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Todos nós temos uma história. Algumas são tristes, outras românticas, outras de Superação, de redenção, ou até de vingança. Com tudo o que aconteceu na minha vida, até agora, não consegui classificar a minha.
Sou um Alfaiate, tenho trinta e cinco anos e moro sozinho. Eu me chamo Lenar Michell. Vou contar a minha história, de uma forma não tão organizada, mas espero que no final, eu consiga classificar ela.
(Frente do Bar BlueRed)
Em um dia comum, ao passar em frente ao bar NightBlueRed, dois homens pararam na minha frente. Quando me aproximei mais, pude ver que um deles era alto e musculoso, o outro, magro com uma expressão sombria. Eram Alfas, isso, eu já havia percebido de longe. Eu não tinha como dar a volta, teria de passar por eles de qualquer forma.
Homem Magro: Gostei das roupas, essa blusa é bem bonita, é de marca?
- Boa noite cavaleiro. Pelo que vejo tem bom gosto, mas não tem noção. Isso não é uma blusa, é um cardigan.
Homem Musculoso: Pode ficar com as roupas dele. Eu fico com ele, e não vou precisar delas.
Àquele homem tinha um cheiro forte, misturado com cigarro e bebida. Seu olhar me devorava, e eu não consegui evitar a expressão de nojo.
Homem Musculoso: Que cara é essa hein!? Vamos ver se vai achar ruim quando eu acabar com você.
- Não acho necessário perdemos tempo um com o outro. Vocês estão na rua, visivelmente desocupados, e eu, tenho que trabalhar amanhã, estou de saída. Tenham uma boa noite!
Eu sabia que não passaria tranquilamente, só que um dos meus defeitos, e não ter mais medo de nada. No momento que senti a mão do homem musculoso, encostando no meu braço, me virei, desviei do braço dele, e chutei sua virilha. O homem gritou, e o outro veio em sua defesa, para cima de mim. Não pude evitar dois golpes dele, um acertou o meu rosto, e o outro a barriga. Enquanto me abaixei sentindo a dor, agarrei a tampa de lixo de metal á frente, e acertei a cabeça dele, com toda a força que pude reunir. O homem magro caiu no chão desacordado.
Recuperei o fôlego a tempo de perceber que lá vinha o segundo round. O homem musculoso, avançou sobre mim furioso, e tão rápido, que não pude escapar de seus braços.
Homem Musculoso: Você está perdido agora! Agradeça se eu não despedaçar até seus ossos!
- Aah! Me solta!
Sentindo a força daquelas mãos, quase quebrando os meu pulsos, eu gemi alto de dor, e virei o rosto para me afastar. Nesse momento, em frente a porta do bar, eu vi um par de olhos verdes, brilhantes. Um outro homem, apareceu de repente, não consegui entender no momento, de onde ele veio. Ele deu um passo a frente, e notei que estava meio desequilibrado. Ele sorriu de forma maliciosa.
Homem de Olhos verdes: Perfeito! Eu estava doido para arrumar briga hoje! E não consegui nada aí dentro. Solta esse homem! Ouvi claramente que ele não quer ir com você.
Homem Musculoso: Eu vi primeiro, então é meu. Você não vai querer entrar nessa briga garoto. Vai se arrepender.
Homem de olhos verdes: Será mesmo?
Homem Musculoso: Ok, então vamos resolver isso...
Naquele momento, eu pensei que ia ser solto. Mas o musculoso tirou um enforca gato do bolso, e prendeu as minhas mãos em um cano de ferro ao lado, a fim de vir me buscar depois. Enquanto os dois homens começaram a brigar, eu tentei me soltar. Fazia toda a força que podia, porém nem o poste eu conseguia balançar. Meu pulso se feriu, de tanto eu forçar, até que desisti. Respirei fundo, e virei o rosto para o lado, para tentar olhar a briga.
O que vi a seguir, me deixou surpreso. O homem de olhos verdes, vinha caminhando na minha direção. No chão, atrás dele, àquele musculoso, que era visivelmente bem maior, estava caído no chão sem se mover.
