Ola eu sou Naila Tavares tenho 38 anos.

Max Júnior agora com 39 anos, na altura tinha 20 anos. Ex-namorado.

Rodrigo Ferreira- Português na altura 38 anos. Ex-marido.

Andrey Walker -russo, agora com 42 anos. Atual marido e o amor da vida da Naila.

Sr. João pai da Naila.

Dona Rosa Mãe da NAILA.

Capítulo 1. As raízes da Infância

Era um sábado normal como qualquer um. Acordamos e eu como uma criança normal dos seus 5 anos levei as minhas coisas para brincar e eu brincava no quintal. Enquanto isso estava somente eu e a minha mãe em casa, como sempre o meu pai saia cedo para beber. A minha mãe arrumou toda a nossa roupa e chamou-me para irmos e eu pensei que íamos ao rio lavar a roupa como era de costume. E foi o que disse a todos que a encontravam pelo caminho. Eu não entendia nada do que estava a acontecer, fomos subir o comboio e estava a chover acabei por adormecer, foi uma viagem de 4 horas. E quando chegamos a paragem a minha mãe trocou- me a roupa, e ela também para uma mais limpa e bonita, pois já íamos chegar a casa dos meus avós maternos.

Chegado lá encontrei os meus irmãos mais velhos, meu irmão e minha irmã, fui brincar com eles e de longe ouvia sons de choro da minha mãe, enquanto conversa com a minha avó.

Eu fiquei triste por ela, e se perguntarem se não senti falta do meu Pai, não eu não senti, ele nunca esteve presente, mal o via, então para era irrelevante. E assim começou a nossa vida nova, e foi maravilhoso fomos muito felizes, e o meu Pai mesmo sabendo onde estávamos nunca veio-me ver sequer uma vez.

E assim passaram 4 anos e nesse tempo perdemos a nossa avó, minha mãe, voltou a se relacionar com alguém e ficou gravida do meu irmãozinho, e fomos viver com o meu Padrasto, mas meus irmãos mais velhos continuaram em casa dos meus avós. O meu padrasto tratava-me como filha, e muito bem mais do que o meu pai alguma vez tratou-me, tanto que chamava ele de Pai.

E quando eu tinha 15 anos meu Padrasto e minha mãe mudaram-se para uma vila, que ainda estava em desenvolvimento ainda nao tinha escolas por isso, que tive que me mudar para casa do meu pai, até para ver se conseguiamos reconstruir a nossa relação, e tentar entender certas coisas, porque minha mãe nunca me explicou muito o que aconteceu. Então assim fiz, minha mãe que convenceu a fazer isso, e eu por causa dos estudos tive que aceitar. Meu pai morava com minha tia e minha avó a mãe dele, e a minha tia era irmã dele e ela é que me deu o nome, é a minha chará, aqui em África chamos assim quem nos dá o nome. E para mim ela ia ser minha segunda mãe.Inocente kkkk

Chegando na casa da minha tia. Acomodei-me, fui bem recebida, muito bem tratada nos primeiro 3 meses.

Depois começaram as ofensas, os insultos por pequenas coisas , como partir um copo, ou pedir algumas moedas para comprar absorvente, Detalhe, eu só tinha 15 anos e nem trabalhava e minha mãe nao conseguia me dar dinheiro, porque mal dava para eles.

Eu vivia com uma prima e 2 primos homens. E para a outra prima que também é sobrinha dela, ela dava, mas para mim nunca tinha. Eu sei que ela não tinha obrigação nenhuma de fazer isso até porque eu tinha um pai nem. Ela não tinha filhos. E o meu Pai continua um alcoólatra, que não liga para ninguém, nem sabe que eu existo, mesmo vivendo na mesma casa, nunca procurou saber como eu estava. Foi um choque muito grande para mim, chegar e ser tratado daquele jeito, porque eu vinha de um lugar onde não tínhamos muitas condições, passávamos faltas, mas éramos unidos e tinha amor.

