One Moments~
ᴄᴀᴘ1:Meu Autoritário Direitor
No campus da Universidade Saint Pierre,
o diretor Leonardo Violoncelos era conhecido por sua postura séria e impecável. Ele vestia sempre ternos bem alinhados, falava com precisão cirúrgica e mantinha uma distância respeitosa de todos os alunos, para muitos ele era apenas uma figura de autoridade rígida e inalcançável.
Mas para ele, um estudante de jornalismo do último ano, Leonardo era um enigma. Um enigma que ele queria decifrar.
Rafael sempre foi impulsivo, cheio de vida e dono de uma mente curiosa. Quando recebeu a missão de escrever uma matéria sobre "Os bastidores da diretoria", ele viu a oportunidade perfeita para conhecer melhor o homem que governava a faculdade com punhos de ferro.
Na primeira entrevista, Leonardo manteve a formalidade. Respondeu a todas as perguntas com frieza e cortesia, sem permitir que o jovem invadisse a sua bolha de profissionalismo. Mas Rafael percebeu algo, nos pequenos silêncios entre uma resposta e outra, nos olhares furtivos que o diretor lançava sem querer.
Curioso, ele começou a testar os limites.
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Sabe, diretor... o senhor parece carregar o mundo nas costas. Já pensou em relaxar um pouco?
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
*levanto os olhos do relatório que estava analisando e encaro aquele estudante*
E você pensa que eu tenho esse luxo. Sr. Martins?
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Acho que todo o mundo merece um momento para respirar
*sorriu de lado*
Quem sabe um café depois do expediente?
Leonardo abriu a boca para recusar, mas hesitou. Havia algo na ousadia de Rafael que o desarmava. Contra o seu bom senso, aceitou.
Foi assim que tudo começou.
Nos encontros discretos fora da universidade, a rigidez de Leonardo começou a ceder. Ele se permitiu sorrir mais, contar histórias da juventude, até mesmo soltar um ou outro comentário sarcástico. Rafael, por sua vez, se viu cada vez mais fascinado por aquele homem que, sob a armadura de autoridade, escondia uma alma tão cheia de cadeados...
O que começou como um jogo perigoso logo virou algo impossível de conter.
O primeiro beijo aconteceu numa noite chuvosa, no carro de Leonardo, depois de uma conversa longa sobre sonhos não realizados. O diretor tentou resistir—disse ser errado, que tinha muito a perder, que Rafael era jovem demais para entender as consequências.
Mas Rafael apenas sorriu e segurou o seu rosto com cuidado
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
A vida é curta demais para tanto medo
Ali que Leonardo percebeu: já era tarde demais para fugir.
E talvez, pela primeira vez em anos, ele não quisesse fugir de nada.
Nos dias seguintes, Leonardo tentou agir como se nada tivesse acontecido. No “campus”, manteve a sua postura rígida, evitando cruzar olhares com Rafael. Mas o estudante não facilitava.
Na biblioteca, ele passava perto proporcionalmente, deixando bilhetes dobrados entre os livros. No corredor, sorria de canto quando ninguém estava olhando. No café perto da faculdade, sentava-se a duas mesas de distância, apenas para provocar.
Leonardo sabia que ceder de novo seria um erro. Mas cada vez que lembrava do gosto do beijo de Rafael, da forma como ele o olhava sem medo, o desejo crescia como uma febre impossível de controlar.
Foi em uma sexta-feira à noite que tudo desmoronou.
Leonardo estava no escritório da diretoria, terminando um relatório, quando a porta se abriu sem aviso.
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
— Rafael…
*começou, levantando-se da sua cadeira*
Você não pode estar aqui, está tarde
*olho o relógio*
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Porquê? Porque alguém pode ver?
*se aproximou, os olhos brilhando de desafio*
Ou, porque você tem medo do que sente?
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
*chego para trás, mas a mesa impedi-me de ir além*
isso não é certo
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Tenho 23 anos, diretor. E em três meses me formo. Vai fingir que nada está acontecendo entre nós até lá?
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
*Leonardo suspirou, passando a mão pelo rosto*
Não é tão simples, Rafael…
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Você tem medo que alguém descubra? Que falem de você?
*O silêncio de Leonardo foi a resposta.
