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A Noiva Substituta do Mafioso Grego

Leonidas

"Um homem que não é respeitado não é um homem.” Cresci ouvindo meu pai dizer essa frase do seu herói fictício inspirador: Don Vito Corleone. Mas a frase que sempre admirei é voltada para o casamento: "Um homem que trai a sua esposa é capaz de trair qualquer um. Não se trai quem confia em fechar os olhos e deitar ao seu lado.”

Para mim destaca a importância da lealdade e da fidelidade no casamento, e sugere que um homem que não é capaz de manter sua palavra para com sua esposa não é confiável em outras áreas da vida. Está enfatizando que trair alguém que confia em você e que está ao seu lado é uma das coisas mais baixas que se pode fazer. Por isso eu abomino traição e traidores.

Meu pai é meu primeiro herói e com as citações fez Don Vito Corleone ser o segundo. Fui criado com todo amor e carinho pelos meus pais que agora vivem viajando em lua de mel depois que o meu pai deixou a máfia nas minhas mãos.

Minhas irmãs, Katerina e Chrysa, estão sempre ao meu comando. Fomos criados para cuidar de tudo e eu por ser o mais velho sou o líder.

— Desculpa não vir até aqui depois que cheguei da Coréia. Estava no meio da madrugada e eu precisava dormir. — Katerina se joga na cadeira à minha frente.

— Conseguiu a parceria com Jae-Hwan Choi? — pergunto sem tirar os olhos da tela do computador.

— Não só isso, acho que somos amantes agora! — ela fala dando risadas, para ao ver meu olhar de reprovação — Ah, maninho, não sou mais virgem há sete anos, posso aproveitar a vida.

— Diz a mulher que picou o noivo em mil pedaços depois de uma traição. — falo preguiçosamente lembrando do dia que minha irmã pegou seu noivo transando com uma das madrinhas do casamento deles.

— Foi um dia memorável, fiz picadinho dos dois. Agora eles podem continuar transando… no inferno. — ela fica séria por um instante.

— Chrysa vai chegar do Canadá amanhã. — falo mudando de assunto — E eu vou até Patras resolver alguns problemas por lá, quero que fique aqui e receba nossa irmã com o novo carregamento que vem de lá… sóbria, Katerina.

Lanço-lhe um olhar sério, Katerina começou a ter problemas com o álcool depois do que aconteceu antes do seu casamento. Eu fecho os olhos para algumas coisas que ela faz porque sei que deve sentir uma dor muito grande ainda, aquele infeliz era seu grande amor.

— Você está me vendo com alguma garrafa de conhaque nas mãos? — ela balança as mãos na minha frente — Não, né? Pode deixar comigo, vou cuidar de tudo. — ela dá uma olhada a nossa volta e pergunta — Cadê o Ilias?

— Katerina, por amor a Afrodite, deixe meu subchefe em paz! Pare de usá-lo como seu brinquedo sexual nas horas vagas, ele tem sentimentos por você não dê esperança se não vai ficar com ele.

— Você está chato, precisa de uma namorada. — ela se levanta e antes de ir diz — Não tenho culpa se ele cai no meu charme e se entrega tão facilmente. Até a volta, maninho.

Não sei o que fazer com Katerina, sei que ela precisa de uma bússola na vida, mas onde encontrar?

Volto minha atenção ao trabalho, fazemos alianças com algumas máfias, trabalhar com produtos ilícitos não é fácil, temos sempre que inventar algo novo que não mate um viciado rapidamente. Não me orgulho muito disso, mas cresci nessa vida e tenho que vivê-la.

Em Patras sou convidado para uma festa privada por um de nossos sócios e comprador assíduo dos nossos produtos. A princípio eu não queria ir, sou um homem de quarenta e três anos que só quer fazer o seu melhor para manter minha máfia no topo do submundo.

— Que bom te ver aqui, pensei que não viria, Leon. — Alexandros me dá um leve aperto de mão ao me ver entrar.

— Não vou ficar muito tempo, Alex, tenho que voltar amanhã para Santorini.

— Apenas aproveite a festa, velho amigo.

Eu tentei aproveitar a festa, mas acabei em uma das varandas, sentado, bebendo sozinho admirando um lindo jardim enquanto a lua estava grande no céu.

— Olha quem a vida colocou no meu caminho outra vez… Leonidas Mouzakis. — a voz feminina conhecida me atraiu e me fez levantar no mesmo segundo que a ouvi.

— Eleni? — ela se aproxima de mim devagar, mais sedutora que a Deusa Selene — Está ainda mais linda que a última vez que a vi.

— Não tenho mais dezoito anos, Leon. Uma mulher de trinta e pouco não tem mais tanta beleza.

— Para mim está ainda mais linda que antes.

