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Em Nome Da Lei

Capítulo 1: O Início da Jornada

Capítulo 1: O Início da Jornada e a Sombra do Passado

Catarina sempre cultivou um sonho ardente, uma chama que a impulsionava desde a tenra idade: tornar-se uma advogada brilhante, uma defensora da justiça capaz de impactar vidas e transformar o sistema que, por vezes, parecia tão falho. Após anos de estudo árduo, noites insones consumidas por livros e jurisprudências, e a superação de incontáveis obstáculos, ela finalmente conquistou seu diploma em Direito, um triunfo que a inundou de orgulho e emoção, um marco que representava o início de uma nova fase em sua vida.

Agora, com um horizonte vasto e incerto à sua frente, Catarina se candidatava a uma vaga no prestigiado escritório de advocacia MS Associados, um bastião de poder e influência no cenário jurídico da cidade. Ela enxergava essa oportunidade não apenas como um emprego, mas como um trampolim para concretizar seu propósito, um palco onde poderia usar sua energia, determinação e sede de justiça para contribuir com a excelência da equipe e fazer a diferença no mundo. Armou-se de coragem, vestiu seu melhor traje e preparou-se para a entrevista, consciente de que suas conquistas até então eram apenas o prelúdio de uma trajetória promissora, um caminho que a levaria a cumprir um destino maior.

"Eu vou conseguir esse emprego," sussurrou Catarina, segurando um porta-retrato entre as mãos trêmulas, a imagem de sua mãe a inspirar e motivar. "Vou me estabelecer, honrar seu nome, mãe. E vou descobrir quem a tirou de mim, custe o que custar."

Uma lágrima solitária escorreu por sua face, carregada de dor e determinação, e antes que percebesse, o sono a envolveu, um breve refúgio da realidade implacável que a aguardava.

O toque estridente do celular a arrancou do sono, anunciando o início de um novo dia – o dia da entrevista. Catarina levantou-se, sentindo um misto de ansiedade e determinação, o coração pulsando com a urgência de um novo começo.

Ao abrir as portas do escritório MS Associados, Catarina inspirou profundamente, tentando absorver a atmosfera de poder e prestígio que permeava o ambiente. Caminhou até a recepção, tentando disfarçar o nervosismo que lhe corroía as entranhas, mas mantendo a postura ereta e o olhar confiante.

"Bom dia, meu nome é Catarina. Tenho uma entrevista agendada para a vaga de advogada júnior," anunciou, com a voz ligeiramente trêmula, mas firme.

A recepcionista, com um sorriso profissional e um olhar avaliador, pediu que aguardasse, indicando uma área de espera elegante e minimalista. Enquanto esperava, Catarina observou o movimento frenético do escritório – advogados apressados, carregando pastas e documentos, telefones tocando em um ritmo incessante, e a aura de seriedade que pairava no ar, como se cada palavra e ação ali tivessem um peso imenso.

Minutos depois, uma mulher elegante, com um terninho impecável e um olhar perspicaz, se aproximou. "Catarina, prazer. Sou Laura, responsável pela coordenação dos candidatos. Preparada para o processo?" perguntou, com um tom firme, porém amigável, como se avaliasse cada reação da jovem advogada.

"Sim, estou pronta," respondeu Catarina, tentando transmitir confiança e profissionalismo, apesar do nervosismo que lhe apertava o peito.

Laura lançou-lhe um olhar avaliador, como se tentasse decifrar a alma de Catarina. "Vocês são dois candidatos para a vaga. Cada um será designado a um advogado de nossa equipe, e ao final, decidiremos quem será selecionado. Uma competição justa e rigorosa."

"Dois candidatos?" Catarina perguntou, surpresa, a competição direta a pegando de surpresa. "Não esperava uma competição direta."

"Sim, e a avaliação será rigorosa. Queremos o melhor, o mais preparado, o mais dedicado," explicou Laura, com um sorriso enigmático.

O coração de Catarina acelerou, mas ela rapidamente se recompôs, respirando fundo e reafirmando sua determinação. "Entendo. Darei o meu melhor, podem ter certeza."

Quando Laura revelou que trabalharia com o advogado mais temido do escritório, um frio percorreu a espinha de Catarina, como se um presságio sombrio pairasse no ar.

"Você será designada ao Dr. Henrique. Ele é um dos melhores e mais exigentes, mas tenho certeza de que você será capaz de acompanhá-lo," disse Laura, com um sorriso que não revelava suas verdadeiras intenções.

