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Entre Notas e Olhares

#1- Um novo começo

Capítulo 1 – Um Novo Começo

Gabriel sempre foi o tipo de aluno que gostava de passar despercebido. Sentava-se na primeira fila, anotava tudo com precisão e tinha uma rotina que se estendia entre a escola e a casa, onde mergulhava em livros e mais livros. O último ano do ensino médio era tudo o que ele precisava para terminar a etapa que tanto se dedicou e, finalmente, focar no futuro. Ele já tinha seus planos: cursar uma faculdade de Engenharia, encontrar uma carreira segura e construir uma vida sem surpresas.

O problema, porém, estava exatamente na palavra "surpresas". Gabriel não contava com elas, não as procurava. Elas simplesmente apareciam, como a presença de Noah, o novo aluno da turma.

Noah chegou em um dia comum, e, como sempre, Gabriel estava sentado em seu lugar habitual, de cabeça baixa, concentrado nas anotações. Mas, ao ouvir um barulho repentino de cadeiras sendo arrastadas e um "Oi, turma!" animado, Gabriel não pôde evitar olhar para a entrada da sala. Lá estava ele, um garoto de cabelos desarrumados e sorriso fácil, que parecia irradiar energia, com uma postura descontraída que contrastava com o resto dos alunos que, como Gabriel, pareciam mais focados em sobreviver ao'1 último ano.

Noah foi apresentado rapidamente, e logo a professora pediu que ele se sentasse. A escolha de lugar foi estratégica: ele escolheu a cadeira ao lado de Gabriel, algo que, para um aluno como Noah, parecia natural, como se fosse o lugar certo.

— E aí, eu sou o Noah — disse o garoto, ainda sorrindo enquanto se acomodava. Ele olhou para Gabriel, que estava, como sempre, com os olhos voltados para o caderno. — Você é o Gabriel, né? Eu vi seu nome na lista. Acho que a gente vai ser parceiros de classe, então é bom nos conhecermos.

Gabriel apenas levantou os olhos por um segundo, não o suficiente para encarar de verdade, mas o suficiente para perceber a energia que emanava do novo aluno. Ele sentiu um desconforto imediato. Essa energia, essa espontaneidade, não faziam parte do seu mundo. A sensação de que algo estava prestes a mudar o incomodava.

A professora logo começou a falar sobre o trabalho em grupo que eles teriam que fazer naquele semestre. E, como se o universo estivesse de acordo com a ironia de sua própria vida, Noah e Gabriel foram designados para o mesmo grupo.

— Acho que vamos nos dar bem, Gabriel — Noah disse enquanto pegava os materiais para o trabalho. Sua voz, como o resto dele, parecia vibrante, cheia de uma confiança que Gabriel não sabia como lidar. — Vamos nos divertir, com certeza.

Gabriel apenas assentiu, sentindo-se cada vez mais desconfortável. Ele não queria ser rude, mas também não estava interessado em se envolver muito com Noah. O tipo de envolvimento que ele tinha em mente era simples: terminar o trabalho, tirar boas notas e ir embora. Mas Noah, aparentemente, tinha outros planos. E, naquele momento, Gabriel não sabia ainda que aquilo era só o começo de uma série de surpresas que fariam sua vida virar de cabeça para baixo.

O intervalo veio logo depois da primeira aula, e Gabriel procurou se afastar um pouco da turma, indo até o pátio para respirar e ter um momento sozinho. Mas não foi uma surpresa ver que Noah o seguia. O que Gabriel não esperava era que Noah se aproximasse de forma tão direta.

— E aí, Gabriel, não vai dar uma volta? — Noah perguntou, se aproximando com um sorriso fácil. — Eu sei que você é aquele tipo de pessoa que adora estudar, mas a escola tem mais a oferecer do que só livros, sabia?