Meus olhos se encontraram aos olhos verdes, que vinham. Uma brisa, trouxe o cheiro dele para perto, era um aroma envolvente, e forte. Ele era um Alfa, e mesmo sendo mais jovem, era muito mais poderoso que àqueles outros dois.
Homem de Olhos Verdes: Acho que hoje é o seu dia de sorte. Vou soltar você.
Os meus olhos acompanharam os movimentos dele. A mão desceu ao bolso, e tirou um canivete fechado, que em seguida abriu e usou para me libertar.
- É... Obrigada.
De perto, o rosto limpo de pele morena me pareceram fascinante. Os traços dele, eram largos, e a feição agressiva, com sombrancelhas fechada. De repente, ele aproximou o rosto do meu pescoço, fazendo o meu corpo arrepiar.
Homem de olhos verdes: Você... quer vir comigo?
- O quê!? Ir com você? Aonde?
Homem de olhos verdes: O seu cheiro é diferente de todos os Ômegas que eu já conheci... O que você tem de tão especial?
- Não sei... Isso é você que está dizendo.
Homem de olhos verdes: Você não quer mesmo vir comigo?
Os lábios daquele homem tocaram a minha orelha suavemente. Eu comecei a me sentir muito atraído por ele. Estava quase cedendo, e indo. Quando ele se desequilibrou por um momento.
- Você está bem? Qual é o seu nome?
Homem de olhos verdes: Eu me chamo Devon, e a resposta para a primeira pergunta, é provavelmente não. Eu tomei uma medicação, e... Depois uma garrafa de whisky... Acho que isso não foi uma boa ideia.
Ele sorriu.
Devon: Desculpe por isso. Não posso te deixar nessa rua escura. Podem aparecer outros predadores. Para onde eu levo você?
- Passando por essa rua, moro no segundo quarteirão.
Devon: Vou acompanhar você, e caminhar um pouco. Acho que isso vai me fazer bem.
Conforme caminhavamos, o cheiro dele me deixava confuso. Era atraente, e pesado, e estava mechendo com os meus sentidos, me deixando cada vez mais excitado. Finalmente, paramos.
Devon: Aqui!?
Notei que ele falou de uma forma arrogante. Embora o bairro não fosse um dos melhores, a casa era exuberante, em madeira e alvenaria, com as sacadas, cheia de flores.
- Sim é aqui. Obrigada por me acompanhar...
Olhei para ele, e seus olhos estavam cravados nos meus.
Devon: Eu posso entrar?
- Sim.
•••
Uma atração muito forte me conectou àquele homem, me fazendo avançar em seus braços, assim que ele deu um passo a frente. Nos beijamos vorazmente logo após fechar a porta.
Não dissemos uma palavra, não paramos, e não pensamos em nada, até nossos corpos se juntarem e nos dar uma prévia do prazer ali mesmo, no sofá. Minutos depois, ofegantes, notamos quase ao mesmo tempo, que àquela sede, não ia ser saciada apenas em uma vez.
- Vem comigo.
Segurei a mão dele, olhando para o corpo perfeitamente desenhando. Seu físico era muito sedutor. Os ombros largos, a pele dourada, o abdômen definido, as coxas musculosas e firmes, realmente irresistível. Quando ele entrou no meu quarto, o joguei deitado a cama. Tanto quanto ele, eu queria muito mais.
Deslizei as minhas pernas sobre ele, enquanto as suas mãos subiam, tocando a minha cintura. Ele olhava para cima, com a boca salivando. Quando me posicionei, sobre ele, observei a expressão de satisfação no seu rosto. Com o corpo conectado, comecei a me movimentar. Eu estava apreciando cada segundo, como uma sensação, que nunca havia sentido antes. Não tão intensa, não tão envolvente, e muito menos tão prazerosa.
Olhar para aquele rosto ofegante, e maravilhado, me deixava, mais satisfeito. Eu dominava a relação, com meus movimentos livres, da forma que eu queria.