"O Dr. Henrique?" a voz de Catarina quase falhou, o nome do advogado ressoando em seus ouvidos como um aviso. Ele era conhecido por sua reputação implacável, brilhante, mas intolerante a erros, um titã do mundo jurídico. Não havia margem para falhas ao seu lado, o que tornava a experiência ainda mais intimidante, um verdadeiro teste de fogo.

Enquanto isso, Laura informou que o outro candidato, Matheus, trabalharia com a Dra. Beatriz. "Ela é rigorosa, mas acessível. Uma excelente mentora para iniciantes," disse, deixando claro que os caminhos dos candidatos seriam distintos, cada um enfrentando seus próprios desafios.

Ao se dirigir à sala do Dr. Henrique, Catarina sentiu o peso da responsabilidade sobre seus ombros, como se carregasse o destino do mundo em suas mãos. Cada passo ecoava sua determinação, cada batida do coração a impulsionava para frente. Essa não seria apenas uma disputa por uma vaga; seria um teste de resistência, inteligência e coragem, uma provação que definiria seu futuro. Ao entrar na sala, Henrique ergueu os olhos de um livro antigo, seu olhar penetrante e frio como o gelo.

"Você é Catarina, suponho. Espero que esteja preparada para trabalhar duro, pois não tolero nada menos que excelência. A mediocridade não tem lugar neste escritório."

"Estou pronta, Dr. Henrique. Darei o meu melhor, podem ter certeza," respondeu Catarina, tentando esconder o nervosismo que lhe corroía as entranhas, mas mantendo a postura firme e o olhar determinado.

"Ótimo. Sua mesa é aquela junto à janela. Boa sorte," disse Laura, antes de se retirar, deixando Catarina a sós com sua ansiedade e o temido Dr. Henrique.

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Espero que gostem da história eu estou amando escrevê-la, peço que interajam comigo nos comentários porfavorl

Capítulo 2: O Peso da Excelência

Capítulo 2: O Peso da Excelência e a Solidão da Competição

Assim que Laura se retirou da sala, a atmosfera se transformou, o ar rarefeito e carregado de uma tensão palpável. O Dr. Henrique, um homem cuja presença dominava o ambiente, estava sentado atrás de uma mesa impecável, um santuário de organização onde pastas e documentos se alinhavam com precisão cirúrgica, como se cada papel tivesse seu lugar no intrincado quebra-cabeça do mundo jurídico. Seus olhos penetrantes, frios como o aço, se fixaram em mim assim que a porta se fechou, avaliando cada movimento, cada respiração.

"Catarina," começou ele, sua voz cortante como gelo, cada palavra pronunciada com uma clareza que não deixava espaço para dúvidas, "antes de começarmos, algumas regras são indispensáveis. Regras que regem este escritório e que você, a partir de agora, deverá seguir à risca." Ele ergueu a mão, enumerando com os dedos, cada um representando um mandamento a ser gravado na alma. "Primeira: pontualidade é inegociável. Se digo nove horas, quero você aqui às oito e cinquenta, pronta para começar o dia. Segunda: erros são intoleráveis. Seja uma vírgula deslocada ou uma citação incorreta, busco a perfeição, a excelência em cada detalhe. Terceira: pesquise antes de perguntar. Apenas questões pertinentes, fruto de sua própria investigação, serão aceitas."

Engoli em seco, sentindo o peso daquelas palavras esmagar qualquer resquício de confiança que eu pudesse ter. Mantive o olhar firme, tentando transmitir uma determinação que mal sentia. "Entendido, Dr. Henrique."

"Ótimo." Ele empurrou uma pilha de papéis em minha direção, um montante que parecia crescer a cada segundo. "Este é um caso complexo, uma disputa empresarial que envolve cifras astronômicas e interesses poderosos. Preciso de um resumo detalhado até o fim do dia, uma análise que demonstre sua capacidade de compreender a complexidade do caso. Prepare-se para discutir amanhã, pois cada palavra será minuciosamente analisada."

Peguei os papéis, sentindo o peso da tarefa, a responsabilidade que se depositava sobre meus ombros. "Começarei imediatamente, doutor."

Ele se inclinou ligeiramente para frente, os olhos estreitando, como se tentasse ler meus pensamentos. "Lembre-se, Catarina: excelência é o mínimo esperado neste escritório. Veremos se você está à altura do desafio."

Com isso, voltou sua atenção aos documentos, encerrando a conversa. Respirei fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções que me assolava, e me virei para sair da sala, determinada a superar suas expectativas, a provar que eu pertencia àquele lugar.