Gabriel hesitou. Ele não estava acostumado a esse tipo de abordagem. Não estava acostumado a alguém que quisesse quebrar sua rotina tão facilmente. Mas, em vez de recusar com frieza, ele apenas respondeu de forma um pouco desconcertada:

— Eu gosto de estudar, mas... posso dar uma volta, acho.

A conversa seguiu para uma mistura estranha de tentativas de socialização de Noah e os silêncios desconfortáveis de Gabriel. Eles caminhavam lado a lado, mas era evidente que Gabriel ainda estava tentando entender como se comportar. Noah falava de tudo um pouco: sua paixão pela música, como ele adorava tocar violão e os shows que assistia aos fins de semana. Ele falava com entusiasmo, e Gabriel, embora cético, se pegava interessado, ouvindo mais do que imaginava.

Mas logo o intervalo chegou ao fim, e, sem saber muito bem como agir, Gabriel foi direto para a sala, tentando se esconder novamente em sua zona de conforto. Noah, por outro lado, parecia já ter decidido que faria parte da vida de Gabriel de uma maneira ou de outra.

E, sem perceber, Gabriel havia dado o primeiro passo para algo que ele jamais imaginaria acontecer naquele último ano de ensino médio. Algo que envolvia mais do que apenas notas e planos de futuro. Algo que envolvia sentimentos, que Gabriel não sabia como lidar, mas que já começava a se formar no fundo do seu peito.

Noah tinha uma maneira de desestabilizar Gabriel, de fazer com que ele questionasse sua própria rotina, suas próprias regras. E, no fundo, algo dentro de Gabriel sabia que, apesar de todo o medo, ele não queria que Noah fosse embora tão rápido.

No próximo dia, quando o despertador tocou, Gabriel sentiu que algo estava diferente. Ele não sabia o que exatamente, mas sabia que o último ano já não seria mais o mesmo.

E talvez, no fundo, ele nem quisesse que fosse.

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Fim do primeiro capítulo de Entre notas e Olhares.

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Em um cenário onde a música e as notas da vida escolar se misturam, Entre Notas e Olhares é uma história sobre aceitação, descoberta e a força do amor adolescente, onde cada olhar trocado é uma promessa de um futuro juntos.

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Essa obra irá ter 20 capítulos, irei atualizar 2 capítulos por semana, espero que gostem 💋.

Todo sábado novos capítulos

Nó próximo capítulo eu trago o perfil dos personagens ☺️

Até mais 😉...

By: ZINTHOS_&

#2- Colisões Inesperadas

Capítulo 2 – Colisões Inesperadas

O calor do sol da manhã invadia a sala de aula, e Gabriel não conseguia se concentrar. Ele sentia uma inquietação crescente, algo que parecia ter surgido do nada. As anotações que ele fazia não faziam mais sentido; as palavras pareciam dançar diante de seus olhos, distorcidas por algo que ele não queria admitir.

Noah.

Ele sabia que o comportamento de Noah nos últimos dias estava começando a afetá-lo, embora tentasse ignorar. O novo aluno estava sempre por perto, tentando puxar conversa, fazendo perguntas e, de alguma forma, mantendo-se ao seu lado o tempo todo. Gabriel, por mais que tentasse manter o foco no que realmente importava para ele — suas notas e os planos para o futuro —, não conseguia parar de pensar no sorriso fácil e na energia cativante de Noah.

Era um fato simples: eles não eram iguais. Gabriel era contido, reservado, e acreditava que a vida se resumia ao que estava no livro. Mas Noah era tudo o que Gabriel não era — extrovertido, imprevisível e, em alguns momentos, até insuportável.

Naquela manhã, o motivo para a inquietação de Gabriel estava claro: um trabalho em grupo. O professor havia anunciado, no início da semana, que os alunos teriam que se reunir para realizar um projeto sobre música e sua relação com a cultura jovem. A princípio, Gabriel não se importou muito com isso, já que o tema se encaixava bem no seu estilo de trabalho. Mas ele não contava que Noah fosse, mais uma vez, se intrometer.