Rafael aproximou-se mais, agora tão perto que Leonardo sentia o seu perfume amadeirado*
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Eu não ligo para o que vão dizer. O que eu quero saber é… você quer isso? Quer a gente?
Leonardo fechou os olhos por um momento. Ele queria. Deus, como queria. Mas anos de controle, de disciplina, de seguir regras, o impediam de simplesmente aceitar.
Então sentiu os dedos de Rafael tocarem a sua mão. Suaves, pacientes.
— Se me pedir para parar, eu paro — Rafael sussurrou. — Mas se não disser nada…
Leonardo não disse nada.
No instante seguinte, Rafael o puxou para um beijo profundo, cheio de urgência e sentimentos contidos. A pasta de relatórios caiu da mesa, os papéis espalharam-se pelo chão, mas nada importava. Não naquele momento.
Porque ali, entre aquelas quatro paredes, não existiam títulos, regras ou julgamentos. Apenas eles.
E pela primeira vez em muito tempo, Leonardo permitiu-se esquecer do mundo lá fora.
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Se me pedir para parar, eu paro
*sussurro*
Mas se não disser nada…
Leonardo não disse nada.
No instante seguinte, Rafael o puxou para um beijo profundo, cheio de urgência e sentimentos contidos. A pasta de relatórios caiu da mesa, os papéis se espalharam pelo chão, mas nada importava. Não naquele momento.
Porque ali, entre aquelas quatro paredes, não existiam títulos, regras ou julgamentos. Apenas eles.
E pela primeira vez em muito tempo, Leonardo se permitiu esquecer do mundo lá fora.
Leonardo sentiu o calor do corpo de Rafael contra o seu, o beijo se intensificando a cada segundo. As mãos do jovem deslizaram por seus ombros, descendo pelo peito até alcançarem a barra da sua camisa impecavelmente alinhada.
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Você sempre tão arrumado…
*murmuro contra os seus lábios, puxando a peça para fora da calça com um sorriso travesso*
Mas eu me pergunto como você fica quando perde o controle.
(a blusa fora da calça ta)
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
*Fechou os olhos por um instante, lutando contra os próprios instintos. Tudo nele dizia que deveria parar, mas o toque de Rafael queimava como fogo em sua pele. Quando sentiu os dedos ágeis desabotoando sua camisa, um arrepio percorreu seu corpo*
— Rafael… * ele sussurrou, mas a voz saiu rouca, carregada de desejo*
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
— Shhh…
*deslizo os lábios para seu pescoço, deixando beijos lentos que o fizeram soltar um suspiro baixo*
Você pensa demais.
Leonardo segurou firme a cintura do jovem, virando-o e pressionando-o contra a mesa. Pela primeira vez, foi ele quem tomou o controle. Rafael arfou, surpreso, mas seu olhar brilhava de provocação e desejo
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
Eu passei tempo demais me segurando *murmuro, deslizando as mãos pela lateral do corpo de Rafael*
Talvez seja hora de esquecer um pouco as regras.
E então, sem hesitação, ele o beijou de novo, dessa vez com uma intensidade avassaladora, suas mãos explorando cada centímetro do corpo quente à sua frente. A sala da diretoria, antes tão fria e formal, agora era palco de um desejo proibido, um momento roubado onde nada mais importava além da fome que um sentia pelo outro.
O mundo lá fora podia esperar. Porque ali, entre papéis esquecidos e a luz baixa do escritório, Leonardo e Rafael estavam prestes a ultrapassar todos os limites.
Leonardo respirou fundo, tentando recuperar o controle de seus pensamentos. Mas era impossível. Rafael estava ali, tão perto, os olhos escuros brilhando sob a luz baixa do escritório. O desejo pulsava entre eles como uma corrente elétrica invisível.
Com um movimento firme, Leonardo estendeu a mão e trancou a porta atrás de si. O som do trinco ecoou pelo ambiente silencioso, e Rafael sorriu de canto, satisfeito
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
— Então o diretor finalmente resolveu quebrar as regras?
*a voz de Rafael saiu baixa, carregada de provocação*
Leonardo não respondeu com palavras. Em vez disso, segurou a nuca do mais novo e o puxou para um beijo intenso, profundo. As mãos de Rafael deslizaram por seus ombros, empurrando a camisa social aberta, os dedos traçando caminhos lentos pela pele quente.
