Príncipe: Kael Darian
Princesa: Sariah Al-Mazin
Capítulo 1 – O Destino da Concubina
Sariah Al-Mazin jamais sonhou em ser a segunda esposa de um homem. Muito menos a concubina de Kael Darian, o príncipe herdeiro que sempre amou, mas que pertencia a outra mulher.
O salão do palácio estava repleto de velas tremeluzentes e cortinas de seda que ondulavam com a brisa quente da noite. A cerimônia transcorria em um silêncio sufocante. Todos observavam com olhos cheios de julgamento enquanto ela permanecia ajoelhada diante do homem que, por anos, havia sido o centro de seus desejos e de sua dor.
Kael estava ali, diante dela, imponente em suas vestes negras e douradas. Seus olhos cinzentos, tão intensos quanto uma tempestade prestes a desabar, fixavam-se nela sem qualquer traço de emoção. Não havia ternura. Não havia saudação. Apenas aceitação fria de um destino que ele não escolhera.
A primeira esposa do príncipe, Lady Elira, sentava-se ao lado do trono real, os dedos crispados sobre os braços da cadeira dourada. Sua beleza era etérea, mas sua pele pálida e sua postura rígida denunciavam a humilhação de precisar testemunhar aquilo.
Todos sabiam. Elira era estéril, e que talvez possa ter filhos por ter ventre seco é mais difícil ,mas e não impossível ,havendo uma possibilidade de engravidar.
Os murmúrios ecoavam pelo salão, sussurrando sobre o fracasso de sua união com Kael e a razão pela qual o rei havia ordenado aquele casamento. A linhagem real precisava de um herdeiro.
Sariah, com seu vestido vermelho intenso, manteve a cabeça erguida. Sua pele dourada reluzia sob a luz das velas, os olhos de âmbar refletindo sua determinação. Ela não havia escolhido ser a segunda esposa, mas não aceitaria ser tratada como um fantasma na própria cerimônia.
O sacerdote ergueu as mãos.
— Kael Darian, príncipe herdeiro do reino, aceita Sariah Al-Mazin como sua segunda esposa, jurando-lhe proteção, dever e descendência?
O silêncio que se seguiu foi torturante.
Kael demorou um instante a responder. Então, sua voz grave cortou o ar:
— Aceito.
Foi como um golpe invisível no peito de Sariah.
O sacerdote virou-se para ela.
— Sariah Al-Mazin, aceita o príncipe Kael Darian como seu esposo, comprometendo-se a honrá-lo e a dar-lhe filhos?
Ela inspirou fundo. Ali, diante de todos, selaria o destino que sempre desejou – mas não da maneira que sonhara.
— Aceito.
As palavras foram firmes, e foi o suficiente para que um calor proibido passasse pelos olhos de Kael. Ele se aproximou, e Sariah sentiu o perfume amadeirado e marcante que sempre a perturbou.
Então, veio o toque.
Os dedos dele roçaram seu queixo, forçando-a a levantar o rosto. O olhar que ele lançou sobre ela era um misto de curiosidade e relutância. A tensão entre os dois era espessa como um véu de seda.
Então, Kael se inclinou e selou o casamento com um beijo.
Mas não era um beijo gentil.
Era firme. Dominante. Um aviso.
O salão explodiu em aplausos e murmúrios enquanto o contato se desfazia. Os olhos de Elira queimavam de ódio.
Sariah soube, naquele momento, que sua luta estava apenas começando.
Ela era agora a segunda esposa do príncipe. Mas jamais aceitaria ser apenas uma sombra no palácio.
Capítulo 2 – A Noite que Selaria o Destino
O eco dos aplausos ainda reverberava pelos corredores do palácio enquanto Sariah caminhava, seu vestido vermelho fluindo como chamas ao seu redor. O olhar dos servos e guardas a seguia, carregado de julgamento, curiosidade e até desprezo. Para eles, ela não passava de uma segunda esposa imposta, uma concubina elevada a um título que não lhe pertencia por direito.
Mas ela não se deixaria abater.
Seu coração batia forte, cada passo a aproximando do desconhecido. O casamento havia sido selado diante de todos, mas restava uma última prova. A consumação da união.