A pilha de documentos era avassaladora, cada página repleta de detalhes jurídicos intrincados, cláusulas complexas e jargões que desafiavam minha compreensão. Por horas a fio, me dediquei à tarefa, anotando cada ponto relevante, cada detalhe que pudesse ser crucial, buscando conexões entre as informações, como se estivesse montando um quebra-cabeça complexo. "Não posso errar," pensei, a voz do Dr. Henrique ecoando em minha mente, um lembrete constante da pressão que me esmagava.

Quando meus olhos começaram a arder, implorando por descanso, fiz uma pausa breve na pequena copa, um refúgio improvisado no meio do caos. Enquanto preparava um café, buscando na cafeína um aliado para me manter alerta, uma voz me chamou.

"Você deve ser Catarina." Um rapaz sorriu, um sorriso que parecia genuíno em meio à frieza do ambiente. Era Matheus, o outro candidato, um rosto que irradiava simpatia.

"Sim, Catarina," respondi, retribuindo o sorriso, grata por um momento de alívio. "Parece que estamos todos afogados em papelada."

"E como!" Ele riu, um som que ecoou estranhamente alegre no silêncio do escritório. "A Dra. Beatriz é exigente, mas acessível, uma mentora que nos guia com firmeza, mas com paciência. E você, como está se saindo com o Henrique?"

Suspirei, sentindo o peso da responsabilidade me esmagar. "Direto e implacável. Um caso enorme para analisar e entregar até o final do dia."

Matheus ergueu as sobrancelhas, impressionado com a magnitude da tarefa. "Você pegou o lado difícil da competição. Mas tenho certeza de que vai se sair bem, Catarina. Boa sorte com a Beatriz."

"Obrigada, Matheus. Boa sorte para você também."

Nos despedimos ali, cada um retornando ao seu labirinto de documentos. Voltei à minha mesa, renovada pela breve interação, mas consciente de que o tempo era meu inimigo. Aos poucos, comecei a decifrar os padrões nos documentos, encontrando meu ritmo, como se estivesse desvendando um código secreto. O tempo voou, e logo o sol se pôs, tingindo o céu de laranja e roxo.

Olhei para o relógio: quase seis da tarde. Ainda havia trabalho a fazer, detalhes a serem analisados, conclusões a serem tiradas. A cada descoberta, a cada ponto que se encaixava, me sentia mais perto de provar meu valor, de mostrar ao Dr. Henrique que eu era capaz de superar suas expectativas.

Às nove da noite, o escritório estava silencioso, apenas a luz fraca de algumas luminárias iluminando os corredores vazios. Respirei fundo, tentando acalmar os nervos, e bati na porta do Dr. Henrique.

"Entre."

Entreguei o resumo, sentindo o peso do meu trabalho em minhas mãos. Ele folheou as páginas, o silêncio pesado da sala amplificando o som dos papéis sendo virados. Finalmente, falou:

"Bom trabalho, Catarina. Identificou os pontos-chave do caso, as questões cruciais. Mas amanhã quero mais. Quero ver a profundidade de sua análise, a solidez de seus argumentos. Isso é só o começo."

Assenti, aliviada por ter superado o primeiro desafio, mas consciente de que a jornada estava apenas começando. "Entendido, doutor. Obrigada pela oportunidade."

"Pode ir, Catarina, mas esteja pronta amanhã. Não tolero mediocridade, nem mesmo o mínimo esforço."

Saí da sala, sentindo uma mistura de alívio e tensão. O dia foi exaustivo, uma maratona de trabalho e pressão, mas a satisfação de ter cumprido a tarefa era inegável. Amanhã seria um novo teste, um novo desafio a ser superado.

Em casa, após um banho rápido, atendi a ligação de Ana, mas o cansaço me venceu. Desliguei, pedindo desculpas pela falta de energia, e me entreguei ao sono, buscando um breve refúgio da realidade implacável que me aguardava.

Capítulo 3: A Busca pela Profundidade

Capítulo 3: A Profundidade da Investigação

A manhã seguinte me encontrou desperta antes mesmo do primeiro raio de sol ousar cruzar o horizonte. A sensação de ansiedade, uma sombra constante desde o dia anterior, pairava sobre mim, impedindo qualquer vestígio de relaxamento. A expectativa de mais um dia sob o olhar perspicaz e a avaliação implacável do doutor Henrique me impulsionava para fora da cama, como se uma força invisível me puxasse. Um café rápido, consumido em goles apressados, e uma revisão frenética das minhas anotações foram meus únicos companheiros antes de me aventurar no escritório.