Não sei dizer quantas vezes chegamos ao êxtase, antes de dormimos completamente exaustos.
......................
A luz bateu no meu rosto, pela fresta da janela. Eu abri os olhos e vi o rosto de Devon. Na claridade do dia, e da minha mente, notei que os traços de seu rosto eram bem jovens. Me levantei incomodado com isso.
- {Que idade ele tem?}
Na calça jogada na sala, consegui ver a identidade dele.
- Céus!? O que eu estou fazendo?
Devon: O que foi? Quer me roubar?
Olhei para ele, surpreso por não perceber sua aproximação, até o ver ali, nu, encostado no batente da porta, enquanto me via segurando a carteira dele nas minhas mãos.
- Não! Não é isso.
Devon: Então? Quer saber se eu menti sobre o meu nome? Olha que ao menos eu, me apresentei. Ou o pior, quer conferir o meu sobrenome?
- Seu sobrenome!? Não foi para o seu nome que olhei... Você tem vinte e dois anos!
Devon: Sim. Porque?
- Eu sou mais velho. Isso...
Devon: Foi errado?
A gargalhada dele me espantou. Uma voz grave, com um tom marrento.
Devon: Por favor... Não foi a melhor noite da sua vida?
Não consegui responder a pergunta dele.
Devon: Olha só para você. Parece ofendido. Se me falar que é virgem, eu até acreditaria, se não fosse a forma que você me dominou. Você quase me quebrou. E quer saber, eu adorei.
Ele veio andando para frente, me segurou pela cintura, e me beijou de um jeito, que eu não pude ignorar. Comecei a sentir as minhas pernas bambearem. Mas de repente a dor no meu pulso me incomodou.
- Ei... Espera.
Ele se afastou.
Devon: Está com dor aonde?
- Que pergunta incoveniente depois de tudo o que fizemos... Bem, eu também fui agredido ontem.
Devon: Sim, eu vi. Por isso, queria saber se sou o culpado.
- Não. São os meus pulsos, mas vou ficar bem. Eu... nunca fiz uma coisa dessas antes.
Devon: Como assim? Não fez mesmo?
- Olha, não é isso. Eu nunca fui para cama com um desconhecido, e principalmente assim, do nada.
Devon: Eu já fiz isso tantas vezes. Importa mesmo com quem? O que importa é quando não é bom. Aí sim, você sente que perdeu seu tempo.
- Eu entendo você, mas não concordo. É estranho para mim.
Devon: Você não sai com ninguém faz muito tempo, não é?
- É... E acho melhor você ir embora agora.
Devon: Sério!? Não podemos ter uma última vez?
- Não. Não tenho mais disposição para isso.
Devon: Ok, mas eu quero te ver de novo. Se você não tem um parceiro, fique comigo.
- Quê!? Acho que o que disse ter tomado ontem, realmente afetaram seu cérebro. As coisas não são assim não. Vamos fingir que nada aconteceu.
Devon: Nem pensar. Ninguém nunca foi tão compatível comigo assim. Você não só me aguentou a noite toda, como literalmente deu a volta por cima, e acabou comigo. Eu não vou te deixar escapar! Sei onde você mora, vou vir sempre quando eu quiser.
- Não vai não!
Devon novamente se aproximou dos meus lábios. Dessa vez, eu o empurrei.
Devon: Qual é? Não vou bancar o seu dono, a menos que queira. Se foi bom para você também, porque não continuar?
- Porque....
Ele me olhou como se implorasse, e eu percebi que não ia conseguir me livrar dele.
- Tá bom. Mas... Eu te ligo. Não vamos fazer isso na minha casa de novo.
Devon: Porque? Você é casado?
- Não mais. Só que ainda não estou a vontade para isso.
Devon: Ah... Agora eu entendo. Me dá seu número de celular, não vai me enganar, se não eu te busco aqui.
Sem alternativas, eu dei o número para ele, e o vi ir embora com a roupa toda amarrotada. Enquanto ele se afastava, notei que eram roupas caras. E tinham um símbolo da marca, que eu conhecia, mas não estava me lembrando naquele momento.