Ela parou diante das portas maciças de madeira talhada. O aposento que lhe fora designado era luxuoso, mas não se parecia com um verdadeiro lar. Tudo ali era grandioso e opulento: cortinas de seda carmesim fluíam dos grandes pilares, almofadas bordadas de ouro estavam espalhadas pelos sofás, e um braseiro de cobre exalava um perfume de especiarias e flores. No centro, a cama imponente, coberta por um dossel translúcido, parecia um altar de sacrifício.
Sariah inspirou fundo e deu um passo para dentro.
Mas não estava sozinha.
Uma presença familiar e hostil já a aguardava.
Elira.
A primeira esposa do príncipe Kael Darian estava sentada em um divã, vestindo uma túnica azul-clara de seda fina, os cabelos presos em um coque impecável. Seus olhos frios deslizaram lentamente por Sariah, um sorriso quase imperceptível curvando seus lábios.
— Então é isso. A concubina transformada em esposa. Que ironia.
Sariah manteve a postura ereta, recusando-se a ceder à provocação.
— Não é minha escolha estar aqui, Lady Elira. Mas não negarei meu destino.
A mulher se levantou lentamente, os passos calculados.
— Destino? Ah, minha querida, você está equivocada. O seu destino é ser usada. Não pense nem por um instante que ele verá você como algo além disso.
Sariah trincou os dentes.
— E você acredita que dizer isso me fará recuar?
Elira estreitou os olhos.
— Apenas quero que saiba o que está por vir. Você pode se deitar na cama dele, pode até carregar o herdeiro que tanto desejam… mas jamais terá o coração do meu marido.
As palavras deveriam feri-la. Mas Sariah se recusava a demonstrar fraqueza.
Antes que pudesse responder, a porta do quarto se abriu.
O ar pareceu mudar.
Kael entrou.
A presença dele preencheu o ambiente de uma forma que ninguém mais conseguiria. Vestia uma túnica escura, o tecido grosso desenhando os contornos de seu corpo forte. Os cabelos castanhos estavam ligeiramente desalinhados, como se tivesse passado as mãos neles com impaciência, e os olhos cinzentos brilhavam com algo indecifrável.
Ele parou no meio do aposento, varrendo o olhar por Sariah antes de se voltar para Elira.
— Saia.
O comando foi frio, inquestionável.
A primeira esposa respirou fundo, erguendo o queixo.
— Tem certeza que quer isso? — sua voz era um sussurro carregado de ressentimento.
Kael permaneceu imóvel.
— Não me faça repetir.
Elira apertou os punhos, mas não discutiu. Seus olhos deslizaram uma última vez para Sariah, repletos de rancor, antes que ela passasse pela porta e desaparecesse pelo corredor.
O silêncio que se instalou entre Sariah e Kael era sufocante.
Ela sentiu a intensidade do olhar dele, analisando-a como se a estivesse estudando, tentando decifrar algo em sua postura firme. Mas Kael não era um homem fácil de compreender.
Finalmente, ele quebrou o silêncio.
— Diga-me, Sariah… é isso que você queria?
A pergunta a pegou de surpresa.
Ela não desviou o olhar.
— O que eu queria não importa mais. Agora sou sua esposa.
Um sorriso frio curvou os lábios dele.
— Esposa? Ou apenas um meio para um fim?
Sariah sentiu a queimadura das palavras. Mas não recuou.
Kael se moveu rápido, segurando seu pulso e puxando-a contra ele. O calor de seu corpo era intenso, e seu perfume a envolveu. O olhar cinzento perfurava o dela, desafiando-a.
— Então prove.
Foi um desafio.
Um aviso.
A noite estava apenas começando.
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Capítulo 3 – A Noite da Entrega
O quarto parecia menor com a presença dominante de Kael tão próxima. O calor que emanava dele era quase sufocante, e Sariah sentiu cada nervo de seu corpo vibrar sob aquele olhar intenso.
Ela sempre o amara. Sempre sonhara com aquele momento. Mas agora, diante da realidade, havia algo a mais: um jogo perigoso de poder e desejo.
