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"Entre o Frio e o Destino

Capítulo 1 – Bem-vinda ao Caos, Sn!

O som do avião pousando ecoou pelos alto-falantes, e o coração de Sn batia acelerado. Ela finalmente estava na Coreia do Sul! Depois de anos sonhando com esse momento, agora tudo parecia real. Com um sorriso empolgado no rosto, ela pegou sua bolsa e saiu animada pelo aeroporto.

Só que…

— Ai! — Ela tropeçou no próprio pé assim que pisou fora do avião e foi direto ao chão. Sua mala deslizou para um lado, seu celular para outro, e sua dignidade… bem, essa ficou na pista de pouso.

Levantando rapidamente, tentando ignorar os olhares curiosos, Sn pegou seu celular para seguir até o hotel. Ela digitou o endereço no Google Maps e começou a caminhar.

Só tinha um problema.

O aplicativo, por algum motivo, decidiu pregar uma peça nela e a mandou para um caminho completamente errado. Sn andava para um lado, depois para o outro, girava no mesmo lugar, tentando entender para onde ir.

— Ué? Mas esse prédio não era pra estar do outro lado? — murmurou, confusa.

Olhando ao redor, percebeu que estava perdida. Completamente perdida.

E como se isso não bastasse, tropeçou novamente — desta vez, em uma guia — e quase derrubou um ciclista que passou resmungando algo que ela não entendeu.

— Ótimo, Sn! Você está na Coreia do Sul há menos de uma hora e já está causando acidentes! — ela se repreendeu mentalmente.

Ela suspirou, olhando o céu de Seul. Era lindo, exatamente como ela imaginava. Mas… talvez fosse um pouquinho mais fácil aproveitar a paisagem se conseguisse chegar ao hotel antes de causar um desastre maior.

Mal sabia ela que seu maior desastre ainda estava por vir… e tinha nome. Zen.

Sn girava o celular na mão, franzindo a testa enquanto tentava entender por que o Google Maps parecia conspirar contra ela.

— Mas eu acabei de passar por esse prédio… ou não? — murmurou para si mesma, olhando ao redor.

Ela se virou para um lado. Depois para o outro. Andou alguns passos para frente, parou e deu meia-volta. Uma senhora que vendia doces na esquina olhava para ela com uma expressão confusa.

— Ótimo, agora pareço uma doida perdida… o que, tecnicamente, eu sou!

Ela suspirou e decidiu tentar de novo. Digitou o endereço do hotel no Google Maps e apertou "iniciar rota". Mas, assim que começou a seguir as instruções, percebeu que o aplicativo estava a levando diretamente para uma rua sem saída.

— Não, não, não, isso está errado!

Tentou refazer a busca, mas o celular travou.

— Ah, ótimo! Só pode ser brincadeira!

Ela bufou, batendo levemente no aparelho, como se isso fosse resolver o problema. Mas, é claro, só piorou. O aplicativo fechou sozinho, e o celular ficou com a tela preta por alguns segundos antes de reiniciar.

— Legal. Tecnologia me odeia. Coreia do Sul, me perdoe, eu sou um desastre ambulante!

Desesperada, olhou para os lados, tentando encontrar um táxi ou alguém que parecesse disposto a ajudar. Mas, em meio ao movimento frenético da cidade, ninguém parecia notar sua existência.

Foi então que, enquanto tentava atravessar a rua sem olhar direito para onde ia…

VRUM!

O som de um carro se aproximando fez Sn congelar. Ela virou a cabeça e viu um sedã preto vindo em sua direção.

— Ai, não…

E, antes que pudesse reagir…

BUM!

Sn sentiu um impacto forte na lateral do corpo e caiu no chão com tudo. Sua mala foi para um lado, o celular para outro, e sua dignidade… bem, essa ficou espalhada pelo asfalto.

O carro parou bruscamente, e por um momento tudo ficou em silêncio. Sn piscou algumas vezes, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

— Eu… fui atropelada?!

Antes que pudesse reagir, a porta do sedã preto se abriu e um homem alto e bem-vestido saiu. Seu terno impecável e o olhar frio o faziam parecer um personagem saído diretamente de um dorama… mas um daqueles CEOs arrogantes que todo mundo quer socar.