Mansão Ciarmon
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A mansão dos Ciarmon era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro. Sua arquitetura de madeira e alvenaria era perfeitamente combinada tornando a casa forte, e elegante, além de muito bem decorada.
Devon passou pelo chafariz do lado de fora, e quando pisou nas escadas da porta de entrada, seu celular tocou.
[Voz Masculina: Senhor Ciarmon onde está? Estamos procurando o senhor como loucos! Precisamos conversar, temos problemas. Àquele homem aprontou novamente!]
Devon: Vocês são todos imprestáveis mesmo! De novo!? O que ele fez?
[Voz Masculina: Ele impediu uma venda de quinhentos mil, com um monte de mentiras, o gerente de banco ficou desconfiando, e desistiu da compra. E ele novamente exigiu falar com o nosso gerente.]
Devon: Estou ficando sem paciência com isso! Quero ver esse gerente amanhã sem falta no meu escritório. Ele está escondendo alguma coisa. E de onde é esse homem?
[Voz Masculina: Ele tem uma alfaiataria no centro senhor. No momento, é tudo o que eu sei.]
Devon: Ok, assim é mais fácil. Vão até lá, e tragam ele para mim. Se continuar assim precisamos nos livrar dele a qualquer custo. Andre isso, preciso entender o que esse homem quer tanto.
[Voz Masculina: Sim senhor.]
Devon desligou o celular e entrou na casa.
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Assim que entrou na sala, foi recebido pela governanta da casa, a senhora Lorena.
Governanta Lorena: Senhor, todos estavam a sua procura. Quer que eu passe os recados?
Devon: O meu tio?
Governanta Lorena: Ele não ligou.
Devon: Ótimo, sabe quando ele vem?
Governanta Lorena: Amanhã senhor.
Devon: Amanhã... Ok. Estou com um probleminha com um gerente que ele contratou, queria rever o currículo desse homem, e dar uma investigada nele.
Governanta Lorena: Ah, então poderá conversar com ele pessoalmente. O Stellis ligou, e o Júlio também.
Devon: Céus!? Eu só dormi uma noite fora. Mas... Esses dois aí... Não quero mais ver eles. Não quero mais ver nenhum ômega!
A mulher olhou para o jovem a sua frente, surpresa.
"É claro que isso não se remete a mim, certo, querido?"
Devon olhou para a viga arredondada de sua sala, onde um homem de cabelos mechados em tons de rosa, estava encostado.
Devon: Eu realmente me refiro a todos, "querido".
Governanta Lorena: Senhor Ryan, eu não o vi chegar. Quer comer alguma coisa?
Ryan Marena: Não. Sai daqui por favor, preciso conversar melhor com o Devon.
Antes de sair da sala, como se desafiasse a ordem do rapaz, Lorena olhou para Devon.
Devon: Pode ir Lorena. Eu gostaria de um lanche no meu quarto por favor.
Governanta Lorena: Sim senhor.
A mulher passou por Ryan, e ambos se olharam como se fossem brigar.
Ryan Marena: É incrível como essa mulher é mal educada, e surda.
Devon: Sabe bem que não é isso. Ela não serve você, porque não é da família.
Ryan Marena: Nossa Devon!? Claro que sou da família. Fui criado aqui, como um Ciarmon. Tenho irmãos Ciarmon.
Devon: Mas não é um.
Devon ignorou o Ômega frustrado a sua frente, e subiu as escadas. Ryan o seguiu. Os dois entraram no quarto de Devon.
Ryan Marena: Porque disse aquilo sobre os Ômegas?
Devon: Conheci um Ômega incrível.
Devon começou a tirar a roupa.
Ryan Marena: Foi para cama com ele?
Devon: O que você acha?
Ryan Marena: Queria ser o suficiente para você.
Devon: Não fica chateado Ryan, você ainda é o melhor com a boca.
Devon sorriu maliciosamente, e entrou no box do banheiro, ligando o chuveiro em seguida.
