivi: machucada titio no quarto dos fundos, papai trancou ela.

Elias, vai e procura e arrebenta a porta e ajuda Ana a sair...

Ana: Elias ( chorando ) obrigado meu amigo.

Elias( olha ela está toda suja de sangue ) o que ele fez com você?

Ana: me bateu porque eu não quiz me deitar com ele, eu estava muito cansada Elias ( chorando)

Elias: vem, vou te levar para minha casa, você é sua filha.

Ana: não vou deixar minha casa.

Elias: são bens matérias, primeiro você se recupera e depois resolve com Frederico.

Elias leva Ana e a filha dela, para a casa dele...

Frederico: esse cara é muito otário, vou acabar matando ele, para parar de se intrometer na minha vida.

Elias chega em casa ...

Ana: mais uma vez obrigado, não sei o que seria de mim, se você não aparecesse.

Vivi: vedade titio, papai bateu muito na mamãe e mamãe gritava.

Elias: está tudo bem agora, fica lembrando dessas cenas não pequena.

Ana: desculpa atrapalhei suas vendas.

Elias: já vendi bastante hoje, daqui a pouco só vou pegar meu filhos na escola, pode ficar tranquila aqui em casa, é bem seguro.

Ana : obrigado.

Da horário e Elias vai até a escola e pega os filhos e vem conversando com eles.

Elias: Theo, como foi sua aula?

Theo: muito boa papai.

Elias: e a sua Gael?

Gael: ótima pai, ouvi o boato na escola que você brigou na rua com o pai da Vivi.

Elias: não foi uma briga filho, eu apenas defendi a Ana, falando nisso ela e a Vivi estão lá em casa, por essa noite.

Gael: tá bom pai.

Eles chegam em casa ...

Gael: oi Vivi...

Vivi: oi Gael

Os dois ficam brincando...

Theo: (corre e abraça Ana) oi tia...

Ana: oi meu lindo.

Elias, coloca as crianças para tomar banho e faz a janta e todos se sentam e comem e conversam....

Ana fica em observação....

Elias: sabe Ana, a vida é mais que isso, ninguém precisa passar por isso, você tem sua filha, tem que criar ela em um ambiente acolhedor.

Ana : eu sei, mas o que eu posso fazer Elias, eu não tenho família por aqui, e também eles nem se importam.

Elias: você pode fazer sim, você pode se separar dele, você é guerreira, vejo sua luta todo dia, e pior esse Frederico nem trabalha, não ajuda com nada e ainda bebe muito, viver assim é melhor viver só.

Ana: e a Vivi, como vai ficar o pensamento dela.

Elias: a Vivi é muito esperta, e certeza que ela não quer crescer vendo o pai dela batendo na mãe dela, ele nem presta para ser pai, não brinca com a menina, não leva no médico, nem na escola ele não leva.

Ana: mais um dia ele vai mudar.

Elias: só se for de endereço, esses caras nunca melhoram, eu sei que você ama ele, mais isso não é um relacionamento saudável Ana.

Ana: mas para onde eu vou, o que vou fazer da minha vida Elias, como vou arrumar um emprego com minha filha pequena, não tenho ninguém para olhar ela, não é fácil para mim.

Elias: nunca foi fácil Ana, olha você pode ficar aqui em casa o tanto que você precisar, e quanto a Vivi, eu te ajudo, igual você me ajuda com os meus.( ouve a campanhinha)

Ana( abre ) o que está fazendo aqui Frederico?

Elias ( só observando)

Frederico: eu vim te levar para casa, prometo que isso não vai mais acontecer, eu te amo Ana, me perdoa.

Ana( olha para Elias ) eu vou para casa Elias.

Elias: o concelho foi dado, a vida é sua, deixa a Vivi aqui, ela está dormindo, amanhã você pega.

Ana: tá bom, muito obrigado meu amigo ( abraça Elias)

Ana, volta para casa com Frederico, e Elias fica apreensivo, e com receio do que pode acontecer.

Elias( fecha a porta e vai dormir)

Enquanto isso na casa de Ana....

Frederico( está furioso) então você está de graça com Elias, deve está tendo um caso com ele, para ele te proteger assim, sua sem vergonha ( bate no rosto dela)

Ana: para Frederico, você disse que isso não ia acontecer mais( ele continua batendo nela)

Frederico: você achou que ia me fazer de otário( chuta ela várias vezes)

Ana( começa a gritar de dor) para por favor, não aguento mais.