O calor aumentava a cada toque. Leonardo sentiu o coração acelerar quando Rafael pressionou o corpo contra o seu, o calor de suas respirações se misturando. Suas mãos firmes deslizaram pela cintura do estudante, sentindo a pele sob o tecido fino da camisa.
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
Você está me deixando louco…
*Leonardo murmurou contra seus lábios, as palavras saindo entrecortadas*
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Esse sempre foi o plano~
*sorri contra seu pescoço, mordiscando levemente antes de deixar uma trilha de beijos pela pele sensível*
Os dois se moviam juntos, como se seus corpos já soubessem exatamente o que fazer. A mesa atrás deles tremeu levemente quando Leonardo girou Rafael e o encostou ali, suas bocas se encontrando novamente, dessa vez com ainda mais urgência. As mãos de Rafael desceram até o cinto de Leonardo, desfazendo o fecho com uma facilidade que fez o diretor soltar um riso rouco
𝑳𝒆𝒐𝒏𝒂𝒓𝒅𝒐
Você tem feito isso com outros professores? *provoco,segurando o queixo de Rafael e forçando-o a encará-lo*
𝑹𝒂𝒇𝒂𝒆𝒍
Só com você
*ele respondeu sem hesitação, sua expressão carregada de desejo*
Aquela resposta foi a última peça que faltava para Leonardo se entregar por completo. Ele não se importava mais com regras, com consequências ou com o dia seguinte. Tudo o que importava era Rafael, ali, agora, naquele instante onde apenas os dois existiam.
E naquela noite, a diretoria da universidade deixou de ser um lugar frio e impessoal. Se tornou um espaço onde dois corpos e duas almas se encontraram sem medo, sem pressa, e sem nenhuma intenção de parar.
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒂𝒎 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐, 𝒆𝒎 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝒔𝒆𝒓𝒂́ 𝒖𝒎𝒂 𝒏𝒐𝒗𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
𝒔𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐 𝒂 𝒉𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒐𝒓 𝒈𝒓𝒂𝒏𝒅𝒆 𝒆𝒖 𝒅𝒊𝒗𝒊𝒅𝒐 𝒆 𝒇𝒂𝒄̧𝒐 𝒅𝒐𝒊𝒔
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
𝒂𝒑𝒓𝒐𝒗𝒆𝒊𝒕𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂̃𝒐 𝒂𝒒𝒖𝒊, 𝒂𝒈𝒓𝒂𝒅𝒆𝒄̧𝒐 𝒔𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒆𝒎 𝒍𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒐𝒃𝒓𝒂 𝒐𝒓𝒊𝒈𝒊𝒏𝒂𝒍
"ᴠᴀ́ʀɪᴀs ᴠɪᴅᴀs, ᴇᴍ ᴅᴜᴀs"
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
𝒆́ 𝒊𝒔𝒔𝒐, 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒆𝒎 𝒅𝒆𝒔𝒔𝒆𝒔 𝒑𝒊𝒕𝒊𝒄𝒐𝒔
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
𝒆 𝒔𝒆 𝒒𝒖𝒊𝒔𝒆𝒓𝒆𝒎 𝒅𝒂𝒓 𝒔𝒖𝒈𝒆𝒔𝒕𝒐̃𝒆𝒔, 𝒆𝒖 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 ♥︎
ᴄᴀᴘ2: Sintomas do coração ᴘᴛ1
Preparados para mais uma bomba??
Pois segui ai, espero que gostem
E conheçam alguns queridos desse One moment:
nome: 𝑳𝒊𝒂𝒏 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒊𝒆𝒍
idade: 37 𝒂𝒏𝒐𝒔
gosta: 𝑷𝒂𝒛
trabalho:𝒎𝒆́𝒅𝒊𝒄𝒐
nome: 𝑵𝒐𝒂𝒉 𝑺𝒂𝒍𝒍𝒆𝒔
idade:29𝒂𝒏𝒐𝒔
gosta: 𝑰𝒓 𝒂𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒒𝒖𝒆
trabalho: 𝑨𝒓𝒒𝒖𝒊𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒊𝒈𝒏
𝑳𝒊𝒂𝒎
*apago o cigarro no cinzeiro já lotado ao lado da mesa*
O consultório cheirava a tabaco e café requentado, mas ele não ligava. Tinha pacientes demais para se preocupar com isso
enfermeira
Doutor Liam? Seu paciente das 15h chegou.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*suspiro e jogo o jaleco por cima da roupa amassada*
Outro dia, outra consulta
Quando abriu a porta, encontrou um homem sentado na cadeira de couro, batendo os dedos contra o joelho. Cabelos escuros, olhos atentos, um cansaço estampado no rosto pálido.