Ryan Marena: Só isso? O que mais você quer? Já fiz tudo o que queria. E o meu pai nem sabe que eu perdi a minha... pureza com você.
Devon: Vai saber se foi comigo mesmo.
Ryan Marena: Seu cachorro insensível! Sabe muito bem que sim.
Devon: Ryan, eu disse que eu só queria o seu corpo. Eu sempre disse isso. Você cria tantas coisas na sua mente, que por isso, foi necessário eu não ficar mais só com você. Foi por isso, que os outros... Ah, porque eu estou me explicando?
Ryan Marena: Sei... Mas não é por isso que você vai me desprezar como se eu não fosse nada né? Se souberem de nosso lance, eu não vou conseguir um bom casamento e...
Devon: Mas que merda! Isso é coisa do passado! Ninguém se casa virgem hoje em dia.
Ryan Marena: Sou um Ômega original. Alguns de nós, são até leiloados sabia?
Devon: Que sorte que o tio Vladimir conseguiu um bom casamento. Ele poderia ter pensado nisso, não é?
Ryan Marena: Meu pai nunca me venderia!
Devon: Eu aposto que sim. E você é bem bonitinho.
Ryan fixou seus olhos para baixo da cintura de Devon.
Ryan Marena: Então eu sou o melhor com a boca, não é?
O jovem tirou as suas roupas e entrou no box com Devon.
Devon: Ryan, normalmente, sou insaciável. Eu apreciaria você sem pensar duas vezes. Só que ontem, fui muito bem servido. Então... Não! Ei!? Não... faz isso não. Se dê mais valor. Sabe que eu não quero me casar com você.
Ryan Marena: Aham... Mas... Eu espero você mudar de ideia! Não vou desistir...
Ryan deslizou as mãos nas laterais do corpo de Devon, se se ajoelhou no piso, abraçando a cintura dele. Enquanto a água do chuveiro caía sobre os seus cabelos, sua cabeça se movimentava.
Devon: Você é uma praga! Eu só vou te deixar aí... Droga! Porque está... Hmm! Muito bom. Mas se lembra que é você que se rebaixa desse jeito.
Ryan "deu o seu melhor" até poder ouvir o som da voz de Devon, soar com satisfação. E só depois que comprovou o sucesso, subiu lentamente, deslizando o rosto na água do chuveiro, que descia pelo peito de Devon, e parou olhando para os belos olhos verdes. Sem hesitar mais, Ryan beijou Devon e foi correspondido por alguns minutos.
Devon: Ryan, não faremos isso novamente ok?
Ryan Marena: E porque não? Vai se casar com àquele Ômega? Acha que ele é merecedor da sua marca? Ele pode te dar filhos?
Devon: São ótimas perguntas. E para todas elas eu vou dizer: " Não sei."
Devon pegou a toalha e foi para o quarto novamente. Uma mesinha com seu lanche estava ao lado da cama.
Ryan Marena: Você mal conheceu esse Ômega, o que foi tão especial em um ficada?
Devon: Eu vou te magoar ainda mais, se me fizer responder.
Ryan Marena: Não, não vai. Eu quero saber. Estou curioso.
Devon: Eu mal olhei para ele, e um fogo começou a queimar no meio das minhas pernas. O cheiro dele, era delicioso. E quando eu toquei nele, explodi de tesão. Era assustador! Eu me lembro da fome... Era muita fome. Os lábios se encaixavam bem, e exploravam tudo. E o corpo então, nem se fala. Por um momento, ele não se conteve em dar tudo o que tinha para mim.
Ryan Marena: Ok, Parece legal.. Menos um oral, né?
Devon: Ah, não. Sabe... Não senti falta disso. Foi mais intenso.
Ryan Marena: Ele deve ser um prostituto! Eles sabem como explorar todos os pontos de prazer de alguém.
Devon: Não parecia um. Se vestia de forma elegante, era como um nobre.
Ryan Marena: Onde o encontrou?
Devon: Em frente ao bar BlueRed. Ele estava indo para casa.
Ryan Marena: Não é uma rua estreita que parece um beco?