Ele olhou para ela, cruzando os braços com uma expressão impassível.

— Você está viva?

Sn arregalou os olhos.

— O-O QUÊ?!

Ele suspirou, claramente sem paciência.

— Se consegue gritar, então não está tão machucada.

Sn sentiu o sangue ferver.

— COMO ASSIM?! Eu acabei de ser atropelada por um carro de luxo, e esse homem está agindo como se tivesse pisado numa folha seca?!

— Eu… eu caí no chão! Minha mala voou! Meu celular tá… ah, meu celular! — Sn se arrastou até onde seu celular tinha caído e o pegou, analisando a tela com desespero. — Está inteiro… ufa…

O homem arqueou uma sobrancelha.

— Você quase morre e está preocupada com o celular?

Sn se levantou com dificuldade, esfregando o joelho dolorido.

— E você quase atropela alguém e nem pede desculpa?!

Ele suspirou, como se ela estivesse sendo dramática demais.

— Você entrou na frente do meu carro.

— Mas eu estava atravessando!

— No sinal errado.

Sn piscou.

— Hã...?

Ele apontou para o semáforo de pedestres, que ainda estava vermelho.

— Você não presta atenção no trânsito?

Sn mordeu o lábio. Tá, talvez tivesse errado nisso… mas isso não mudava o fato de que ele era insuportável!

— E você não presta atenção nas pessoas?!

Ele riu sem humor.

— Eu sou Zen Kang. Não costumo prestar atenção em coisas insignificantes.

Sn travou.

— Espera… Zen Kang?

Agora que prestava atenção, aquele nome não era estranho. Na verdade, era muito conhecido. Zen Kang, CEO da Kang Corporation, uma das maiores empresas da Coreia do Sul. Ele aparecia em revistas, entrevistas… e sempre com a mesma expressão séria e intimidadora.

— Você… você é o Zen Kang?! — Sn arregalou os olhos.

Ele não respondeu. Apenas ajeitou o terno e olhou para o relógio, como se ela estivesse desperdiçando seu tempo.

— Já acabou o drama? Se não quebrou nada, eu vou indo.

Sn sentiu a raiva crescendo.

— Não, mas eu vou quebrar essa sua cara de arrogante!

Mas antes que pudesse dizer algo, um carro parou ao lado deles e um homem de terno desceu, olhando preocupado para Zen.

— Senhor Kang, está tudo bem?

— Apenas uma distração no caminho. Vamos.

Sn bufou, irritada.

— Distração?! Eu sou uma pessoa, não um obstáculo de trânsito!

Zen a olhou nos olhos por um breve momento e, sem dizer nada, entrou no carro novamente.

Sn ficou ali, parada, vendo o sedã preto sumir no trânsito.

Ela respirou fundo e fechou os olhos.

— Isso só pode ser um aviso do universo: minha sorte realmente não existe.

Mal sabia ela que aquele encontro estava longe de ser o último.

Capítulo 2 – O Destino Gosta de Brincar

Sn ainda estava parada na calçada, tentando absorver tudo o que tinha acabado de acontecer.

— Eu fui atropelada por um CEO famoso. Um CEO FRIO E ARROGANTE!

Ela bufou, cruzando os braços. Que recepção era essa? Onde estavam as cenas de dorama onde o mocinho ajudava a garota a se levantar e se preocupava com ela? Em vez disso, Zen Kang a tratou como um incômodo!

— Ótimo. Primeiro dia na Coreia do Sul e já marquei meu nome na lista de pessoas que ele despreza.

Olhando ao redor, percebeu que várias pessoas a observavam, algumas até cochichando. Morta de vergonha, pegou sua mala e decidiu que precisava sair dali o mais rápido possível.

Mas havia um pequeno problema.

— Onde fica o meu hotel mesmo…?

Sn suspirou e abriu o celular novamente. O Google Maps finalmente voltou a funcionar, e ela seguiu as instruções, ainda mancando um pouco do tombo.

Depois de quase meia hora andando e errando o caminho mais duas vezes, finalmente chegou ao hotel. Era um prédio bonito e moderno, e o hall de entrada era enorme, com um lustre brilhante no teto.