Frederico: cala a boca( chuta na cabeça dela)

Os vizinhos acordam com os gritos de Ana, chamam a polícia.

Susane: meu Deus o que está acontecendo ( liga para Elias)

Elias( acorda com o barulho do celular) o que está acontecendo Susane?

Susane: não sei direito, eu tô em casa, mais está vindo uns gritos bem altos da casa de Ana.

Elias( levanta rápido e vai até a casa de Ana)

muitas pessoas estão observando a confusão e a polícia já chegou e prendeu o Frederico, e uma ambulância chegou para levar Ana para o hospital...

Susane( chega ) nossa ela está muito machucada.

Elias: complicado, olha tem como você ficar com as crianças lá em casa pra mim, eu vou acompanhar a Ana.

Susane: tem sim, me dá a chave( ele entrega a chave e ela vai para a casa dele)

Elias entra na ambulância e vai com Ana ...

Horas depois o dia já havia amanhecido...

No hospital, o silêncio da sala de espera era cortado apenas pelo tique-taque do relógio na parede. Elias observava a porta da emergência, a cada instante esperando por notícias. O medo e a raiva se misturavam em seu peito. Ele se sentia impotente, a sensação de não ter conseguido proteger Ana o corroía.

Após o que pareceu uma eternidade, um médico surgiu, o rosto sério, mas com um leve sinal de alívio.

Médico: Sr. Elias? A Ana sofreu alguns traumas, mas estável. Teve uma concussão leve, alguns hematomas e cortes. Felizmente, nada que comprometa sua vida. Ela precisará ficar em observação por algumas horas, mas poderá ir para casa amanhã.

Elias respirou fundo.A gratidão invadiu seu coração, misturada com a revolta contra Frederico.

Elias: Obrigado, doutor. Posso vê-la?

Médico: Sim, mas por enquanto, apenas por alguns minutos. Ela precisa de repouso.

Elias entrou no quarto, encontrando Ana deitada na cama, pálida, mas consciente. Seus olhos estavam inchados, mas um sorriso fraco surgiu ao vê-lo.

Ana: Elias…

Elias aproximou-se, segurando sua mão. A delicadeza do gesto contrastava com a força que sentia em seu interior.

Elias: Ana… estou aqui. Você está segura agora.

Ana: Obrigada, Elias. Eu… eu não sei o que seria de mim sem você.

Elias: Não precisa agradecer, Ana. Você é minha amiga, e eu sempre estarei aqui para você. Agora, precisa descansar. Vamos conversar depois, quando estiver melhor.

Ana fechou os olhos, exausta. Elias ficou ali, sentado ao lado da cama, observando-a, sentindo a responsabilidade de protegê-la, não apenas naquele momento, mas para o futuro. Ele sabia que o caminho seria longo, mas desta vez, Ana não estaria sozinha. Ele a ajudaria a reconstruir sua vida, a encontrar a força para seguir em frente, livre da violência e do medo. Ele a ajudaria a encontrar a paz que ela tanto merecia.

Depois de algum tempo, Elias saiu do quarto, deixando Ana descansar. No corredor, ele encontrou Susane.

Susane: Que bom que ela está bem, Elias. Fiquei tão preocupada!

Elias: Eu também, Susane. Muito obrigado por cuidar das crianças.

Susane: sempre que eu puder, seus filhos são uns amores e Vivi é uma princesa, deixei eles na escola, como a casa de Ana, ficou aberta, eu peguei as coisas de Vivi, e encostei a porta e deixei ela também na escola.

Elias: espero que dessa vez, nossa amiga, se cuide.

Susane: pior que ele já fazia isso há muito tempo, Vivi me disse que ela colocava um pano na boca dela e batia, espero que fique preso por muito tempo.

Elias: difícil, fico com dó, dessa situação, conversei com ela, mais não sei o que acontece, as mulheres que vivem assim, acham que vão conseguir mudar esse tipo de homem, mas não vai.

Susane: realidade de muitas, por isso estou solteira, eu vou indo, qualquer coisa me liga.

Elias: está bem, e mais uma vez, muito obrigado.

Susane: Não foi nada, Elias. Estamos aqui para te ajudar.( vai embora )

Como Ana teria que ficar de repouso, Elias foi até em casa a pé, ele ainda não tem carro,e pegou o carinho de pipoca e ficou trabalhando entre o hospital e a escola, teve boas vendas...

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