A noite estava tranquila. O brilho das estrelas sobre a cidade parecia refletir o sorriso dos dois, que caminham de volta após uma noite no cinema. O filme, como sempre, foi uma ótima escolha, mas o fim da sessão trouxe um pequeno problema: o último ônibus já tinha partido.
A noite estava perfeita. O céu limpo, a brisa fresca e o brilho das estrelas contrastando com as luzes da cidade. Ele andava ao lado dela, as mãos entrelaçadas como se nunca quisessem se soltar.
— O que foi? — ela perguntou, sorrindo. — Está me olhando de novo desse jeito…
Ele riu. Amava cada detalhe dela. O brilho nos olhos quando falava sobre seus sonhos, a maneira como ajeitava o cabelo distraída e até o jeito teimoso de discordar dele sobre filmes.
— Só estou pensando… em como sou sortudo.
— Sorte? — Ela ergueu uma sobrancelha. — De namorar alguém que sempre escolhe o filme errado?
— Sim… — Ele apertou levemente a mão dela. — Porque, mesmo que você escolha o filme errado, eu sempre escolho a companhia certa.
Ela revirou os olhos, mas sorriu.
— Bobo.
A noite era deles. Tinham saído para um encontro, assistido a um filme romântico e agora caminhavam lentamente para casa. Ele queria que aquele momento durasse para sempre.
— Quando a gente casar, quero que nossa casa tenha uma varanda grande.
ele — Uma varanda?
— Sim. — Ela olhou para o céu. — Assim, todas as noites a gente pode ficar lá, só olhando as estrelas juntos.
Ele se aproximou e beijou sua testa.
— Então é isso. Vamos ter uma varanda.
Ela sorriu, encostando a cabeça no ombro dele.
O mundo parecia perfeito. Mas o destino tinha outros planos.
— Não acredito que perdemos o ônibus… — Ele olhou para ela, preocupado. — Eu posso ligar para o mordomo da sua casa, ele vem nos buscar. Não precisa se preocupar, vai ser rápido.
Ela balançou a cabeça com firmeza, negando.
Pensamento— Não, não quero que ele saiba que eu saí sem avisar. Já basta a bronca que vou tomar. Se ele vier me buscar, o meu pai vai ficar sabendo que eu saí escondida, e ele não aceitou eu ir ao cinema porque o filme terminaria muito tarde. Eu pulei a janela e saí escondida. Se ele souber disso, vai me dar uma bronca, e quem vai levar a culpa é meu namorado, que nem sabe que eu saí sem permissão do meu pai.
Ele franziu a testa. O pai dela sempre foi rígido mas apoiava a relação deles, o pai sabia que ele era um bom garoto, e ele sabia o quanto ela tinha que esconder essas pequenas escapadas.
— Não quero, vamos a pé, eu amo está na sua companhia
— Mas, eu não quero que você ande por aí a essa hora sozinha. É perigoso!
Ela sorriu, tentando aliviar a preocupação dele.
— Eu vou estar com você, vai ficar tudo bem. Além disso, é uma caminhada só de uma hora o que pode dar errado?
Ele suspirou, ainda relutante.
— Eu não gosto disso, não quero que corra nenhum risco. Eu insisto, posso ligar.
Mas ela o olhou com aquele sorriso doce e insistente, o tipo de olhar que ele nunca conseguia recusar.
— Por favor, eu prometo que vai ser tranquilo. Se eu me sentir insegura, você me leva rapidinho para casa. E eu... — Ela olhou para ele com ternura. — Eu só queria ter um pouco mais de liberdade, uma noite só nossa, sem ninguém por perto.
Ele hesitou, o coração pesando. Sabia que ela precisava disso, que essa liberdade momentânea fazia ela se sentir viva. O amor que ele sentia por ela tornava difícil negar o pedido.
— Está bem, mas se você se sentir insegura, me avise, e a gente volta para casa imediatamente.
Ela sorriu, e ele não pôde deixar de sorrir de volta.
— Eu prometo. Vamos aproveitar o tempo juntos.
Algum tempo depois, o pai percebeu o desaparecimento da filha quando levou um copo de leite com biscoitos até o quarto dela. Ele bateu suavemente na porta.
— Toc, toc. Filha, eu trouxe biscoitos.
Sem resposta. Ele insistiu:
— Eu sei que está chateada comigo, mas o filme terminaria muito tarde. Vocês teriam que voltar a pé, e você não queria vir com o mordomo… Eu sei que está acordada, você sempre fica até tarde. Abre a porta, vamos conversar. Na próxima vez, deixo você ir, está bem? Me desculpa, meu amor.