Devon: Sim.
Ryan Marena: Com certeza ele é um prostituto. Que nobre moraria por ali? Para alguém como você, que não gosta de sair com pessoas muito rodadas, se acabou né?
Devon: Ele não era um prostituto. Estava tão... Bem, foi o comportamento de uma pessoa que provavelmente não fazia isso há um tempo. Acredito, que desde a morte do marido dele.
Ryan Marena: Algum truque, no mínimo. E pior, ele é viúvo!?? Bem, isso foi o que ele disse né? Pode ser tudo mentira.
Devon: Pode ser... Mas eu quero mais.
Ryan Marena: Seu maluco! Esquece esse homem! Não sabe nada sobre ele.
Devon: Ainda. E não estou a fim de esquecer. Uma noite como àquela, não é para se esquecer. Pode sair do meu quarto agora?
Ryan Marena: Sério? Não posso dormir com você?
Devon segurou o rosto de Ryan gentilmente.
Devon: Eu não deveria ter deixado você entrar no box. Me aproveitei, um pouco eu sei. Vou te falar de todo o meu coração agora, primo; Você precisa urgentemente se valorizar, se dá tão fácil que perde a graça. Eu não quero você, já disse um milhão de vezes. Fique com raiva de mim se quiser, isso já é um bom sinal, uma reação. Se não passar por uma desilusão, uma decepção grande, não vai aprender nada na vida. Entenda; Não é sempre o que a gente quer.
Os olhos castanhos claros do jovem a sua frente, deixaram rolar uma lágrima atrás da outra.
Ryan Marena: Você... Não está falando sério Devon... Sei que daqui a pouco, vai entrar no meu quarto, tirar o meu pijama como sempre, e ficar colando em mim até cansar, e dormir.
Devon: Céus! Ryan eu desisto. Você acha isso romântico?? Eu só queria seu corpo. Agora eu não quero mais. Acabou.
Ryan Marena: Você ainda vai se casar comigo! Escreve isso.
Ryan saiu do quarto arrumando as roupas, que colocará de volta as pressas.
Devon mordeu um sanduíche da mesinha, e deitou na cama.
Devon: Já estou ansioso para o nosso próximo encontro e...
Devon gargalhou.
Devon: Eu nem perguntei o nome dele!
(Residência Michell)
Subindo as escadas cansado, eu não via a hora de me jogar no sofá. Tive uma encomenda de uniformes com prazo curto, e estava trabalhando nelas durante a semana toda. Àquele era o último dia, e consegui acordar bem cedinho e terminar tudo as 16:00 horas. Foi um grande recorde, para 300 peças.
Na entrada de casa, notei que as escadas de pedra, estavam muito sujas e quase mudei os meus planos de descansar, para por tudo em ordem, mas, ao ver o sofá, bem na minha frente fui diretamente deitar nele. O cansaço ganhou, e a dor no corpo também. Na noite anterior, eu fui parar na cama com um desconhecido, e como faziam anos que eu não me aventurava intimamente com ninguém, imaginei que era normal sentir tudo meio dolorido, principalmente a minha cintura.
Enquanto uma parte de mim, me culpava por ter me dado tão facilmente para um homem qualquer. A outra estava surpresa, por ter sido tão bom. No final, o pensamento de culpa ganhou, uma vez que traí o meu marido, admitindo que senti muito mais prazer, do tive com ele em todos os nossos anos juntos. Dormi por duas horas ali mesmo, e dormiria muito mais, se não fosse o som da minha campainha soando.
- Céus, quem será? JÁ VAI!
Me apressei a ir a porta. Ao abrir, olhei para um homem vestindo um terno azul claro, com detalhes dourados, que me olhou de volta sorrindo. Percebi que conhecia ele de algum lugar, era o agente de um dos meus clientes.
Agente: Olá senhor Lenar Michell! Tenho a honra de lhe convidar ao jantar de influências desse ano. Aqui está o seu convite.
- Jantar de influências!?
O convite era muito elegante, feito em papel envelhecido, como um pergaminho antigo e escrito com letras douradas.
