Sabe quando você descobre que encontrou sua alma gêmea? Foi assim quando conheci a Yulia, ela tinha apenas onze anos quando eu falei para ela:
— Não namore ninguém, não se apaixone por ninguém e não deixe outro garoto se aproximar de você. — ela perguntou:
— Por que? Sabe que isso é algo estranho para se falar para uma garota?
— Porque você é minha e nós vamos nos casar!
— Não seja tolo, Maxim. Eu só tenho onze anos e você tem dezesseis. Meu pai te daria uma surra se te ouvir.
— Ele até pode me bater, mas eu vou me casar com você quando fizer dezoito anos. Em sete anos te espero no altar.
Começamos a namorar quando ela tinha quinze. O pai dela me deu uma surra mesmo quando descobriu o namoro, mas depois que ele terminou de me bater me levantei peguei o anel de noivado no meu bolso, coloquei um joelho no chão e falei:
— Quero me casar com a sua filha quando ela fizer dezoito anos. Não irei atrapalhar seus estudos e apoiarei todos os seus sonhos e projetos. Eu só peço que o senhor me conceda a mão da sua filha em casamento.
Ele riu, eu estava ali na frente dele todo fodido da surra que eu permiti que ele me desse com um joelho no chão e uma aliança feita especialmente para Yulia em um linda caixinha azul aberta na minha mão e ele só sabia rir.
— Maxim, você tem coragem. Outro em seu lugar iria rastejar daqui e nunca mais olharia na minha cara. Você realmente ama a minha filha?
— Ao ponto de deixar o senhor atirar na minha testa agora mesmo se isso salvar a vida dela de algum perigo iminente.
— Você venceu, pode se casar com a minha filha, mas quero que ela se case virgem.
— A única coisa que fiz com a sua filha até agora foi lhe beijar a mão. A respeito porque sei que tem um caráter impecável.
O pai da Yulia sabia que a minha família comandava a máfia em Moscou, São Petersburgo, Novosibirsk e Ecaterimburgo. Controlamos o tráfico aqui.
Não tem um russo que nunca ouviu falar da máfia Dobrow. Somos respeitados e temidos. Nossa maior rival é a máfia Asimov eles comandam Nijni Novgorod, Omsk, Cazã e Volgogrado. Mas desejam tomar o que é nosso.
O dia do meu casamento com Yulia chegou, não suportava mais esperar. Nosso beijo no altar quase nos levou a consumar nosso casamento ali por ser nosso primeiro beijo de verdade.
Nossa lua de mel foi dentro do nosso quarto no hotel, três dias depois bateram na porta do quarto pensando que tinha acontecido algo grave com nós dois. Foram trinta dias de puro amor na cama.
Yulia tinha sonhos e projetos, ela queria ser pediatra e estudou para isso. Eu a apoiei em tudo e quando ela concluiu os estudos abri uma clínica para ela trabalhar e exercer o seu sonho de ser pediatra.
Com isso, nosso sonho de ter filhos ficou para depois. Mas eu estava feliz, ela realizou seu sonho enquanto eu assumi o lugar do meu pai depois que ele faleceu.
Tudo estava indo bem, doze anos depois do nosso casamento descobrimos que seríamos pais. Era perfeito, tudo o que queríamos e planejamos mais dois enquanto o primeiro ainda estava na barriga dela.
Yulia estava com quatro meses de gestação, eu tive que ir até Novosibirsk, estávamos tendo problemas lá. Quando eu voltei tinha uma enorme caixa de presente com um laço rosa na porta da minha mansão.
— Senhor Dobrow, isso foi deixado aqui poucos minutos atrás. — o segurança avisa.
Eu abro a caixa e congelo, meu coração para de bater, de repente meu corpo começa a tremer. Pego minha arma e começo a atirar. Não sei quantos seguranças eu matei, meus olhos não deixavam a caixa com a minha Yulia desmembrada, nosso bebê estava nos braços dela como se estivesse o segurando.