O silêncio do outro lado começou a inquietá-lo. A filha queria muito ter ido ao cinema, mas ele havia proibido. Preocupado, o pai decidiu mandar o mordomo buscá-la no carro. No entanto, já era tarde da noite… e algo estava errado.
E assim, começaram a caminhada. Os primeiros passos foram lentos, o som de seus pés ecoando pelas ruas vazias. A conversa fluiu naturalmente, como sempre, entre risos e olhares cúmplices. Mas a tranquilidade da noite logo foi interrompida.
Viraram uma esquina e, sem aviso, dois homens apareceram diante deles. Um estava armado com uma faca e o outro com uma arma de fogo.
— Passa a bolsa e os celulares! — O bandido com a faca ordenou.
Ele parou imediatamente, o medo tomando conta dele. Ela, ao seu lado, tremia de medo. Ele a puxou para mais perto, colocando-se entre ela e os criminosos.
— Fique calma, tudo vai ficar bem. Não vamos reagir, ok? — Ele disse, sua voz tentando soar mais firme do que se sentia.
Ela o olhou, os olhos brilhando de pânico, e apertou sua mão com força.
O homem com a faca avançou, e o outro, com a pistola, se posicionou de forma ameaçadora.
— Agora! A bolsa! — O bandido gritou.
Ela hesitou, mas, ao ver a arma, entregou a bolsa rapidamente. O bandido a pegou, mas em vez de ir embora, ele a puxou de volta com força.
— Bonitinha, hein...Bonequinha, eai parceiro. vamos usar essa bonequinha, olha só esse vestidinho branco dá um ar de puresa, aposto que ela ainda é virgem, e esse mané nem tranzou com ela ainda, só a bolsa não é o suficiente.
Ele disse com um sorriso malicioso.
o namorado não conseguiu mais se controlar. Avançou em direção ao bandido com a faca, mas foi mais rápido. A lâmina cortou seu peito, e a dor tomou conta dele instantaneamente. Ele tentou manter-se em pé, mas o sangue começou a escorrer, e seus joelhos falharam. Ele caiu, sem forças para lutar.
Ele reuniu suas últimas forças e desferiu um soco no homem da faca, que caiu desacordado. Mas a luta estava longe de acabar. O bandido, com a arma de fogo agarrou a única pessoa que ele não poderia perder.
O som da freada do carro ecoou pela rua. O mordomo tinha chegado, os olhos arregalados ao ver a cena. Sem hesitar, tentou avançar, mas o bandido puxou a refém para mais perto, pressionando a arma em sua cabeça.
— Dê mais um passo e ela morre — rosnou o criminoso, sua voz trêmula de desespero.
O mordomo hesitou. O peso da decisão estava em seus ombros. Mas então, num movimento veloz, ele tentou desarmar o agressor quando ele estava prestes a desarmar, erro. o outro recobrou a consciência e se levantou-se rapidamente e o esfaqueou por trás e isso o atordoou.
O disparo soou alto, cortando o silêncio como uma sentença cruel.
Ela tropeçou para trás, os olhos arregalados, levando as mãos ao estômago. O vermelho se espalhou rapidamente pelo tecido de sua roupa branca. mordomo conseguiu desarmar e matou os dois bandidos e correu para segurá-la antes que caísse, mas já era tarde demais. Ela afundou nos braços dele, os lábios entreabertos, tentando dizer algo, mas sua voz se perdeu em um suspiro trêmulo.
O namorado vendo toda a cena, caído no chão, sentiu a vida esvaindo-se e as lembranças de sua amada enquanto o sangue que escorria de seu corpo. Queria gritar, mas seu peito apenas queimava em silêncio. Seus olhos turvos buscaram os dela, que tremiam, cheios de dor e despedida.
O mordomo gritava algo, sua voz distorcida como um eco distante. "alguém ajuda aqui, chamem uma ambulância" nada mais importava.
O mundo ficou frio, escuro… vazio.
O namorado se arrastou até ela, mas a dor era tão intensa que sua mente já não conseguia mais se concentrar. A última coisa que ele ouviu foi a suavidade de sua voz, dizendo: "Eu te amo." Antes que a escuridão o envolvesse completamente, ele viu o rosto dela, sem vida, caído no chão. Nos braços do mordomo que a sustentava, sua cabeça repousava, enquanto ele, de joelhos, segurava sua testa com as mãos. "Por favor, não me deixa," ele suplicou, sua voz cheia de desespero.