— Uau… talvez minha sorte esteja começando a melhorar.

Ela se aproximou da recepção e sorriu para a atendente.

— Olá! Eu fiz uma reserva no nome de Sn.

A funcionária digitou no computador e, depois de alguns segundos, franziu a testa.

— Hm… me desculpe, mas não encontramos nenhuma reserva em seu nome.

Sn piscou.

— O quê? Não, deve haver algum engano! Eu fiz a reserva semanas atrás!

A atendente verificou de novo e balançou a cabeça.

— Não temos nenhuma reserva registrada.

Sn sentiu um frio na barriga.

— Não… isso não pode estar acontecendo…

Ela abriu seu e-mail desesperadamente para mostrar a confirmação da reserva, mas, para sua surpresa…

— CADÊ O E-MAIL?!

O e-mail sumiu.

Sn começou a suar frio.

— O-o quê… mas eu tinha certeza que…

A atendente olhou para ela com um sorriso simpático, mas profissional.

— Me desculpe, senhorita, mas sem reserva, não podemos liberar um quarto.

Sn sentiu a cabeça girar. Ela estava cansada, dolorida, e agora… sem lugar para ficar?!

— Respira, Sn… respira…

Ela forçou um sorriso nervoso.

— Tem algum quarto disponível para hoje?

A recepcionista verificou rapidamente e balançou a cabeça.

— Infelizmente, estamos lotados.

L-O-T-A-D-O-S.

Sn sentiu o desespero subir.

— Ah… ahahah… entendi… que ótimo…

Ela saiu do hotel completamente derrotada.

Ali estava ela: perdida, sem hotel, com o joelho doendo do atropelamento e completamente sem saber o que fazer.

Ela sentou-se num banco na calçada e encarou o céu de Seul.

— É oficial. Minha sorte morreu no dia em que eu nasci.

O que ela não sabia era que seu pesadelo ainda estava só começando. E que o destino tinha um jeito cruel de juntar pessoas… especialmente aquelas que se odeiam.

Sn estava sentada na calçada, encarando o nada, quando ouviu passos se aproximando.

— Senhor, essa menina está com problemas.

Ela levantou a cabeça devagar e viu um homem de terno parado perto da porta do hotel. Ele parecia formal e profissional… provavelmente alguém importante.

Mas antes que pudesse entender o que estava acontecendo, outro homem entrou no saguão do hotel.

Alto, elegante, vestindo um terno impecável… e com uma expressão ainda mais fria do que antes.

Zen Kang.

O CEO arrogante.

Sn arregalou os olhos.

— NÃO! NÃO PODE SER ELE DE NOVO!

Ela olhou para os lados, procurando uma rota de fuga, mas antes que pudesse sequer se levantar, Zen caminhou diretamente até o balcão da recepção e tirou um cartão Black da carteira, colocando-o sobre o balcão com um movimento preciso.

A atendente, que antes estava séria com Sn, se curvou imediatamente ao reconhecer quem estava ali.

— S-Senhor Zen! Eu não sabia que o senhor voltaria de viagem hoje!

Sn piscou, confusa.

— Espera… ele já ia ficar nesse hotel?!

Zen suspirou, visivelmente incomodado.

— Apenas resolva isso. Dê um quarto para ela.

Sn ficou paralisada.

O QUÊ?!

A atendente arregalou os olhos, surpresa, mas logo voltou à postura profissional.

— C-claro, senhor! Imediatamente!

Ela começou a digitar rapidamente no computador.

Sn, por outro lado, não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Ela levantou-se rapidamente e correu até o balcão.

— E-ei, espera! O que você está fazendo?!

Zen a olhou de cima a baixo com aquele mesmo olhar indiferente de antes.

— Resolvendo seu problema.

— M-Mas eu nem pedi sua ajuda!

Ele suspirou de novo, como se estivesse lidando com uma criança teimosa.

— Você não tem onde ficar, certo?

Sn mordeu o lábio.

— Bom… s-sim, mas…

— Então aceite.

Ela o encarou.

— Por quê? Por que você está fazendo isso?!

Zen franziu o cenho, irritado.

— Porque eu não tenho tempo para discutir.