Agente: Sim senhor. Nesse jantar, as famílias mais importante da cidade se reúnem para anunciar suas conquistas; eventos, casamentos, e até planos de melhoria para a cidade. Coisas assim, sabe?
- "Ah, sim, claro." E onde eu entro nisso meu jovem? Não sou uma pessoa de status, se é que me entende.
Agente: O senhor será a companhia do senhor Sejay Renner.
- Companhia?? Como ele se atreve?
Agente: Não! Não senhor, me perdoe me expressei mal. Queria dizer, "convidado de honra".
- Pode dizer que eu recuso!
Devolvi o convite, o colocando no peito do homem.
Agente: Não por favor! Segure isso! Não posso levar de volta. Posso até ser demitido.
- Tudo bem, nesse caso para não ficar complicado para você. Eu vou ficar com o convite, mas não irei!
Agente: Por favor senhor! O meu chefe ficará muito decepcionado. Ele queria muito entrar com você. O homem responsável pelo sucesso dele, no evento de cantores internacional. Todos falavam sobre as roupas dele.
- Você é bem insistente, mas não vai me convencer. Tchau!
Fechei a porta.
- Bem, agora que estou acordado... Vamos limpar essa casa!
Passei perto da lareira, e parei para olhar o porta retratos.
- Espero que você esteja com saúde e feliz querido.
Para não deixar a tristeza me pegar, me ocupei do serviço da casa. Até finalmente terminar de varrer toda a escada.
- Céus, estou cansado de novo. Também, acho que essa casa é grande demais para uma pessoa... Ah, não! Sem choro. Eu tenho que ficar firme. A casa tem o tamanho ideal, vou ficar bem aqui, até você voltar meu amor.
Após jantar, fui me deitar pois já era tarde. Durante a noite, comecei a sonhar:
°{Eu caminhava pela casa, e na sala, uma criança de cabelos avermelhados sorria para mim. Eu comecei a chorar no mesmo instante. De repente, senti uma mão sobre o meu ombro. A voz perto do meu ouvido arrepiou o meu corpo.
Devon: Ele vai ficar bem. Está indo dormir.
Eu olhei novamente para a criança, que acenou para gente, e subiu as escadas, na direção do quarto.
Devon: Deveríamos fazer o mesmo, não acha? Já é hora de ir para cama.
O corpo quente, daquele homem encostou nas minhas costas.
- Você... O que você está fazendo aqui? Eu não me lembro de ter convidado você.
Ele tirou a camisa sorrindo, e me encostou na parede.
Devon: Você implorou para eu vir. Queria comemorar. Esqueceu?
Eu estava confuso. Não me lembrava de quando o chamei. Quando percebi, estávamos os dois sem roupas, e ele deslizava a língua no meu peito, enquanto acariciava a minha perna. A sensação era muito boa.
Devon: Gosta disso?
- Sim.
Devon: Posso ser mais ousado agora?
- Espera! Vamos para o quarto.
Devon: Nós já estamos no quarto.
Eu olhei ao redor assustado, e estávamos mesmo no meu quarto.
- Ah... Céus!? Eu nem percebi... E...
Senti o corpo dele começar a se movimentar, conectado no meu. Ele se movia mais rápido, e mais firme, e eu não consegui segurar mais os meus gemidos. Os olhos verdes brilhavam no escuro, e se aproximaram do meu rosto, até eu sentir os nossos lábios se envolvendo. Eu não queria que àquela sensação acabasse nunca.}°
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Amanheceu, e quando me movimentei senti as minhas calças úmidas. Meus olhos se arregalaram de surpresa, mas, ao mesmo tempo fiquei incomodado.
- Não acredito que tive um sonho indecente desses com aquele garoto! Que raiva! Ele invade os meus sonhos de sempre, só para transar comigo!!? Ah! Como eu deixei isso me afetar tanto? Então é assim que as pessoas ficam, quando estão na seca?
Indignado, fui tomar banho, e me preparar para o trabalho.