Depois daquele dia eu virei d'yavol para todos que cruzavam meu caminho. Não perdoava ninguém, vacilou comigo o tiro no meio da testa era certo. Me afoguei na bebida e vivi um ano de luto infernal, sim eu era o próprio diabo.
Um ano, um ano que perdi meu lado bom. Estou nos Estados Unidos para cobrar uma dívida que foi paga pela metade. No restaurante pedi apenas whisky, estou distraído esperando meu sócio até que escuto uma voz quase familiar, seu timbre era familiar.
— Vamos, Evelyn, não suporto mais provar vestidos de noiva e já escolhi o que eu quero para mim. — essa mulher… Não pode ser.
— Júlia, tem outros mais lindos, você vai casar com um homem rico. Aquele vestido é simples. — a tal Evelyn insiste.
— Quem vai se casar sou eu, já escolhi o vestido, agora quero comer.
Quando eu iria me levantar para ir até ela meu sócio chegou e se sentou, ele começou a falar e meus olhos não saiam da mulher idêntica a minha Yulia… Eu enlouqueci de vez.
— Maxim, desculpe o atraso no restante do pagamento. Um babaca deu um desfalque nos meus negócios e… — faço ele se calar ao falar:
— Andrey, perdoo sua dívida se descobrir quem é aquela mulher e o que ela vai fazer amanhã, além de me disponibilizar todo o seu pessoal. Eu quero ela pra mim.
Descobri que ela iria se casar com um otário, me preparei para o casório. Ela entrou e estava realmente linda no vestido que escolheu, fiquei ali sentado esperando a minha deixa quando o padre falou:
— Se tem alguém aqui contra esse matrimônio fale agora ou cale-se para sempre.
Eu me levantei, fechei o botão do meu smoking e caminhei a passos lentos até o altar enquanto todos olhavam para mim. Segurei firme no braço da minha dama que me olhou curiosa e falei:
— Eu te reencontrei Yulia, e não vou perdê-la nunca mais.
Peguei ela no colo, o noivo tentou tirá-la de mim, mas o pessoal de Andrey tomou conta de toda a igreja abrindo caminho para mim enquanto a minha Yulia se debatia em meus braços tentando me fazer soltá-la. A fiz pegar no sono ao borrifar um sedativo no rosto dela e partimos para a Rússia.
Maxim Dobrow
Minha vida parece um conto de fadas, sou fotógrafa e normalmente fotografo casamentos e em um deles conheci meu príncipe encantado. Príncipe mesmo, ele é milionário e se interessou por mim de cara.
Mas eu como uma boa gata borralheira não acreditei nele logo de cara, o que um homem loiro, de olhos azuis, boa pinta e milionário veria em uma mulher que tira fotos para pagar as contas do mês e sustentar?
Pois sim, Jason Brath se interessou por mim. Ele descobriu meu endereço e mandou um carro repleto de rosas vermelhas só para me convidar para almoçar com ele.
Não parou por aí suas extravagâncias, ele fez uma amiga me contratar para tirar fotos de uma festa, mas eu era a convidada especial da festa, a festa era para mim.
Jason me fez a estrela de seu show, depois de semanas me pedindo em namoro eu finalmente aceitei. Foi quando conheci a Evelyn, melhor amiga dele desde a adolescência.
Ela se mostrou uma mulher muito divertida, me surpreendi quando Jason me contou que ela era gay. Percebi isso quando estávamos curtindo numa boate e um homem muito lindo convidou ela para dançar, mas Evelyn se afastou rápido dizendo que ele não era a praia dela.
Nossa amizade se solidificou com os meses de namoro entre Jason e eu, até que no meu aniversário de vinte e quatro anos Jason me pediu em casamento. Ele disse que já tinha trinta anos e não fazia sentido esperar mais depois de encontrar a mulher da sua vida.