Nossa conversa acabou no meu quarto de hotel com um pedido de casamento na manhã seguinte. Eu sempre fui louco por Eleni, mas seu pai a obrigou a se casar com outro. Para minha sorte ele foi assassinado pelo próprio irmão ambicioso, o que faz de Eleni uma mulher livre para mim.

— Ainda não acredito que finalmente teremos nossa chance, Leon. — Eleni fala olhando para a aliança em seu dedo.

— Carreguei essa aliança comigo por anos na esperança desse reencontro. Não acredito que estamos juntos. Nunca tive um relacionamento sério, queria deixar o caminho livre para o dia que eu tivesse a chance de ter você.

— Obrigada por me esperar por tanto tempo.

Acabamos aos beijos voltando a se amar. Voltei para Santorini com Eleni, contei aos meus pais que estou noivo, mas não disse de quem, quero fazer uma surpresa para eles.

Meu pai acabou me surpreendendo com a notícia de que eu em pessoa teria que ir para os Estados Unidos fechar alguns acordos e uma aliança com a máfia de lá.

Para não deixar minha amada Eleni aqui e sabendo que eu teria que ficar meses por lá, acabei levando-a comigo. Não irei perdê-la de vista agora que a reencontrei.

Deixei meu subchefe e minhas irmãs no comando de tudo por aqui. Sei que eles darão conta, afinal de contas tenho que confiar neles. São bons no que fazem e não vão me decepcionar.

Leonidas

Katerina

Chrysa

Ilias

Eleni

Tessa

Uma advogada, era o que meu pai advogado manipulador e traidor queria que eu fosse. Ele também queria que eu fosse um menino, típico de homens como ele que se acham os Alfas e querem liderar.

Meu ambicioso pai conheceu minha mãe numa sorveteria, ela trabalhava lá. Para irritá-lo anos depois de seu primeiro encontro lá, hoje sou eu que trabalho nessa sorveteria.

Voltando para o momento em que a história era de amor, meu pai se apaixonou por ela à primeira vista e logo começaram a namorar, mas filho de peixe, peixinho é e meu avô foi contra o relacionamento porque minha mãe era pobre e não tinha feito faculdade.

Meu pai para irritar meu avô casou-se com a minha mãe seis meses depois do início do namoro. Minha mãe ainda não conhecia a personalidade dominadora do meu pai, foi conhecer depois que ficou grávida de mim.

Meu pai conseguiu o que queria usando uma chantagem sórdida com meu avô: se não me der o escritório de advocacia nunca colocará os olhos no seu neto. O que ele não sabia é que no forninho tinha uma menina com a sua personalidade descarada.

Quando eu nasci meu avô mandou fazer uma festa toda cor de rosa só para irritar o meu pai. Mas meu pai já tinha o escritório e para ele não importava mais nada. Meu avô foi a melhor figura paterna que tive na minha vida… não acredito que faleceu a poucos meses.

— Ainda trabalhando nessa pocilga? — perguntou o grande Hector Adams entrando na sorveteria.

— Não foi nessa pocilga que você conheceu minha mãe? Ainda transando com a striper pela qual trocou minha mãe? Já cansou de bancar o sugar daddy? — devolvi na mesma moeda.

— Pirralha insolente! Ainda dá tempo de largar aquele maldito pé rapado, estudar em uma boa universidade e vir trabalhar comigo como advogada.

— Para dar golpes em mulheres apaixonadas como fez com a minha mãe? Não, obrigada.

— Eu não dei golpe nenhum na Victoria! Ela se casou sabendo bem que não teria direito a nada, deixei isso bem claro no contrato nupcial que ela assinou.

— Ótima desculpa para ser filho da puta.

— Não te dei educação para me tratar ou falar comigo dessa maneira, Tessa.

— Não mesmo, é um bônus no meu DNA do seu código genético. Se não vai comprar sorvete a porta de saída é ali. — aponto para a porta.

— Aproveite esse trabalho, essa sorveteria está com seus dias contados, Tessa.

Meu pai sai da sorveteria com seus passos firmes fazendo barulho pelo ambiente. Ele não teria coragem de fazer algum mal para a dona desse lugar, ela não tem nada a ver com nossas brigas.

No final do expediente volto para casa com dor na consciência. Será que o Hector vai cumprir a ameaça e fazer algo para que a sorveteria feche?

— Mãe, cheguei… — tropeço no degrau que separa a sala da entrada da casa e caio com tudo no chão — Aaaaiiiii…

— Me deixe adivinhar… — minha mãe grita da cozinha — Tropeçou no degrau da entrada de novo?

— Não, mãe… eu só estava cantando. — falo passando a mão na canela ainda sentada no chão — Tá… eu caí de novo. Esse degrau me odeia.