Minha loja ficava no centro, quatro quarteirões de distância da minha casa. Eu sempre ia caminhando. Cheguei, e abri as portas, em seguida, fui limpar a vitrine, pelo lado de fora, e depois entrei, para limpar o lado de dentro. Nesse momento, um homem parou em frente a vitrine.
- {Um cliente! Ótimo.}
Saí rápido da vitrine, e fui até a porta.
- Bom dia Senhor, pensando em um traje novo?
Àquele homem vestia um terno bege, e estava na minha opinião, muito apagado. Sua pele era clara, olho azuis bem claros, e cabelo castanho. Nem mesmo a camisa que usava, tinha uma cor diferente para o destacar. Mesmo que ele só estivesse olhando para a vitrine, eu fiquei um tanto incomodado, com vontade de vestir ele de forma melhor.
Homem de terno Bege: Eu estava procurando você.
- Ah, então já me encontrou! O que posso fazer por você?
Homem de terno Bege: Eu quero conversar um pouco.
- Então entra! Vem.
Eu sai da porta abrindo caminho para àquele homem entrar.
- Aceita um chá? Ou uma água?
Homem de terno Bege: Não. Agradeço. Qual é o seu nome, por gentileza?
- Lenar Michell, e o seu?
Homem de terno Bege: Eu me chamo Hebert Sultan.
- Um nome elegante. A gente já se viu em algum lugar?
Herbert Sultan: Sim. Nos vimos na loja de carros finos.
- Ah... Bem, eu me lembro agora. Eu não posso dizer que lamento pelo que fiz, porque não lamento. E se o senhor vai culpar-me por não ter levado o seu carro, a decisão era toda sua. Mesmo que eu desse qualquer opinião.
Herbert Sultan: Imagina, não me arrependo de desistir da compra. Até porque depois das suas acusações, percebi que o comportamento deles, foi estranho. Era óbvio que eles escondiam algo.
- Nesse caso, devo dizer que me sinto confuso. Qual seria então, o motivo que o fez me procurar?
Herbert Sultan: Quero conhecer você melhor.
- Então... Eu não estou interessado em me relacionar com ninguém.
Herbert Sultan: Não me interprete mal. Sou casado, e tenho dois filhos. Eu fiquei curioso. Você disse que foi enganado por eles, entre outras coisas, mas em nenhum momento citou um carro. O que significa que lhe deram um golpe em outra situação.
- Acho que o senhor é muito intrometido. Isso é um assunto particular. O que faz você pensar que eu lhe contaria?
Herbert Sultan: Você tem razão. Deixa eu tentar me explicar. Àquela loja de carros é apenas um dos negócios de uma família importante na cidade. Se eles cometem algum tipo de atividade criminosa, eles fazem isso já faz tempo, e não merecem o prestígio que tem, entende?
- {Claro. Isso deve ser a guerra de poder discutida nessa festa de influências. Se esse homem chegar com uma bomba dessas, ele pode elevar o nível que está. Fala sério!? Mais um que quer me usar. Esses ricos são tão ridículos.}
Fiquei em silêncio um pouco mais, para deixar ele ansioso.
- Entendi. Mas não posso lhe dizer nada. Tudo o que eu tenho contra eles é uma certeza, sem provas. A polícia não me ajuda por esse motivo.
Herbert Sultan: Ok, Mas uma suspeita, já é um motivo de investigação.
- Estou cansado disso. Ninguém me dá ouvidos. Receio que não tem nada que eu possa falar para ajudar.
Herbert Sultan: Se não me contar não vai saber. Tenho muita influência. Sou o bancário dessa cidade. E quando digo isso, não me refiro à só trabalhar no banco. O prédio inteiro é meu.
- Ual! Então o senhor é muito rico... Pode comprar um smoking novo para algum evento... De repente.
O homem sorriu.
Herbert Sultan: Posso.
- Vou tirar as suas medidas.
Sem que eu imaginasse, do outro lado da rua, três homens me observavam pela vitrine da loja, e se aproximaram, ficando a espreita.
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