— M-Mas… eu não tenho dinheiro para pagar esse hotel caro!

— Eu não disse que você ia pagar.

Sn travou.

O quê?!

Antes que ela pudesse perguntar o que isso significava, a atendente voltou com um sorriso nervoso.

— Aqui está, senhor Zen. Um quarto está reservado para ela.

Zen pegou o cartão do quarto e estendeu para Sn.

Ela hesitou. Olhou para o cartão, depois para ele.

— Isso não significa que eu vou dever algo pra você, né?

Zen a encarou com um olhar afiado.

— Tudo tem um preço.

Sn engoliu em seco.

Ela sabia. Isso não era um favor. Isso era o começo de um grande problema.

Sn ainda estava processando tudo quando tentou pegar o cartão do quarto da mão de Zen… e foi exatamente nesse momento que seu pé escorregou no tapete da recepção.

— AHH!

Antes que pudesse reagir, ela caiu de novo. Dessa vez, foi uma queda ainda mais dramática: de costas, com as pernas para cima e os braços espalhados.

O saguão do hotel ficou em silêncio.

A atendente cobriu a boca, chocada. O secretário de Zen desviou o olhar, como se não quisesse se envolver. Já Zen…

Bem, Zen apenas suspirou, esfregando a testa, claramente questionando sua paciência.

— Isso só pode ser uma piada.

Sn gemeu de dor no chão.

— Aí… por que isso sempre acontece comigo?

Ela se sentou devagar, massageando o próprio tornozelo. Olhou para cima e viu Zen a observando com uma expressão que ficava entre tédio e descrença.

— Você tem algum problema com equilíbrio?

Sn fez uma careta.

— Não é culpa minha! O tapete é traiçoeiro!

Zen arqueou uma sobrancelha.

— O tapete?

— Sim! Ele me atacou!

Zen respirou fundo, visivelmente tentando manter a calma.

— Levante-se logo.

Sn estendeu a mão para que ele a ajudasse, mas Zen simplesmente virou as costas e começou a andar até o elevador.

Ela arregalou os olhos.

— Sério?! Você não vai nem me ajudar?!

Ele parou, olhou para ela por cima do ombro e respondeu sem nenhuma emoção na voz:

— Eu já fiz mais do que o suficiente.

E entrou no elevador, deixando Sn jogada no chão.

A atendente rapidamente correu para ajudar.

— Você está bem, senhorita?

Sn bufou, cruzando os braços.

— Não. Estou humilhada.

Ela pegou o cartão do quarto, respirou fundo e decidiu:

— Tudo bem. Vou aceitar essa ajuda só dessa vez. Mas depois, vou encontrar um jeito de pagar essa dívida e nunca mais cruzar o caminho desse CEO arrogante!

Mal sabia ela que o destino tinha outros planos…

Nome Completo: Zen Kang (강젠)

Idade: 29 anos

Altura: 1,87m

Nacionalidade: Sul-coreano

Ocupação: CEO da Kang Corporation, uma das maiores empresas de tecnologia e investimentos da Coreia do Sul.

Personalidade: Frio, calculista e extremamente racional. Zen não perde tempo com coisas que considera insignificantes e tem uma paciência quase inexistente para pessoas atrapalhadas. Ele é perfeccionista, direto e odeia bagunça, o que o torna impaciente com pessoas desorganizadas e impulsivas. Apesar de ser respeitado (ou temido) no mundo dos negócios, ele é visto como um homem difícil de lidar e sem empatia.

História: Zen cresceu em uma família rica, mas sua vida nunca foi fácil. Desde pequeno, foi treinado para ser um líder, sem espaço para erros ou sentimentos. Seu pai, um empresário rígido e controlador, impôs a ele a responsabilidade de assumir a empresa desde cedo, e isso o tornou extremamente disciplinado e fechado emocionalmente. Ele não acredita em sorte ou destino – para ele, tudo na vida é conquistado com esforço e estratégia.

Relacionamento com Sn: No começo, ele a vê apenas como uma garota azarada e problemática que cruzou seu caminho da pior forma possível. Ele não entende como alguém pode ser tão atrapalhada e impulsiva. No entanto, conforme os encontros entre eles continuam acontecendo, ele começa a perceber que Sn é diferente das pessoas ao seu redor – ela não tem medo dele, algo que o irrita e ao mesmo tempo o intriga.