𝑳𝒊𝒂𝒎
Nome? *pergunto seco, enquanto pegava a ficha*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Certo, Noah. O que te traz aqui?
𝑵𝒐𝒂𝒉
*acabo rindo, mas não de diversão*
Aparentemente, meu corpo resolveu me sabotar.
𝑳𝒊𝒂𝒎
esses são seus exames né?
*pergunto ja pegando*
𝑳𝒊𝒂𝒎
*Analisando os exames e conforme lia, minha expressão se fechava*
Algo estava errado *baixinho*
𝑵𝒐𝒂𝒉
o que foi? pode falar
*encarando*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Seus pulmões… Você tem uma condição genética rara. Isso explica a dificuldade para respirar e a fadiga. Se não tratar logo, vai piorar
𝑵𝒐𝒂𝒉
*cruzo os braços, encostando na cadeira*
Engraçado ouvir isso de alguém que fede a cigarro.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*Ergo uma sobrancelha, irritado, mas não respondo de imediato, apenas fecho a pasta com um estalo seco*
𝑵𝒐𝒂𝒉
*olhando como quem não queer nada*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Eu não sou o paciente aqui.
𝑵𝒐𝒂𝒉
Não, mas talvez devesse ser
*jogo de volta com aquele mesmo tom de sarcasmo amargo*
o senhor sabe que o cheiro da sua sala podia matar alguém com asma, né?
𝑳𝒊𝒂𝒎
*encaro o homem à minha frente, agora com um olhar diferente menos clínico, mais curioso*
Tinha algo em Noah. Algo além do sarcasmo e do olhar cansado. Um quê de alguém que já brigou com a vida umas boas vezes e ainda tava de pé.
𝑳𝒊𝒂𝒎
E você, costuma usar a ironia como escudo?
*pergunto, tirando os óculos e encostando à mesa*
𝑵𝒐𝒂𝒉
*dou um meio sorriso, dessa vez quase gentil*
so quando to com medo
Silêncio. Por um instante, o som mais alto na sala era o tique-taque do relógio. Até que Noah falou, mais baixo:
𝑵𝒐𝒂𝒉
Estou morrendo, doutor. É claro que tô com medo.
Liam sentiu o peso da frase e, por um segundo, o cigarro da manhã pareceu pesar o dobro no fundo dos pulmões.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*me levanto e vou até o armário, pegando uma caixa, pego um frasco de dentro ela*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Aqui. Esse é o primeiro remédio. Vai ajudar com os sintomas, até começarmos o tratamento mais agressivo.
𝑵𝒐𝒂𝒉
*pego a caixa, mas não olho para ela, os meus olhos estavam em Liam*
Um olhar que dizia mais do que qualquer laudo médico. Um olhar que pedia cuidado. E talvez, só talvez… companhia.
𝑵𝒐𝒂𝒉
Vai me atender de novo? *pergunto me levantando*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Vou te acompanhar até o fim *respondo, sem hesitar*
E se depender de mim, esse fim vai demorar pra chegar.
𝑵𝒐𝒂𝒉
*assenti devagar, antes de virar para sair, paro na porta, sem olhar para trás*
Você devia parar de fumar, doutor...
𝑳𝒊𝒂𝒎
*sorri sozinho*
E você devia parar de me provocar, paciente~
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴇssᴀ ᴠᴀɪ sᴇʀ ᴜᴍ ᴘᴏᴜᴄᴏ ᴍᴀɪs? sᴇʀᴀ́?
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴠᴏᴜ ᴅᴇɪxᴀʀ ᴏ ɢᴏsᴛɪɴʜᴏ ᴅᴀ ᴅᴜ́ᴠɪᴅᴀ ᴘᴀʀᴀ ᴠᴄs
\(@ ̄∇ ̄@)/
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴇsᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴀᴍ ɢᴏxᴛᴀᴅᴏ
\(@ ̄∇ ̄@)/
ᴄᴀᴘ2: Sintomas do Coração ᴘᴛ2
Nos meses seguintes, Noah tornou-se mais do que um paciente frequente. Ele aparecia sem avisar, sentava-se na cadeira do consultório e lançava aquele olhar irritantemente tranquilo para Liam.