Eles tinham que dividir as funções para o trabalho, e quando a conversa se iniciou, Gabriel tentou se afastar, ficar na dele. Mas não demorou muito para que Noah se aproximasse com seu jeito descontraído, já jogando ideias para a apresentação.

— Então, Gabriel, o que você acha de começarmos a escrever sobre as influências do rock nos anos 80? Eu acho que seria irado. — Noah falou com um sorriso, seu entusiasmo quase transbordando.

Gabriel, sentado de forma rígida, olhou para Noah, tentando entender o motivo de tanta energia. Ele preferia escrever sobre algo mais técnico, menos emocional. Algo simples, que não o fizesse sair da sua zona de conforto.

— Não sei… Acho que o tema pode ser mais abrangente. O impacto da música de forma geral na juventude seria um bom foco, não acha? — Gabriel sugeriu, tentando manter o tom neutro. Ele não queria parecer antipático, mas estava evidente que Noah não estava disposto a trabalhar no ritmo que ele queria.

— Eu entendo, mas música não é só teoria, Gabriel. Tem que ter um pouco de sentimento no meio. Você vai ver. Se a gente escolher um estilo mais marcante, como o rock, vai ser muito mais interessante de apresentar. — Noah disse com confiança, virando-se para o resto da turma e tentando incluir todos na conversa.

Gabriel sentiu uma onda de frustração. A maneira como Noah falava, como se estivesse sempre no controle, como se soubesse exatamente o que era melhor, o incomodava. Ele não queria ser apenas um participante passivo, não queria que alguém decidisse o rumo do trabalho sem sequer perguntar a opinião dele.

— Acho que você está levando para um lado pessoal demais, Noah. Estamos fazendo um trabalho, não um show. — Gabriel respondeu, tentando esconder a irritação que começava a crescer dentro de si. Sua voz saiu mais ríspida do que ele gostaria, mas já era tarde.

O ambiente ao redor deles ficou tenso, e os outros colegas de classe começaram a observar, percebendo a troca de farpas entre os dois. Noah, ao contrário de Gabriel, não parecia intimidado. Em vez de recuar, ele sorriu ainda mais, como se estivesse gostando da provocação.

— Gabriel, eu só estou tentando tornar o trabalho mais interessante. Você não pode esperar que tudo seja tão... sem graça, né? — Noah respondeu, se inclinando para frente, seu sorriso desafiador.

Gabriel, não querendo dar o braço a torcer, cruzou os braços e olhou fixamente para Noah. O que ele queria dizer era que preferia focar nas coisas que eram importantes para ele, sem perder tempo com algo que fosse muito fora do seu controle. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de si o impelia a ouvir Noah, a perceber que, talvez, esse desajuste entre eles fosse uma oportunidade para aprender algo novo.

Antes que ele pudesse responder, o professor interrompeu a conversa.

— Vamos focar no trabalho, pessoal. Cada grupo vai ter que se concentrar no que mais se destaca para fazer uma boa apresentação. Vamos trabalhar juntos, e não em disputa. — O professor disse, tentando suavizar o clima tenso.

Mas, para Gabriel, aquilo não significava o fim da tensão. O que parecia uma simples divergência de ideias se tornava algo mais: ele estava sendo empurrado para fora de sua zona de conforto, e, de uma maneira desconfortável, Noah estava desafiando tudo o que ele pensava sobre como a vida deveria ser.

Ao longo da semana, a relação entre os dois continuou marcada por essas pequenas colisões. Gabriel tentava se manter focado e controlado, mas Noah sempre estava lá, propondo algo mais ousado, desafiando a maneira como ele via o mundo. Era como se o novo aluno fosse uma tempestade que vinha destruindo suas barreiras, e, de algum modo, ele não sabia mais como evitar ser atingido.