Chorei feito uma boba, foram necessários apenas três meses para que tudo ficasse do jeito que ele sonhou para mim. Eu só tinha que escolher o vestido e acabei fazendo isso um dia antes do casamento.
— Júlia, olha esse aqui… É lindo e super caro. — Evelyn que é minha madrinha de casamento me mostra o milésimo vestido caro que ela encontra e eu detesto.
— Por que eu não posso escolher aquele ombro a ombro de tecido leve que eu quero?
— Porque você vai casar com um milionário! Meu Deus, mulher escolhe aquele com diamante no busto. — Evelyn insiste.
— Não! Já chega, estou com fome e já escolhi um vestido. Vamos comer ou vou te matar, te assar e te devorar.
Ela revira os olhos, termina seu champanhe e seguimos para o restaurante do outro lado da rua. Chegando lá logo pedi uma lasanha que estava uma delícia até que vejo um homem me observando. Ombros largos, cabelos bem penteados, olhos azuis penetrantes, bem vestido, parece um magnata bilionário.
O que um homem como esse estaria fazendo num restaurante tão comum e me encarando de um jeito estranho? Ou ele está olhando para algo atrás de mim? Olho para trás, mas não vejo nada.
— Vamos, Júlia. — Evelyn me chama.
— Para onde agora?
— Sapatos, unhas, cabelo, limpeza de pele… Seu casamento é amanhã! Não podemos esperar mais. — Evelyn saiu me puxando do restaurante.
Meus olhos não deixam os olhos azuis frios e penetrantes do homem até que a porta se fecha. Juro que senti um frio na barriga e na espinha ao mesmo tempo.
Passei o meu dia com Evelyn, não aguentava mais experimentar sapato, penteado e maquiagem. Eu só queria ir para o meu humilde apartamento e dormir por dias.
— Evelyn, já acabamos, posso hibernar no meu apartamento até amanhã?
— Claro que não! Preparei sua despedida de solteira. Você vai se esbaldar essa noite.
— Eu quero me esbaldar na minha cama. Danço deitada, serve?
— Não! Vamos.
Ela cumpriu com o que queria, fez uma festa no apartamento dela com homens vestidos de policiais, bombeiros, médicos, personal trainer… Eu fugi para o quarto dela e dormi a festa toda.
Quando despertei tinha gente pelada para todos os lados do quarto. Fizeram uma orgia enquanto eu estava dormindo, ainda bem que estou vestida.
Saio do quarto, mas não encontro Evelyn em lugar nenhum. Vou para o meu apartamento já que vou me arrumar lá. Chegando no meu apartamento uma equipe já me espera na porta. E vamos começar o show.
Quando eu estava pronta e me olhei no espelho não acreditei na mulher refletida ali. Não era eu, meus pais chegaram e começaram a chorar, logo depois minhas duas irmãs e meu irmão também. Evelyn chegou logo depois.
Priscila, Jessica e Caius, meus irmãos, tiraram muitas fotos nossas, meus pais também, até que o motorista do Jason avisou que estava na hora.
Quando o carro parou na frente da igreja e meu pai me ajudou a sair, assim que ouvi a marcha nupcial senti um frio na espinha e na minha barriga.
— Vamos, minha filha? — meu pai pergunta.
— Claro, pai!
Seguimos para o altar, a igreja estava lotada. Não sabia que Jason iria se esforçar tanto para que não sobrasse lugar vazio aqui. Já que da minha família só tem meus irmãos e meus pais aqui.
Quando cheguei no altar me senti observada. Tinha algo errado, o padre iniciou a cerimônia e para minha surpresa estava indo tudo bem até que ele disse:
— Se tem alguém contra esse matrimônio fale agora ou cale-se para sempre.
Um silêncio se fez, que bom, até que comecei a ouvir passos lentos vindo na nossa direção. Ao olhar para trás vi aquele homem do restaurante se aproximando de nós.