Curiosidades:

Zen não suporta lugares bagunçados. Se entra em um ambiente desorganizado, sente vontade de arrumar tudo imediatamente.

Tem uma rotina extremamente rígida: acorda sempre no mesmo horário, treina, trabalha e não muda seus hábitos por nada.

Quase nunca sorri. Seus funcionários dizem que, se um dia ele sorrir, algo muito sério deve ter acontecido.

Apesar de ser frio, é extremamente protetor com as poucas pessoas que realmente considera importantes.

Prefere café amargo e odeia doces.

Zen acredita que sorte não existe e que o destino não passa de uma desculpa para pessoas fracas. Mas Sn… talvez seja a primeira pessoa capaz de bagunçar seu mundo perfeitamente calculado.

Perfil do Personagem – Sn

Nome Completo: Kim Sn (Seu Nome )

Significado do Nome: O nome Sn pode ter um significado especial dependendo de sua origem. Se for um nome coreano, pode ser escrito em hanja (caracteres chineses) com significados como "sabedoria", "felicidade" ou "pureza". Caso seja um nome estrangeiro, pode ter um significado relacionado à personalidade dela.

Idade: 22 anos

Altura: 1,65m

Nacionalidade: Brasileira (ou outra, se preferir)

Ocupação: Ainda não tem um trabalho fixo na Coreia do Sul; foi para o país realizar um sonho e começar uma nova vida.

Personalidade:

Extremamente azarada – tudo que pode dar errado, dá errado. Mas ela não se deixa abalar facilmente.

Atrapalhada ao extremo – sempre tropeça, derruba coisas ou se mete em situações vergonhosas.

Animada e sonhadora – apesar dos problemas, sempre tenta ver o lado bom das coisas.

Teimosa – não aceita ser tratada como inferior e não tem medo de confrontar Zen, mesmo que ele seja um CEO poderoso.

Fala muito – especialmente quando está nervosa. Isso irrita Zen profundamente.

História: Sn sempre foi apaixonada pela Coreia do Sul – desde a cultura e a comida até a música e os doramas. Depois de anos sonhando, finalmente conseguiu viajar para lá, mas nada saiu como esperado. Desde o momento em que saiu do avião, tudo deu errado: caiu no chão, se perdeu, foi atropelada por um CEO arrogante e, para completar, descobriu que sua reserva no hotel não existia.

Agora, além de lidar com sua má sorte, Sn precisa enfrentar um desafio ainda maior: Zen Kang, um homem que representa tudo o que ela não suporta – frieza, arrogância e total falta de empatia.

Relacionamento com Zen:

No começo, Zen a vê como um problema ambulante e tenta evitá-la a qualquer custo.

Sn, por outro lado, não aguenta a arrogância dele e faz questão de provocá-lo sempre que pode.

Apesar das discussões, os dois acabam se envolvendo em situações inesperadas que os aproximam.

Com o tempo, Sn percebe que por trás da frieza de Zen, existe alguém que carrega feridas do passado.

Curiosidades:

Tem uma mania inexplicável de atrair situações embaraçosas.

Sonha em trabalhar na Coreia, mas ainda não sabe exatamente com o quê.

É viciada em doces, o que contrasta totalmente com Zen, que odeia qualquer coisa açucarada.

Nunca desiste, mesmo quando tudo dá errado – e quase sempre dá.

Gosta de falar sozinha e tem conversas internas hilárias consigo mesma.

Mesmo sendo completamente diferente de Zen, Sn pode ser a única pessoa capaz de bagunçar o mundo calculado dele… e talvez, sem querer, ensinar que a vida nem sempre precisa seguir um roteiro perfeito.

Capítulo 3 – A Dívida Que Não Pedi

Sn finalmente conseguiu entrar no elevador, segurando o cartão do quarto com força. Ela olhou para Zen, que estava ao seu lado, e bufou baixinho.

— Tão frio quanto uma geladeira industrial…

Ele, como sempre, manteve o olhar fixo na porta do elevador, ignorando completamente sua presença.