E hoje para tristeza ou felicidade de um dois era dia de consulta
enfermeira
Doutor ele chegou
*aviso já sendo interrompida*
𝑵𝒐𝒂𝒉
Eai, ta fumando menos?
*já entro sem aviso*
𝑳𝒊𝒂𝒎
(Pergunta como se fosse ele o médico aqui 🙄) *reviro os olhos, observando ele se apoiar na minha mesa*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Você tá respirando melhor?
𝑵𝒐𝒂𝒉
Eu perguntei primeiro
E assim o jogo continuava. Liam, acostumado a controlar a situação, percebia que Noah o desarmava com poucas palavras.
O pior era que funcionava, ele fumava menos, não porque queria se cuidar, mas porque Noah enchia o saco.
𝑵𝒐𝒂𝒉
Se você parar completamente, eu paro de te encher
*disse um dia, sentado na maca*
Os dias passaram, e Liam tentou se convencer de que jogar o maço fora não significava nada. Mas toda vez que sua mão coçava para acender um cigarro, ele lembrava das palavras de Noah.
Era irritante. O paciente tinha se enfiado em sua cabeça sem pedir permissão.
𝑵𝒐𝒂𝒉
Eu vou te cobrar, sabe
*disse, numa consulta seguinte*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Cobrar o quê?
*pergunto já preparado para receber a bomba do Noah*
𝑵𝒐𝒂𝒉
A promessa, quero ver você sem cheiro de nicotina um dia desses.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*cruzo os braços, indignado*
E você, como está?
𝑵𝒐𝒂𝒉
Melhor. Mas ainda tenho medo.
Os encontros entre eles continuaram, e, apesar de Noah ser o paciente, Liam sentia que era ele quem estava sendo tratado.
Ele havia parado de fumar, não de uma vez, mas aos poucos, até perceber que não sentia mais falta.
Mas o que mais o assustava era perceber o quanto se importava com Noah.
Ele não era do tipo que se apegava. Mas Noah…ele havia quebrado todas as barreiras sem esforço
𝑳𝒊𝒂𝒎
*saiu do hospital mais tarde do que o normal, o ar frio de outono fazia minha respiração sair em pequenas nuvens brancas*
𝑳𝒊𝒂𝒎
*Quando chego ao carro encontro Noah...*
𝑵𝒐𝒂𝒉
*Encostado na porta, enfiado num moletom largo*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Você me seguiu?
*pergunto arqueando uma sobrancelha*
𝑵𝒐𝒂𝒉
Só estava passando
*respondo casual, mas meu olhar denunciava tudo*
𝑳𝒊𝒂𝒎
*hesito um pouco, pois não estava acostumado a responder esse tipo de pergunta. Mas com Noah...*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Tô confuso
*confesso, destravando o carro* entra aí
𝑵𝒐𝒂𝒉
*surpreso, mas não digo nada, apenas contorno o carro e entro, puxando o cinto de segurança com meu jeito preguiçoso de sempre*
O silêncio entre eles era confortável, carregado de tudo que ainda não tinham coragem de dizer.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*ligo o motor, mas não saiu de imediato, fico ali por um segundo, as mãos no volante, encarando o nada*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Minha casa não é longe. Vou te deixar lá, tudo bem?
𝑵𝒐𝒂𝒉
Você vai me deixar na sua casa?
𝑳𝒊𝒂𝒎
*olho rápido para ele, depois desvio*
É, não quero te mandar sozinho pra lugar nenhum nessa hora da noite e você já tá de moletom, ta com cara de quem precisa de um chá quente e um cobertor
𝑵𝒐𝒂𝒉
*riu baixinho*
Você cuida assim de todos os seus pacientes?
𝑳𝒊𝒂𝒎
Só dos teimosos com olhos tristes.
𝑵𝒐𝒂𝒉
*olho para a janela com um sorriso mais fraco*
Talvez fosse o jeito de esconder que aquela frase mexeu com ele. Talvez só não soubesse o que dizer.