Quando ele chega no altar segura meu braço e fala algo que me deixou confusa… Quem é Yulia e por que ele falou assim comigo?
Antes de terminar meu raciocínio eu já estava nos braços dele sendo levada para fora da igreja. Começo a bater em seu peito e ombro enquanto protesto:
— O que pensa que está fazendo? Acabei de me casar. Você não pode me levar assim, eu nem te conheço.
— Não importa, você é minha!
— Eu sou o que? Me coloca no chão agora, eu vou chamar a polícia.
Ele me colocou dentro de um carro e entrou em seguida. Comecei a bater nele e tentar sair do carro até que ele borrifou algo no meu rosto, minha vista pesou e eu não tinha mais o controle do meu corpo, apaguei e meu destino está nas mãos desse homem… Será que ninguém vai me salvar?
Júlia
No jatinho coloquei ela sentada e prendi bem o cinto para o caso dela tentar levantar e se machucar. Demora para passar o efeito do sedativo. Teremos quase vinte horas de voo e talvez eu tenha que mantê-la calma até chegarmos lá.
Ela despertou e começou a se agitar, vi que ela iria se machucar, tive que seda-la de novo. Quando chegamos em Moscou fomos direto para a minha mansão. Ela despertou no quarto que mandei preparar especialmente para ela com velas aromáticas e flores por todo o quarto.
A deixei trancada no quarto apenas para fazer uma ligação e de repente um funcionário vem gritando:
— Senhor Dobrow, a senhorita incendiou o quarto, precisa tirá-la de lá.
— Que danadinha.
Fui até o quarto que estava fumaça pura, ela estava no chão tossindo bastante. Pego ela enquanto alguém apaga o fogo que por enquanto está somente na cama. A coloco no meu quarto e falo:
— Já que é assim você vai dormir aqui comigo, no meu… ou melhor, nosso quarto.
— Nos seus delírios pervertidos que eu vou dividir uma cama com você. Eu quero ir embora.
— Nós vamos nos casar em poucas horas. Vamos sair para comprar um vestido de noiva e completar o seu lado do closet.
— Eu já sou casada. E por que eu me casaria com você?
— Você não se casou no civil, seu ex estava com problemas em um dos documentos e adiantaram o casamento no religioso que não serve de porra nenhuma.
— Desgraçado, filho da puta. Mesmo assim não tenho motivo para me casar com você.
— Quer um motivo? Mato seus pais, suas irmãs, seu irmão e até os pets de estimação que eles tem em casa. Faço pessoalmente com você ao meu lado assistindo tudo. E se casará comigo de um jeito ou de outro. Você pode escolher: o pacífico ou o violento?
— Qual é a porra do teu problema comigo?
Pego a foto da Yulia e mostro para ela que se espanta.
— Está aqui a porra do meu problema com você! Eu era… Eu sou louco por essa mulher e você é cópia exata dela. Você me pertence, a partir do momento que anda por aí com o rosto e o corpo da minha mulher, você me pertence.
Ela se senta na cama, ainda olhando para a foto na minha mão. Parece pensar em algo, mas não consegue falar mais nada.
— Vamos, precisamos de outro vestido de noiva e você precisa de roupas. O clima aqui às vezes é muito frio.
Seguro na mão dela e a puxo para fora, do lado de fora da mansão recebo uma ligação da igreja onde será nosso casamento e solto a mão dela que olha para o meu carro preferido e caminha até ele.
Estou distraído ao telefone até que escuto o barulho de vidro quebrando. Meu motorista toca no meu ombro e fala:
— Senhor, ela descobriu seu taco de beisebol no banco de trás do seu carro.
— Eu sei.
— Senhor, ela está destruindo seu carro preferido com o taco de beisebol.
— Eu sei… — olho para ele — Eu compro outro.