O silêncio no pequeno espaço era opressor, mas Sn, sendo quem era, não conseguiu ficar calada.

— Então… você é tipo um super empresário rico, né?

Zen nem sequer piscou.

— Eu sou um CEO.

— É, isso aí mesmo. CEO. O que a sua empresa faz?

— Muitas coisas.

— Nossa, que resposta detalhada…

Ele suspirou, como se estivesse cansado apenas de ouvi-la falar. Sn revirou os olhos.

— Tá bom, então vou direto ao ponto: por que você pagou esse quarto pra mim?

— Porque não queria você desmaiando na porta do hotel e virando um problema para minha estadia.

Sn fez uma careta.

— Nossa… obrigado pela caridade, senhor simpatia.

Ele não respondeu.

O elevador chegou ao andar e Zen saiu primeiro, sem nem esperar por ela. Sn apressou o passo para acompanhá-lo, irritada com tanta frieza.

— Olha, eu não sou do tipo que aceita favores sem pagar.

Zen parou na frente do próprio quarto e olhou para ela com um olhar afiado.

— Ótimo. Então me pague logo e pare de reclamar.

Sn travou.

— E-ele realmente quer que eu pague?

— Eu… uh… eu não tenho esse dinheiro agora, mas… posso pagar de outras formas!

Zen ergueu uma sobrancelha.

— Que tipo de "outras formas"?

Sn pensou um pouco.

— Eu posso… trabalhar!

— Trabalhar?

— Sim! Sei lá, posso ser sua assistente por um tempo até pagar a dívida.

Zen analisou Sn de cima a baixo, claramente duvidando muito da ideia.

— Você? Assistente?

— Sim! Eu posso ser séria e responsável!

Ela tentou parecer confiante, mas no mesmo instante escorregou no tapete do corredor e caiu de joelhos.

Zen fechou os olhos e respirou fundo, claramente arrependido de cada decisão que o levou até esse momento.

— Isso vai ser um desastre.

Mas por algum motivo, em vez de dizer "não", ele apenas disse:

— Veremos.

Sn sorriu, sentindo que tinha uma chance.

Mal sabia ela que se tornar assistente de Zen Kang seria a coisa mais difícil (e caótica) da sua vida.

Sn arregalou os olhos, achando que tinha ouvido errado.

— O quê?!

Zen cruzou os braços, seu olhar frio e calculista fixo nela.

— Você ouviu bem. Vai ser minha esposa de aluguel.

Sn piscou várias vezes, tentando processar a informação.

— Esposa… de aluguel?

Zen suspirou, impaciente.

— Meu pai está insistindo para que eu me case. Ele é idoso e quer ver isso acontecer antes que…

Ele parou no meio da frase, como se não quisesse falar mais do que o necessário.

Sn percebeu um leve incômodo na voz dele, mas estava muito ocupada surpreendida e indignada para pensar nisso agora.

— E você achou que a solução perfeita era… me alugar como esposa?!

Zen não demonstrou nenhuma reação à indignação dela.

— Você quer pagar sua dívida, não quer?

Sn engoliu em seco.

— Quero, mas não desse jeito!

— Você disse que poderia trabalhar para mim. Bom, esse é o trabalho.

Ela ficou sem palavras.

— Esse cara só pode estar brincando…

Mas ao olhar bem para ele, percebeu que Zen não parecia ser o tipo de pessoa que fazia brincadeiras.

Sn passou a mão no rosto, tentando organizar os pensamentos.

— Isso é loucura. Por que eu?

— Porque você é irrelevante.

Sn arregalou os olhos, ofendida.

— Oi?!

— Você não tem envolvimento com a minha empresa, não tem interesse na minha fortuna e, principalmente, não tem nenhuma intenção de se casar de verdade comigo.

Sn continuou de boca aberta.

— Espera… isso significa que você confia em mim?!

Zen soltou um riso seco, sem humor.

— Não confio. Mas sei que você não é uma ameaça.

Sn ficou sem saber se isso era um elogio ou um insulto.

— Então quer que eu finja ser sua esposa… só para o seu pai?

Zen assentiu.

— Apenas por um tempo. Você vai morar comigo, se apresentar como minha esposa e agir como uma esposa perfeita em frente ao meu pai. Depois disso, seguimos caminhos separados e sua dívida estará paga.