O trajeto foi tranquilo. A cidade já dormia e as ruas estavam vazias. O som da respiração de Noah se misturava ao som baixo da música no rádio, uma melodia instrumental que preenchia o espaço entre os dois sem sufocar.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*estaciono diante de um prédio discreto de fachada antiga, mas bem cuidada*
Subiram em silêncio, e só quando a porta do apartamento se fechou atrás deles, Noah comentou:
𝑵𝒐𝒂𝒉
Você mora exatamente como imaginei
𝑳𝒊𝒂𝒎
*arqueio a sobrancelha*
E como você imaginou?
𝑵𝒐𝒂𝒉
Limpo, organizado… mas com uma bagunça escondida em algum lugar, tipo essa pilha de livros na mesa de centro
𝑳𝒊𝒂𝒎
*solto uma risada pela primeira vez naquela noite*
Toque de analista, impressionante
𝑵𝒐𝒂𝒉
É, eu sou cheio deles, deve ter haver com meu trabalho
𝑳𝒊𝒂𝒎
*vou até a cozinha, pego duas canecas e coloco água para ferver*
𝑵𝒐𝒂𝒉
*encosto no batente da porta, observando cada movimento como se estivesse tentando decorar*
𝑳𝒊𝒂𝒎
Eu gosto de chá de camomila
*falo sem olhar pra trás*
𝑵𝒐𝒂𝒉
Parece algo que você diria depois de um dia difícil.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*me viro segurando as duas canecas agora cheias*
E esse definitivamente foi um dia difícil.
𝑳𝒊𝒂𝒎
*Entrego uma a Noah, recostando nossos dedos por uns instantes*
Um segundo só — mas foi o suficiente pra fazer ambos ficarem em silêncio de novo.
Sentaram-se no sofá, com o som distante da cidade entrando pela janela entreaberta.
𝑵𝒐𝒂𝒉
Você me traz paz
*digo sem aviso, sem defesa, só a verdade, nua e crua*
𝑳𝒊𝒂𝒎
*encaro a xícara por alguns segundos, depois me viro lentamente*
Você me traz caos, mas… um caos que eu não quero evitar
E naquele momento, entre goles de chá e respirações calmas, alguma coisa mudou. Não foi dito em voz alta, mas ambos sabiam. Aquilo ali já não era só médico e paciente. Era algo mais. Algo que se desenhava nos silêncios, nos olhares, nas palavras que ainda não tinham coragem de ser ditas.
Mas elas viriam. No tempo certo.
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀ ᴄᴏᴍ ᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ 3
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴇsᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴇsᴛᴇᴊᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀɴᴅᴏ ᴅᴇssᴇ ᴏɴᴇ
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ʟᴇᴍʙʀᴀɴᴅᴏ "ᴏs ᴏɴᴇ sᴀ̃ᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏs ᴜ́ɴɪᴄᴏs"
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ ᴠᴄ ɴᴀ̃ᴏ ᴘʀᴇᴄɪsᴀ ʟᴇʀ ᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 1-ᴍᴇᴜ ᴅɪʀᴇɪᴛᴏʀ... ᴘᴀʀᴀ ᴇɴᴛᴇɴᴅᴇʀ ᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 2-sɪɴᴛᴏᴍᴀs...
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴏ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 2, ᴛᴇᴍ ᴀʟɢᴜᴍᴀs ᴘᴀʀᴛᴇs (ɪssᴏ ғᴀᴢ ᴘᴀʀᴛᴇ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ sᴏ́) ᴍᴀs ᴏ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 3 ᴊᴀ́ sᴇʀᴀ́ ᴏᴜᴛʀᴀ ʜɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴄᴏᴍ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs ᴇ ᴜᴍ ᴄᴏɴᴛᴇxᴛᴏ ᴅɪғᴇʀᴇɴᴛᴇ
𝑨𝒖𝒕𝒐𝒓𝒂 ♥︎
ᴇsᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴀᴍ ᴇɴᴛᴇɴᴅɪᴅᴏ ᴇ ǫᴜᴇ ᴇsᴛᴇᴊᴀᴍ ɢᴏsᴛᴀɴᴅᴏ ᴅᴇssᴇs ғᴏғᴏs ٩(˘◡˘)۶
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