Ela quebra todos os vidros do meu carro, amassa meu carro de todos os jeitos possíveis. Depois que está exausta e ofegante pergunta com as mãos apoiadas nos joelhos.
— Ainda quer se casar comigo?
— Só me instigou a querer você ainda mais!
— Seu maldito, filho da puta, eu vou ser o maior b.o da sua vida. Não vou parar, estou te avisando. O quarto e o carro vão ser só o início.
— Ainda bem que sou bilionário. Nikolai, pegue o Senat.
O meu motorista vai e volta com um dos meus carros mais caros e ela me olha com raiva e levanta o taco. Vou até ela e o tiro o taco da mão dela. A faço entrar no carro e acabo dando risadas por ela destruir meu carro favorito… O que deu em mim para rir?
Chegamos em uma loja muito famosa em Moscou por vender até vestidos de noiva, e como ela também precisa de um closet viro para uma atendente e falo:
— YA khochu, chtoby ty obrashchalsya s moyey nevestoy tak, kak ona togo zasluzhivayet. Chto by ona ni vybrala v etom magazine, ya voz'mu, nezavisimo ot tseny. “Eu quero que você atenda a minha noiva como ela merece ser tratada. Tudo o que ela escolher dessa loja separe que irei levar, não importa o preço.”
— Konechno, gospodin Dobrow, kak khotite. “Claro, senhor Dobrow, como o senhor quiser.”
Me viro para atender meu celular mais uma vez, quero que ela tenha um casamento digno de uma rainha. Quando volto a atendente não nota a minha presença e eu escuto o que ela fala para a minha Yulia.
— Ty, dolzhno byt', prosto yeshche odna shlyukha, kotoraya sogreyet postel' Maksima. Kazhdaya zhenshchina v gorode etogo khochet. Tak chto dlya shlyukhi shlyukhovaya odezhda vpolne podoydet. “Você deve ser apenas mais uma piranha que vai aquecer a cama do Maxim. Todas as mulheres da cidade querem isso. Então para uma puta roupa de puta serve.”
— Olha, não te conheço e não sei falar ou compreender seu idioma, mas sei reconhecer quando estou sendo ofendida, pelo sim e pelo não… Toma.
Vejo minha dama acertar o rosto da atendente. Gostei da atitude dela, até que começo a brincar com meu isqueiro abrindo e fechando a tampa.
— Minha Yulia, se afaste, por favor. — olho para a atendente — Vy tol'ko chto sovershili ser'yeznuyu oshibku. “Você acabou de cometer um grave erro.”
Acendo o isqueiro e vou passando por cada arara de roupa, os clientes saem correndo enquanto a loja começa a se desfazer em chamas.
— Vamos, minha Yulia, tem outra loja que vai tratá-la como a rainha que é.
Seguro a mão dela e voltamos para o carro. Dentro do carro ela me olha e eu não resisto em perguntar:
— Te deixei assustada com o que fiz?
— Não! Provavelmente ela mereceu. Mas isso não vai dar certo, não quero me casar com você. Quero voltar para a minha vida, para o meu noivo de verdade.
— O mesmo noivo que estava transando com a sua madrinha de casamento?
— Você está mentindo! Está fazendo isso para me convencer a ficar com você.
— Primeira coisa que precisa saber sobre mim, eu não minto, segunda coisa, sou intenso.
Mostro para ela um vídeo dos dois transando na noite antes do casamento.
— Mas que filhos da puta, eu quero surrar essa puta e arrancar o pênis desse desgraçado.
— Posso te dar sua vingança, você só precisa se casar comigo.
Ela me olha desconfiada e eu falo:
— Te ofereço um contrato, nele estarão todas as condições do nosso casamento. Você lê e depois me diz se é vantajoso para você ou não.
Ela chora pela traição do canalha e da falsa amiga, mas depois limpa as lágrimas e diz:
— Eu estou ouvindo… Como será esse contrato?
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