— Casa toda te odeia, né filha? — minha mãe pergunta, ela já está na sala me olhando enquanto dá risadas — A escada te odeia, aquele pequeno móvel odeia seu dedinho, a cortina do banheiro te odeia. Acho melhor vender essa casa e comprar outra.

— Não vamos vender, foi a única coisa comprada com o dinheiro daquele filho da puta que a senhora ficou. Quero que ele durma todas as noites lembrando que a senhora ficou com algo que era dele.

— Foi seu avô que comprou essa casa e colocou no nosso nome, filha.

— Mãe, vou subir e tomar um banho para jantarmos juntas. Vou para a casa do George mais tarde.

Ela me abraça e volta para a cozinha, eu subo para o meu quarto e tomo meu relaxante banho. Ao sair do box me atrapalho e caio de joelhos, existe alguém mais azarada que eu?

Depois do jantar e de uma maravilhosa conversa com a minha mãe vou para a casa do George que olha para os meus joelhos vermelhos e ralados e pergunta:

— Dia ruim?

— Não tira sarro de mim, na hora que eu nasci Deus esqueceu de me dar uma dose maior de sorte… foi isso.

— Ainda bem que você tem a mim, não é, amor?

George me abraça e me beija. Ele mora em um apartamento de um quarto, sala/cozinha e banheiro. Estamos juntando dinheiro para comprar um apartamento um pouco maior faz dois anos. Começamos a namorar no dia do meu aniversário de vinte anos e quando fiz vinte e um começamos a guardar dinheiro para o futuro.

— Amor, eu estive olhando alguns apartamentos no site da imobiliária, com mais um ano juntando um pouco mais do que estamos juntando agora conseguiremos nosso apartamento de dois quartos. — ele fala animado depois de duas horas matando a saudade um do outro.

— Mas tínhamos combinado comprar um menor e depois juntar para comprar um maior junto com o dinheiro da venda do apartamento menor. Eu quero muito me casar com você logo. — falo enquanto me visto.

— Amor, sou guia turístico, com o que eu ganho não vai dar para pagar um curso pra conseguir um trabalho melhor e pagar por um lugar bacana mais tarde. Preciso melhorar nossa vida agora para ficarmos tranquilos depois. Será só mais um ano, você sempre vem dormir comigo aqui aos finais de semana, dá para matar a saudade.

George não mora nesse apartamento sozinho, ele divide com o primo que o ajuda a pagar as contas. No final de semana o primo dele vai ficar com a família e a namorada que mora na cidade vizinha e eu posso vir ficar com George aqui.

— Mais um ano? — ele faz um carinho no meu rosto e responde:

— Sim, amor, mais um ano!

— Tudo bem, então.

Depois de vestida, me joguei na cama ao lado dele. Eu não me vestia tão rapidamente antes e ele também não, até que em um final de semana o Samuel, primo de George, voltou antes para casa e nos pegou nus no quarto. Agora nos vestimos sempre que terminamos de fazer amor.

Tessa

George

Leonidas

Assim que pisei nos Estados Unidos, Eleni reclamou de tudo por aqui. Chegamos no final do inverno e está frio demais, nada comparável com a nossa agradável e calorosa Grécia.

— Podemos tirar uma semana para nos ajustar a tudo por aqui, meu amor. — abraço ela por trás enquanto a mesma olha para a imensidão branca lá fora.

— Por que escolheu um lugar tão afastado da agitação do centro de Nova York? Sempre tive curiosidade de vir conhecer e agora estamos a quase duas horas de lá. — ela pergunta chateada.

— Escolhi esse lugar por ser privado, calmo e longe de olhos curiosos! Mas iremos para o apartamento no centro de Nova York nos dias em que ficar muito tarde para voltar para casa.

— Leon, o que eu vou fazer tanto tempo sozinha num lugar que eu sempre quis conhecer?

— Posso pedir para alguém contratar um guia turístico para você, vai passar o dia conhecendo Nova York e provando a comida e bebida local. Está bom para você?

— Ficaria bom para mim se você for junto, é algo romântico para se fazer a dois!

Será que vou conseguir ter um momento romântico com ela nessa viagem? Ainda não contei para ela que terei que deixá-la sozinha algumas vezes para visitar cidades vizinhas.

Depois de comprar algumas roupas de frio passei os dias restantes de “folga” agradando minha noiva. No último dia fomos para o apartamento no centro de Nova York, na Times Square.

— Nossa, Leon, que lugar lindo e agitado. Muito melhor que aquela mansão afastada da vida onde estávamos. — ela está apaixonada pela vista do apartamento para a cidade.