Mas o que Gabriel não sabia era que essas colisões, essas divergências, estavam criando algo novo. Ele não estava apenas sendo desafiado por Noah; ele estava começando a se abrir para novas possibilidades, e, de algum modo, isso o aterrorizava e o fascinava ao mesmo tempo.

No dia seguinte, quando Gabriel entrou na sala, ele percebeu que Noah estava esperando por ele. O sorriso descontraído no rosto de Noah parecia querer dizer algo mais. Algo que Gabriel ainda não queria entender. Mas, no fundo, ele sabia que não poderia mais ignorar. A distância entre eles já não existia mais, e algo que ele não queria admitir começava a crescer em seu peito.

E ele não sabia como reagir a isso.

Capítulo 3- A Melodia do Destino

Capítulo 3 – A Melodia do Destino

Gabriel não sabia o que estava acontecendo com ele. Sentia uma confusão crescente toda vez que Noah aparecia perto, e embora tentasse se manter focado, não conseguia evitar o impacto que o novo aluno causava. Noah estava sempre lá, com seu sorriso aberto e uma energia contagiante, que parecia ir contra tudo o que Gabriel era.

Após o desentendimento no último trabalho, algo dentro de Gabriel mudara. Não era apenas a frustração com a falta de controle sobre a situação; havia também uma curiosidade crescente. Ele queria entender Noah, queria saber o que mais havia por trás daquele jeito irreverente e espontâneo. O que Gabriel não percebia era que o que ele sentia era uma mescla de resistência e atração, e isso só o deixava mais perdido.

Naquela manhã, enquanto estava sentado em sua mesa, tentando estudar para as provas finais, a porta da sala se abriu. Era Noah, mais uma vez entrando com sua presença avassaladora, como se fosse impossível não notar quando ele chegava.

— Gabriel! — Noah exclamou, com um sorriso que parecia iluminar toda a sala. Ele se aproximou com passos largos, sem se importar com a atenção que atraía. — Eu sei que você está ocupado, mas temos que conversar sobre o trabalho de música.

Gabriel olhou para ele, e, antes que pudesse protestar, Noah se sentou ao seu lado, sem ser convidado. A sensação de desconforto que Gabriel sempre tinha quando Noah invadia seu espaço aumentava, mas, ao mesmo tempo, ele sentiu uma estranha curiosidade crescer.

— O que foi agora? — Gabriel perguntou, tentando manter a calma. Noah parecia ser o tipo de pessoa que não se importava com os limites.

— Eu estava pensando no nosso tema de música... você já ouviu falar sobre como a música clássica ainda influencia a música moderna? Tipo, o impacto dos compositores clássicos no rock? — Noah disse, falando rápido, animado.

Gabriel franziu a testa, mas não pôde deixar de perceber a paixão nas palavras de Noah. Havia algo genuíno naquele interesse, algo que não podia ser ignorado. Ele não entendia como Noah conseguia falar com tanto entusiasmo sobre um tema que, para Gabriel, parecia apenas mais uma obrigação escolar. Mas, ainda assim, a maneira como Noah falava fez com que Gabriel, mesmo sem querer, se sentisse atraído pela ideia.

— Eu... nunca tinha pensado nisso. — Gabriel admitiu, embora estivesse relutante em demonstrar muito interesse. Mas a verdade era que ele estava, sim, começando a se envolver mais do que queria. Noah parecia ter o poder de tirar Gabriel de sua zona de conforto, e isso o assustava.

— Aí está a graça de trabalhar em grupo! — Noah disse com um sorriso. — Você começa a ver as coisas sob uma nova perspectiva.

Gabriel observou Noah por um momento. Ele nunca tinha visto ninguém tão imerso naquilo que amava. Para Noah, a música não era apenas uma disciplina escolar. Era algo profundo, uma parte de quem ele era, e isso transparecia em cada palavra e em cada gesto.