Sn mordeu o lábio, sentindo o cérebro fritar.

— E se eu recusar?

Zen a olhou diretamente nos olhos.

— Então pode pagar os custos do hotel agora.

Sn congelou. Ela estava completamente falida.

— Isso é chantagem!

Mas, no fundo, ela sabia que não tinha escolha.

Respirando fundo, ela levantou a cabeça e cruzou os braços.

— Tá bom. Eu aceito.

Zen apenas assentiu.

— Ótimo. Agora, faça o favor de não tropeçar e cair na frente do meu pai.

Sn revirou os olhos.

— Isso ainda vai dar muita confusão…

Sn pegou a caixa do celular com as duas mãos, ainda processando tudo.

— Você… comprou um celular novo pra mim?

Zen cruzou os braços, impaciente.

— Seu antigo estava quebrado e não quero que minha “esposa” ande por aí com um telefone inútil.

Sn estreitou os olhos.

— E-ei! Meu telefone não era inútil! Só tinha alguns probleminhas…

— O GPS te mandou para o lado errado da cidade.

— Ok, talvez tenha sido um grande problema…

Zen não demonstrou o menor interesse em continuar a discussão. Apenas entregou um cartão a ela.

— Amanhã de manhã, me encontre na minha empresa. Sem atrasos.

Sn pegou o cartão e olhou para ele.

— Espera… "Kang Corporation"?!

Ela olhou para Zen, boquiaberta.

— Você é o dono dessa empresa gigante?!

Zen suspirou.

— O que mais você esperava?

Sn olhou para ele com desconfiança.

— Você é muito misterioso, sabia?

Foi então que Zen se inclinou levemente para perto dela e murmurou com sua voz fria e calma:

— Deixe-me contar um segredo.

Sn sentiu um arrepio e segurou a respiração.

— O quê?

Ele olhou diretamente nos olhos dela.

— O quarto que você está hospedada… é caro.

Sn piscou, sem entender.

— …Tá, e?

Zen então deu um sorriso mínimo e arrogante antes de completar:

— E eu sei disso porque eu sou o dono desse hotel.

O choque foi instantâneo.

— QUÊ?!

Zen apenas se virou e caminhou em direção ao próprio quarto.

— Boa noite, Sn.

E entrou, deixando Sn completamente perplexa no corredor.

Ela olhou para o cartão da empresa, para o celular novo e então para a porta onde ele tinha acabado de entrar.

— Mas que tipo de confusão eu fui me meter?!

Sn, que estava deitada na cama do hotel encarando o teto e tentando processar tudo, quase caiu da cama quando ouviu as batidas na porta.

— Ai meu Deus! Será que é a conta do hotel?!

Ela correu para abrir e viu um homem de terno impecável, com uma postura séria e elegante. Ele parecia muito bem treinado para lidar com o caos que era Zen Kang.

— Senhorita Sn, o senhor Zen pediu que você fornecesse seu número de telefone.

Sn piscou, confusa.

— Meu número?

— Sim. O novo número, do celular que ele lhe deu.

Ela olhou para o celular novinho na mesa e cruzou os braços.

— E se eu não quiser dar?

O secretário nem piscou.

— Então ele provavelmente virá pessoalmente perguntar.

Sn tremeu na hora.

— Ok, ok! Eu dou o número!

Ela pegou o celular, anotou o número no papel e entregou ao secretário. Mas antes que ele fosse embora, a curiosidade bateu forte.

— Espera! Qual é o seu nome?

O homem parou, parecendo surpreso com a pergunta.

— Meu nome?

— Sim! Você trabalha pro Zen, né? Então provavelmente me verá muito agora que… sabe… aquela maluquice de esposa de aluguel.

O secretário hesitou um instante, mas então se curvou levemente e disse:

— Meu nome é Ji Soo.

Sn sorriu.

— Prazer, Ji Soo!

Ele não sorriu de volta, mas disse educadamente:

— O prazer é meu, senhorita Sn. Espero que consiga lidar com o senhor Zen.

Sn soltou um suspiro dramático.

— Eu também espero… porque esse homem é um enigma ambulante!

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