Cheguei ao MS Associados antes das oito, encontrando o prédio em um silêncio quase sepulcral. Apenas o zumbido monótono das luzes fluorescentes ecoava nos corredores vazios, testemunhas silenciosas da minha chegada precoce. A calma momentânea, embora perturbadora, me permitiu organizar meus pensamentos e mergulhar novamente nos documentos do caso, buscando respostas para as lacunas que ainda me perturbavam. As palavras impressas, antes confusas, começaram a se alinhar, revelando padrões e inconsistências que me instigavam a investigar mais a fundo.

As horas se arrastaram enquanto eu me perdia em meio a cláusulas e precedentes, conectando informações e desvendando os meandros da fusão empresarial. As peças do quebra-cabeça, antes dispersas, começaram a se encaixar, revelando um quadro mais claro da situação. Preparei minhas anotações com cuidado meticuloso, antecipando as perguntas afiadas e as exigências implacáveis de Henrique, ciente de que não haveria espaço para hesitação ou respostas vagas. A pressão aumentava a cada minuto, mas minha determinação se fortalecia na mesma proporção.

Por volta das oito e meia, o escritório começou a despertar, preenchendo o silêncio com o som de vozes e telefones. A hora de enfrentar o dia havia chegado, e eu me preparei para o desafio, determinada a provar meu valor e superar as expectativas de Henrique. A cada passo em direção à sala dele, sentia o coração acelerar, mas mantinha a postura firme e o olhar determinado.

Às nove em ponto, munida de minhas anotações, caminhei até a sala do doutor Henrique. A porta se abriu após minha batida, revelando a figura imponente de Henrique, sentado atrás de sua mesa impecável. Ele me indicou a cadeira com um gesto, sem proferir uma palavra, mas seus olhos penetrantes já me avaliavam, como se pudessem ler meus pensamentos e intenções.

"Catarina," começou ele, sua voz cortando o silêncio como uma lâmina afiada, "analisei seu trabalho. Você identificou os pontos cruciais do caso, as lacunas contratuais e os conflitos de interesse. Agora, quero suas soluções. Quero ouvir suas propostas, suas ideias, sua visão sobre como podemos resolver essa situação complexa."

Respirei fundo, controlando o tremor nas mãos, e me preparei para o embate, para o desafio que se apresentava. "Doutor Henrique, proponho a renegociação das cláusulas de divisão de lucros para evitar conflitos entre os acionistas. Além disso, sugiro a implementação de um mecanismo de mediação obrigatória para resolver disputas antes de irem a tribunal. Acredito que essas medidas garantiriam um acordo mais justo e eficiente para todas as partes envolvidas."

Henrique me encarou, pensativo, seus olhos analisando cada palavra minha, cada gesto, cada expressão. "Mediação obrigatória... interessante. Mas como convencer as partes de que essa é a melhor solução? Como podemos garantir que elas aceitem essa proposta?"

"Incluir a cláusula no contrato de fusão como condição essencial," respondi, confiante, tentando transmitir a certeza que sentia. "Isso garantiria segurança e clareza para ambas as partes, estabelecendo um precedente e demonstrando nosso compromisso com a resolução pacífica de conflitos."

Ele se recostou na cadeira, avaliando minhas palavras com um olhar crítico, como se estivesse pesando cada sílaba. "Raciocínio estratégico, um bom começo. Mas precisa ir além. Traga precedentes legais que sustentem sua proposta e compare com casos semelhantes. Quero ver a profundidade da sua pesquisa, a solidez dos seus argumentos. Pense como um membro deste escritório, como um advogado experiente e perspicaz."

"Entendido, doutor Henrique," anotei mentalmente suas instruções, sentindo o peso da responsabilidade sobre meus ombros. "Aprofundarei a pesquisa e prepararei uma análise mais robusta, com argumentos sólidos e precedentes relevantes."

Com um aceno de cabeça, ele me dispensou, voltando sua atenção aos documentos em sua mesa. Saí da sala com o coração acelerado, mas determinada. Henrique era implacável, mas reconhecia o esforço. O próximo passo seria crucial para provar que eu estava à altura do desafio, para mostrar que eu pertencia àquele escritório.

Após a conversa, decidi que a pesquisa teórica não seria suficiente. Uma visita à empresa envolvida na fusão seria essencial para entender o contexto e as nuances do caso. A informação seria a chave para impressionar Henrique e me firmar no escritório. A cada passo, a cada descoberta, sentia que estava me aproximando do meu objetivo, de provar meu valor e de me tornar a advogada que sempre sonhei ser.

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