— Eu sempre gostei de música, mas nunca pensei nela desse jeito. — Gabriel falou, mais para si mesmo do que para Noah.

Foi então que Noah sorriu com mais intensidade, como se estivesse esperando por aquele momento.

— Quer saber o melhor? Eu sou músico. Toco guitarra e compuso algumas músicas. Se você quiser, posso te mostrar uma das minhas músicas. — Noah disse, seu olhar brilhando com uma animação que Gabriel não conseguia entender.

Gabriel olhou para ele, surpreso. A revelação de que Noah era músico parecia fazer todo o sentido agora. Sua confiança, sua energia, tudo parecia se encaixar. Mas, ao mesmo tempo, uma sensação de insegurança começou a crescer dentro de Gabriel. Ele sabia que não estava preparado para esse tipo de mundo.

— Você compõe? — Gabriel perguntou, surpreso.

Noah assentiu com a cabeça.

— Sim, mas eu nunca mostrei minha música para muita gente. Eu tenho vergonha. — Ele deu uma risada nervosa, tentando disfarçar a timidez por trás de sua atitude extrovertida. — Mas, se você quiser, posso tocar algo para você. Vai me ajudar a decidir o que colocar no nosso trabalho.

Gabriel hesitou por um momento. Ele não sabia se estava pronto para entrar nesse território desconhecido, mas a curiosidade falou mais alto. Algo no jeito de Noah o atraía, e ele não queria admitir, mas queria ver mais.

— Eu... posso ouvir. — Gabriel falou, a voz um pouco mais baixa do que o normal.

Com um sorriso satisfeito, Noah pegou a mochila e retirou de lá uma pequena guitarra. Ele a ajustou no banco ao lado de Gabriel, e, com uma naturalidade surpreendente, começou a tocar. As notas flutuaram pela sala, com uma suavidade que quase fez Gabriel perder a respiração. A música era simples, mas cheia de emoção, como se cada acorde fosse uma confissão.

O som da guitarra preencheu o espaço ao redor deles, e por um momento, Gabriel esqueceu-se de tudo. Ele não estava mais na sala de aula, com as obrigações e os medos do futuro. Ele estava imerso na música de Noah, em algo tão puro e genuíno que parecia tirar a tensão acumulada em seu peito. A melodia parecia falar diretamente com ele, como se fosse uma tradução dos sentimentos que ele não sabia como expressar.

Quando Noah parou de tocar, o silêncio na sala foi quase palpável.

— Essa foi uma das músicas que eu compus. Chama-se "Cores do Céu". — Noah disse, um pouco sem fôlego, mas com um sorriso tímido no rosto. — Não é nada de mais, mas... gostou?

Gabriel ficou em silêncio por um momento, ainda processando o que havia ouvido. Ele nunca imaginou que algo tão simples poderia mexer tanto com ele. A música, a maneira como Noah tocava, como ele se entregava ao momento, tudo aquilo parecia criar uma conexão mais forte entre eles. Era como se algo tivesse sido desvendado.

— Foi... incrível. — Gabriel finalmente disse, sem perceber o quanto estava sendo sincero. Ele olhou para Noah, sentindo uma conexão diferente, algo que ele não soubera como definir, mas que não podia ignorar.

Noah sorriu, visivelmente satisfeito com a resposta. Mas, ao contrário do que Gabriel esperava, ele não fez mais comentários. Em vez disso, apenas guardou a guitarra e se inclinou um pouco para frente.

— Acho que esse trabalho vai ser mais interessante do que pensávamos, não? — Noah disse, com aquele sorriso contagiante.

Gabriel não tinha certeza do que estava acontecendo com ele. Ele não queria admitir, mas algo dentro de si estava mudando, e Noah, com sua música e sua presença, era a razão disso. Ele não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: ele não conseguiria mais ignorar Noah. E isso o aterrorizava, mais do que qualquer outra coisa.

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