Kael ergueu uma das mãos e tocou seu rosto, os dedos ásperos deslizando suavemente por sua pele macia. O toque fez seu coração acelerar, e sua respiração tornou-se irregular.
— Ainda quer ser minha esposa, Sariah? — sua voz era baixa, rouca, carregada de algo que fez sua pele se arrepiar.
Ela não respondeu com palavras. Em vez disso, ergueu o queixo, encarando-o diretamente, recusando-se a demonstrar medo.
Kael sorriu de lado, como se apreciasse sua ousadia. Então, sem aviso, tomou sua boca em um beijo profundo.
Os lábios dele eram quentes e exigentes, roubando seu fôlego. Sariah gemeu baixinho, agarrando-se à túnica dele, sentindo os músculos rígidos sob o tecido fino. Suas pernas fraquejaram quando Kael aprofundou o beijo, uma de suas mãos deslizando para sua cintura, puxando-a ainda mais contra seu corpo.
O coração de Sariah martelava. O príncipe a devorava como se estivesse faminto, como se quisesse provar cada pedaço dela.
Ela se entregou.
Kael afastou-se apenas o suficiente para puxar os grampos de seu cabelo, soltando os longos fios prateados que caíram em cascata por suas costas. Seus dedos deslizaram lentamente pelo tecido de seu vestido, explorando a curva delicada de seu ombro antes de puxar a seda para baixo, revelando sua pele branca e macia sob a luz das velas.
O olhar de Kael escureceu.
— Você é tão linda… — ele murmurou, os dedos traçando um caminho perigoso por sua clavícula exposta.
O ar ficou mais denso quando ele deslizou a seda ainda mais para baixo, revelando os seios firmes, que subiam e desciam com sua respiração acelerada. Sariah corou, sentindo a vulnerabilidade da exposição, mas não recuou.
Os lábios dele tocaram sua pele, descendo pelo pescoço até o vale de seus seios. Ela arfou quando sentiu o calor de sua boca, seu corpo tremendo sob o toque habilidoso.
Kael a pegou no colo, caminhando até a cama e deitando-a suavemente sobre os lençóis de seda. Ele a observou por um momento, como se quisesse memorizar cada detalhe de sua imagem sob a luz tremeluzente das velas.
Então, começou a despi-la por completo.
Sariah sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando ficou totalmente nua diante dele. Kael se inclinou, seus dedos explorando cada curva de seu corpo antes de se juntar a ela, removendo suas próprias vestes.
Quando a pele quente dele tocou a dela, Sariah sentiu como se estivesse pegando fogo.
Kael deslizou as mãos por seu corpo, descobrindo cada ponto sensível, provocando-a até que ela não suportasse mais. Seu toque era ao mesmo tempo delicado e firme, uma tortura lenta que a fez arquear as costas e gemer seu nome.
— Kael…
Ele sorriu contra sua pele, os lábios explorando cada centímetro de seu corpo, descendo lentamente.
O prazer foi uma onda arrebatadora que tomou conta dela, consumindo-a por completo. Sariah nunca havia experimentado nada parecido, e quando finalmente Kael a penetrou, uma dor aguda rasgou sua pele, misturando-se com o prazer avassalador que ele lhe proporcionava.
Kael parou, seu olhar ardente encontrando o dela.
— Você é minha, Sariah. Para sempre.
Ela agarrou seus ombros, puxando-o para mais perto.
— Sempre fui sua.
Com um gemido rouco, Kael começou a se mover, e naquela noite, sob a luz dourada do quarto, Sariah se entregou completamente ao homem que sempre amara.
A dor se dissolveu rapidamente, dando lugar a uma sensação nova, intensa, avassaladora. O mundo se reduziu ao toque dele, ao ritmo que os unia, ao prazer que crescia entre os dois.
E quando atingiram juntos o ápice, Kael a segurou com força, enterrando o rosto em seu pescoço, como se naquele momento ela fosse sua única verdade.
Naquela noite, Sariah não era apenas uma esposa.
Ela era sua.
E ele, mesmo sem admitir, já começava a ser dela.
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