A ambulância chegou com sirenes cortando o silêncio da noite. Os paramédicos correram para prestar socorro. O mordomo, ajoelhado no asfalto, segurava o corpo sem vida da jovem em seus braços. Ele sentia uma dor aguda nas costas—só então percebeu que havia levado uma facada. Seu estado era estável, mas a dor era insignificante comparada ao vazio que se instalava em seu peito.
O rapaz inconsciente foi colocado na maca e levado às pressas para o pronto-socorro ele tinha perdido muito sangue. Seu estado era crítico. No caminho, mesmo mergulhado na escuridão, sua mente se recusava a deixá-la partir. Ele se lembrava de cada momento ao lado dela—seus sorrisos, suas risadas, os pequenos gestos de carinho que agora pareciam tão distantes.
Já no hospital, as luzes brancas e o cheiro de desinfetante o cercavam. Ele piscou, sentindo o peso da realidade esmagá-lo. Tentou falar, mas sua voz não saiu. O mundo parecia girar. Então, de repente, tudo ficou escuro.
O som monótono do monitor cardíaco ecoou pelo quarto da UTI. Os médicos correram, tentando reanimá-lo, mas os batimentos foram diminuindo... diminuindo...
Seus pais chegaram, assim como o sogro. O velho homem, com os olhos marejados, se aproximou da maca, sua voz embargada pela dor.
— Obrigado... por ter estado ao lado da minha filha até o último momento.
Os olhos do jovem se abriram uma última vez. Um sorriso fraco se formou em seus lábios trêmulos.
— Se existir reencarnação… ou outro mundo… eu quero estar ao lado dela Nem que seja pela última vez...
E então, sua respiração cessou.
O monitor cardíaco emitiu um som contínuo e fúnebre.
A noite do lado de fora continuava fria. Mas agora, para aqueles que ficaram, o mundo jamais voltaria a ser o mesmo.
O silêncio tomou conta do quarto da UTI. O som contínuo do monitor cardíaco era a prova do inevitável
—ele também se foi.
A mãe caiu de joelhos, levando as mãos ao rosto, incapaz de conter o choro sufocado. O pai apertou os punhos, o olhar perdido, tentando segurar as lágrimas que queimavam em seus olhos. O sogro, apesar de já ter enfrentado a pior dor ao perder a filha, sentiu o peito pesar ainda mais ao ver que o destino os separava de novo.
Os médicos suspiraram, alguns abaixando a cabeça em respeito. O enfermeiro desligou o monitor, e o quarto mergulhou em um silêncio pesado.
Lá fora, a noite parecia mais escura. A chuva começou a cair lentamente, como se o próprio céu chorasse por eles.
O dia do enterro chegou. O céu estava nublado, como se até mesmo o universo lamentasse a perda dos dois. O vento soprava suavemente, balançando as flores brancas que decoravam a cerimônia.
Os dois caixões estavam lado a lado, um branco e um preto envoltos por coroas de lírios e rosas brancas. Amigos, familiares e conhecidos se reuniram em silêncio, vestidos de preto, seus rostos marcados pelo luto. O mordomo, ainda em recuperação, estava de pé com dificuldade, recusando-se a deixar de prestar sua última homenagem.
O sogro, com os olhos pesados de lágrimas que já não podiam mais cair, caminhou até os caixões e depositou uma foto dos dois juntos. Na imagem, eles sorriam, despreocupados, como se o destino cruel jamais pudesse alcançá-los.
— Eles se amaram até o último momento — disse ele, sua voz trêmula. — E agora, nada mais pode separá-los.
A mãe do jovem se apoiava no marido, incapaz de conter os soluços. O pai manteve-se firme, mas seus olhos marejados revelavam a dor imensa em seu peito.
O padre começou a cerimônia, falando sobre amor, destino e a eternidade daqueles que partem juntos. Quando chegou a hora do adeus final, pétalas de flores foram lançadas sobre os caixões, que começaram a descer lentamente à terra.
O choro se espalhou entre os presentes. Era um adeus cruel, mas ao mesmo tempo belo—pois todos sabiam que, mesmo na morte, eles estavam juntos.
O mordomo respirou fundo e murmurou baixinho
Eu era um ex-militar das Forças Armadas, treinado para enfrentar qualquer tipo de situação. Mesmo após me aposentar, continuei servindo com a mesma dedicação, agora em uma nova função. O governador, meu antigo chefe e pai da garota, me confiou um emprego para proteger sua filha, e eu falhei.
— Se existir um lugar além desse mundo... espero que estejam felizes.