E quando chegavam as férias eu não via a hora de ir visitar a minha mãe. Pasmem kkkk, ela proibia-me de ir, e dizia que a casa dela não era um internato, que quando chegassem as férias tínhamos que ir embora kkk. Ela nem sequer dava-me dinheiro de transporte, a minha sorte foi minha irmã que havia começado a trabalhar e comprava mochila, cadernos e uniforme para escola. E dava-me algum dinheiro para absorvente e transporte quando ela conseguia. E eu aguentei tudo calada, porque fui sempre respeitosa, e não conseguia dizer não. Entao se aproveitavam de mim assim. Passado 2 anos, era feriado dia 25 de setembro uma prima convidou-nos para la visita e fomos os 4 primos, chegamos lá foi tudo maravilhoso, so que em algum momento passei mal, o meu coração estava apertado, sentia falta de ar, uma angústia muito grande, comentei com os meus primos quando íamos a paragem pegar o transporte, que não estava-me sentido bem! Eles disseram já vai passar, eu nunca tinha-me sentido assim. E chegamos a casa já quase meia-noite, e ainda com a mesma sensação, tentei ignorar e fui dormir. Acordei no dia seguinte e preparamos-nos para ir à escola, e telemóvel da minha prima toca, eram 6h da manhã, eu não tinha telemóvel então usava o dela, e ela passa-me o telemóvel porque viu ser minha irmã, eu toda eufórica atendo, porque fico sempre feliz quando ela liga, pensei que ela iria para minha escola me ver, mas não…

Irmã: Alô Naila ..

Naila: Mana tudo bem....vens a escola hoje?

Irmã: 😭, maninha a mamã faleceu....

Naila: O quê? Estas a brincar não é?

Irmã: Não posso brincar com isso nunca...

Naila: Mamã não, não, não.....

Senti meu mundo a desmoronar, tudo muito escuro, eu perdi o ar, a visão, os sentidos, eu me recuperei um pouco, tudo parecia um pesadelo, pelo qual era só abrir os olhos e acordar que tudo estaria bem.

Então aí! Devido ao meu grito de desespero acordei a casa toda, e vieram constatar o que se passava, porque até a minha prima que estava comigo não tinha entendido nada, porque eu não conseguia falar, a minha tia perguntou quem ligou e a minha prima disse que foi minha irmã, e ela ligou-lhe para saber o que aconteceu e quando soube, veio-me abraçar foi o único momento de carinho que recebi desde que cheguei naquela casa, depois nos preparamos e fomos para casa da minha mãe e era longe. Chegando la foi preparado tudo e no dia seguinte fizemos o funeral, eu tinha 17 anos e o meu irmão mais novo 7 anos, foi muito doloroso, mas pelo menos o meu irmão tinha alguém que o amasse de verdade, o Pai dele. E o meu pai foi comigo também para o funeral. Quando tudo acabou voltamos para casa. Eu iludida pensando que pelo menos, nem que seja por pena, ião tratar-me melhor?.. Só piorou, tratavam-me feito escrava, não tinha direito a nada, e eu comecei a ficar deprimida, de um jeito que até parecia uma marioneta sem vida, sem voz eles é que me guiavam, para lá , e para cá, faz isso, faz aquilo, eu esqueci o que era sorrir, se eu era uma pessoa, fiquei vazia... E passou 1 ano, uma colega nossa convidou-nos para festa de aniversário dela também fazia 18 anos, E a muito custo fomos, foi muito divertido... até que um amigo nosso, namorado da aniversariante veio com mais 2 amigo, e eu gostei do Max, e comecei a lançar o meu charme, eu não tinha nada a perder, e ele caiu como um peixe na rede. E quando percebi ja estávamos aos beijos, e que beijo ui!.. Depois fomos para uma esquina e continuamos o beijo e ele queria transar ali mesmo, mas eu não podia porque ainda era virgem e não queria-me entregar assim, para alguém que mal conhecia, eu disse-lhe que se quisesse, teria que me conquistar e virar o meu namorado aí eu pensaria no assunto. Olha, eu tinha certeza que ele não faria isso, que nem se quer ia ligar-me, eu dei o meu número, mas não fiquei com o dele. Depois disso passou 2 dias, e ele mandou - me uma mensagem.

Max: Ola baby, tudo bem?

Naila: Oi! Tudo sim, quem é?

Max: O amor da sua vida, Max...

Naila: kkkk, pensei que havia desistido...

Max: Nunca, o sabor do seu beijo não permite-me, acredito que fiquei viciado e quero de novo...

Naila: Continua estas a ir bem kkkkk...

Max: Quando posso-te ver baby?

Naila: Não sei, eu não posso sair de casa quando quero, só posso matar aula para te ver.

Max: Então quando puderes-me avisa estarei esperando por você... estou com muitas saudades suas...

Naila: esta certo...

Max: Beijo.

Naila: outro...

Eu sei é péssimo exemplo matar aula por um namorico, mas eu nao tinha outro tempo.