— Só o melhor para você, meu amor. — abraço ela enquanto beijo seu pescoço — Já encontrei uma conceituada empresa que tem os melhores guias turísticos da cidade para você. Na segunda terei que viajar cedo, mas estarei de volta na terça à noite, pode conhecer toda a cidade enquanto estou fora.

— Já vai me deixar sozinha? Leon…

— Amor, é o meu trabalho, mas estarei aqui com você a maior parte do tempo. Não a deixarei carente de nada, eu prometo.

Eleni me lança um olhar triste, mas me abraça em seguida e promete cooperar comigo. Comecei minha trajetória para o sucesso nos Estados Unidos.

A cada contrato fechado eu fazia uma festa particular com Eleni no apartamento. Eu prometi não deixá-la carente e cumpri, quando não estava por perto a enchia de mensagens e ligações. Quando estava por perto a enchia de prazer, sem me cansar, sem recuar, apenas sendo dela.

Os presentes, enviava todos os dias estando ao lado dela ou não. Escolhi um tipo de jóia e buquê para ser entregue a ela uma vez ao dia com bilhetes românticos. Quando eu estava ao lado dela via seus olhos brilharem ao ver as jóias.

— Já estamos aqui há pouco mais de um mês, não conseguiu ver tudo o que queria?

— Por que a pergunta, Leon?

— Me disseram que ainda está saindo para visitar lugares em Nova York com o guia turístico! Realmente acha necessário?

— Eu fiz um mapa de cada lugar que quero ir na cidade e ele está me levando. Mesmo com os quatro seguranças que você coloca para cuidar de mim, me sinto segura com o guia.

Eu apenas concordei, quero vê-la feliz acima de qualquer coisa. Minhas viagens deram uma diminuída após oito meses nos Estados Unidos, mas as saídas de Eleni não.

Alguns dias eu trabalhava no apartamento, acabei liberando a mansão já que não colocamos mais os pés lá. Eleni se mostrou feliz aqui e eu não podia estragar isso.

Eu estava entediado, precisava sair um pouco e hoje Eleni foi um pouco mais distante em seu passeio e iria chegar mais tarde. Decidi ir até uma sorveteria aqui perto, o advogado que contratei aqui me disse que lá tem o melhor sorvete da região, então, por que não?

— Senhor Adams… — o advogado já estava à minha espera do lado de fora da sorveteria — Realmente é bem perto de onde estou morando no momento.

— Senhor Mouzakis, vai gostar muito de ter aceitado o meu convite. Se me permite perguntar… — ele olha para os lados — Onde está sua noiva?

— Turistando por Nova York! Ela pegou um certo apreço pela culinária local e está fazendo um tour por restaurantes por aí. Não tenho a paciência que ela tem para rodar muito tempo de carro.

— Ah, sim, claro. Vamos entrar.

Assim que entramos sinto um cheiro irresistível de morango, mas não parece algo para comer. De onde vem esse cheiro inebriante? Logo sou tirado desse momento pensativo pela voz de uma mulher sendo rude com Hector.

— O que você está fazendo aqui de novo, Hector? Me deixa viver minha vida em paz. — a jovem mulher está tão irritada que suas bochechas estão vermelhas, isso deixa seu rosto ainda mais lindo.

— Garota insolente, como ousa me tratar assim na frente de um dos meus melhores clientes? — Hector aponta para mim e os olhos castanhos claros da linda jovem encontram os meus olhos azuis.

— O que está acontecendo aqui, Hector? — pergunto sem desviar os olhos dela.

— Me desculpa, senhor Mouzakis! Essa menina só precisa de educação, sabe como são os jovens de hoje com muita… — ele olha para a jovem e depois para mim — Petulância, não é Tessa?

Tessa, que nome lindo. Combina com ela, mas eu não deveria pensar nisso, tenho uma noiva. Vou parar de encará-la.

— Vocês se conhecem? — pergunto.

— Nós nos conhecemos, Hector? — ela pergunta com um sorriso presunçoso no rosto enquanto cruza os braços.

— Ela… ela é… — Hector parece ter dificuldade em falar — Minha filha. Eu sei, é uma vergonha, mas essa malcriada insiste em trabalhar aqui. Eu já gastei todo o meu latim para convencê-la a seguir o caminho certo, mas ela é cronicamente teimosa.

— Sua filha não está fazendo nada vergonhoso. Um trabalho honesto continua sendo um trabalho em qualquer lugar.

Eu peço uma taça de sundae e Hector também. Tessa leva o nosso sorvete, a mulher acaba tropeçando nos próprios pés e acaba em cima de mim, as duas taças de sorvete caíram no pai dela.

Mas no momento eu mal consigo me mexer enquanto minhas mãos estão na cintura dela e seus braços em volta do meu pescoço.

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