A chuva começou a cair suavemente, misturando-se às lágrimas dos que ficaram para trás.
Eles se conheceram no jardim de infância, em um pequeno colégio onde os dois, ainda crianças, se tornaram inseparáveis. Ele era um garoto tímido, com o sorriso doce e os olhos curiosos, enquanto ela era extrovertida, com uma energia vibrante que encantava todos ao seu redor. A amizade começou com jogos simples, como esconde-esconde e pega-pega, mas logo se transformou em algo mais profundo. Desde cedo, estavam sempre juntos, compartilhando segredos, risadas e sonhos.
Fundamental - Descobrindo o Mundo:
À medida que cresciam, a amizade se tornava mais forte. No ensino fundamental, ela começou a se destacar nas artes, enquanto ele se apaixonava por ciências e livros. Juntos, se ajudavam nos deveres de casa e trocavam conselhos sobre as dificuldades da escola. Mesmo com as mudanças que vieram com a adolescência, com novos grupos de amigos e a pressão das provas, eles continuavam a ser o apoio um do outro. Seu vínculo era indestrutível, uma relação que parecia resistir ao tempo.
Durante esse período, começaram a perceber que os sentimentos entre eles iam além da amizade. As pequenas trocas de olhares, os gestos de carinho e a vontade de estar sempre juntos se tornaram mais evidentes. Mas, ainda imaturos para entender completamente seus sentimentos, continuaram apenas como melhores amigos, embora o coração de ambos batesse mais forte quando estavam juntos.
Ensino Médio - O Amor Floresce:
O ensino médio foi um marco importante. Ele começou a se tornar mais confiante, envolvido em projetos escolares e atividades extracurriculares, enquanto ela florescia como líder, sempre rodeada de amigos e admiradores. No entanto, nenhum dos dois conseguiu esconder o amor crescente que sentiam. Seus corações já estavam entrelaçados de maneira silenciosa, mas inegável.
O primeiro beijo aconteceu em uma tarde de outono, após um evento escolar, quando os dois ficaram sozinhos no parque. A confusão de sentimentos se dissipou naquele momento, e o que era amizade se transformou em um amor puro, espontâneo e profundo. De repente, as tardes juntos, os longos telefonemas e as caminhadas à beira do rio se tornaram ainda mais especiais. Eles compartilhavam planos para o futuro, sonhos sobre viagens e o que fariam quando se formassem.
eles eram como duas metades de um todo. Ela sempre foi a alma da sala, espalhando risos e tornando tudo mais animado, enquanto ele se destacava pela sua calma e observação atenta. Durante o ensino fundamental, muitas vezes se sentavam juntos no recreio, compartilhando histórias e até mesmo conspirando juntos contra as provas difíceis. O que começou como uma amizade inocente logo se transformou em algo mais profundo, algo que ambos sentiam, mas não compreendiam completamente e então depis de um tempo virou o amor.
Mas a felicidade deles foi interrompida pela tragédia. No último ano do ensino médio, antes de se formarem, seus destinos foram cruelmente selados. A morte os separou fisicamente, mas, em seus corações, continuaram juntos até o fim. Eles deixaram um legado de amor, amizade e a lembrança de que, às vezes, os melhores momentos da vida são aqueles compartilhados com a pessoa que você ama desde o começo.
"Amor da minha vida, daqui pra eternidade,
Nosso destino foram traçados na maternidade"
Nosso amor não é só uma história, é um caminho sem fim,
Em cada passo, te encontro, e você sempre em mim.
Entre os momentos e as estrelas a brilhar,
Nada vai nos separar, te encontrei, vou te amar,
No silêncio do universo, onde o tempo se perde,
Nosso amor será eterno, onde quer que a vida nos leve."
Amor Eterno
No jardim da infância, nossos olhares se cruzaram,
Dupla inseparável, nossas almas se encontraram.
Crescemos lado a lado, o mundo a nos separar,
Mas o destino, em silêncio, não podia nos afastar.
Nos corredores da escola, as mãos se tocaram,
O amor floresceu, e os corações se entrelaçaram.
Entre risos e promessas, nos perdemos no tempo,
No último suspiro, ficou apenas o sentimento.
Na despedida amarga, a dor nos separou,
Mas nosso laço eterno a morte não levou.
Em outra vida, em outro lugar,
Seremos um de novo, prontos para amar.
Amor da minha vida, aqui e para sempre,
Nosso destino foi escrito, não importa o que aconteça.
Mesmo que o tempo se acabe, nosso amor será luz,
Porque, em cada vida, em cada alma, nós sempre nos encontramos, juntos.
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